O que significaria o bloqueio do Estreito de Ormuz?

[pocoyo]

Por acaso não concordo contigo, acho que o corte deve ser igual para todos. Quanto à diferenciação as taxas de irs tratam disso, o irs é progressivo.

Pois claro, continuar a deixar a torneira a jorrar fortemente para uns (e precisamente em grande medida a torneira que nos colocou "aqui nesta situação") e continuar a aperta-la para outros em direcção ao limite...

Estou a partir do principio que tu sabes que há individuos licenciados e com 5 ou 10 de carreira a levar para casa menos de mil euros limpos e outros em final de carreira ou já reformados antecipadamente em casa, que desempenhavam a mesma função, a levar 2 mil euros e mais!

De uma total justiça cortar a todos por igual sem dúvida...

Acho que têm que aumentar a taxa de irs para os rendimentos mais altos e baixar para os mais baixos.

Se as taxas não estão bem, tem que se acertar, mas acho que dentro de uma instituição o tratamento tem que ser o mesmo para todos, sob pena de haver desmotivação de uma parte deles.

[helderjsm]

Quico até te tenho em boa conta. Mas percebeste-me muito mal se achas que sou "clubista".

Agora é preciso ver que ninguém mas mesmo ninguém ia chegar ao governo especialmente em anos melhores do que este e ia para lá dizer que estava tudo mal.Do gênero: "Ó gente estamos todos fd... vamos lá cortar no pão e na água que é para não irmos dormir para a rua".

Estes posts e estes argumentos chegam sempre em alturas de desgraça. Mas o que me irrita a sério é atirar sempre as culpas para o representante mesmo que as borradas venham de trás ou de nós próprios. Aí sim é como no futebol a culpa é sempre do treinador ou do presidente nunca é dos jogadores até ser demasiado óbvio.

Este governo fez borrada? Sim fez nem vou argumentar isso. Outros fariam melhor? TALVEZ... Fariam pior? TALVEZ... Agora dizer vamos tirar de lá o Socas só porque os tempos são difíceis e queremos ver se os outros fazem melhor? Por amor da santa... Aposto que neste momento os Americanos, Ingleses, Alemães, Italianos, Espanhois e por aí fora devem estar todos contentes com os seus líderes actuais.... Aliás devem lhes estar a construir templos

[MarcoAntonio]

Por acaso não concordo contigo, acho que o corte deve ser igual para todos. Quanto à diferenciação as taxas de irs tratam disso, o irs é progressivo.

Pois claro, continuar a deixar a torneira a jorrar fortemente para uns (e precisamente em grande medida a torneira que nos colocou "aqui nesta situação") e continuar a aperta-la para outros em direcção ao limite...

Estou a partir do principio que tu sabes que há individuos licenciados e com 5 ou 10 de carreira a levar para casa menos de mil euros limpos e outros em final de carreira ou já reformados antecipadamente em casa, que desempenhavam a mesma função, a levar 2 mil euros e mais!

De uma total justiça cortar a todos por igual sem dúvida...

[pepi]

Podes enumerar as medidas de consolidação orçamental (lado da despesa) tomadas por este governo?

Acho que é isto que estás à procura:

Redução da despesa


1 - Eliminação antecipada das medidas anti-crise

As medidas de apoio às empresas e famílias, introduzidas durante a crise, vão acabar mais cedo.

2 – Empresas públicas

O Governo vai reduzir as transferências para o sector empresarial do Estado, através da adopção de medidas de racionalização e saneamento financeiro.

3 - Redução de despesas na Administração Central

As despesas do Estado vão ser reduzidas através dos cortes nas comunicações, representação, limites de despesa aos Fundos e Serviços Autónomos, cativação de suplementos remuneratórios não obrigatórios, congelamento de admissão de pessoal.

4 – Salários dos políticos

O Governo aprovou uma redução de 5% nas remunerações dos titulares de cargos políticos e gestores públicos. Esta medida, que Sócrates considerou ser “simbólica” e com pouco impacto financeiro, serve para dar um sinal de repartição dos custos por todos, acrescentou.

5 - Redução despesas de capital

É nesta rubrica que se reflectirão os cortes nos investimentos públicos já anunciados pelo Governo, com o adiamento das grandes obras públicas, como o novo aeroporto de Lisboa e a terceira travessia sobre o Tejo.

