Portugal - Tópico Geral
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Tenho a certeza que se gastares algum tempo a pensar sobre o asunto descobres o motivo
Motivos eu consigo imaginar muitos.
Imagino até que são os mesmos que justificam que os governantes assinalem marcha de urgência quando se deslocam na via pública.
Só queria era perceber se isso estava consagrado na lei ou se é na base do "sempre foi feito assim".
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interio ... id=1191045
http://aeiou.expresso.pt/um-falcon-para ... es=f556523
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:Tenho a certeza que se gastares algum tempo a pensar sobre o asunto descobres o motivo
Motivos eu consigo imaginar muitos.
Imagino até que são os mesmos que justificam que os governantes assinalem marcha de urgência quando se deslocam na via pública.
Só queria era perceber se isso estava consagrado na lei ou se é na base do "sempre foi feito assim".
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Os Falcon são utilizados para as viagens em que se desloca meia duzia de pessoas e que não podem estar dependentes de existir voos regulares, como por exemplo as constantes reuniões que acontecem na UE.
E porque é que não podem estar dependentes dos voos regulares?
Tenho a certeza que se gastares algum tempo a pensar sobre o asunto descobres o motivo, mas se mesmo assim não descobrires eu respondo quando tiver tempo.
Já agora, a cronica é de Abril de 2009
Edit: até estou admirado do MC não sugerir o automovel, o comboio ou mesmo um burro!
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:Os Falcon são utilizados para as viagens em que se desloca meia duzia de pessoas e que não podem estar dependentes de existir voos regulares, como por exemplo as constantes reuniões que acontecem na UE.
E porque é que não podem estar dependentes dos voos regulares?
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
mcarvalho Escreveu:A FOME, A CORRUPÇÃO E OS LUXOS...(Mário Crespo)
Portugal precisa de jactos executivos para transporte de governantes?
Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma
nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o
que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar
esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco
precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite
directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo
do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não
precisamos de nada disso.
Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque
aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa
nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões
executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com
fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se
deslocam.
Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em
Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também,
uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal.
Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor
Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um
lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a
sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime
Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica.
Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um
requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se
metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de
contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas
variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que
deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar,
como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em
que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com
Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente
da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir
governantes.
Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por
impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O
Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e
aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um
sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é
tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo
brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que
vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público
apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um
jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das
suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há
alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura
e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares.
Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma
questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.
Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France.
Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só
falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar
disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios
para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos
muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do
que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o
Mundo sabe que não temos dinheiro.
Mário Crespo. Jornalista
Cada vez mais estou convencido que o Mario Crespo não é jornalista, porque se fosse devia saber que nas visitas de Estado, quer as do Presidente da Republica, quer as do 1º ministro (dos actuais e dos anteriores )são efectuadas em aviões fretados à TAP, pelo simples motivo que os Falcon não tem capacidade para levar as comitivas. Esta situação acontece em Portugal e noutros paises da Europa (dai ele ter visto o Miterrand a sair de um avião da Air France).
Os Falcon são utilizados para as viagens em que se desloca meia duzia de pessoas e que não podem estar dependentes de existir voos regulares, como por exemplo as constantes reuniões que acontecem na UE.
Lamento que a necessidade de dizer mal e/ou de tentar provocar revolta na população se sobreponha à verdade dos factos, principalmente de um suposto jornalista (ou será politico??)
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
A FOME, A CORRUPÇÃO E OS LUXOS...(Mário Crespo)
Portugal precisa de jactos executivos para transporte de governantes?
Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma
nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o
que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar
esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco
precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite
directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo
do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não
precisamos de nada disso.
Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque
aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa
nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões
executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com
fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se
deslocam.
Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em
Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também,
uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal.
Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor
Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um
lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a
sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime
Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica.
Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um
requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se
metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de
contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas
variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que
deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar,
como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em
que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com
Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente
da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir
governantes.
Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por
impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O
Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e
aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um
sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é
tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo
brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que
vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público
apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um
jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das
suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há
alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura
e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares.
Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma
questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.
Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France.
Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só
falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar
disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios
para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos
muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do
que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o
Mundo sabe que não temos dinheiro.
Mário Crespo. Jornalista
Portugal precisa de jactos executivos para transporte de governantes?
Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma
nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o
que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar
esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco
precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite
directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo
do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não
precisamos de nada disso.
Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque
aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa
nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões
executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com
fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se
deslocam.
Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em
Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também,
uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal.
Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor
Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um
lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a
sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime
Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica.
Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um
requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se
metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de
contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas
variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que
deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar,
como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em
que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com
Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente
da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir
governantes.
Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por
impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O
Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e
aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um
sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é
tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo
brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que
vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público
apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um
jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das
suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há
alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura
e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares.
Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma
questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.
Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France.
Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só
falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar
disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios
para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos
muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do
que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o
Mundo sabe que não temos dinheiro.
Mário Crespo. Jornalista
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
Ministro das Finanças alemão quebra tabu da expulsão do euro
12/03/2010
O ministro das finanças alemão Wolfgang Schauble apelou à criação de um fundo de emergência europeu, para ajudar países da Zona Euro que se debatam com o défice público, num artigo em que também defendeu a criação de medidas penalizadoras para os países que violem repetidamente o limite do défice. "Em último recurso", um país deve "sair" do euro, disse.
Schauble defendeu em artigo publicado no "Financial Times", que o ministro alemão defendeu a criação de um fundo de empréstimo de emergência, para ajudar países que se debatam para combater o défice. No mesmo artigo quebrou o tabu em torno da questão da expulsão de um estado-membro da união monetária.
“Se um membro da Zona Euro se encontrar numa situação em que não consegue consolidar o seu orçamento ou restaurar a sua competitividade, este país deve, em último recurso, sair da união monetária”.
As condições dos empréstimos devem ter “um preço proibitivo para que a ajuda só seja procurada em caso de emergências que constituam uma ameaça à estabilidade financeira de toda a Zona Euro”.
O primeiro-ministro do Luxemburgo Jean-Claude Juncker, também defendeu a criação de um fundo de emergência para a Europa. “Falta-nos um instrumento que contrarie a especulação e o comportamento irracional, que possivelmente pode ameaçar a estabilidade da Zona-Euro”, disse o responsável numa entrevista citada pela Bloomberg.
Juncker que lidera o painel de ministros das Finanças europeus, acrescentou que criar um organismo semelhante ao Fundo Monetário Internacional demoraria demasiado tempo a ser criado, para ajudar a Grécia, no entanto não violaria as regras que proíbem o resgate de governos
12/03/2010
O ministro das finanças alemão Wolfgang Schauble apelou à criação de um fundo de emergência europeu, para ajudar países da Zona Euro que se debatam com o défice público, num artigo em que também defendeu a criação de medidas penalizadoras para os países que violem repetidamente o limite do défice. "Em último recurso", um país deve "sair" do euro, disse.
Schauble defendeu em artigo publicado no "Financial Times", que o ministro alemão defendeu a criação de um fundo de empréstimo de emergência, para ajudar países que se debatam para combater o défice. No mesmo artigo quebrou o tabu em torno da questão da expulsão de um estado-membro da união monetária.
“Se um membro da Zona Euro se encontrar numa situação em que não consegue consolidar o seu orçamento ou restaurar a sua competitividade, este país deve, em último recurso, sair da união monetária”.
As condições dos empréstimos devem ter “um preço proibitivo para que a ajuda só seja procurada em caso de emergências que constituam uma ameaça à estabilidade financeira de toda a Zona Euro”.
O primeiro-ministro do Luxemburgo Jean-Claude Juncker, também defendeu a criação de um fundo de emergência para a Europa. “Falta-nos um instrumento que contrarie a especulação e o comportamento irracional, que possivelmente pode ameaçar a estabilidade da Zona-Euro”, disse o responsável numa entrevista citada pela Bloomberg.
Juncker que lidera o painel de ministros das Finanças europeus, acrescentou que criar um organismo semelhante ao Fundo Monetário Internacional demoraria demasiado tempo a ser criado, para ajudar a Grécia, no entanto não violaria as regras que proíbem o resgate de governos
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
http://www.spsuicidologia.pt/index.php? ... e&Itemid=1
http://www.telefone-amizade.pt/site/suicidio/
http://www.sosvozamiga.org/
http://www.tu-importas.com/home/default.asp.html
Se conhece alguém muito deprimido ou que referiu pensar suicidar-se, ouça-o calmamente e procure ajudá-lo a resolver essa situação. A situação não são os sintomas, são as causas, embora a Psiquiatria possa necessitar de, para estabilizar a pessoa, aliviar-lhe os sintomas (de profunda dor psicológica, escusado seria dizer) através dos fármacos apropriados.
Não diga "deixa lá, isso vai passar", "não penses nisso". Não utilize estas e outras formas de comunicação paradoxal, em que se pretende resolver o problema desvalorizando-o, ignorando-o ou recalcando-o. Nunca um problema foi resolvido ao ser tratado desta forma, muito menos um problema grave. Essas frases não só não atenuam o problema, como o podem piorar.
Procure encaminhá-lo para um profissional de saúde. Dificilmente um problema destes pode ser resolvido sem a ajuda simultânea da Psiquiatria e da Psicologia. Ignorar uma destas componentes pode ser fatal.
Lembre-se que muitas pessoas que se suicidam foram vítimas de crimes, e muitas vezes de crimes graves e/ou continuados.
Se não conseguir envolver-se na ajuda a uma pessoa nesta situação, procure quem possa ajudar.
http://www.telefone-amizade.pt/site/suicidio/
http://www.sosvozamiga.org/
http://www.tu-importas.com/home/default.asp.html
Se conhece alguém muito deprimido ou que referiu pensar suicidar-se, ouça-o calmamente e procure ajudá-lo a resolver essa situação. A situação não são os sintomas, são as causas, embora a Psiquiatria possa necessitar de, para estabilizar a pessoa, aliviar-lhe os sintomas (de profunda dor psicológica, escusado seria dizer) através dos fármacos apropriados.
