OT - Deficit em 7,9%
Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Mais uma vez, a minha questão é que a receita ainda poderia ser maior e a despesa menor, se não pressionássemos tanto o lado da receita. Porque afectamos muito a queda do consumo interno e o aumento do desemprego, ao pressionar a queda do rendimento disponível, que já tinha sido deveras afectado pelo queda abrupta do crédito concedido.
Sim, já percebi que não gostas das opções tomadas.
O que não percebi é o que achas que se poderia ter feito (por exemplo para ter uma receita ainda maior, tal como sugeres).
Bastava termos uma carga de impostos mais baixa.
Se amanhã aumentarmos o IVA para 50%, também achas que vamos ter mais receita?
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PT_Trader Escreveu:Mais uma vez, a minha questão é que a receita ainda poderia ser maior e a despesa menor, se não pressionássemos tanto o lado da receita. Porque afectamos muito a queda do consumo interno e o aumento do desemprego, ao pressionar a queda do rendimento disponível, que já tinha sido deveras afectado pelo queda abrupta do crédito concedido.
Sim, já percebi que não gostas das opções tomadas.
O que não percebi é o que achas que se poderia ter feito (por exemplo para ter uma receita ainda maior, tal como sugeres).
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Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Eu não estou a dizer onde cortava mais, porque isso já está explícito no programa de ajustamento.
Mas tu é que escreveste que o programa era estúpido.
E o que eu estou a perguntar (agora com outras palavras) é isto: onde é que achas que se devia cortar para o programa não ser estúpido?
A parte do programa que eu acho estúpida é carregar tanto no lado da receita... É isso que tenho dito.
Está bem, mas se mantivesses o programa do lado da despesa tal como está e não tivesses pressionado do lado da receita, se calhar agora em vez de 7,9% tinhas 10 ou 11%...
Ou então se calhar agora tinhas 5 ou 6%...
Estou a mandar uns números para o ar, como tu

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MarcoAntonio Escreveu:PT_Trader Escreveu:
Ainda bem![]()
Mas o que é que tu disseste que vai contra ao que eu disse?
A receita corrente (impostos, contribuições, etc) subiu menos de mil milhões de euros enquanto a despesa corrente primária baixou mais de três mil milhões de euros.
No último ano, a consolidação orçamental foi muitissimo mais agressiva do lado da despesa do que do lado da receita.
Mais uma vez, a minha questão é que a receita ainda poderia ser maior e a despesa menor, se não pressionássemos tanto o lado da receita. Porque afectamos muito a queda do consumo interno e o aumento do desemprego, ao pressionar a queda do rendimento disponível, que já tinha sido deveras afectado pelo queda abrupta do crédito concedido.
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PT_Trader Escreveu:Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Eu não estou a dizer onde cortava mais, porque isso já está explícito no programa de ajustamento.
Mas tu é que escreveste que o programa era estúpido.
E o que eu estou a perguntar (agora com outras palavras) é isto: onde é que achas que se devia cortar para o programa não ser estúpido?
A parte do programa que eu acho estúpida é carregar tanto no lado da receita... É isso que tenho dito.
Está bem, mas se mantivesses o programa do lado da despesa tal como está e não tivesses pressionado do lado da receita, se calhar agora em vez de 7,9% tinhas 10 ou 11%...
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MarcoAntonio Escreveu:PT_Trader Escreveu:
Ainda bem![]()
Mas o que é que tu disseste que vai contra ao que eu disse?
A receita corrente (impostos, contribuições, etc) subiu menos de mil milhões de euros enquanto a despesa corrente primária baixou mais de três mil milhões de euros.
No último ano, a consolidação orçamental foi muitissimo mais agressiva do lado da despesa do que do lado da receita.
Com base nesses números, como se explica o agravamento do défice?
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Basicamente está tudo à espera que os cortes aos funcionários públicos resolva os problemas todos. É que as restantes medidas deram em nada e convenhamos que a subida das exportações não se deve a qq medida de governo.
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Elias Escreveu:
E já agora diz-me lá onde é que tu cortavas?
Eu para começar, acabava com o preço certo. Já viram a quantidade de gente que vai aquele programa à custa de todos nós. (São poucos os que vão lá e não agradecem ao presidente da junta o transporte.)
PS. É por isto que em parte a introdução da TDT foi uma grande coisa para mim. Como aquela porcaria a maior parte do tempo não funciona eu não me enervo tanto e ando melhor em termos de saude.
Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Eu não estou a dizer onde cortava mais, porque isso já está explícito no programa de ajustamento.