6 – Administração Local

O Governo aprovou uma redução da transferência para as Administrações Regionais e Locais ao abrigo da Lei de Estabilidade Orçamental. O primeiro-ministro não quantificou o valor, que a imprensa avançava ser de 100 milhões de euros. Sócrates afirmou apenas que os responsáveis da administração local aceitaram esta redução das contribuições.

De notar que para o valor apontado para a redução do déficit, a previsão é metade pelo lado da despesa e metade pelo lado da receita (cerca de mil milhões de cada lado).

Marco, tratam-se de princípios vagos e regra geral não mensurados. Como o governo será avaliado do lado da despesa pelo cumprimento deste plano?

Aliás, existem cortes de benefícios dados recentemente (1 - Eliminação antecipada das medidas anti-crise...

Abraços

[pocoyo]

Na verdade, e na minha opinião, Portugal não poderá ficar por aqui, e terá a determinada altura ter que ajustar ainda mais do lado da despesa, o que implicará os salários dos funcionários publicos. A ver vamos se assim não será.

Eu concordo com cortes nos vencimentos dos funcionários públicos mas apenas se for algo nesta linha:

> Corte de 2.5% para vencimentos de 1.500 a 2.000 euros;

> Corte de 5% para vencimentos acima de 2.000 euros;

> Pensionistas incluídos.

Os valores e percentagens não têm de ser exactamente estes...


Cortar a todos por igual não é injusto, é injustíssimo. Porque é exigir que uma geração sofra os sacrifícios da crise muito mais do que outra e porque o problema da desiguldade salarial já é mt acentuado (ainda há dias alguém observava noutro tópico por exemplo que os professores portugueses são, a nível europeu, dos mais mal pagos no início da carreiras e dos mais bem pagos no final da carreira... mas a situação não se limita aos professores, é relativamente generalizada). Acresce ainda que a progressão da carreira já está muito travada agora pelo que esta geração já não chegará na sua generalidade ao topo como ocorreu com as anteriores.

Os pensionistas "também" não podem ser deixados de fora pois são um problema tão grande para a despesa como os que estão no final da carreira e nos seus últimos anos de actividade. Todas as pensões em circunstâncias identicas aos que estão em actividade devem sofrer cortes identicos. Até porque muitos ainda não estão sequer na idade que é agora de reforma!

Contornar estas questões é pedir que uns paguem a crise mais que outros e é agravar o que já injusto e desigual...

Por acaso não concordo contigo, acho que o corte deve ser igual para todos. Quanto à diferenciação as taxas de irs tratam disso, o irs é progressivo.

Quanto à retroactividade do irs, estavam à espera de quê? As mais valias também o foram.

[Quico]

Caro Lion:

Já fui mais partidário de afastar o Sócrates.

Quem fez a "burrada" (13 ou 14 anos de PS) que trate agora de a limpar e de acarretar com as consequências.

Imagina que tinham dado o poder à "velha" (como lhe chamavam nas últimas eleições, e vê-se agora que estava coberta de razão). A esta hora com MFL no governo, e com Socrates "y sus muchachos" e na oposição, estariam a populaça toda a suspirar dos bons velhos tempos sob a alçada do engenheiro. E logo que a casa estivesse em ordem, zás!, lá voltavam os mesmos palhaços despesistas ao poder.

Meu caro, o mal está feito! A factura vai ter que ser paga e vai mesmo! Por isso, deixa esta mediocridade política enterrar-se no lodaçal que criou, para ver se durante os próximos 20 anos, e enquanto o povinho tiver memória, essa corja não volta ao poder!

Abraço.

(P.S. - Caro herderjsm: desculpa lá, mas já não sei que mais é preciso um primeiro ministro fazer para mostrar à saciedade a sua incompetência e desonestidade (pelo menos intelectual). Clubismos guarda-os para o futebol, que aí são mais inócuos...)

[MarcoAntonio]

Podes enumerar as medidas de consolidação orçamental (lado da despesa) tomadas por este governo?

Acho que é isto que estás à procura:

Redução da despesa


1 - Eliminação antecipada das medidas anti-crise

As medidas de apoio às empresas e famílias, introduzidas durante a crise, vão acabar mais cedo.

2 – Empresas públicas

O Governo vai reduzir as transferências para o sector empresarial do Estado, através da adopção de medidas de racionalização e saneamento financeiro.