Não diga "deixa lá, isso vai passar", "não penses nisso". Não utilize estas e outras formas de comunicação paradoxal, em que se pretende resolver o problema desvalorizando-o, ignorando-o ou recalcando-o. Nunca um problema foi resolvido ao ser tratado desta forma, muito menos um problema grave. Essas frases não só não atenuam o problema, como o podem piorar.
Procure encaminhá-lo para um profissional de saúde. Dificilmente um problema destes pode ser resolvido sem a ajuda simultânea da Psiquiatria e da Psicologia. Ignorar uma destas componentes pode ser fatal.
Lembre-se que muitas pessoas que se suicidam foram vítimas de crimes, e muitas vezes de crimes graves e/ou continuados.
Se não conseguir envolver-se na ajuda a uma pessoa nesta situação, procure quem possa ajudar.
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
in Publico
Rio de Mouro, Sintra
Professor vítima de bullying preferiu morrer a voltar ao 9º B
12.03.2010 - 07:34 Por Romana Borja-Santos
1 de 2 notícias em Educação
seguinte »Na véspera das aulas com aquela turma, Luís ficava nervoso. Isolava-se no quarto e desejava que o amanhã não chegasse. Não queria voltar a ouvir que era um "careca", um "gordo" ou um "cão". Não queria que o burburinho constante do 9.º B e as atitudes provocatórias de alguns alunos continuassem a fazê-lo sentir aquela angústia. O peso no peito. O sufocante nó na garganta. Luís não era um aluno. Tinha 51 anos e era professor de Música na Escola Básica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra. Era. Na semana antes do Carnaval, decidiu que não voltaria a ser enxovalhado. Pegou no carro e parou na Ponte 25 de Abril. Na manhã do dia 9 de Fevereiro, atirou-se ao rio.
A direcção da escola foi várias vezes alertada para casos de indisciplina (Raquel Esperança)
Luís não avisou ninguém do acto radical. Mas radicalizou, segundo a família e os colegas, os apelos junto da direcção da escola para que resolvesse a indisciplina, em particular naquela turma. Fez várias participações que não terão tido seguimento. O PÚBLICO tentou ouvir a directora da escola, que justificou que só presta declarações mediante autorização da Direcção Regional de Educação de Lisboa. Fizemos o pedido e não recebemos resposta. Contudo, foi possível apurar que a Inspecção-Geral da Educação tem participações do alegado incumprimento da legislação sobre questões disciplinares por parte da direcção daquela escola.
Personalidade frágil
Na escola, impera o silêncio e os funcionários fazem um leve encolher de ombros. Alguns, sob anonimato, asseguram, tal como a família, que Luís era alvo de bullying e estava "profundamente desesperado e deprimido". A irmã de Luís, também professora, admite que o irmão era "uma pessoa complicada, frágil e reservada", mas assevera que era "um professor competente", cujos apelos "a escola ignorou". "Apenas lhe propuseram assistir a aulas de colegas para aprender a lidar com as provocações", diz.
A irmã descreve a profunda tristeza do professor nos últimos meses, ao longo dos quais "desabafou muito" com os pais, com quem ainda vivia. Nunca deu indícios do acto. Foram encontrados, depois da morte, no seu computador. "Se o meu destino é sofrer dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim - e não tendo eu outras fontes de rendimento -, a única solução apaziguadora será o suicídio." A frase encontrada não deixa dúvidas. Há vários desabafos escritos em alturas diferentes que convivem lado a lado com as participações sobre alguns alunos.
Luís somava à Música uma licenciatura em Sociologia e chegou a ser jornalista durante alguns anos. Era também cronista no Boletim Actual da Câmara de Oeiras, onde, no ano passado, dedicou algumas palavras aos problemas das escolas: "O clima de indisciplina nas escolas está a tornar-se insustentável. E ainda há quem culpe os professores, por falta de autoridade. Essas pessoas não fazem a mínima ideia do ambiente que se vive numa escola. Aconselho-as a verem o filme A Turma". No último boletim, o autarca Isaltino Morais dedicou-lhe um texto onde recorda a "perspicácia e apurado sentido crítico" de Luís.
Os alunos dividem-se sobre o professor, mas concordam que "era muito calado" e que "não convivia muito nem com alunos nem com professores". Uns recordam com saudade as aulas onde puderam tocar instrumentos e ver filmes relacionados com música e dança. Outros insistem que "ele era estranho" e que "não impunha respeito". Mas não negam que eram "mal comportados". "Portava-me sempre mal, mas não era por ser ele. Somos assim em todas as aulas, é da idade", reconheceu um dos alunos que tiveram mais participações por indisciplina.
Outra aluna, a única que, no fim das aulas, ficava para trás para conhecer melhor o silêncio de Luís, lamenta a partida "prematura" e arrepende-se de não ter ficado mais tempo a conversar com ele. "Tive medo do que as pessoas podiam dizer se me aproximasse. Sinto-me muito mal por não ter ajudado mais. Uma vez arrancámos-lhe um sorriso. Quando sorria era outra pessoa."
Professor vítima de bullying preferiu morrer a voltar ao 9º B
12.03.2010 - 07:34 Por Romana Borja-Santos
1 de 2 notícias em Educação
seguinte »Na véspera das aulas com aquela turma, Luís ficava nervoso. Isolava-se no quarto e desejava que o amanhã não chegasse. Não queria voltar a ouvir que era um "careca", um "gordo" ou um "cão". Não queria que o burburinho constante do 9.º B e as atitudes provocatórias de alguns alunos continuassem a fazê-lo sentir aquela angústia. O peso no peito. O sufocante nó na garganta. Luís não era um aluno. Tinha 51 anos e era professor de Música na Escola Básica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra. Era. Na semana antes do Carnaval, decidiu que não voltaria a ser enxovalhado. Pegou no carro e parou na Ponte 25 de Abril. Na manhã do dia 9 de Fevereiro, atirou-se ao rio.
A direcção da escola foi várias vezes alertada para casos de indisciplina (Raquel Esperança)
Luís não avisou ninguém do acto radical. Mas radicalizou, segundo a família e os colegas, os apelos junto da direcção da escola para que resolvesse a indisciplina, em particular naquela turma. Fez várias participações que não terão tido seguimento. O PÚBLICO tentou ouvir a directora da escola, que justificou que só presta declarações mediante autorização da Direcção Regional de Educação de Lisboa. Fizemos o pedido e não recebemos resposta. Contudo, foi possível apurar que a Inspecção-Geral da Educação tem participações do alegado incumprimento da legislação sobre questões disciplinares por parte da direcção daquela escola.
Personalidade frágil
Na escola, impera o silêncio e os funcionários fazem um leve encolher de ombros. Alguns, sob anonimato, asseguram, tal como a família, que Luís era alvo de bullying e estava "profundamente desesperado e deprimido". A irmã de Luís, também professora, admite que o irmão era "uma pessoa complicada, frágil e reservada", mas assevera que era "um professor competente", cujos apelos "a escola ignorou". "Apenas lhe propuseram assistir a aulas de colegas para aprender a lidar com as provocações", diz.
A irmã descreve a profunda tristeza do professor nos últimos meses, ao longo dos quais "desabafou muito" com os pais, com quem ainda vivia. Nunca deu indícios do acto. Foram encontrados, depois da morte, no seu computador. "Se o meu destino é sofrer dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim - e não tendo eu outras fontes de rendimento -, a única solução apaziguadora será o suicídio." A frase encontrada não deixa dúvidas. Há vários desabafos escritos em alturas diferentes que convivem lado a lado com as participações sobre alguns alunos.
Luís somava à Música uma licenciatura em Sociologia e chegou a ser jornalista durante alguns anos. Era também cronista no Boletim Actual da Câmara de Oeiras, onde, no ano passado, dedicou algumas palavras aos problemas das escolas: "O clima de indisciplina nas escolas está a tornar-se insustentável. E ainda há quem culpe os professores, por falta de autoridade. Essas pessoas não fazem a mínima ideia do ambiente que se vive numa escola. Aconselho-as a verem o filme A Turma". No último boletim, o autarca Isaltino Morais dedicou-lhe um texto onde recorda a "perspicácia e apurado sentido crítico" de Luís.
Os alunos dividem-se sobre o professor, mas concordam que "era muito calado" e que "não convivia muito nem com alunos nem com professores". Uns recordam com saudade as aulas onde puderam tocar instrumentos e ver filmes relacionados com música e dança. Outros insistem que "ele era estranho" e que "não impunha respeito". Mas não negam que eram "mal comportados". "Portava-me sempre mal, mas não era por ser ele. Somos assim em todas as aulas, é da idade", reconheceu um dos alunos que tiveram mais participações por indisciplina.
Outra aluna, a única que, no fim das aulas, ficava para trás para conhecer melhor o silêncio de Luís, lamenta a partida "prematura" e arrepende-se de não ter ficado mais tempo a conversar com ele. "Tive medo do que as pessoas podiam dizer se me aproximasse. Sinto-me muito mal por não ter ajudado mais. Uma vez arrancámos-lhe um sorriso. Quando sorria era outra pessoa."
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
Arnab Das, economista da Roubini Global Economics
"O PEC vai na direcção correcta mas é pouco ambicioso nos cortes de despesa"
Das é entre os especialistas ouvidos pelo Negócios o mais céptico quanto ao plano de consolidação orçamental português. Pensa que não será cumprido, porque tem hipóteses demasiado optimistas do lado do crescimento e da receita e é curto nos cortes de despesa.
--------------------------------------------------------------------------------
Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt
Das é entre os especialistas ouvidos pelo Negócios o mais céptico quanto ao plano de consolidação orçamental português. Pensa que não será cumprido, porque tem hipóteses demasiado optimistas do lado do crescimento e da receita e é curto nos cortes de despesa.
O economista da Roubini Global Economics defende que o Governo deveria ter sido mais além para evitar cortes de “rating” e colocar a economia portuguesa numa situação sustentável.
Que avaliação faz do plano de austeridade português?
