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Caldeirão da Bolsa

Situação na Grécia - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 4/9/2011 19:35

Primeiro-ministro grego exclui eleições antecipadas e garante que país superará crise em 2013
04 Setembro 2011 | 13:39
Lusa

O primeiro-ministro grego George Papandreou excluiu hoje eleições antecipadas na Grécia e afirmou que será em 2013, quando os cidadãos julgarem o governo, que o país terá superado a actual crise económica.

No seu discurso perante os membros do PASOK, Yorgos Papandréu sublinhou “que é a nossa acção que o país deve sair das inspecções e da dependência” financeira e que o seu partido é que deve levantar a Grécia da prostração. “Não santificamos o Estado nem demonizamos os mercados”, disse o chefe do Governo, acrescentando: “Estamos orgulhosos da nossa pátria e seguros das nossas forças”.

Falando da delicada situação financeira actual, o dirigente socialista fez uma auto-critica e reconheceu que também o seu partido tem uma parte de responsabilidade pelos erros cometidos no passado, ainda que não seja o actor principal.

“Hoje fazemos o que devemos para encontrar uma saída segura da crise. Somos os responsáveis de assumir as reformas da sociedade e estamos dispostos a enfrentar com mentalidades e práticas” adversas, sublinhou.
 
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por K. » 1/9/2011 11:57

Mas o PIB em Portugal conseguiu ficar inalterado do segundo para o terceiro trimestre, tudo gracas a balanca comercial. Ja o ano passado cresceu 1.4% (e lembro que todas as analises de Economistas e instituicoes previam contraccao). Contra todas as expectativas, o pais esta mesmo a aguentar. Nao me surpreende, pois o nosso principal comprador e a Alemanha (sim, acalmou, mas o reduzido defice vai dar muita margem para estimular a economia a tempo das eleicoes). Para alem disso, toda a gente na Europa esta de olho nos produtos Gregos e Portugueses ( ontem comprei o fruto mais exotico que ja vi, num supermercado em Viena, e quando vi o letreiro era de Portugal). O preco do Petroleo estabilizou, o que pesa imenso na balanca das importacoes. O consumo, claro, vai continuar a ser penalizado, mas esse e um dos objectivos do ajustamento, diminuir os gastos das familias e do estado.
 
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por migluso » 1/9/2011 11:44

Estava a referir-me ao crescimento do PIB. É preciso ter em conta que a crise bancária na Irlanda foi muito mais profunda que em Portugal.
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por K. » 1/9/2011 11:29

Migluso, de que fundamentais falas? os dados da evolucao do PIB tem sido melhores que o esperado, e o crescimento nos ultimos 6 trimestres foi todo das exportacoes.

Sim, o BCE tem efeito, mas enquanto que a Irlanda reagiu logo as compras com uma descida que tem sido sustentada, Portugal so na ultima semana acompanhou.
 
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por migluso » 1/9/2011 10:53

K. Escreveu:Tal nao e verdade para Portugal, pois as taxas de juro comecaram a acompanhar a Irlanda para baixo da zona de reestruturacao, o que sao noticias muito encorajadoras, pois podem impedir a descida de rating por parte das outras agencias e assim impedir o segundo bailout.

Estamos a ter sorte, a economia esta mais forte do que se imaginava. E Vitor Gaspar tem o prestigio (e a educacao) suficientes para dar confianca aos mercados e tratar as pessoas com o respeito possivel (espero que se aguente).


Falta saber quanto da descida das yields de Portugal se deve à intervenção do BCE.

Ao contrário da Irlanda, que começa a apresentar fundamentais que mostram que está a sair da crise (apesar do seu sistema bancário continuar na corda bamba), os fundamentais de Portugal são uma desgraça.

Vítor Gaspar não me tem dado confiança, pelo contrário. Está a fazer o inverso do que fez e está a fazer a Irlanda. Está a fazer o mesmo que o TS.

Cumps

PS - O JN não incluir o JC Trichet na lista dos mais poderosos da economia portuguesa, é o mesmo que um doente que precisa da ajuda de uma máquina para respirar afirmar que pode viver sem ela. Não sei que critérios foram utilizados, mas sei que essa lista vale pouco mais do que nada.
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por K. » 1/9/2011 10:44

O significado de 42% a 2 anos e o seguinte, imaginemos que a Obrigacao vale 100 e paga 4,8% ao ano, ao fim de 2 anos o tesouro Grego se comprometeu a pagar pagar 110.