3 - Redução de despesas na Administração Central

As despesas do Estado vão ser reduzidas através dos cortes nas comunicações, representação, limites de despesa aos Fundos e Serviços Autónomos, cativação de suplementos remuneratórios não obrigatórios, congelamento de admissão de pessoal.

4 – Salários dos políticos

O Governo aprovou uma redução de 5% nas remunerações dos titulares de cargos políticos e gestores públicos. Esta medida, que Sócrates considerou ser “simbólica” e com pouco impacto financeiro, serve para dar um sinal de repartição dos custos por todos, acrescentou.

5 - Redução despesas de capital

É nesta rubrica que se reflectirão os cortes nos investimentos públicos já anunciados pelo Governo, com o adiamento das grandes obras públicas, como o novo aeroporto de Lisboa e a terceira travessia sobre o Tejo.

6 – Administração Local

O Governo aprovou uma redução da transferência para as Administrações Regionais e Locais ao abrigo da Lei de Estabilidade Orçamental. O primeiro-ministro não quantificou o valor, que a imprensa avançava ser de 100 milhões de euros. Sócrates afirmou apenas que os responsáveis da administração local aceitaram esta redução das contribuições.

De notar que para o valor apontado para a redução do déficit, a previsão é metade pelo lado da despesa e metade pelo lado da receita (cerca de mil milhões de cada lado).

[pepi]

Claro que os profetas da desgraça não tem nada a ver com o que se está a passar...

Nem sequer estamos a avançar mais rapidamente para esta consolidação orçamental pesada porque se põem todos a dar ouvidos a agências de rating e outros economistas americanos que parecem querer deitar a europa abaixo para se livrar do sarilho em que se meteram.

Pois claro vamos só culpar os nossos políticos. É mais fácil e é que afinal todos nós faríamos melhor.

Podes enumerar as medidas de consolidação orçamental (lado da despesa) tomadas por este governo?

[MarcoAntonio]

Na verdade, e na minha opinião, Portugal não poderá ficar por aqui, e terá a determinada altura ter que ajustar ainda mais do lado da despesa, o que implicará os salários dos funcionários publicos. A ver vamos se assim não será.

Eu concordo com cortes nos vencimentos dos funcionários públicos mas apenas se for algo nesta linha:

> Corte de 2.5% para vencimentos de 1.500 a 2.000 euros;

> Corte de 5% para vencimentos acima de 2.000 euros;

> Pensionistas incluídos.

Os valores e percentagens não têm de ser exactamente estes...


Cortar a todos por igual não é injusto, é injustíssimo. Porque é exigir que uma geração sofra os sacrifícios da crise muito mais do que outra e porque o problema da desiguldade salarial já é mt acentuado (ainda há dias alguém observava noutro tópico por exemplo que os professores portugueses são, a nível europeu, dos mais mal pagos no início da carreiras e dos mais bem pagos no final da carreira... mas a situação não se limita aos professores, é relativamente generalizada). Acresce ainda que a progressão da carreira já está muito travada agora pelo que esta geração já não chegará na sua generalidade ao topo como ocorreu com as anteriores.

Os pensionistas "também" não podem ser deixados de fora pois são um problema tão grande para a despesa como os que estão no final da carreira e nos seus últimos anos de actividade. Todas as pensões em circunstâncias identicas aos que estão em actividade devem sofrer cortes identicos. Até porque muitos ainda não estão sequer na idade que é agora de reforma!

Contornar estas questões é pedir que uns paguem a crise mais que outros e é agravar o que já injusto e desigual...

[helderjsm]

Claro que os profetas da desgraça não tem nada a ver com o que se está a passar...

Nem sequer estamos a avançar mais rapidamente para esta consolidação orçamental pesada porque se põem todos a dar ouvidos a agências de rating e outros economistas americanos que parecem querer deitar a europa abaixo para se livrar do sarilho em que se meteram.

Pois claro vamos só culpar os nossos políticos. É mais fácil e é que afinal todos nós faríamos melhor.

[pepi]

Muito pouco foi feito do lado da despesa num estado que gasta demais e há muito tempo. A maioria das medidas resumem-se apenas a taxar mais e como tal não se está a combater o real problema do Estado. Vão ter de haver cortes mas cortes a sério.

JCS

JCS, na entrevista de ontem do PM quantas medidas foram apresentadas para seriamente atacar a despesa? Não me lembro de nenhuma...