O plano vai na direcção correcta, mas é demasiado ambicioso nas projecções de crescimento e pouco ambicioso nos cortes de despesa. Em termos de crescimento, parece difícil crescer tanto sem implementar reformas estruturais no mercado de trabalho, nos sérvios e em outras áreas. Isto é essencial para resolver os problemas de competitividade. Do lado orçamental, os cortes de despesa podem ser difíceis de implementar e dolorosos mas, ao contrário das receitas, os gastos são uma variável controlável. Isto pode parecer duro, mas nós sabemos que isto é o que mais provavelmente funcionará.
Os objectivo de défice e divida não serão atingidos?
Pensamos que a dívida irá continuar a crescer para níveis superiores aos projectados pelo Governo. Portugal não está sozinho neste campo. Isso irá acontecer em todos os países do “Club Med”, com excepção, talvez, da Itália.
Não há um risco, com medidas de consolidação mais duras, de a economia cair de nova em recessão?
O problema é que na periferia da Zona Euro há problemas de competitividade e desequilíbrios orçamentais que levarão tempo a resolverem-se. Se o programa de consolidação não for suficientemente credível, há o risco de, no futuro, não só Portugal precisar de mais cortes de despesas, como de enfrentar custos de financiamento muito mais elevados. O problema nos países do Sul da Europa está longe de estar resolvido.
Acha que as agência de notação de risco vão inevitavelmente cortar o rating português?
Não necessariamente. Poderão manter o “rating” por algum tempo, ver como as coisas correm, e se correrem pior que o projectado, o que achamos que é o mais provável que aconteça, então cortam-no. E então Portugal terá custos de financiamento mais elevados e precisará de adoptar mais cortes de despesa. Avançar com mais ambição logo à partida poderia evitar estes contratempos e aumentar as probabilidades de sucesso.
"O PEC vai na direcção correcta mas é pouco ambicioso nos cortes de despesa"
Das é entre os especialistas ouvidos pelo Negócios o mais céptico quanto ao plano de consolidação orçamental português. Pensa que não será cumprido, porque tem hipóteses demasiado optimistas do lado do crescimento e da receita e é curto nos cortes de despesa.
--------------------------------------------------------------------------------
Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt
Das é entre os especialistas ouvidos pelo Negócios o mais céptico quanto ao plano de consolidação orçamental português. Pensa que não será cumprido, porque tem hipóteses demasiado optimistas do lado do crescimento e da receita e é curto nos cortes de despesa.
O economista da Roubini Global Economics defende que o Governo deveria ter sido mais além para evitar cortes de “rating” e colocar a economia portuguesa numa situação sustentável.
Que avaliação faz do plano de austeridade português?
O plano vai na direcção correcta, mas é demasiado ambicioso nas projecções de crescimento e pouco ambicioso nos cortes de despesa. Em termos de crescimento, parece difícil crescer tanto sem implementar reformas estruturais no mercado de trabalho, nos sérvios e em outras áreas. Isto é essencial para resolver os problemas de competitividade. Do lado orçamental, os cortes de despesa podem ser difíceis de implementar e dolorosos mas, ao contrário das receitas, os gastos são uma variável controlável. Isto pode parecer duro, mas nós sabemos que isto é o que mais provavelmente funcionará.
Os objectivo de défice e divida não serão atingidos?
Pensamos que a dívida irá continuar a crescer para níveis superiores aos projectados pelo Governo. Portugal não está sozinho neste campo. Isso irá acontecer em todos os países do “Club Med”, com excepção, talvez, da Itália.
Não há um risco, com medidas de consolidação mais duras, de a economia cair de nova em recessão?
O problema é que na periferia da Zona Euro há problemas de competitividade e desequilíbrios orçamentais que levarão tempo a resolverem-se. Se o programa de consolidação não for suficientemente credível, há o risco de, no futuro, não só Portugal precisar de mais cortes de despesas, como de enfrentar custos de financiamento muito mais elevados. O problema nos países do Sul da Europa está longe de estar resolvido.
Acha que as agência de notação de risco vão inevitavelmente cortar o rating português?
Não necessariamente. Poderão manter o “rating” por algum tempo, ver como as coisas correm, e se correrem pior que o projectado, o que achamos que é o mais provável que aconteça, então cortam-no. E então Portugal terá custos de financiamento mais elevados e precisará de adoptar mais cortes de despesa. Avançar com mais ambição logo à partida poderia evitar estes contratempos e aumentar as probabilidades de sucesso.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Diego Iscaro, economista da IHS Global Insight
"Parece-me que o plano está bem equilibrado"
O economista da IHS Global Insight acha que as estimativas de crescimento "parecem razoáveis , e avisa que a economia ainda permanece extremamente frágil".
--------------------------------------------------------------------------------
Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt
O economista da IHS Global Insight acha que as estimativas de crescimento “parecem razoáveis”, e avisa que a economia “ainda permanece extremamente frágil”.
Diz que Portugal a abordagem portuguesa à consolidação é “conservadora”, mas dá-lhe nota positiva: “Portugal, como outros países altamente endividados da Zona Euro, precisa de uma consolidação orçamental forte, mas não tão ambiciosa que deprima acentuadamente a economia e traga de volta a recessão, o que tornaria ainda mais difícil colocar as finanças públicas numa trajectória sustentável”
O Governo espera uma taxa de crescimento média de cerca de 1,2% entre 2010 e 2013, o que é mais elevado que a média de 2002 e 2008. Parece-lhe razoável?
Parece-nos que as estimativas parecem razoáveis neste momento no tempo. No entanto, há vários riscos às previsões. A economia ainda permanece extremamente frágil, e há vários riscos em baixa. Uma política orçamental restritiva, desemprego elevado, e a necessidade das empresas e dos consumidores de reduzirem os seus elevados níveis de endividamento irão manter a procura interna sob pressão no médio prazo. Entretanto, a competitividade externa extremamente fraca da economia – apesar de diferencias de inflação em queda face aos outros membros da Zona Euro – e o crescimento fraco dos parceiros comerciais vão pesar no desempenho do sector externo.
A consolidação entre 2010 e 2013 (5,5 pontos percentuais, de 8,3% para 2,8%) é conseguida metade (51% ou 2,8 pontos) por um aumento de receitas e metade por um corte de despesa (49% ou 2,7 pontos). É razoável? É suficientemente ambicioso?
O Governo português está a adoptar uma abordagem conservadora para reequilibrar as suas contas, consciente de que a recuperação na actividade que se iniciou no segundo trimestre de 2009, não é suficientemente robusta para aguentar um aperto forte da politica orçamental. De facto, a economia cresceu, numa base trimestral, durante os segundos e terceiro trimestres do ano passado – e terá estagnado no quarto trimestre – principalmente por factores temporários como o forte estímulo orçamental, as taxas de juros em mínimos históricos, e inflação em queda.
Qual é a sua avaliação geral do plano apresentado?
Creio que é uma estratégia relativamente arriscada devido às razões que apresentei na primeira resposta, isto é, a fragilidade da economia. Mas um aperto mais forte poderia arriscar uma deterioração mais pronunciada da economia. Portugal, como outros países altamente endividados da Zona Euro, precisa de uma consolidação orçamental forte, mas não tão ambiciosa que deprima acentuadamente a economia e traga de volta a recessão, o que tornaria ainda mais difícil colocar as finanças públicas numa trajectória sustentável. Desse ponte de vista, parece-me que o plano está bem equilibrado.
Acredita que o plano será suficiente para evitar um corte de “rating” pelas principais agências de notação de risco (S&P, Moody’s e Fitch) que têm a dívida portuguesa em “outlook” negativo?
Acredito que seria um erro comparar Portugal à Grécia, e é importante evidenciar que há várias diferenças entre as duas situações. Em primeiro lugar, quer os níveis de dívida, quer os de défice, em termos absolutos e em percentagem do PIB, são significativamente mais baixos em Portugal. Adicionalmente, o governo português tem um histórico de consolidação orçamental impressionante. Tendo dito isto, ao não implementar medidas mais draconianas, Portugal arrisca um corte de “rating”. Todas as principais agência de notação de risco tem o seu “outlook” sobre Portugal em “negativo”, o significa que um corte de “rating” não pode ser excluído. Obviamente, não posso comentar sobre aspectos específicos dos “ratings” atribuídos pelas agências de notação de risco. A IHS Global Insight também tem o “rating” de Portugal em “outlook” negativo, mas nós não vamos baixá-lo. No entanto, um desempenho orçamental pior que o esperado ou uma deterioração da situação económica pode levar-nos a baixar o nosso “rating”.
"Parece-me que o plano está bem equilibrado"
O economista da IHS Global Insight acha que as estimativas de crescimento "parecem razoáveis , e avisa que a economia ainda permanece extremamente frágil".
--------------------------------------------------------------------------------
Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt
O economista da IHS Global Insight acha que as estimativas de crescimento “parecem razoáveis”, e avisa que a economia “ainda permanece extremamente frágil”.
Diz que Portugal a abordagem portuguesa à consolidação é “conservadora”, mas dá-lhe nota positiva: “Portugal, como outros países altamente endividados da Zona Euro, precisa de uma consolidação orçamental forte, mas não tão ambiciosa que deprima acentuadamente a economia e traga de volta a recessão, o que tornaria ainda mais difícil colocar as finanças públicas numa trajectória sustentável”
O Governo espera uma taxa de crescimento média de cerca de 1,2% entre 2010 e 2013, o que é mais elevado que a média de 2002 e 2008. Parece-lhe razoável?
Parece-nos que as estimativas parecem razoáveis neste momento no tempo. No entanto, há vários riscos às previsões. A economia ainda permanece extremamente frágil, e há vários riscos em baixa. Uma política orçamental restritiva, desemprego elevado, e a necessidade das empresas e dos consumidores de reduzirem os seus elevados níveis de endividamento irão manter a procura interna sob pressão no médio prazo. Entretanto, a competitividade externa extremamente fraca da economia – apesar de diferencias de inflação em queda face aos outros membros da Zona Euro – e o crescimento fraco dos parceiros comerciais vão pesar no desempenho do sector externo.