Mas tu é que escreveste que o programa era estúpido.
E o que eu estou a perguntar (agora com outras palavras) é isto: onde é que achas que se devia cortar para o programa não ser estúpido?
A parte do programa que eu acho estúpida é carregar tanto no lado da receita... É isso que tenho dito.
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PT_Trader Escreveu:
Ainda bem![]()
Mas o que é que tu disseste que vai contra ao que eu disse?
A receita corrente (impostos, contribuições, etc) subiu menos de mil milhões de euros enquanto a despesa corrente primária baixou mais de três mil milhões de euros.
No último ano, a consolidação orçamental foi muitissimo mais agressiva do lado da despesa do que do lado da receita.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
PT_Trader Escreveu:Eu não estou a dizer onde cortava mais, porque isso já está explícito no programa de ajustamento.
Mas tu é que escreveste que o programa era estúpido.
E o que eu estou a perguntar (agora com outras palavras) é isto: onde é que achas que se devia cortar para o programa não ser estúpido?
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Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Já te ocorreu que a austeridade deveria incidir sobretudo no lado da despesa?
Reduções de salários e pensões são corte da despesa.
Reduções de subsídios de desemprego são corte da despesa.
Não estou a dizer que é suficiente, mas gostaria de saber como evoluiu a despesa depois destes cortes (e foi isso que escrevi mais acima).
E já agora diz-me lá onde é que tu cortavas?
Os únicos cortes que referiste são os mais banais e os mais fáceis, que é sacar ao bolso do pessoal. A parte mais difícil não referiste nada.
Eu não estou a dizer onde cortava mais, porque isso já está explícito no programa de ajustamento. Eu manteria a trajectória dos cortes na despesa, só que não pressionava tanto era o lado das receitas. Já ouviste falar na Curva de Laffer (eu sei que já)?
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MarcoAntonio Escreveu:PT_Trader Escreveu:Já te ocorreu que a austeridade deveria incidir sobretudo no lado da despesa?
Novamente, a despesa corrente primária (despesa corrente menos juros) é a parcela que mais está a cair.
Em termos anualizados era de 73235.9 há um ano atrás, foi de 69973.9 no primeiro trimestre deste ano.
Suponho que os números ainda vão ser mais visíveis lá mais para a frente quando incorporarem os cortes de subsídios que foram pagos o ano passado mas não serão pagos este ano, que isto ainda diz apenas respeito ao primeiro trimestre.
Ainda bem

Mas o que é que tu disseste que vai contra ao que eu disse?
A austeridade via redução de despesa é mais morosa de ser feita. No entanto, a austeridade deveria incidir sobretudo nesse lado e libertar a parte das receitas.
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PT_Trader Escreveu:Já te ocorreu que a austeridade deveria incidir sobretudo no lado da despesa?
Reduções de salários e pensões são corte da despesa.
Reduções de subsídios de desemprego são corte da despesa.
Não estou a dizer que é suficiente, mas gostaria de saber como evoluiu a despesa depois destes cortes (e foi isso que escrevi mais acima).
E já agora diz-me lá onde é que tu cortavas?
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Claro que a dívida continua a subir, deveria chegar a 2020 acima de 135% PIB.
Mas e qual era a alternativa. Reduzir o défice de choque? Está a ser experimentado agora e não resulta. Daquela maneira não se destruiria o aparelho empresarial, nem nada do que é viável, mas que está com a corda ao pescoço.
O problema é acompanhar a redução do défice com as devidas reformas. Note-se que isso é essencial para garantir no futuro défices muito baixos.
Um défice muito baixo durante uma década (a seguinte) poderia significar um queda abrupta desse "ratio" dívida/PIB.
Agora com a Economia em colapso, não só não se reduz o défice nem o total de dívida, como se perde a capacidade futura de o fazer.
dj
Mas e qual era a alternativa. Reduzir o défice de choque? Está a ser experimentado agora e não resulta. Daquela maneira não se destruiria o aparelho empresarial, nem nada do que é viável, mas que está com a corda ao pescoço.
O problema é acompanhar a redução do défice com as devidas reformas. Note-se que isso é essencial para garantir no futuro défices muito baixos.
Um défice muito baixo durante uma década (a seguinte) poderia significar um queda abrupta desse "ratio" dívida/PIB.
Agora com a Economia em colapso, não só não se reduz o défice nem o total de dívida, como se perde a capacidade futura de o fazer.
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
PT_Trader Escreveu:Já te ocorreu que a austeridade deveria incidir sobretudo no lado da despesa?