Embora nunca tenha votado PS, achei que no do seu mandato houve alguma vontade reformista (avaliação dos professores, reforma da Seg. Social, etc.), mas por um motivo ou por outro foram arquivadas e esquecidas.

Fiquei chocado com o autismo deste senhor, e acho que é por-lhe um travão enquanto é tempo porque senão poderá ser tarde de mais!

Um abraço

[JCS]

Muito pouco foi feito do lado da despesa num estado que gasta demais e há muito tempo. A maioria das medidas resumem-se apenas a taxar mais e como tal não se está a combater o real problema do Estado. Vão ter de haver cortes mas cortes a sério.

JCS

[José_P.]

Só para apimentar um pouco mais (:D):

PIIGS não é um acronimo de Portugal, mas sim de Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha.

Todos eles impuseram medidas de austeridade, aparentemente ainda mais duras que Portugal impôs.

Na verdade, e na minha opinião, Portugal não poderá ficar por aqui, e terá a determinada altura ter que ajustar ainda mais do lado da despesa, o que implicará os salários dos funcionários publicos. A ver vamos se assim não será.

Mas por agora, porque dizer/pensar/fazer que esta é uma crise especificamente e de origem Portuguesa, quando efectivamente não é! Não somos tão importantes assim, para o bem e para o mal...

[BYPASS]

Eu já não sei até que ponto esta crise, não seja uma justificação para se fazerem determinados ajustes que interessam a algumas forças.
Tudo bem que a crise é real, mas chego a pensar se terá chegado tão fundo, vendo o petróleo aos valores que tem estado e os resultados das grandes empresas continuarem a ser minimamente vistosos.
Acho que andam a tentar equiparar o estilo de vida dos países desenvolvidos ao das restantes economias, com a justificação desta crise. E isso representa a transferência de capitais da classe trabalhadora para as classes mais altas, cavando o fosso sem perder potencial.
Os grandes grupos para continuarem no mesmo estilo economicista de crescimento contínuo tinham de arranjar uma nova estratégia pois o sistema estava a mostrar sinais de esgotamento!

Isto sou só eu a divagar e à espera que digam que tudo isto é uma tonteira minha...

Para além de que a cabeça desta geração já está feita e habituada para "comer pouco e calar" com exemplos de estagiários a custo zero, trabalho precário, fim de regalias e direitos sociais, perda de valores na sociedade. O próximo passo é dar-lhes uma tigela de arroz e deixá-los trabalhar para estarem entretidos e ainda agradecerem.

E viva a PRODUTIVIDADE!

[CrashXXI]

Krugman defende queda relativa dos salários de até 30% em Portugal.

É completamente surreal o que propõe, se é nesses termos literais!

Simplesmente esquece-se dos custos brutais (e refiro-me a custos reais e não subjectivos), que isso causaria, por via da desagragação, caos, insurreições e violência na sociedade!

As pessoas não são simplesmente números (como parece ser o que ele advoga) e não podem ser tratadas como tal, não só como princípio mas, neste caso, porque simplesmente seria impossível conter um caos social de dimensões absolutamente brutais, imprevisíveis e incontroláveis!

Como eu acima disse, será que ele contabilizou esses custos?
Não me parece! Seria pura e simplesmente a condenação à morte de um país e não a sua cura!


Crash

[tonirai]

Segundo os jornais de amanha, as medidas de subida no IRS não são para aplicar em Julho mas sim com efeitos desde Janeiro!

E so clicar nesse link e ir lendo as capas:

A noticia (essa em particular) esta no i


http://noticias.sapo.pt/banca/

Obrigado. Estava agora mesmo a procurar na net por fontes que confirmassem isso, mas nada aparece...

Vejo que a notícia é capa do i, mas ainda tenho esperança que seja um engano qualquer, pelo facto de mais nenhum estar a noticiar algo tão bombástico como esta notícia... isto é surreal!

[Lion_Heart]

Segundo os jornais de amanha, as medidas de subida no IRS não são para aplicar em Julho mas sim com efeitos desde Janeiro!

E so clicar nesse link e ir lendo as capas:

A noticia (essa em particular) esta no i


http://noticias.sapo.pt/banca/

[tonirai]

Segundo os jornais de amanha, as medidas de subida no IRS não são para aplicar em Julho mas sim com efeitos desde Janeiro!