A consolidação entre 2010 e 2013 (5,5 pontos percentuais, de 8,3% para 2,8%) é conseguida metade (51% ou 2,8 pontos) por um aumento de receitas e metade por um corte de despesa (49% ou 2,7 pontos). É razoável? É suficientemente ambicioso?
O Governo português está a adoptar uma abordagem conservadora para reequilibrar as suas contas, consciente de que a recuperação na actividade que se iniciou no segundo trimestre de 2009, não é suficientemente robusta para aguentar um aperto forte da politica orçamental. De facto, a economia cresceu, numa base trimestral, durante os segundos e terceiro trimestres do ano passado – e terá estagnado no quarto trimestre – principalmente por factores temporários como o forte estímulo orçamental, as taxas de juros em mínimos históricos, e inflação em queda.
Qual é a sua avaliação geral do plano apresentado?
Creio que é uma estratégia relativamente arriscada devido às razões que apresentei na primeira resposta, isto é, a fragilidade da economia. Mas um aperto mais forte poderia arriscar uma deterioração mais pronunciada da economia. Portugal, como outros países altamente endividados da Zona Euro, precisa de uma consolidação orçamental forte, mas não tão ambiciosa que deprima acentuadamente a economia e traga de volta a recessão, o que tornaria ainda mais difícil colocar as finanças públicas numa trajectória sustentável. Desse ponte de vista, parece-me que o plano está bem equilibrado.
Acredita que o plano será suficiente para evitar um corte de “rating” pelas principais agências de notação de risco (S&P, Moody’s e Fitch) que têm a dívida portuguesa em “outlook” negativo?
Acredito que seria um erro comparar Portugal à Grécia, e é importante evidenciar que há várias diferenças entre as duas situações. Em primeiro lugar, quer os níveis de dívida, quer os de défice, em termos absolutos e em percentagem do PIB, são significativamente mais baixos em Portugal. Adicionalmente, o governo português tem um histórico de consolidação orçamental impressionante. Tendo dito isto, ao não implementar medidas mais draconianas, Portugal arrisca um corte de “rating”. Todas as principais agência de notação de risco tem o seu “outlook” sobre Portugal em “negativo”, o significa que um corte de “rating” não pode ser excluído. Obviamente, não posso comentar sobre aspectos específicos dos “ratings” atribuídos pelas agências de notação de risco. A IHS Global Insight também tem o “rating” de Portugal em “outlook” negativo, mas nós não vamos baixá-lo. No entanto, um desempenho orçamental pior que o esperado ou uma deterioração da situação económica pode levar-nos a baixar o nosso “rating”.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Kevin Dunning, economista da Economist Inteligence Unit
"Penso que é um plano respeitável e sério para consolidar as contas públicas portuguesas"
Kevin Dunning avisa para vários riscos no plano de consolidação orçamental português, nomeadamente previsões demasiado optimistas do lado da receita e do crescimento económico, e também o perigo da instabilidade política dificultar a sua implementação.
--------------------------------------------------------------------------------
Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt
Kevin Dunning avisa para vários riscos no plano de consolidação orçamental português, nomeadamente previsões demasiado optimistas do lado da receita e do crescimento económico, e também o perigo da instabilidade política dificultar a sua implementação.
Ainda assim, o responsável na Economist Intelligence Unit pelo acompanhamento da economia nacional, dá nota positiva ao que já se conhece do plano de consolidação orçamental.
“Penso que é um plano respeitável e sério para consolidar as contas públicas portuguesas”, diz, acrescentando que “se o défice português ficar razoavelmente próximo [mas acima] dos 3% em 2013, isso será, ainda assim, um feito colossal – apesar de conseguido com um custo económico considerável”
O Governo espera uma taxa de crescimento média de cerca de 1,2% entre 2010 e 2013, o que é mais elevado que a média de 2002 e 2008. Parece-lhe razoável?
Parece-me que é uma projecção de crescimento do PIB demasiado optimista, que não leva em linha de conta os efeitos da contenção orçamental nas outras componentes do PIB. Os cortes no sector público irão provavelmente afectar negativamente a confiança dos consumidores e o rendimento disponível, o que significa que o crescimento do consumo privado será fraco. A previsão de crescimento também depende bastante de um crescimento forte das exportações, num momento em que os parceiros comerciais de Portugal terão de lutar muito para criarem uma procura tão elevada, dado que também eles estarão a cortar os seus défices orçamentais ao mesmo tempo.
A consolidação entre 2010 e 2013 (5,5 pontos percentuais, de 8,3% para 2,8%) é conseguida metade (51% ou 2,8 pontos) por um aumento de receitas e metade por um corte de despesa (49% ou 2,7 pontos). É razoável? É suficientemente ambicioso?
O plano para obter metade da consolidação através cortes de despesa e metade por um aumento de receita é certamente razoável, e provavelmente o método politicamente mais aceitável de repartir a dor económica das medidas de austeridade. O calendário do plano é certamente muito ambicioso, o facto de colocar a maior parte do esforço de ajustamento orçamental nos últimos anos é menos bem-vindo.
Em geral, os cortes de despesa tendem a ser uma forma mais eficaz de cortar o défice do que aumentar a receita. No caso português, por exemplo, sabemos que parte do aumento da receita é esperado de medidas extraordinárias como as privatizações e cortes em despesa de capital. A sustentabilidade da consolidação orçamental está mais em risco devido a estas medidas extraordinárias, pois não são de natureza estrutural. Por outro lado, temos de reconhecer as realidades do ambiente político e económico, e perceber que prometer cortes de despesa demasiado fortes é uma opção politicamente insustentável.
Dos 2,8 pontos de PIB aumento de receita, 0,8 pontos vêm de mais impostos (nomeadamente através de cortes nas deduções fiscais na Saúde e na Educação, e de um novo escalão de IRS mais elevado para os rendimentos mais elevados). Os restantes vêm do efeito da retoma económica nas receitas fiscais. Quão arriscada é esta hipótese sobre a melhoria cíclica da economia que explica quase 2/3 da consolidação total?
As expectativas sobre a melhoria cíclica é o elemento mais arriscado das hipóteses do Governo, porque os cortes esperados na despesa deverão contrariar a recuperação cíclica. Isto irá ter um impacto negativo nas receitas fiscais. Os impostos, por oposição, são uma variável mais controlável pelo governo, embora tenha um custo politico.
Qual é a sua avaliação geral do plano apresentado?
Penso que é um plano respeitável e sério para consolidar as contas públicas portuguesas, mas que faz projecções económicas demasiado optimistas (no crescimento do PIB, das exportações, na inflação e no desemprego) numa tentativa de trazer o défice para valores inferiores a 3%.
Também me parece que o calendário, imposto pelas regras da Zona Euro e pela impaciência dos mercados financeiros, é demasiado ambicioso. No entanto, se o défice português ficar razoavelmente próximo dos 3% em 2013, isso será, ainda assim, um feito colossal – apesar de conseguido com um custo económico considerável.
Os principais riscos do plano nascem do perigo dos cortes orçamentais ameaçarem a recuperação; de impulsos deflacionistas resultantes do impacto dos cortes de despesa na procura interna (ameaçando um aumento mais rápido do peso da dívida pública no PIB); das projecções de crescimento da receita com privatizações, que são demasiado optimistas; e, muito importante, do risco político de a implementação do plano ser minada pela oposição política aos cortes de despesa. O governo tem uma tarefa impressionante pela frente, primeiro para vender os cortes orçamentais à população e à Função Pública, e depois para os implementar.
"Penso que é um plano respeitável e sério para consolidar as contas públicas portuguesas"
Kevin Dunning avisa para vários riscos no plano de consolidação orçamental português, nomeadamente previsões demasiado optimistas do lado da receita e do crescimento económico, e também o perigo da instabilidade política dificultar a sua implementação.
--------------------------------------------------------------------------------
Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt
Kevin Dunning avisa para vários riscos no plano de consolidação orçamental português, nomeadamente previsões demasiado optimistas do lado da receita e do crescimento económico, e também o perigo da instabilidade política dificultar a sua implementação.
Ainda assim, o responsável na Economist Intelligence Unit pelo acompanhamento da economia nacional, dá nota positiva ao que já se conhece do plano de consolidação orçamental.
“Penso que é um plano respeitável e sério para consolidar as contas públicas portuguesas”, diz, acrescentando que “se o défice português ficar razoavelmente próximo [mas acima] dos 3% em 2013, isso será, ainda assim, um feito colossal – apesar de conseguido com um custo económico considerável”
O Governo espera uma taxa de crescimento média de cerca de 1,2% entre 2010 e 2013, o que é mais elevado que a média de 2002 e 2008. Parece-lhe razoável?
Parece-me que é uma projecção de crescimento do PIB demasiado optimista, que não leva em linha de conta os efeitos da contenção orçamental nas outras componentes do PIB. Os cortes no sector público irão provavelmente afectar negativamente a confiança dos consumidores e o rendimento disponível, o que significa que o crescimento do consumo privado será fraco. A previsão de crescimento também depende bastante de um crescimento forte das exportações, num momento em que os parceiros comerciais de Portugal terão de lutar muito para criarem uma procura tão elevada, dado que também eles estarão a cortar os seus défices orçamentais ao mesmo tempo.
A consolidação entre 2010 e 2013 (5,5 pontos percentuais, de 8,3% para 2,8%) é conseguida metade (51% ou 2,8 pontos) por um aumento de receitas e metade por um corte de despesa (49% ou 2,7 pontos). É razoável? É suficientemente ambicioso?
O plano para obter metade da consolidação através cortes de despesa e metade por um aumento de receita é certamente razoável, e provavelmente o método politicamente mais aceitável de repartir a dor económica das medidas de austeridade. O calendário do plano é certamente muito ambicioso, o facto de colocar a maior parte do esforço de ajustamento orçamental nos últimos anos é menos bem-vindo.