Novamente, a despesa corrente primária (despesa corrente menos juros) é a parcela que mais está a cair.
Em termos anualizados era de 73235.9 há um ano atrás, foi de 69973.9 no primeiro trimestre deste ano.
Suponho que os números ainda vão ser mais visíveis lá mais para a frente quando incorporarem os cortes de subsídios que foram pagos o ano passado mas não serão pagos este ano, que isto ainda diz apenas respeito ao primeiro trimestre.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:artista1939 Escreveu:3,4% do défice para baixar face ao objectivo para este ano em 6 meses... acho que vamos assistir ao anuncio de novas medidas de austeridade para breve.
Não são em 6 meses mas em 9 meses, estes números dizem respeito ao primeiro trimestre.
O primeiro trimestre foi também quando foram atingidos os picos dos juros, que entretanto inverteram e têm estado pautadamente a baixar (aos ziguezagues) nos meses seguintes.
Eu creio que as pessoas se estão a precipitar um pouco em relação a alguns aspectos destes números...
Pessoalmente, eu já tinha escrito noutro tópico, acho que o que precisamos é de tempo. Em relação à austeridade, eu não sou propriamente contra a austeridade mas contra "esta" austeridade e contra o facto de termos de cumprir as metas tão rapidamente e em condições tão adversas.artista1939 Escreveu:A verdade é que já nos foram preparando para isso... é desta que vamos cortar despesa, porque o lado da receita já está gasto...!
A despesa corrente primária é do que mais está a baixar (e esta que o Estado/Governo realmente controla).
O que também naquele trimestre evoluiu desfavoravelmente (resultando que o déficit se mantém na mesma) é a subida dos juros e a queda da receita. Também há um sub-parcela da despesa que está a subir: é a sub-parcela das despesas sociais, a razão porque estas sobem é basicamente a mesma porque as receitas estão a cair, isto é, o atrofio económico (que se repercurte em mais altas taxas de desemprego, nomeadamente).
O Estado/Governo tem de:
> manter a redução da despesa corrente primária (que já está a acontecer);
> levantar o pé da austeridade (pelo menos não introduzir mais medidas mas alguma reengenharia, retirando umas e introduzindo outras possivelmente seria benéfico);
> pedir tempo para cumprir as metas e beneficiar do recuo da taxa de juros, que tendem a evoluir favoravelmente.
Infelizmente parece-me que o custo dos juros que o estado paga vai continuar a aumentar durante algum tempo. Só deve começar efectivamente a baixar daqui a uns 3 ou 4 anos. Porque será nessa altura que terminará o prazo dos BT e OT que o estado emitiu com taxas próximas dos 7%.
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Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:Humm.... parece-me que o aumento "brutal" da carga fiscal não é da responsabilidade da Merkel, mas mesmo que fosse para mim é legitimo que quem empresta, quer saber como lhe vão pagar....
Sim, é legítimo. Mas o problema é que desta forma será mesmo difícil pagar. Basta ver pelos gregos, esses já não vão pagar.
Por acaso já te ocorreu que se não houvesse austeridade não havia guito?
Ou acreditas que nos iam emprestar tanto quanto nós quiséssemos sem exigir condições?
Já te ocorreu que a austeridade deveria incidir sobretudo no lado da despesa?
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Eu sou daqueles que acho que a austeridade pode trazer crescimento.LOL
Uma ideia bizarra mas que eu justifico muito facilmente.
Primeiro, não estou a falar dessa austeridade que passa por cortar os subsídios à malta.A tal medida peso-moralista, com efeitos imediatos, mas que no final, é profundamente recessiva.Entre a poupança que o Estado consegue nesses cortes, e as transacções comerciais que não se fazem por via dos cortes, não sei se o saldo não será negativo para o Estado.A "coisa" não pode ser vista só na perspectiva de poupança para o Estado.O Consumo interno decorrente da distribuição desses subsídios mexeria com todos os sectores.Todos eles seriam impelidos a transaccionar, dai, uma maior taxação para o Estado.
Nesse pacote de austeridade aparecem muitas outras medidas tais como medidas ao nível do aprumo da distribuição de subsídios sociais, privatizações etc.Em boa verdade eu não chamo a isso austeridade.Mas se estamos a falar do «Pacote», então, essas medidas, também fazem parte do «pacote». Pelo que falemos delas também.