[Lion_Heart]

Eu disse antes das eleições aqui num post que se calhar ninguém queria ser pm, porque este País ia dar o estouro durante este governo.

Mas por outro lado tambem queriam para aproveitar os ultimos milhoes da europa.


A coisa correu pelo pior. Mas infelizmente ja era esperado.

Agora o que nenhum Portugues pode é admitir que NINGUÉM seja responsabilizado por este descalabro!

[atomez]

O tipo está totalmente defensivo

[BYPASS]

Eu já não sei até que ponto esta crise, não seja uma justificação para se fazerem determinados ajustes que interessam a algumas forças.
Tudo bem que a crise é real, mas chego a pensar se terá chegado tão fundo, vendo o petróleo aos valores que tem estado e os resultados das grandes empresas continuarem a ser minimamente vistosos.
Acho que andam a tentar equiparar o estilo de vida dos países desenvolvidos ao das restantes economias, com a justificação desta crise. E isso representa a transferência de capitais da classe trabalhadora para as classes mais altas, cavando o fosso sem perder potencial.
Os grandes grupos para continuarem no mesmo estilo economicista de crescimento contínuo tinham de arranjar uma nova estratégia pois o sistema estava a mostrar sinais de esgotamento!

Isto sou só eu a divagar e à espera que digam que tudo isto é uma tonteira minha...

[Lion_Heart]

Krugman defende queda relativa dos salários de até 30% em Portugal
O prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, acredita que a solução para os desequilíbrios na Zona Euro passa por uma descida dos salários nos países com menor competitividade da região. Dado que Grécia, Espanha e Portugal não podem desvalorizar a moeda, a solução passa por cortar nos salários, diz o professor de Princeton.


Hugo Paula
hugopaula@negocios.pt


O prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, acredita que a solução para os desequilíbrios na Zona Euro passa por uma descida dos salários nos países com menor competitividade da região. Dado que Grécia, Espanha e Portugal não podem desvalorizar a moeda, a solução passa por cortar nos salários, diz o professor de Princeton.

“Com uma moeda única, um ajustamento a choques requer ajustamento nos salários relativos – e como os países da periferia europeia passaram do crescimento à crise, o seu ajustamento tem de ser feito em baixa”, diz Paul Krugman no seu blogue do Wall Street Times, de que é colunista. “Neste altura, os salários na Grécia/Espanha/Portugal/Lituânia/Estónia, etc., precisam de cair qualquer coisa como 20 a 30% face aos salários relativos na Alemanha."

O economista, que esteve em Portugal em 1977, numa equipa do MIT onde estudava, começa por dizer que o que é “surpreendente e frustrante no debate sobre o destino do euro, é a forma como quase todos evitam confrontar a questão essencial”.

Mas ninguém está disposto a dizê-lo, “até o sempre pessimista e portanto realista” colunista do Financial Times, Wolfgang Munchau, diz que “nenhuma das medidas discutidas até agora sequer ensaiam uma resposta às questões de como a Espanha vai sair deste buraco e de como o hiato de competitividade será fechado”.

Depois de reiterar, em maiúsculas, que “os salários na periferia precisam de cair 20 a 30% relativamente à Alemanha”, o economista pergunta “quão difícil será conseguir isto?”

“A Lituânia perseguiu uma austeridade incrivelmente draconiana. O desemprego cresceu de 6% para 22,3% - e os salários estão de facto a cair. Mas mesmo na Lituânia, os custos de trabalho caíram apenas 5,4% face ao seu pico; por isso serão exigidos anos de sofrimento para restaurar a competitividade”.

O debate em torno do euro, que aconteceu por volta de 1990 segundo Krugman, era justamente acerca do facto de “ninguém ter mercados de trabalho assim tão flexíveis”. Mas “se o euro não funciona com salários nominais altamente flexíveis, bem, então não funciona”.

“Em todo o caso”, concluiu ontem no seu blogue, “este é o meu discurso do euro da manhã”.

A Estónia e a Lituânia não pertencem à Zona Euro mas não podem desvalorizar as suas divisas face ao euro porque estão em processo de adesão à moeda única.


in www.negocios.pt

Eu a isto acrescento o corte nas prestações sociais com os tectos ja aqui por mim referidos em mais que um post.

[Mcmad]

Eu ía « noticiar » precisamente isso da retroactividade do imposto! Surreal!