Em geral, os cortes de despesa tendem a ser uma forma mais eficaz de cortar o défice do que aumentar a receita. No caso português, por exemplo, sabemos que parte do aumento da receita é esperado de medidas extraordinárias como as privatizações e cortes em despesa de capital. A sustentabilidade da consolidação orçamental está mais em risco devido a estas medidas extraordinárias, pois não são de natureza estrutural. Por outro lado, temos de reconhecer as realidades do ambiente político e económico, e perceber que prometer cortes de despesa demasiado fortes é uma opção politicamente insustentável.
Dos 2,8 pontos de PIB aumento de receita, 0,8 pontos vêm de mais impostos (nomeadamente através de cortes nas deduções fiscais na Saúde e na Educação, e de um novo escalão de IRS mais elevado para os rendimentos mais elevados). Os restantes vêm do efeito da retoma económica nas receitas fiscais. Quão arriscada é esta hipótese sobre a melhoria cíclica da economia que explica quase 2/3 da consolidação total?
As expectativas sobre a melhoria cíclica é o elemento mais arriscado das hipóteses do Governo, porque os cortes esperados na despesa deverão contrariar a recuperação cíclica. Isto irá ter um impacto negativo nas receitas fiscais. Os impostos, por oposição, são uma variável mais controlável pelo governo, embora tenha um custo politico.
Qual é a sua avaliação geral do plano apresentado?
Penso que é um plano respeitável e sério para consolidar as contas públicas portuguesas, mas que faz projecções económicas demasiado optimistas (no crescimento do PIB, das exportações, na inflação e no desemprego) numa tentativa de trazer o défice para valores inferiores a 3%.
Também me parece que o calendário, imposto pelas regras da Zona Euro e pela impaciência dos mercados financeiros, é demasiado ambicioso. No entanto, se o défice português ficar razoavelmente próximo dos 3% em 2013, isso será, ainda assim, um feito colossal – apesar de conseguido com um custo económico considerável.
Os principais riscos do plano nascem do perigo dos cortes orçamentais ameaçarem a recuperação; de impulsos deflacionistas resultantes do impacto dos cortes de despesa na procura interna (ameaçando um aumento mais rápido do peso da dívida pública no PIB); das projecções de crescimento da receita com privatizações, que são demasiado optimistas; e, muito importante, do risco político de a implementação do plano ser minada pela oposição política aos cortes de despesa. O governo tem uma tarefa impressionante pela frente, primeiro para vender os cortes orçamentais à população e à Função Pública, e depois para os implementar.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Portugal pode perder 140 milhões com adiamento da ligação Porto-Vigo
Com o adiamento de dois anos da construção da ligação em alta velocidade entre Porto e Vigo, Portugal arrisca perder fundos comunitários de 140 milhões de euros.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Com o adiamento de dois anos da construção da ligação em alta velocidade entre Porto e Vigo, Portugal arrisca perder fundos comunitários de 140 milhões de euros.
O "Diário Económico" e o "Sol" avançam na edição de hoje, e citando fonte oficial da Comissão Europeia, que perante a opção do Governo, inscrita no Programa de Estabilidade e Crescimento, “a perda de co-financiamento europeu não pode ser afastada, embora não seja uma consequência automática”.
Na passada segunda-feira, em declarações à Lusa, o secretário de Estado dos Transportes garantiu que o adiamento das ligações Lisboa-Porto e Porto-Vigo não põe em causa os fundos comunitários atribuídos.
"Isto [o adiamento] não tem qualquer incidência em termos de financiamentos. Está dentro dos prazos para conseguirmos os financiamentos" comunitários, assegurou Correia da Fonseca.
O "Sol" recorda que Bruxelas aprovou 244 milhões especificamente para a ligação Porto-Vigo, dos quais 141 milhões se destinavam a Portugal.
O jornal refere ainda, citando a mesma fonte, que Portugal terá de enviar, até ao fim do mês, à agência europeia que gere o fundo RTE - redes transfronteiriças de transporte na Europa - um relatório anual sobre a execução do projecto da alta velocidade.
Qualquer pedido de adiamento será avaliado nos meses seguintes e "só após essa análise poderão ser determinadas as consequências", refere o "Sol"
Com o adiamento de dois anos da construção da ligação em alta velocidade entre Porto e Vigo, Portugal arrisca perder fundos comunitários de 140 milhões de euros.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Com o adiamento de dois anos da construção da ligação em alta velocidade entre Porto e Vigo, Portugal arrisca perder fundos comunitários de 140 milhões de euros.
O "Diário Económico" e o "Sol" avançam na edição de hoje, e citando fonte oficial da Comissão Europeia, que perante a opção do Governo, inscrita no Programa de Estabilidade e Crescimento, “a perda de co-financiamento europeu não pode ser afastada, embora não seja uma consequência automática”.
Na passada segunda-feira, em declarações à Lusa, o secretário de Estado dos Transportes garantiu que o adiamento das ligações Lisboa-Porto e Porto-Vigo não põe em causa os fundos comunitários atribuídos.
"Isto [o adiamento] não tem qualquer incidência em termos de financiamentos. Está dentro dos prazos para conseguirmos os financiamentos" comunitários, assegurou Correia da Fonseca.
O "Sol" recorda que Bruxelas aprovou 244 milhões especificamente para a ligação Porto-Vigo, dos quais 141 milhões se destinavam a Portugal.
O jornal refere ainda, citando a mesma fonte, que Portugal terá de enviar, até ao fim do mês, à agência europeia que gere o fundo RTE - redes transfronteiriças de transporte na Europa - um relatório anual sobre a execução do projecto da alta velocidade.
Qualquer pedido de adiamento será avaliado nos meses seguintes e "só após essa análise poderão ser determinadas as consequências", refere o "Sol"
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Belmiro de Azevedo
Não há crescimento nem estabilidade no PEC
Belmiro de Azevedo teceu hoje críticas ao Plano de Estabilidade e Crescimento apresentando pelo Governo esta semana, defendendo os investimentos de rápida execução que criem emprego. Quanto aos grandes investimentos, como o TGV, acredita que não será executados nos próximos 10 anos.
--------------------------------------------------------------------------------
Germano Oliveira
Belmiro de Azevedo teceu hoje críticas ao Plano de Estabilidade e Crescimento apresentando pelo Governo esta semana, defendendo os investimentos de rápida execução que criem emprego. Quanto aos grandes investimentos, como o TGV, acredita que não será executados nos próximos 10 anos.
Solicitado pelos jornalistas a dar a sua opinião sobre o PEC, Belmiro de Azevedo, hoje classificado como o segundo homem mais rico de Portugal, afirmou que “crescimento não estou a vê-lo e estabilidade também não se consegue ver lá”.
No Palácio da Bolsa, onde hoje foi constituído sócio honorário da Associação Comercial do Porto, Belmiro defendeu que Portugal precisa de “muito investimento, de pequeno e médio porte”, mas “não precisamos nada de grandes investimentos”.
“Não temos dinheiro para grandes investimentos. O pouco dinheiro que temos deve ser para investimentos de rápida execução, de criação de muito emprego”, defendeu Belmiro de Azevedo, acrescentando que “há empregos que custam 500 euros e até hé empregos bastante evoluídos que custam um milhão”.
Quanto ao TGV, que o Governo decidiu adiar por dois anos nas linhas Lisboa-Porto e Porto-Vigo, “ninguém sabe” quanto custa, acrescentou.
“Além do mais”, explicou Belmiro de Azevedo, o investimento no TGV “tem efeitos muito nocivos no custo do dinheiro e se se arranjar esse dinheiro ele encarece para o Estado, para todos nós e para as empresas”.
O líder da Sonae disse mesmo que apesar de o Governo manter a linha TGV de Lisboa para Madrid, não acredita que ela avance.
“Tenho a certeza que esses investimentos não vão ser feitos nos próximos 10 anos”, disse Belmiro de Azevedo.
Não há crescimento nem estabilidade no PEC
Belmiro de Azevedo teceu hoje críticas ao Plano de Estabilidade e Crescimento apresentando pelo Governo esta semana, defendendo os investimentos de rápida execução que criem emprego. Quanto aos grandes investimentos, como o TGV, acredita que não será executados nos próximos 10 anos.
--------------------------------------------------------------------------------
Germano Oliveira
Belmiro de Azevedo teceu hoje críticas ao Plano de Estabilidade e Crescimento apresentando pelo Governo esta semana, defendendo os investimentos de rápida execução que criem emprego. Quanto aos grandes investimentos, como o TGV, acredita que não será executados nos próximos 10 anos.
Solicitado pelos jornalistas a dar a sua opinião sobre o PEC, Belmiro de Azevedo, hoje classificado como o segundo homem mais rico de Portugal, afirmou que “crescimento não estou a vê-lo e estabilidade também não se consegue ver lá”.
No Palácio da Bolsa, onde hoje foi constituído sócio honorário da Associação Comercial do Porto, Belmiro defendeu que Portugal precisa de “muito investimento, de pequeno e médio porte”, mas “não precisamos nada de grandes investimentos”.
“Não temos dinheiro para grandes investimentos. O pouco dinheiro que temos deve ser para investimentos de rápida execução, de criação de muito emprego”, defendeu Belmiro de Azevedo, acrescentando que “há empregos que custam 500 euros e até hé empregos bastante evoluídos que custam um milhão”.
Quanto ao TGV, que o Governo decidiu adiar por dois anos nas linhas Lisboa-Porto e Porto-Vigo, “ninguém sabe” quanto custa, acrescentou.
“Além do mais”, explicou Belmiro de Azevedo, o investimento no TGV “tem efeitos muito nocivos no custo do dinheiro e se se arranjar esse dinheiro ele encarece para o Estado, para todos nós e para as empresas”.
O líder da Sonae disse mesmo que apesar de o Governo manter a linha TGV de Lisboa para Madrid, não acredita que ela avance.
“Tenho a certeza que esses investimentos não vão ser feitos nos próximos 10 anos”, disse Belmiro de Azevedo.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
OE 2010
Limite das garantias a conceder pelo Estado reduzido para 8 mil milhões
O limite máximo das garantias a conceder pelo Estado foi reduzido de 10,15 mil milhões de euros para oito mil milhões de euros após a aprovação de uma proposta de alteração dos socialistas.