Distribuir os apoios sociais de forma correta, tendo em conta o património do beneficiário, etc, para além de ser uma medida de justiça social, leva a que o visado faça pela vida.Tinha aquela rentabilidade garantida e estava sentado à sombra da bananeira em virtude dos subsídios, se quiser manter o mesmo nível de vida, tem que fazer pela vida.Arranjar um negocio próprio, emigrar, de modo a arranjar emprego.Etc.Ou seja, passa de uma posição passiva a uma posição activa; quer dizer, passa a ser um contribuinte.Despejar de forma indiscriminada subsídios sobre uma legião de indivíduos, em Portugal estávamos na casa dos milhões de subsídios, é um incentivo à preguiça, à falta de produtividade, à destruição da economia.
As privatizações levam à injecção de dinheiro na economia.Alguém imaginava que a EDP e Galp tivessem a capacidade de investimento que têm neste momento se não se tivessem internacionalizado?Conseguiria a EDP fazer os investimentos em barragem e eólicas que fez se não tivesse sido privatizada?Nem sequer tinha essa ambição.O que faz a uma empresa ter ambição é ter accionistas sedosos de criação de riqueza.Obrigam a administração a ter ambição,e a ir mais longe.
O problema é que as privatizações mais importantes, tais como as da RTP,TAP, ANA,CP Cargo,Transportes, estão a levar muito tempo a concretizar.Privatizar a EDP e a REN e clamar que houve um bom encaixe isso é uma treta.Mas então, porque não haveria de haver um bom encaixe em empresas tão apelativas?
Falemos das empresas de transportes; à dias, a pretexto de deixar o carro na oficina, o qual poderia ter sido substituído por outro,ao que eu recusei, tive que me deslocar de autocarro.Para mim, e tendo eu tempo, fazer uma coisa destas é voltar ao passado; sentir sensações que há muitos anos não sentia, tais como ficar à espera numa paragem de autocarro tempos esquecidos; sentir que não há horários a cumprir nem são cumpridos,Etc.LOL Para quem não necessita destas coisas é quase uma nostalgia saborosa voltar a experimenta-las pontualmente; adoramos a experiência.
Mas também é uma oportunidade para sentir o pulso à gestão do sector.Cumprimento de horários; está quieto.Isso introduz um factor de imprevisibilidade extremo:O qual afugenta as pessoas desses meios de transporte.Nada é garantido; falo do chegar a tempo ao trabalho e por ai a fora.Botei-me a fazer contas à receita previsível que a empresa Estatal estaria a receber com os passageiros, alguns com passe outros não,presentes ao longo da viagem dentro do autocarro.O autocarro nas vezes que o utilizei ia meio cheio. Supostamente, era mais do que suficiente para fazer face a todas as despesas e ainda ganhavam algum.Mas depois vai-se a ver, mais ao pormenor e começa-se a ver que o autocarro é atropo,profundamente desactualiuzado, pesado, e por ai a fora.De cada vez que arranca, depois de uma paragem deixa uma mancha de fumo atrás de si.ao preço a que os combustíveis estão é impossível que mesmo com o autocarro tão bem composto de gente aquilo possa dar rendimento.É impossível!O rendimento vai todo pelo cano abaixo.
O que falta aqui? Um patrão local que vfeja estas coisas.Que tenha algum dinheiro para actualizar a frota de autocarros e de modo a comprar uns com menor lotação para fazer face a percursos que não justifiquem um autocarro tão grande.
Eu podia ficar aqui horas a dizer o que poderia ser feito para reduzir a despesa.Sobretudo passa por privatizações para que os privados, esses que algum dinheiro deverão ter, ao contrario do Estado, possam injectar dinheiro nessas empresas optimizando-as.Ora, pouco ou nada disso está a ser feito.
Este governo começou com um ímpeto reformista que se esvaziou.A bem dizer, as reformas que fizeram a elas eram obrigadas.Mas nunca ninguém teve tantas condições em Portugal para fazer reformas a sério.Em alguns momentos começo a pensar que este governo padece da mesma cobardia do anterior.
Uma ideia bizarra mas que eu justifico muito facilmente.
Primeiro, não estou a falar dessa austeridade que passa por cortar os subsídios à malta.A tal medida peso-moralista, com efeitos imediatos, mas que no final, é profundamente recessiva.Entre a poupança que o Estado consegue nesses cortes, e as transacções comerciais que não se fazem por via dos cortes, não sei se o saldo não será negativo para o Estado.A "coisa" não pode ser vista só na perspectiva de poupança para o Estado.O Consumo interno decorrente da distribuição desses subsídios mexeria com todos os sectores.Todos eles seriam impelidos a transaccionar, dai, uma maior taxação para o Estado.