Deve ser só para « testar » tensões. só pode !

[Lion_Heart]

O primeiro-ministro referiu esta noite, na entrevista à RTP, que "não esperava ouvir da boca de um responsável bancário" o que ouviu de Ulrich sublinhando que tais declarações são "irresponsáveis e incendiárias".

António Larguesa
alarguesa@negocios.pt


O primeiro-ministro referiu esta noite, na entrevista à RTP, que "não esperava ouvir da boca de um responsável bancário" o que ouviu de Ulrich sublinhando que tais declarações são "irresponsáveis e incendiárias".

O presidente do BPI afirmou hoje, citado pela edição online do Expresso, "O dia em que batermos na parede não está muito longe. Talvez por semanas. E bater na parede significa, por exemplo, a intervenção do FMI. Lamento mas o país tem que saber".

"Portugal tem dificuldade em financiar-se e não sabemos quando vai deixar de ter, ou se vai deixar ter, só saberemos se conseguirmos financiamento quando o BCE deixar de comprar", acrescentou Fernando Ulrich.

Para Sócrates, “as condições de financiamento da economia é aquilo que nos move. Não o faremos com declarações irresponsáveis e incendiárias. Não esperava ouvir isso da boca de um bancário”.

Confrontado sobre a mudança de discurso entre o final de Abril, quando negou no Parlamento que seria necessário aumentar o IVA, e a decisão de aumentar em um ponto este mesmo imposto, o chefe de Governo respondeu que “o mundo mudou, e de que forma, em duas semanas”. “Tenho a obrigação de conduzir a governação estando atento às realidades”, acrescentou.

in www.negocios.pt

[Lion_Heart]

O que é demais é exagero e este Sr. ja passou todos os limites.

Ou o homem esta a delirar pelo poder ou é um pironamo incontrolavel.


Mas esta na hora de acabar com isso.

Pior não é afastar um lider em tempos de crise, pior é deixa-lo destruir o pouco que resta.

Segundo os jornais de amanha, as medidas de subida no IRS não são para aplicar em Julho mas sim com efeitos desde Janeiro!

E as medidas não são até finais de 2011 mas sim e pelo menos até 2013.

Isto é de loucos , andamos a navegar a vista, a mudar de rumo todos os dias. O que é isto?

E depois temos disto:

José Sócrates: “Fiz tudo para não aumentar os impostos”

Pois não, ate aumentou os f.publicos em ano de eleições em 2,9%!

Claro que fez, o problema foi a Grecia ter dado o estouro primeiro que nós e quando chegou a nossa vez não nos deram paraquedas. Mas sim um apertão!

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que tudo fez para não aumentar os impostos, mas que teve de fazê-lo porque “o Mundo mudou nas últimas três semanas”.

So se for o Mundo dele pois o Mundo dos restantes Portugueses ja era esse desde ha muito tempo. Se ele só deu conta três semanas atras e porque vive na lua ( ou melhor do crédito )

Estas três semanas foram decisivas para que toda a Europa mudasse”, disse José Sócrates.

Toda a Europa não, os PSG . Em especial a Espanha e Portugal quando no passado dia 8 os apertaram a parede e disseram: não ha bailout para voces, desenrasquem-se.


“O que estamos a assistir é um ataque ao Euro. Esse foi o engano da Europa... O ataque à Grécia não era um ataque a um país mas um ataque sistémico e à moeda única”, referiu.


Exacto, a culpa é do euro, essa moeda infernal.


“Nunca deixei de cumprir o meu dever. Ninguém me verá a pedir desculpas por cumpri-lo. Teria de pedir desculpa a todos os portugueses se não tivesse coragem de tomar as medidas necessárias”, sublinhou. “Alguém só precisa de pedir desculpas, quando não faz o que deve”, disse ainda.

Exacto, so pede desculpas quem é responsavel


Ainda sobre as medidas de austeridade, José Sócrates reconheceu que era preciso “tomá-las para que tivessem um resultado imediato”, tendo deixado de lado sugestões que a seu ver não seriam correctas como agir sobre o 13.º mês, o vencimento dos funcionários públicos ou a forte taxação das empresas.


Pois, em salarios e prestações sociais que são o cancro do Estado não se toca . Mas nos pobres coitados que estão no privado ja se toca. Os privados vão a falência , o publico engorda ainda mais.


Sr. José Socrates, esta na hora de ir embora !