--------------------------------------------------------------------------------
Lusa
O limite máximo das garantias a conceder pelo Estado foi reduzido de 10,15 mil milhões de euros para oito mil milhões de euros após a aprovação de uma proposta de alteração dos socialistas.
A proposta de alteração ao artigo 60 foi apresentada pelo PS, depois de forte contestação da oposição no debate da especialidade, tendo inclusivamente sido remetida para plenário.
Esta proposta (aprovada com votos a favor do PS e as abstenções dos restantes grupos parlamentares com excepção do PSD), reduz assim o limite da autorização dada ao Governo para conceder garantias com aval do Estado para os oito mil milhões.
Para além dessa redução, o Governo terá ainda de apresentar trimestralmente um relatório à Assembleia para analisar e dar informações ao Parlamento sobre as garantias prestadas e a sua justificação.
A proposta do PS acautela ainda as preocupações da oposição, eliminando dois números: o primeiro dizia que podiam beneficiar destas garantias os projectos de investimento considerados relevantes por resolução do Conselho de Ministros e o número seguinte que esta norma prevalecia "sobre quaisquer disposições legais em contrário".
O artigo deu azo a várias críticas da oposição no debate da especialidade, com praticamente todos os partidos (excepção feita ao PS) a considerarem que este artigo passava "um cheque em branco" ao Governo.
No debate de hoje, o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, explicou que o limite foi proposto por "prudência" do governo, garantindo que o executivo seria "particularmente exigente e restritivo" na concessão das garantias, mas que a redução proposta pelo PSD (que não foi a votação devido à aprovação da proposta do PS) era demasiado restritiva.
"Quando o governo propõe haver um limite mais elevado do que o ano passado para as garantias não é porque goste especialmente ou por especial capricho (...) Entendemos que, atendendo à crise financeira, às restrições de liquidez com que temos sido confrontados, a prudência aconselha a que possamos dispor de um 'plafond' mais elevado daquele que tem sido disponibilizado nos anos anteriores", disse Costa Pina.
Quanto à redução para seis mil milhões de euros proposta pelo PSD, o governante considerou que tal seria "particularmente insensato".
Para além destes 8 mil milhões de euros, o Governo propõe ainda no orçamento mais cerca de 10 mil milhões de euros de limite em garantias a conceder à banca.
Limite das garantias a conceder pelo Estado reduzido para 8 mil milhões
O limite máximo das garantias a conceder pelo Estado foi reduzido de 10,15 mil milhões de euros para oito mil milhões de euros após a aprovação de uma proposta de alteração dos socialistas.
--------------------------------------------------------------------------------
Lusa
O limite máximo das garantias a conceder pelo Estado foi reduzido de 10,15 mil milhões de euros para oito mil milhões de euros após a aprovação de uma proposta de alteração dos socialistas.
A proposta de alteração ao artigo 60 foi apresentada pelo PS, depois de forte contestação da oposição no debate da especialidade, tendo inclusivamente sido remetida para plenário.
Esta proposta (aprovada com votos a favor do PS e as abstenções dos restantes grupos parlamentares com excepção do PSD), reduz assim o limite da autorização dada ao Governo para conceder garantias com aval do Estado para os oito mil milhões.
Para além dessa redução, o Governo terá ainda de apresentar trimestralmente um relatório à Assembleia para analisar e dar informações ao Parlamento sobre as garantias prestadas e a sua justificação.
A proposta do PS acautela ainda as preocupações da oposição, eliminando dois números: o primeiro dizia que podiam beneficiar destas garantias os projectos de investimento considerados relevantes por resolução do Conselho de Ministros e o número seguinte que esta norma prevalecia "sobre quaisquer disposições legais em contrário".
O artigo deu azo a várias críticas da oposição no debate da especialidade, com praticamente todos os partidos (excepção feita ao PS) a considerarem que este artigo passava "um cheque em branco" ao Governo.
No debate de hoje, o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, explicou que o limite foi proposto por "prudência" do governo, garantindo que o executivo seria "particularmente exigente e restritivo" na concessão das garantias, mas que a redução proposta pelo PSD (que não foi a votação devido à aprovação da proposta do PS) era demasiado restritiva.
"Quando o governo propõe haver um limite mais elevado do que o ano passado para as garantias não é porque goste especialmente ou por especial capricho (...) Entendemos que, atendendo à crise financeira, às restrições de liquidez com que temos sido confrontados, a prudência aconselha a que possamos dispor de um 'plafond' mais elevado daquele que tem sido disponibilizado nos anos anteriores", disse Costa Pina.
Quanto à redução para seis mil milhões de euros proposta pelo PSD, o governante considerou que tal seria "particularmente insensato".
Para além destes 8 mil milhões de euros, o Governo propõe ainda no orçamento mais cerca de 10 mil milhões de euros de limite em garantias a conceder à banca.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Após decisão do Governo
Empresas de inspecção automóvel pedem compensação de 400 milhões ao Estado
Os operadores do sector da inspecção técnica de veículos automóveis vão pedir uma compensação ao Estado no valor de cerca de 400 milhões de euros já em 2010. Esta decisão surge depois do Governo ter hoje aprovado um novo enquadramento legal para o sector.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Os operadores do sector da inspecção técnica de veículos automóveis vão pedir uma compensação ao Estado no valor de cerca de 400 milhões de euros já em 2010. Esta decisão surge depois do Governo ter hoje aprovado um novo enquadramento legal para o sector.
O Governo aprovou hoje um decreto que pretende progressivamente liberalizar a criação de centros de inspecção técnica de veículos, tencionando ainda a prazo impor uma tabela máxima para os preços praticados junto dos consumidores.
Os operadoras consideram que isto “colocará em risco toda esta actividade, o sector empresarial que a desenvolve e a segurança rodoviária em Portugal”
“O sector encara com grande preocupação a forma ligeira e irresponsável com que o Governo está a tratar este tema, tendo em conta que estão em causa questões como a segurança de pessoas e bens nas estradas portuguesas e a estabilidade de um sector empresarial que emprega três mil pessoas, já investiu mais de 500 milhões de euros e já tem os preços de inspecção mais baratos da Europa”, sublinham os operadores em comunicado.
A mesma fonte acrescenta que a “potencial liberalização total do acesso à actividade de inspecção automóvel nos moldes deste anteprojecto de Decreto-Lei provocará danos ao público em geral, às empresas do sector já existentes e à segurança de pessoas e bens nas estradas portuguesas”
Empresas de inspecção automóvel pedem compensação de 400 milhões ao Estado
Os operadores do sector da inspecção técnica de veículos automóveis vão pedir uma compensação ao Estado no valor de cerca de 400 milhões de euros já em 2010. Esta decisão surge depois do Governo ter hoje aprovado um novo enquadramento legal para o sector.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Os operadores do sector da inspecção técnica de veículos automóveis vão pedir uma compensação ao Estado no valor de cerca de 400 milhões de euros já em 2010. Esta decisão surge depois do Governo ter hoje aprovado um novo enquadramento legal para o sector.
O Governo aprovou hoje um decreto que pretende progressivamente liberalizar a criação de centros de inspecção técnica de veículos, tencionando ainda a prazo impor uma tabela máxima para os preços praticados junto dos consumidores.
Os operadoras consideram que isto “colocará em risco toda esta actividade, o sector empresarial que a desenvolve e a segurança rodoviária em Portugal”
“O sector encara com grande preocupação a forma ligeira e irresponsável com que o Governo está a tratar este tema, tendo em conta que estão em causa questões como a segurança de pessoas e bens nas estradas portuguesas e a estabilidade de um sector empresarial que emprega três mil pessoas, já investiu mais de 500 milhões de euros e já tem os preços de inspecção mais baratos da Europa”, sublinham os operadores em comunicado.
A mesma fonte acrescenta que a “potencial liberalização total do acesso à actividade de inspecção automóvel nos moldes deste anteprojecto de Decreto-Lei provocará danos ao público em geral, às empresas do sector já existentes e à segurança de pessoas e bens nas estradas portuguesas”
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Salários de presidentes de junta são 'money for the boys'
Económico com Lusa
11/03/10 18:10
--------------------------------------------------------------------------------
O comentário de Teixeira dos Santos incendiou o debate parlamentar.
Collapse Comunidade
Partilhe: O debate parlamentar ficou marcado por um comentário do ministro sobre a inscrição no OE de 5 milhões de euros para remunerações dos presidentes de junta.
"A lei das Finanças Locais já incorpora o montante necessário para remunerar os membros eleitos das juntas de freguesia. O que está em causa é uma expressão que esteve muito em voga tempos atrás e que eu vou parafrasear: o que está em causa é `money for the boys´", afirmou Teixeira dos Santos no debate do Orçamento do Estado para 2010.
A expressão foi usada por António Guterres, quando chegou ao Governo, em 1995, assegurando que com ele à frente do Executivo não haveria "money for the boys", referindo-se ao cargos no aparelho do estado feitos por nomeação política. Porém, Guterres acabaria por fazer diversas nomeações desse tipo.
Oposição indignada
A frase de Teixeira dos Santos suscitou de imediato a indignação das bancadas da oposição, com o deputado do PCP Honório Novo a criticar o que considerou uma "expressão indigna".
"Não sei as linhas com que o seu Governo se cose para utilizar essa expressão, mas do que nós estamos a falar é de eleitos", afirmou, aplaudido pelo BE e pelo PSD.
Para o PSD, retirar as remunerações das transferências para as autarquias significa, na prática, diminuir essas transferências.
Do lado do BE, o deputado Francisco Louçã acusou o ministro de "incendiar o debate", e afirmou que os dois "administradores da Portugal Telecom (PT) que o Governo nomeou ganharam em prémios" o mesmo valor que a oposição pede para os eleitos que presidem às juntas de freguesia.
