TC declara cortes dos subsídios inconstitucionais
Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Se forem medidas do género:
1. Concorda com o aumento da idade da reforma?
2. Concorda com a diminuição da idade da reforma?
Qual é que achas que ganharia?
Creio que o 2 tinha mais hipóteses de ganhar.
No entanto, a partir do momento em que a decisão passa a ser colectiva, o ónus deixa de estar com os políticos e passa a estar com todos.
Ainda recentemente na Suíça foi chumbada em referendo uma proposta para o aumento do número de dias de férias.
Exacto, mas a possibilidade do #2 ganhar é perigosa. Não sei se a sociedade portuguesa estaria preparada para um sistema destes... Corríamos o risco de aumentar ainda mais a demagogia barata e os referendos eram só sobre o aumento do RSI, etc...
Não há sistemas perfeitos e, se queres que eu te diga, nem eu tenho a certeza qual será o melhor. Mas inclino-me fortemente para maiorias absolutas, com a duração de 10 anos (5 anos cada legislatura)...

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pocoyo Escreveu:Eu acho que só teria que haver referendo em questões contrárias ao programa eleitoral.
O grande problema dos referendos cá é que existe uma lei idiota que diz que se não tiver 50% não é vinculativo.
Esse limite mínimo de participação não devia existir, tal como não existe em eleições.
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PT_Trader Escreveu:Se forem medidas do género:
1. Concorda com o aumento da idade da reforma?
2. Concorda com a diminuição da idade da reforma?
Qual é que achas que ganharia?
Creio que o 2 tinha mais hipóteses de ganhar.
No entanto, a partir do momento em que a decisão passa a ser colectiva, o ónus deixa de estar com os políticos e passa a estar com todos.
Ainda recentemente na Suíça foi chumbada em referendo uma proposta para o aumento do número de dias de férias.
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Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:E para além disso o problema das pessoas é que a maioria não tem bom senso e iam acabar por votar nas medidas mais popularuchas, que mais uma vez nos iam condenar a longo prazo.
Podes elaborar?
A ideia que eu tenho é que cada um vota naquilo que considera que melhor serve os seus interesses (embora isto dito assim seja um bocado vago...)
Exacto, cada pessoa vai pensar em si e não propriamente no bem estar geral.
Se forem medidas do género:
1. Concorda com o aumento da idade da reforma?
2. Concorda com a diminuição da idade da reforma?
Qual é que achas que ganharia?
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PT_Trader Escreveu:E para além disso o problema das pessoas é que a maioria não tem bom senso e iam acabar por votar nas medidas mais popularuchas, que mais uma vez nos iam condenar a longo prazo.
Podes elaborar?
A ideia que eu tenho é que cada um vota naquilo que considera que melhor serve os seus interesses (embora isto dito assim seja um bocado vago...)
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Elias Escreveu:Dom_Quixote Escreveu:Voltámos asim a um tema já por diversas vezes debatido. Será que o julgamento pelo voto no final da legislatura é o adequado a estas situações? É aceitável e bastante? Nunca me pareceu justo este sistema nem os chavões com que sempre o justificam. Mas enfim...
Qual é a alternativa?
Legislaturas mais curtas?
Democracia participativa ao melhor estilo suíço com referendos a torto e a direito? Pessoalmente sou adepto deste sistema, mas temo que a maioria das pessoas não esteja para se chatear e em que em Portugal esta abordagem estivesse condenada ao fracasso.
E para além disso o problema das pessoas é que a maioria não tem bom senso e iam acabar por votar nas medidas mais popularuchas, que mais uma vez nos iam condenar a longo prazo.
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Dom_Quixote Escreveu:Voltámos asim a um tema já por diversas vezes debatido. Será que o julgamento pelo voto no final da legislatura é o adequado a estas situações? É aceitável e bastante? Nunca me pareceu justo este sistema nem os chavões com que sempre o justificam. Mas enfim...
Qual é a alternativa?
Legislaturas mais curtas?
Democracia participativa ao melhor estilo suíço com referendos a torto e a direito? Pessoalmente sou adepto deste sistema, mas temo que a maioria das pessoas não esteja para se chatear e em que em Portugal esta abordagem estivesse condenada ao fracasso.
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Dom_Quixote Escreveu:altrio Escreveu:migluso Escreveu:Qualquer aumento de impostos que não estivesse previsto no programa eleitoral devia ser considerado ilegal, pois trata-se de um roubo.
Estou 100% de acordo.
Creio que seremos milhões a estar 100% de acordo. Só não me lembro é de um governo que tenha feito diferente e nós, mais ou menos passivamente, temos vindo a aceitar esses "roubos".
Voltámos asim a um tema já por diversas vezes debatido. Será que o julgamento pelo voto no final da legislatura é o adequado a estas situações? É aceitável e bastante? Nunca me pareceu justo este sistema nem os chavões com que sempre o justificam. Mas enfim...
Não sei se estarão assim tantos milhões interessados.
Em especial se a alternativa ao aumento de impostos fosse: redução drástica de reformas, fim de centenas ou milhares de empresas e postos de trabalhos do sector xuxa (Estado), fim dos direitos adquiridos dos lobbies (CP, TAP, RTP, médicos do sns, enfermeiros do sns, hospedeiras, juízes, etc etc etc ...), despedimento de todas as cunhas metidas até à data por presidentes de junta, presidentes de camara, vereadores, deputados, gestores de empresas publica, etc etc etc etc ....
altrio Escreveu:migluso Escreveu:Qualquer aumento de impostos que não estivesse previsto no programa eleitoral devia ser considerado ilegal, pois trata-se de um roubo.
Estou 100% de acordo.
Creio que seremos milhões a estar 100% de acordo. Só não me lembro é de um governo que tenha feito diferente e nós, mais ou menos passivamente, temos vindo a aceitar esses "roubos".
Voltámos asim a um tema já por diversas vezes debatido. Será que o julgamento pelo voto no final da legislatura é o adequado a estas situações? É aceitável e bastante? Nunca me pareceu justo este sistema nem os chavões com que sempre o justificam. Mas enfim...