Nesse pacote de austeridade aparecem muitas outras medidas tais como medidas ao nível do aprumo da distribuição de subsídios sociais, privatizações etc.Em boa verdade eu não chamo a isso austeridade.Mas se estamos a falar do «Pacote», então, essas medidas, também fazem parte do «pacote». Pelo que falemos delas também.
Distribuir os apoios sociais de forma correta, tendo em conta o património do beneficiário, etc, para além de ser uma medida de justiça social, leva a que o visado faça pela vida.Tinha aquela rentabilidade garantida e estava sentado à sombra da bananeira em virtude dos subsídios, se quiser manter o mesmo nível de vida, tem que fazer pela vida.Arranjar um negocio próprio, emigrar, de modo a arranjar emprego.Etc.Ou seja, passa de uma posição passiva a uma posição activa; quer dizer, passa a ser um contribuinte.Despejar de forma indiscriminada subsídios sobre uma legião de indivíduos, em Portugal estávamos na casa dos milhões de subsídios, é um incentivo à preguiça, à falta de produtividade, à destruição da economia.
As privatizações levam à injecção de dinheiro na economia.Alguém imaginava que a EDP e Galp tivessem a capacidade de investimento que têm neste momento se não se tivessem internacionalizado?Conseguiria a EDP fazer os investimentos em barragem e eólicas que fez se não tivesse sido privatizada?Nem sequer tinha essa ambição.O que faz a uma empresa ter ambição é ter accionistas sedosos de criação de riqueza.Obrigam a administração a ter ambição,e a ir mais longe.
O problema é que as privatizações mais importantes, tais como as da RTP,TAP, ANA,CP Cargo,Transportes, estão a levar muito tempo a concretizar.Privatizar a EDP e a REN e clamar que houve um bom encaixe isso é uma treta.Mas então, porque não haveria de haver um bom encaixe em empresas tão apelativas?
Falemos das empresas de transportes; à dias, a pretexto de deixar o carro na oficina, o qual poderia ter sido substituído por outro,ao que eu recusei, tive que me deslocar de autocarro.Para mim, e tendo eu tempo, fazer uma coisa destas é voltar ao passado; sentir sensações que há muitos anos não sentia, tais como ficar à espera numa paragem de autocarro tempos esquecidos; sentir que não há horários a cumprir nem são cumpridos,Etc.LOL Para quem não necessita destas coisas é quase uma nostalgia saborosa voltar a experimenta-las pontualmente; adoramos a experiência.
Mas também é uma oportunidade para sentir o pulso à gestão do sector.Cumprimento de horários; está quieto.Isso introduz um factor de imprevisibilidade extremo:O qual afugenta as pessoas desses meios de transporte.Nada é garantido; falo do chegar a tempo ao trabalho e por ai a fora.Botei-me a fazer contas à receita previsível que a empresa Estatal estaria a receber com os passageiros, alguns com passe outros não,presentes ao longo da viagem dentro do autocarro.O autocarro nas vezes que o utilizei ia meio cheio. Supostamente, era mais do que suficiente para fazer face a todas as despesas e ainda ganhavam algum.Mas depois vai-se a ver, mais ao pormenor e começa-se a ver que o autocarro é atropo,profundamente desactualiuzado, pesado, e por ai a fora.De cada vez que arranca, depois de uma paragem deixa uma mancha de fumo atrás de si.ao preço a que os combustíveis estão é impossível que mesmo com o autocarro tão bem composto de gente aquilo possa dar rendimento.É impossível!O rendimento vai todo pelo cano abaixo.
O que falta aqui? Um patrão local que vfeja estas coisas.Que tenha algum dinheiro para actualizar a frota de autocarros e de modo a comprar uns com menor lotação para fazer face a percursos que não justifiquem um autocarro tão grande.
Eu podia ficar aqui horas a dizer o que poderia ser feito para reduzir a despesa.Sobretudo passa por privatizações para que os privados, esses que algum dinheiro deverão ter, ao contrario do Estado, possam injectar dinheiro nessas empresas optimizando-as.Ora, pouco ou nada disso está a ser feito.
Este governo começou com um ímpeto reformista que se esvaziou.A bem dizer, as reformas que fizeram a elas eram obrigadas.Mas nunca ninguém teve tantas condições em Portugal para fazer reformas a sério.Em alguns momentos começo a pensar que este governo padece da mesma cobardia do anterior.
“Successful trading is really very simple. Buy a stock at the right time and sell it at
the right time.”«Mel Raiman»
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PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:Humm.... parece-me que o aumento "brutal" da carga fiscal não é da responsabilidade da Merkel, mas mesmo que fosse para mim é legitimo que quem empresta, quer saber como lhe vão pagar....
Sim, é legítimo. Mas o problema é que desta forma será mesmo difícil pagar. Basta ver pelos gregos, esses já não vão pagar.
Por acaso já te ocorreu que se não houvesse austeridade não havia guito?
Ou acreditas que nos iam emprestar tanto quanto nós quiséssemos sem exigir condições?
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mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:Agradeçam à Merkel
Ela (ou seja os alemães) não tem responsabilidade da situação em que nos encontramos.
Mas é mais facil apontar o dedo aos outros em vez de assumir as responsabilidades pelas asneiras cometidas.
Têm sim, porque foram eles que delinearam este programa estúpido de austeridade, que assenta sobretudo no aumento brutal da carga fiscal.
Humm.... parece-me que o aumento "brutal" da carga fiscal não é da responsabilidade da Merkel, mas mesmo que fosse para mim é legitimo que quem empresta, quer saber como lhe vão pagar....
Legítimo é, mas então porque não aplica o mesmo plano à Espanha e potencialmente à Itália??
Porque é que uma medida agora implementada para a Espanha e Itália, à um mês era impossível, era inconstitucional, etc.. e ontem foi aprovada nas calmas..
Po risso, existe outros caminhos que o que portugal está a seguir..
Portugal tem que se equilibrar, concordo totalmente, e isso implica sempre austeridade. Mas a estratégia da Troika, baseada nas ideias da Alemanha, está ferida de morte desde o início. O modelo reórico em que foi baseado, em que foi baseado o OE faliu..
E o modelo faliu pelos motivos que toda agente disse que ia falir.. Por isso é supreendente a incomprensão do nosss Governo face ao sucedido.
Continuar a seguir o caminha cegamente é caminhar para o abismo..
A loucura do passado levou-nos à miséria, mas a estratégia do presente não é melhor..
E a estratégia que actualmente estamos a seguir tem que ser elogiada ou criticada face aos resultados obtidos e os políticos têm que assumir as responsabilidades. E esta estratégia é aceite, apoiada e elogiada pelo nosos Governo e Merkel..
Por isso, Merkel não é alguem sem responsabilidades na vida atual dos portugueses.
Editado pela última vez por MiamiBlue em 29/6/2012 15:45, num total de 1 vez.
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Lion_Heart Escreveu:PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:Humm.... parece-me que o aumento "brutal" da carga fiscal não é da responsabilidade da Merkel, mas mesmo que fosse para mim é legitimo que quem empresta, quer saber como lhe vão pagar....
Sim, é legítimo. Mas o problema é que desta forma será mesmo difícil pagar. Basta ver pelos gregos, esses já não vão pagar.
Os Gregos NUNCA quiseram pagar. alias, nunca pagaram.nem antes os impostos, nem agora as dividas.
Sim, é um facto

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PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:Humm.... parece-me que o aumento "brutal" da carga fiscal não é da responsabilidade da Merkel, mas mesmo que fosse para mim é legitimo que quem empresta, quer saber como lhe vão pagar....
Sim, é legítimo. Mas o problema é que desta forma será mesmo difícil pagar. Basta ver pelos gregos, esses já não vão pagar.
Os Gregos NUNCA quiseram pagar. alias, nunca pagaram.nem antes os impostos, nem agora as dividas.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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mais_um Escreveu:Humm.... parece-me que o aumento "brutal" da carga fiscal não é da responsabilidade da Merkel, mas mesmo que fosse para mim é legitimo que quem empresta, quer saber como lhe vão pagar....
Sim, é legítimo. Mas o problema é que desta forma será mesmo difícil pagar. Basta ver pelos gregos, esses já não vão pagar.
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PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:Agradeçam à Merkel
Ela (ou seja os alemães) não tem responsabilidade da situação em que nos encontramos.
Mas é mais facil apontar o dedo aos outros em vez de assumir as responsabilidades pelas asneiras cometidas.
Têm sim, porque foram eles que delinearam este programa estúpido de austeridade, que assenta sobretudo no aumento brutal da carga fiscal.
Humm.... parece-me que o aumento "brutal" da carga fiscal não é da responsabilidade da Merkel, mas mesmo que fosse para mim é legitimo que quem empresta, quer saber como lhe vão pagar....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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