No mesmo sentido, o líder da bancada do CDS-PP, Pedro Mota Soares, afirmou que os "`boys´ são aqueles nomeados pelo Estado nas empresas públicas "sem terem currículo".
"`Boys´ são pessoas como o dr. Rui Pedro Soares que ganharam milhões na PT sem terem currículo unicamente por ser amigo. Não chame `boys´ a presidentes de junta, chame `boys´ aos seus amigos, aos amigos do PS", afirmou.
Num pedido de defesa da honra, o deputado do PSD João Figueiredo, que se apresentou como presidente de uma junta de freguesia, pediu ao ministro das Finanças que se retractasse.
"Eu não sou consultor, nem autor de parecer. Não me incluo no conceito do "`money for de boys´". O que o ministro de Estado fez é uma afronta, que eu enquanto presidente de junta, não posso aceitar", disse.
No entanto, Teixeira dos Santos não apresentou qualquer pedido de desculpas, considerando que as bancadas da oposição se "refugiaram num `fait-divers´" para "fugir à verdade".
Económico com Lusa
11/03/10 18:10
--------------------------------------------------------------------------------
O comentário de Teixeira dos Santos incendiou o debate parlamentar.
Collapse Comunidade
Partilhe: O debate parlamentar ficou marcado por um comentário do ministro sobre a inscrição no OE de 5 milhões de euros para remunerações dos presidentes de junta.
"A lei das Finanças Locais já incorpora o montante necessário para remunerar os membros eleitos das juntas de freguesia. O que está em causa é uma expressão que esteve muito em voga tempos atrás e que eu vou parafrasear: o que está em causa é `money for the boys´", afirmou Teixeira dos Santos no debate do Orçamento do Estado para 2010.
A expressão foi usada por António Guterres, quando chegou ao Governo, em 1995, assegurando que com ele à frente do Executivo não haveria "money for the boys", referindo-se ao cargos no aparelho do estado feitos por nomeação política. Porém, Guterres acabaria por fazer diversas nomeações desse tipo.
Oposição indignada
A frase de Teixeira dos Santos suscitou de imediato a indignação das bancadas da oposição, com o deputado do PCP Honório Novo a criticar o que considerou uma "expressão indigna".
"Não sei as linhas com que o seu Governo se cose para utilizar essa expressão, mas do que nós estamos a falar é de eleitos", afirmou, aplaudido pelo BE e pelo PSD.
Para o PSD, retirar as remunerações das transferências para as autarquias significa, na prática, diminuir essas transferências.
Do lado do BE, o deputado Francisco Louçã acusou o ministro de "incendiar o debate", e afirmou que os dois "administradores da Portugal Telecom (PT) que o Governo nomeou ganharam em prémios" o mesmo valor que a oposição pede para os eleitos que presidem às juntas de freguesia.
No mesmo sentido, o líder da bancada do CDS-PP, Pedro Mota Soares, afirmou que os "`boys´ são aqueles nomeados pelo Estado nas empresas públicas "sem terem currículo".
"`Boys´ são pessoas como o dr. Rui Pedro Soares que ganharam milhões na PT sem terem currículo unicamente por ser amigo. Não chame `boys´ a presidentes de junta, chame `boys´ aos seus amigos, aos amigos do PS", afirmou.
Num pedido de defesa da honra, o deputado do PSD João Figueiredo, que se apresentou como presidente de uma junta de freguesia, pediu ao ministro das Finanças que se retractasse.
"Eu não sou consultor, nem autor de parecer. Não me incluo no conceito do "`money for de boys´". O que o ministro de Estado fez é uma afronta, que eu enquanto presidente de junta, não posso aceitar", disse.
No entanto, Teixeira dos Santos não apresentou qualquer pedido de desculpas, considerando que as bancadas da oposição se "refugiaram num `fait-divers´" para "fugir à verdade".
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Portugal emite 1,250 mil milhões em bilhetes do tesouro na próxima semana
O Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) vai realizar, dia 17 de Março pelas 10h30m, um leilão de bilhetes do tesouro com maturidade a 18 de Março de 2011.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
O Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) vai realizar, dia 17 de Março pelas 10h30m, um leilão de bilhetes do tesouro com maturidade a 18 de Março de 2011.
Esta é a segunda emissão de bilhetes de tesouro no espaço de duas semanas. Na semana passada, o Instituto de Gestão do Crédito Público realizou esta dois leilões de bilhetes do tesouro, a 7 e 12 meses, tendo vendido um total de 1,17 mil milhões de euros, com a procura a superar a oferta em mais de três vezes.
Recorde-se que ontem foi também revelado que a emissão de 990 milhões de euros em obrigações do tesouro a 11 anos – um montante superior ao esperado e com um juro abaixo da emissão anterior – mostra que o mercado está mais confiante com Portugal, depois da apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento.
O Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) vai realizar, dia 17 de Março pelas 10h30m, um leilão de bilhetes do tesouro com maturidade a 18 de Março de 2011.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
O Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) vai realizar, dia 17 de Março pelas 10h30m, um leilão de bilhetes do tesouro com maturidade a 18 de Março de 2011.
Esta é a segunda emissão de bilhetes de tesouro no espaço de duas semanas. Na semana passada, o Instituto de Gestão do Crédito Público realizou esta dois leilões de bilhetes do tesouro, a 7 e 12 meses, tendo vendido um total de 1,17 mil milhões de euros, com a procura a superar a oferta em mais de três vezes.
Recorde-se que ontem foi também revelado que a emissão de 990 milhões de euros em obrigações do tesouro a 11 anos – um montante superior ao esperado e com um juro abaixo da emissão anterior – mostra que o mercado está mais confiante com Portugal, depois da apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Risco de uma nova recessão existe", diz BPI
Ana Paula Carvalho, economista do BPI, considera que a revisão hoje em baixa dos números do quarto trimestre, que apontam para um novo recuo da actividade económica, de 0,2%, confirma que "existe o risco de uma nova recessão".
--------------------------------------------------------------------------------
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt
Ana Paula Carvalho, economista do BPI, considera que a revisão hoje em baixa dos números do quarto trimestre, que apontam para um novo recuo da actividade económica, de 0,2%, confirma que “existe o risco de uma nova recessão”.
Ainda assim, acrescenta, “é cedo para retirar ilações para o comportamento da economia” ao longo de 2010. A previsão do BPI é para que a economia cresça 0,5% neste ano (que compara com a previsão de 0,7% do Governo), depois de ter afundado 2,7% em 2009.
Ana Paula Carvalho lembra que os indicadores de confiança cederam terreno no início do ano e que, perante os constrangimentos orçamentais e a persistência recessiva em Espanha, principal destino das exportações portuguesas, “vai ser difícil encontrar factores que suportem com alguma sustentação o crescimento” da economia nacional
Ana Paula Carvalho, economista do BPI, considera que a revisão hoje em baixa dos números do quarto trimestre, que apontam para um novo recuo da actividade económica, de 0,2%, confirma que "existe o risco de uma nova recessão".
--------------------------------------------------------------------------------
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt
Ana Paula Carvalho, economista do BPI, considera que a revisão hoje em baixa dos números do quarto trimestre, que apontam para um novo recuo da actividade económica, de 0,2%, confirma que “existe o risco de uma nova recessão”.
Ainda assim, acrescenta, “é cedo para retirar ilações para o comportamento da economia” ao longo de 2010. A previsão do BPI é para que a economia cresça 0,5% neste ano (que compara com a previsão de 0,7% do Governo), depois de ter afundado 2,7% em 2009.
Ana Paula Carvalho lembra que os indicadores de confiança cederam terreno no início do ano e que, perante os constrangimentos orçamentais e a persistência recessiva em Espanha, principal destino das exportações portuguesas, “vai ser difícil encontrar factores que suportem com alguma sustentação o crescimento” da economia nacional
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
IMF
"Objectivo de crescimento de 0,7% para este ano começa a parecer ambicioso"
A quebra de 0,2% do produto interno bruto (PIB) nacional no quarto trimestre, quando comparado com os três meses anteriores, pode colocar em causa a estimativa do Governo de crescimento económico para este ano. "Começa a parecer ambicioso" afirma o economista Filipe Garcia.
--------------------------------------------------------------------------------
Sara Antunes
saraantunes@negocios.pt
A quebra de 0,2% do produto interno bruto (PIB) nacional no quarto trimestre, quando comparado com os três meses anteriores, pode colocar em causa a estimativa do Governo de crescimento económico para este ano. “Começa a parecer ambicioso” afirma o economista Filipe Garcia.
O economista da IMF – Informação de Mercados Financeiros, realça que os números hoje divulgados “são piores” do que as estimativas anteriores e ainda que outros países da Zona Euro revejam as suas estimativas de evolução económica, a verdade é que estes números “deixam de colocar a economia nacional no pelotão da frente da recuperação da crise”.
“O objectivo de crescimento de 0,7% para este ano, inscrito no PEC, começa a parecer ambicioso em função deste número e de outros indicadores de actividade a que temos tido acesso. Não nos parece que a actividade tenha acelerado de forma muito relevante nos últimos meses, mas o número que todos esperamos ver é a primeira estimativa para o PIB neste primeiro trimestre de 2010”, adianta o analista citado numa nota de análise.
“A IMF mantém a perspectiva que a procura externa será a variável principal na evolução do PIB em 2010. Analisando as outras componentes do produto, vemos pouca confiança e rendimento disponível para que o Consumo Privado e Investimento avancem e os Gastos Governamentais estão também bastante condicionados”, acrescenta a mesma fonte.
"Objectivo de crescimento de 0,7% para este ano começa a parecer ambicioso"
A quebra de 0,2% do produto interno bruto (PIB) nacional no quarto trimestre, quando comparado com os três meses anteriores, pode colocar em causa a estimativa do Governo de crescimento económico para este ano. "Começa a parecer ambicioso" afirma o economista Filipe Garcia.
--------------------------------------------------------------------------------
Sara Antunes
saraantunes@negocios.pt
A quebra de 0,2% do produto interno bruto (PIB) nacional no quarto trimestre, quando comparado com os três meses anteriores, pode colocar em causa a estimativa do Governo de crescimento económico para este ano. “Começa a parecer ambicioso” afirma o economista Filipe Garcia.