altrio Escreveu:migluso Escreveu:Qualquer aumento de impostos que não estivesse previsto no programa eleitoral devia ser considerado ilegal, pois trata-se de um roubo.
Estou 100% de acordo.
Concordo com essa ideia.
O que podemos fazer para isso ir para a frente?
Acho que nestes casos teria que haver um referendo ou outra coisa qualquer.
Ora tomem lá (juízes, partidos e outros...)!
18 Julho 2012 | 00:01
Camilo Lourenço - camilolourenco@gmail.com
O FMI avisou Portugal que a solução para ultrapassar o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes dos subsídios só pode vir de... outros cortes na despesa.
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O FMI avisou Portugal que a solução para ultrapassar o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes dos subsídios só pode vir de... outros cortes na despesa. Não pode ser com mais impostos, o que impossibilita a tributação do 13º mês dos privados. Coisa que se infere do acórdão do TC (apesar da caricata explicação do seu presidente...).
É o que eu já digo há tempos. Pena que a Troika e o FMI não ficam para sempre.
A330
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1%-5%, vá
Foi um bocado ao lado...
http://www.clevelandfed.org/research/Trends/2008/0508/01intmar-1.gif

Foi um bocado ao lado...
http://www.clevelandfed.org/research/Trends/2008/0508/01intmar-1.gif
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migluso Escreveu:Qualquer aumento de impostos que não estivesse previsto no programa eleitoral devia ser considerado ilegal, pois trata-se de um roubo.
Estou 100% de acordo.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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HLopes4 Escreveu:Onde chegamos a nível global é onde estivemos nos ultimos 20 anos, ie. a crescer no intervalo [1%-4%].
Portanto, suponho que estás a perguntar qual a solução para um problema que não existe?
Mas o que eu queria dizer era que a figura do regulador por norma não funciona, pura e simplesmente, salvo raras (raríssimas?) excepções.
Há aí qualquer coisa que te está a escapar, nos ultimos 20 anos, contando com os ultimos anos do clinton na america, que até deixou um superávite, a coisa correu bem. O problema veio depois, quando foi para lá o bush, (tá aqui tá aí o Quico

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Elias Escreveu:Pois não, porque em muitos casos o regulador (Estado) é parte interessada.
Aliás um dos grandes problemas das economias modernas é que o Estado quer ser simultaneamente árbitro e player.
Exacto. Casos desses abundam recentemente. Digo com conflito de interesses ao barulho, inclusive o que deu origem ao tópico...
Mas é uma entre outras... Por exemplo, pelo efeito psicológico que cria na população.
"Temos um gajo cujo trabalho é chatear-se com estas merd**, porque hei-de eu chatear-me com isso?"
Em termos da regulação (e mesmo da fiscalização) propriamente dita, é fácil de perceber porque é péssimo.
O que deve ser feito (my 2 cents) é incluir o cidadão comum nestes processos. Como? Não faço ideia.
Um exemplo será a justiça, com os júris. Será que a justiça em Portugal seria a mesma, se houvesse júris nos tribunais? Duvido... E também duvido que fosse pior.
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HLopes4 Escreveu:Mas o que eu queria dizer era que a figura do regulador por norma não funciona, pura e simplesmente, salvo raras (raríssimas?) excepções.
Pois não, porque em muitos casos o regulador (Estado) é parte interessada.
Aliás um dos grandes problemas das economias modernas é que o Estado quer ser simultaneamente árbitro e player.
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tavaverquenao2 Escreveu:Então qual é a solução? Deixar andar? Onde chegamos, e não estou a falar de Portugal mas economia global, foi por regulação a mais ou a menos?
Onde chegamos a nível global é onde estivemos nos ultimos 20 anos, ie. a crescer no intervalo [1%-4%].
Portanto, suponho que estás a perguntar qual a solução para um problema que não existe?
Mas o que eu queria dizer era que a figura do regulador por norma não funciona, pura e simplesmente, salvo raras (raríssimas?) excepções.
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tavaverquenao2 Escreveu:Eu falo de um regulador global, como a economia, não é global? Se a economia é global, o regulador também o deve ser? Agora se são os estados ou entidades independentes, pouco me importa, desde que haja regulação séria. Mas não me venham falar de regulação por agencias de rating que defendem interesses sabe-se lá de quem ou outras entidades semelhantes.
Regular significa um muitas vezes um custo.
Regular é colocar restrições. As restrições têm todas custos, para alguns senão para todos.
Quando se regula sevem-se interesses. Há muito de politica, que é a arte de gerir interesses e prioridades.
Regular significa reduzir a inovação, a inicitiva e a criatividade em muitos casos.
A regulação tem ondas. Ainda vamos dizer que foi o excesso de regulação que matou o emprego.
Haverá sempre um equilibrio entre policias e ladrões. Quando há excesso de policias, reduzem-se os ladrões, mas temos o custo dos policias, que pode ser mais dos que se roubava.
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Eu falo de um regulador global, como a economia, não é global? Se a economia é global, o regulador também o deve ser? Agora se são os estados ou entidades independentes, pouco me importa, desde que haja regulação séria. Mas não me venham falar de regulação por agencias de rating que defendem interesses sabe-se lá de quem ou outras entidades semelhantes.
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