Agora, estando elas a 42% significa que esses 110 sao a valorizacao do valor actual da obrigacao em 2 anos, ou seja, a obrigacao esta a ser transaccionada a metade do seu valor (50 a uma taxa de juro de 42% da 110).

O resto dos juros aponta para valores deste nivel. Assim, e mais ou menos consensual pelo mercado que a reestruturacao da divida Grega sera equivalente, a menos de alguma (muita mesmo...) cosmetica financeira, a um haircut de 50%.

Estes niveis sao perfeitamente naturais, dado que a reestruturacao ja e certa. T

Tal nao e verdade para Portugal, pois as taxas de juro comecaram a acompanhar a Irlanda para baixo da zona de reestruturacao, o que sao noticias muito encorajadoras, pois podem impedir a descida de rating por parte das outras agencias e assim impedir o segundo bailout.

Estamos a ter sorte, a economia esta mais forte do que se imaginava. E Vitor Gaspar tem o prestigio (e a educacao) suficientes para dar confianca aos mercados e tratar as pessoas com o respeito possivel (espero que se aguente).
 
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por escada1 » 1/9/2011 10:42

Renegociar é perdoar.
Se o emprestimo era a 3 anos a 3%, se agora passar a 4 anos, a rentabilidade deixa de ser 3% ao ano, passa a ser menor.
Há por isso uma perca.
O que poderá haver é uma refinanciamento.Nesse caso com um spread maior, claro.

Também pode acontecer que o estado, opte por pagar aos seus credores externos, e corte internamente (salários de funcionários publicos e outras coisas)
 
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por Elias » 1/9/2011 10:08

MarcoAntonio Escreveu:De uma forma geral, como as nações não estão sujeitas propriamente às mesmas regras que os individuos ou empresas, uma "falência" de um país resulta por norma na renegociação da dívida com os credores.


Na verdade uma renegociação não é falência nenhuma, a menos que as dívidas sejam "perdoadas".
 
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por ninja1200 » 1/9/2011 2:32

MarcoAntonio Escreveu:
ninja1200 Escreveu:Boa noite,

Alguém me explica o que é na prática um país ir à falência (default)?
Obrigado



De uma forma geral, como as nações não estão sujeitas propriamente às mesmas regras que os individuos ou empresas, uma "falência" de um país resulta por norma na renegociação da dívida com os credores.


Vê aqui:

http://en.wikipedia.org/wiki/Sovereign_default

Obrigado
 
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por MarcoAntonio » 1/9/2011 1:42

ninja1200 Escreveu:Boa noite,

Alguém me explica o que é na prática um país ir à falência (default)?
Obrigado



De uma forma geral, como as nações não estão sujeitas propriamente às mesmas regras que os individuos ou empresas, uma "falência" de um país resulta por norma na renegociação da dívida com os credores.


Vê aqui:

http://en.wikipedia.org/wiki/Sovereign_default
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por ninja1200 » 1/9/2011 1:40

Boa noite,

Alguém me explica o que é na prática um país ir à falência (default)?
Obrigado
 
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por Elias » 1/9/2011 1:31

Grécia: dívida está 'fora de controle'
(AFP) – Há 3 horas

ATENAS — A gestão da dívida grega está "fora de controle" e os atrasos em relação às metas de redução do déficit - exacerbado por uma profunda recessão - ameaçam anular os benefícios do novo plano de resgate, constatou a nova comissão de controle orçamentário do país.

De acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira, a comissão, composta por analistas independentes, estima que "um aumento importante da dívida, somado a um grande déficit e a uma profunda recessão, levaram a dívida a ficar fora de controle".
"Estes desenvolvimentos se contrapuseram amplamente ao impacto positivo" do último plano de resgate da União Europeia, que se elevou a 159 bilhões de euros (230 bilhões de dólares), acordado no mês passado, disse a comissão em seu relatório divulgado pela agência de notícias Athens News Agency.

Atada pelos cortes orçamentários, a economia grega se contraiu a um ritmo alarmante. O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, declarou na semana passada que o Produto Interno Bruto (PIB) se contrairia mais de 4,5% em 2011, contra 3,5% previstos anteriormente.

Ao mesmo tempo,a dívida grega cresceu para 350 bilhões de euros.

A Grécia está sendo auditada pela União Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu para saber quando será desbloqueada a sexta parte do empréstimo de 110.000 bilhões de euros acordado com Atenas no ano passado.

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por PC05 » 25/8/2011 15:57

Parece querer antecipar o pior! Yield dívida grega a 2 anos:
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por Mares » 25/8/2011 12:54

45%... 60%.... 100% que significado tem?

Certamente que o limite tolerável, para a taxa de juros, encontra-se muito mais abaixo de qualquer um destes valores...



Juros da dívida grega rompem os 45%


Pressão sobre a Grécia soma e segue. Obrigações a dois anos já "perderam" quase metade do seu valor. Investidores parecem acreditar que incumprimento é inevitável.
As taxas de juro implícitas aos títulos da dívida pública grega regressaram a meio da manhã à escalada alucinante que marcou o dia de ontem.

A dois anos, os juros no mercado secundário sobem já 150 pontos base, estando acima de 45,5%, mais um novo máximo histórico.
As taxas de juro implícitas tendem a reflectir o valor a que os investidores estão dispostos a vender os respectivos títulos a desconto, o que, por seu turno, reflecte a dimensão do risco que atribuem a esse papel. A subida dos juros para 45,5% sugere, assim, que quem detém obrigações gregas a dois anos estará na disposição de perder quase metade do seu valor facial para não correr o risco de perder tudo.

Por detrás desta escalada estarão as dúvidas em torno do segundo empréstimo ao país de 109 mil milhões de euros, agora "pendurado" pelas exigências da Finlândia. Helsínquia diz que só dará luz verde ao novo pacote grego se obter garantias bilaterais de Atenas (idealmente em dinheiro), o que é recusado por outros países do euro, designadamente pela Alemanha, que não estão na disposição de aceitar um tratamento preferencial para a Finlândia que signifique um aumento do fardo financeiro para os demais.

A espiral de subida dos juros é praticamente comum atravessa todos os prazos, com subidas vertiginosas que, tal como ontem, se aproximam nalguns casos dos 50 pontos base. Em consequência, os juros implícitos aos títulos a dez anos (18,5%), mas também a oito (19,6%) e cinco (22,4%) quebraram máximos.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=502977

- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por Elias » 24/8/2011 11:49

Taxas de juro gregas já estão acima de 41%
24 Agosto 2011 | 10:47
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt

Subida vertiginosa reflecte a convicção dos investidores de que a Grécia nunca conseguirá pagar tudo o que deve.

As taxas de juro associadas aos títulos da dívida pública grega quebraram esta manhã mais uma barreira tremenda: 40%.

A dois anos, os juros reclamados para trocar de mãos títulos gregos sobem mais de 100 pontos base para 40,682%, e já estiveram esta manhã em 41,461%.

A espiral atravessa todos os prazos, com subidas vertiginosas que superam os 230 pontos base a três anos, com as taxas implícitas no mercado secundário a caminho dos 35% (34,856%).

As taxas de juro implícitas reflectem o valor a que os investidores estão dispostos a vender os respectivos títulos a desconto, o que, por seu turno, reflecte a dimensão do risco que atribuem a esse papel.

Por outras palavras, os investidores não acreditam que a Grécia jamais consiga pagar o que lhes deve, mesmo com uma reestruturação de dívida e um segundo empréstimo internacional a caminho.
 
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por Elias » 22/8/2011 19:08

Moody’s ameaça cortar Grécia para nível de incumprimento
22 Agosto 2011 | 18:48
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

A agência está contra as garantias bilaterais que alguns países da Zona Euro querem exigir à Grécia para contribuírem com a sua parte no segundo resgate de Atenas.

As exigências de vários países da Zona Euro - entre eles Finlândia, Áustria e Holanda - no sentido de a Grécia lhes dar garantias bilaterais em troca dos seus empréstimos, além das exigências de outros – como é o caso da Alemanha – com vista a um acordo único, levaram a agência Moody’s a ameaçar cortar o “rating” da república helénica para o nível de incumprimento.

A agência de notação financeira advertiu para o facto de a generalização destes acordos bilaterais ser negativa para a Grécia e para outros países susceptíveis de serem resgatados.

“A procura deste tipo de acordos poderá atrasar a atribuição de nova ajuda financeira à Grécia, precipitando assim um ‘default’ das suas obrigações de reembolso”, explicou a Moody’s, citada pelo jornal espanhol “El Mundo”.

A contribuição da Finlândia para o pacote total de ajuda a Atenas representa apenas 2% do total, mas outros países, como a Holanda, Áustria, Eslovénia e Eslováquia, que revelaram interesse em apresentar os seus próprios acordos de garantia, têm uma maior participação no resgate, relembra a mesma fonte.

A proliferação destes acordos implicaria que “alguns países da Zona Euro teriam de suportar uma parte desproporcionadamente maior dos riscos associados à concessão de ajudas a outros membros”, sublinha a Moody’s, citada pelo “El Mundo”.

Assim, a agência norte-americana de “rating” advertiu que o acordo entre a Finlândia e a Grécia põe em causa a vontade e capacidade de alguns políticos da Zona Euro no sentido de aplicar as medidas necessárias para preservar a estabilidade da União Monetária Europeia, o que aumenta a pressão sobre a Alemanha e a França para que reforcem a sua posição de defesa do projecto do euro, refere a mesma publicação.

Por este motivo, a Moody’s espera que os restantes países da Zona Euro recusem o acordo entre a Finlândia e a Grécia. A agência sublinha que a mensagem transmitida por estas exigências é a de uma divisão na Europa sobre a própria concessão de ajuda aos seus membros e não apenas sobre a quantia dessa ajuda.
 
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por Automech » 22/8/2011 17:55

Exigências extra à Grécia fazem cair chuva de críticas sobre a Finlândia
22 Agosto 2011 | 17:36
Eva Gaspar

Vários países do euro vieram hoje a público protestar contra as garantias extraordinárias impostas pela Finlândia. Já Helsínquia lembra que, desde o início, deixara clara essa sua exigência e que, sem ela, não dará luz verde ao segundo empréstimo à Grécia.
Alemanha, Holanda e Áustria deram hoje sinais de profundo desconforto por a Finlândia ter forçado a Grécia a fornecer-lhe uma garantia extraordinária como moeda de troca para que Helsínquia aceite dar luz verde ao segundo empréstimo a Atenas.

“O acordo bilateral não pode ser feito em detrimento dos restantes”, afirmou um porta-voz do Governo alemão, citado pela Bloomberg. Áustria e Holanda, por seu turno, “lamentaram” a iniciativa do Governo finlandês, embora tenham hoje deixado claro que, ao contrário do que chegou a ser ventilado na semana passada, não tencionam seguir as mesmas pisadas.

Já Helsínquia insiste que apenas está a dar seguimento a um expediente que foi aprovado por todos. No quadro das decisões da cimeira do euro, de 21 de Julho, a Finlândia conseguiu assegurar a possibilidade de a Grécia lhe conceder garantias bilaterais, depois de o Governo de Helsínquia ter advertido os parceiros europeus para a probabilidade de o novo empréstimo grego de 109 mil milhões de euros – que será parcialmente garantido pelos países do euro, através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) – ser chumbado no seu parlamento, a par dos novos instrumentos de intervenção acordados para o próprio FEEF.

Esta garantia, repetiu hoje o primeiro-ministro Jyrki Katainen (na foto), “é para nós uma condição absoluta”. O responsável assegurou, porém, que os termos negociados com a Grécia – e que têm de ser aceites por todos os países do euro – não tornarão mais pesado o fardo dos restantes.

O acordo pressupõe que a Grécia faça um depósito em nome do Estado finlandês, que investirá esse montante em activos com “rating” máximo (AAA) ao longo de 30 anos. Segundo informações não-oficiais, ventiladas por agências internacionais, Helsínquia terá reclamado 500 milhões de euros. A grande questão é quem financiará a Grécia para que esta deposite uma “caução” que será depois gerida pelo Estado finlandês para defender, em exclusivo, a sua quota-parte de responsabilidade no FEEF.
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por Elias » 19/8/2011 11:31

Grécia pode falhar meta de reduzir défice para 7,6% este ano
19 Agosto 2011 | 10:52
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt

Jornal grego noticia que o Governo de Papandreou admite novas medidas de austeridade avaliadas entre 3 e 4 mil milhões de euros.

O Governo grego admite que país pode falhar a meta de reduzir o défice orçamental deste ano para 7,6%, tal como se comprometeu com Bruxelas e o FMI.

A notícia é avançada pelo jornal grego "Kathimerini", que dá conta que esta informação foi prestada ontem pelo ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, aos seus colegas de Governo no Conselho de Ministros.

A explicar a dificuldade na redução do défice está o desempenho abaixo do esperado da economia, bem como a subida acentuada da taxa de desemprego.

Evangelos Venizelos falou esta manhã, numa entrevista à rádio ateniense Skai, sobre o desempenho da economia e não colocou de parte a hipótese do PIB contrair 5% este ano. Confrontado com alguns relatórios que indicam que a economia grega poderá cair, no máximo, 5% este ano, Venizelos afirmou apenas: "Vamos esperar para ver".

De acordo com o jornal grego, o ministro das Finanças apresentou já ao Conselho de Ministros helénico as soluções para tapar este novo buraco, que passam por novas medidas que permitam encaixar entre 3 e 4 mil milhões de euros. A alternativa passa por renegociar as metas estabelecidas com os países da Zona Euro e o FMI, no âmbito dos dois pedidos de ajuda que o país efectuou.
 
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por Marco Martins » 16/8/2011 10:54

Elias Escreveu:Grécia teve uma contracção do PIB de 6,9%
12.08.2011 - 17:19 Por AFP, PÚBLICO

A Grécia registou uma quebra do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,9 por cento no segundo trimestre deste ano, face aos mesmos meses de 2010, mais do que o agravamento homólogo observado no primeiro trimestre deste ano, revelam dados do instituto estatístico helénico.

Trata-se de números ainda provisórios que a autoridade estatística helénica só vai detalhar depois de estar concluído o ajustamento “dos números para o período entre o primeiro trimestre de 2009 e o segundo trimestre de 2011”. Na origem deste decréscimo está a redução da procura interna, especificou a mesma entidade.

Com base nestes dados, o recuo é quase o dobro da contracção projectada pela Comissão Europeia e a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) para o conjunto do ano, de 3,5 por cento.

Em termos homólogos, a Grécia registou um recuo do PIB de 5,5 por cento no primeiro trimestre. Mas face aos últimos três meses de 2010, o PIB avançou 0,2 por cento, segundo dados de Junho. Uma evolução que o Governo considerou, na altura, “positiva”. Para já, ainda não é conhecida uma reacção do executivo de Giorgios Papandreou aos números do segundo trimestre


Todos os países que tiveram conflitos após as reformas, tiveram uma queda nas receitas de turismo.
Grécia, Inglaterra, Egipto, Tunísia, etc (embora estes dois por motivos de regime, mas para o turista é indiferente)...

Em Portugal, espero que saibamos usar a nossa situação para acarinhar ainda mais o turismo e tentar transmitir uma ideia de que se calhar ainda é mais barato visitar Portugal.
Neste momento, acho que seria importante simplificar o pagamento das portagens de carros com matrícula estrangeira, apenas com um dístico de acesso livre de norte a sul.
 
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por Elias » 15/8/2011 20:16

Mais de metade dos alemães quer a Grécia fora do euro

Três quartos dos germânicos não aprovam as acções de Angela Merkel e quase metade dos franceses também não é a favor das medidas de Nicolas Sarkozy, mostra uma sondagem da Bloomberg.

Mais de metade dos alemães quer que a Grécia saia da Zona Euro e não está disponível para mais resgates financeiros a países que não conseguem lidar com os seus desequilíbrios orçamentais, revela uma sondagem da Bloomberg/YouGov.

O estudo mostra que 58% dos alemães não querem partilhar a divisa com os helénicos, ao passo que 45% dos franceses também têm a mesma opinião.

Ao mesmo tempo, 59% da população germânica não concorda com novos resgates financeiros, “mesmo que sejam necessários para manter a Zona Euro intacta”. Apenas 20% dos alemães são a favor da realização de novos pacotes financeiros, segundo a agência.

Em França, são 47% aqueles que se opõem a novos resgates na região, contra 27% com uma resposta positiva a estas operações.

Ainda assim, a França e a Alemanha até se mostram a favor da sua própria permanência na Zona Euro. O estudo mostra que 48% dos alemães querem continuar a ter o euro como a sua divisa. Mas a diferença face aos que não querem é curta: 44% preferem deixá-lo. No caso gaulês, a distância é entre 53% optando pela permanência no euro e 31% a quererem sair.


Três quartos dos alemães contra acções de Merkel

A sondagem da Bloomberg revela ainda que 75% dos consultados alemães desaprovam as acções de Angela Merkel enquanto chanceler germânica. Em França, a percentagem de não aprovação da presidência de Nicolas Sarkozy desce, mas está próxima de metade: 47%.

A Boomberg/YouGov consultou mais de mil pessoas na Alemanha e outras mil em França.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=501567
 
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por Elias » 14/8/2011 15:06

Grécia teve uma contracção do PIB de 6,9%
12.08.2011 - 17:19 Por AFP, PÚBLICO

A Grécia registou uma quebra do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,9 por cento no segundo trimestre deste ano, face aos mesmos meses de 2010, mais do que o agravamento homólogo observado no primeiro trimestre deste ano, revelam dados do instituto estatístico helénico.

Trata-se de números ainda provisórios que a autoridade estatística helénica só vai detalhar depois de estar concluído o ajustamento “dos números para o período entre o primeiro trimestre de 2009 e o segundo trimestre de 2011”. Na origem deste decréscimo está a redução da procura interna, especificou a mesma entidade.

Com base nestes dados, o recuo é quase o dobro da contracção projectada pela Comissão Europeia e a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) para o conjunto do ano, de 3,5 por cento.

Em termos homólogos, a Grécia registou um recuo do PIB de 5,5 por cento no primeiro trimestre. Mas face aos últimos três meses de 2010, o PIB avançou 0,2 por cento, segundo dados de Junho. Uma evolução que o Governo considerou, na altura, “positiva”. Para já, ainda não é conhecida uma reacção do executivo de Giorgios Papandreou aos números do segundo trimestre
 
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por Vanek » 3/8/2011 3:50

Cá tambem havia policias cegos no activo. :P
 
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por artista_ » 3/8/2011 2:51

Deve haver um oftalmologista, ou clinica da especialidade, nessa ilha que atesta a deficiência... em troco de uns cobres! Se calhar exageraram e como isto está agora descobrem tudo! :)
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Ilha com elevada taxa de cegos

por Be Cool » 3/8/2011 2:01

Costuma dizer-que que o pior cego é aquele que não quer ver.
Nesta ilha grega deve haver muitos desses (dos que não querem ver...) :lol:


Grécia: Governo investiga número elevado de cegos a receber ajuda


PETROS GIANNAKOURIS
02/08/2011 | 22:25 | Dinheiro Vivo

As autoridades gregas, que enfrentam uma forte crise da dívida soberana, anunciaram hoje um inquérito sobre o número estranhamente elevado de cegos - várias centenas - que recebem ajudas públicas, numa ilha do Mar Egeu.

O vice-ministro da Saúde, Markos Bolaris, pediu uma investigação aos mais de 600 habitantes da ilha, cujos nomes não foram revelados, que auferem apoios estatais devido a esta deficiência, afirmou à AFP uma fonte governamental.

"Não sabemos quantas pessoas têm efetivamente direito a estas ajudas, ainda que algumas não estejam, sem dúvida, em incumprimento", afirmou o governante, que recusa precisar o valor das verbas atribuídas.

De acordo com o jornal grego Ethnos, 2% da população da ilha beneficia destas ajudas há vários anos, a maioria desde a nascença.

As autoridades vão examinar o conjunto das ajudas sociais que todos os anos custam ao Estado helénico 6,4 mil milhões de euros, de acordo com a publicação.

O governo está a tentar limitar as despesas sociais, ao abrigo do programa de austeridade adotado a pedido da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, em troca de um segundo pacote de resgate para evitar a falência de Atenas.
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por paubo » 29/7/2011 8:35

Fonte DowJones Newswires:

The head of the French Banking Federation, Francois Perol, Friday said French banks and insurers will lose around EUR3 billion in the Greek rescue plan.

The number is based on the EUR15 billion of sovereign debt the banks and insurers hold maturing between now and 2020.

Speaking on French radio station, France Inter, Perol said his own bank, BPCE, will book provisions related to Greece below EUR100 million.

He said it is up to governments to give the markets direction, while also calling for rating agencies to be better controlled.

French banks are solid and it is logical for them to participate in euro-zone solidarity, he also said.
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