O economista da IMF – Informação de Mercados Financeiros, realça que os números hoje divulgados “são piores” do que as estimativas anteriores e ainda que outros países da Zona Euro revejam as suas estimativas de evolução económica, a verdade é que estes números “deixam de colocar a economia nacional no pelotão da frente da recuperação da crise”.
“O objectivo de crescimento de 0,7% para este ano, inscrito no PEC, começa a parecer ambicioso em função deste número e de outros indicadores de actividade a que temos tido acesso. Não nos parece que a actividade tenha acelerado de forma muito relevante nos últimos meses, mas o número que todos esperamos ver é a primeira estimativa para o PIB neste primeiro trimestre de 2010”, adianta o analista citado numa nota de análise.
“A IMF mantém a perspectiva que a procura externa será a variável principal na evolução do PIB em 2010. Analisando as outras componentes do produto, vemos pouca confiança e rendimento disponível para que o Consumo Privado e Investimento avancem e os Gastos Governamentais estão também bastante condicionados”, acrescenta a mesma fonte.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Pilotos da TAP agendam seis dias de greve para este mês
Os pilotos da TAP decidiram realizar uma paralisação de seis dias ainda este mês, garantindo que a greve não vai afectar os voos para a Madeira. Os dias de greve deverão decorrer entre 26 e 31 de Março.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Os pilotos da TAP decidiram realizar uma paralisação de seis dias ainda este mês, garantindo que a greve não vai afectar os voos para a Madeira. Os dias de greve deverão decorrer entre 26 e 31 de Março.
A informação foi avançada pelo Sindicato de Pilotos de Aviação Civil (SPAC), em comunicado, citado pela Lusa.
O Negócios sabe que a reunião, onde ontem se decidiu avançar com a greve, se prolongou até cerca da meia-noite e que contou com 280 votos favoráveis, 110 contra e 22 abstenções.
O SPAC decidiu também mandatar a direcção do sindicato para "rejeitar a proposta da administração relativa à compensação pelos ganhos de produtividade dos pilotos, por ser objectivamente insuficiente, desequilibrada e discriminatória dos pilotos da TAP, face aos demais trabalhadores", refere o comunicado citado pela agência de informação emitido depois do plenário de quarta feira.
Na assembleia, os pilotos da companhia aérea acusaram a administração de tentar, "sem sucesso, intimidar os pilotos através dos processos-crime que decidiu instaurar à direcção do sindicato".
Os pilotos da TAP decidiram realizar uma paralisação de seis dias ainda este mês, garantindo que a greve não vai afectar os voos para a Madeira. Os dias de greve deverão decorrer entre 26 e 31 de Março.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Os pilotos da TAP decidiram realizar uma paralisação de seis dias ainda este mês, garantindo que a greve não vai afectar os voos para a Madeira. Os dias de greve deverão decorrer entre 26 e 31 de Março.
A informação foi avançada pelo Sindicato de Pilotos de Aviação Civil (SPAC), em comunicado, citado pela Lusa.
O Negócios sabe que a reunião, onde ontem se decidiu avançar com a greve, se prolongou até cerca da meia-noite e que contou com 280 votos favoráveis, 110 contra e 22 abstenções.
O SPAC decidiu também mandatar a direcção do sindicato para "rejeitar a proposta da administração relativa à compensação pelos ganhos de produtividade dos pilotos, por ser objectivamente insuficiente, desequilibrada e discriminatória dos pilotos da TAP, face aos demais trabalhadores", refere o comunicado citado pela agência de informação emitido depois do plenário de quarta feira.
Na assembleia, os pilotos da companhia aérea acusaram a administração de tentar, "sem sucesso, intimidar os pilotos através dos processos-crime que decidiu instaurar à direcção do sindicato".
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Américo Amorim e Belmiro de Azevedo entre os mais ricos do mundo
Américo Amorim e Belmiro de Azevedo são os únicos portugueses na lista das pessoas mais ricas do mundo. O empresário Américo Amorim é mesmo o português mais rico do mundo, de acordo com a lista divulgada pela revista "Forbes".
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Américo Amorim e Belmiro de Azevedo são os únicos portugueses na lista das pessoas mais ricas do mundo. O empresário Américo Amorim é mesmo o português mais rico do mundo, de acordo com a lista divulgada pela revista “Forbes”.
Américo Amorim e Belmiro de Azevedo são os únicos portugueses na lista das pessoas mais ricas do mundo. O empresário Américo Amorim é mesmo o português mais rico do mundo, de acordo com a lista divulgada pela revista "Forbes".
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Américo Amorim e Belmiro de Azevedo são os únicos portugueses na lista das pessoas mais ricas do mundo. O empresário Américo Amorim é mesmo o português mais rico do mundo, de acordo com a lista divulgada pela revista “Forbes”.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
OCDE
Recessão roubou quase 3% aos motores da economia portuguesa
Os efeitos da Grande Recessão, como já foi baptizada, vão perdurar por largos anos. No caso português, o potencial de crescimento no longo prazo terá sido amputado em 2,7%, ao passo que o mercado de trabalho encolheu 1,2%. Os cálculos são da OCDE.
--------------------------------------------------------------------------------
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt
Os efeitos da Grande Recessão, como já foi baptizada, vão perdurar por largos anos. No caso português, o potencial de crescimento no longo prazo terá sido amputado em 2,7%, ao passo que o mercado de trabalho encolheu 1,2%. Os cálculos são da OCDE.
Num relatório hoje divulgados sobre as grandes tendências económicas, “Going for Growth”, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico adverte que os trinta países mais desenvolvidos e membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) tem pela frente uma “muito ansiada retoma”, mas estão condenados a atravessar um longo período de crescimento económico “modesto” que será acompanhado por uma boa dose de “ansiedade”. É que se o pior já passou, a descida do nível de vida e do emprego persistirá por muitos anos.
No caso de Portugal, a organização sedeada em Paris calcula que a capacidade de crescimento da economia portuguesa no longo prazo foi “amputada” em 2,7%, tendo o mercado de trabalho sido duradouramente encolhido em 1,2%. Porquê? Fundamentalmente porque o custo e o acesso ao crédito vai continuar a ser mais difícil, numa altura em que os Estados estão sobreendividados, o que tenderá a baixar a produtividade e a aumentar o desemprego de longa duração.
As “tesouradas” em Portugal não são das mais profundas: a média na OCDE é de um perda permanente de crescimento de 3,1% e de emprego de 1,1%, mas vão pesar pesado num país que já tinha uma taxa potencial esmagada, em torno de 1%.
Marcha-atrás nos subsídios e novas infra-estruturas públicas
“A recessão deixou profundas cicatrizes que serão visíveis durante muitos anos”. “A crise fez baixar os níveis de vida e o emprego numa base durável, e ao mesmo tempo, pôs em perigo a sustentabilidade das finanças públicas em muitos dos países da OCDE”, resume o relatório que defende ter chegado o momento de os Governos retirarem algumas das medidas excepcionais decretadas para combater a recessão e estabilizar o sistema financeiro.
O sector automóvel, diz a OCDE, deve ser dos primeiros a quem se deve retirar a “muleta” dos Estados. A organização recomenda ainda que se pondere fazer marcha atrás em novos projectos de infra-estrutura financiados pelos cofres públicos, assim como nos aumentos dos subsídios de desemprego decretados no pico da recessão.
Recessão roubou quase 3% aos motores da economia portuguesa
Os efeitos da Grande Recessão, como já foi baptizada, vão perdurar por largos anos. No caso português, o potencial de crescimento no longo prazo terá sido amputado em 2,7%, ao passo que o mercado de trabalho encolheu 1,2%. Os cálculos são da OCDE.
--------------------------------------------------------------------------------
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt
Os efeitos da Grande Recessão, como já foi baptizada, vão perdurar por largos anos. No caso português, o potencial de crescimento no longo prazo terá sido amputado em 2,7%, ao passo que o mercado de trabalho encolheu 1,2%. Os cálculos são da OCDE.
Num relatório hoje divulgados sobre as grandes tendências económicas, “Going for Growth”, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico adverte que os trinta países mais desenvolvidos e membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) tem pela frente uma “muito ansiada retoma”, mas estão condenados a atravessar um longo período de crescimento económico “modesto” que será acompanhado por uma boa dose de “ansiedade”. É que se o pior já passou, a descida do nível de vida e do emprego persistirá por muitos anos.
No caso de Portugal, a organização sedeada em Paris calcula que a capacidade de crescimento da economia portuguesa no longo prazo foi “amputada” em 2,7%, tendo o mercado de trabalho sido duradouramente encolhido em 1,2%. Porquê? Fundamentalmente porque o custo e o acesso ao crédito vai continuar a ser mais difícil, numa altura em que os Estados estão sobreendividados, o que tenderá a baixar a produtividade e a aumentar o desemprego de longa duração.
As “tesouradas” em Portugal não são das mais profundas: a média na OCDE é de um perda permanente de crescimento de 3,1% e de emprego de 1,1%, mas vão pesar pesado num país que já tinha uma taxa potencial esmagada, em torno de 1%.
Marcha-atrás nos subsídios e novas infra-estruturas públicas
“A recessão deixou profundas cicatrizes que serão visíveis durante muitos anos”. “A crise fez baixar os níveis de vida e o emprego numa base durável, e ao mesmo tempo, pôs em perigo a sustentabilidade das finanças públicas em muitos dos países da OCDE”, resume o relatório que defende ter chegado o momento de os Governos retirarem algumas das medidas excepcionais decretadas para combater a recessão e estabilizar o sistema financeiro.
O sector automóvel, diz a OCDE, deve ser dos primeiros a quem se deve retirar a “muleta” dos Estados. A organização recomenda ainda que se pondere fazer marcha atrás em novos projectos de infra-estrutura financiados pelos cofres públicos, assim como nos aumentos dos subsídios de desemprego decretados no pico da recessão.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Quem está ligado: