Desemprego em Portugal
MarcoAntonio Escreveu:Elias Escreveu:os dados são do Eurostat
http://appsso.eurostat.ec.europa.eu/nui ... ab&lang=en
de facto para Portugal não aparecem dados a partir de 2002 (o que é estranho), mas fica por demonstrar que os dados que lá estão, para 2002, estejam errados.
Mesmo que o número esteja certo, a posição na lista é completamente contrariada por outras fontes, por exemplo segundo o Banco Mundial em 2006 existia uma data de países europeus à nossa frente:
http://data.worldbank.org/indicator/IS. ... esc&page=1
(neste caso as estatísticas param em 2006 e conto uns 17 países europeus à frente de Portugal)
Eu não conheço estatísticas credíveis e recentes que nos coloquem realmente em posição de tal destaque e não creio que seja realmente verdade de todo que só a Itália e o Luxemburgo têm mais veículos automóveis per capita do que nós.
Bom isso lança a dúvida sobre a credibilidade dos dados do Eurostat...
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Elias Escreveu:os dados são do Eurostat
http://appsso.eurostat.ec.europa.eu/nui ... ab&lang=en
de facto para Portugal não aparecem dados a partir de 2002 (o que é estranho), mas fica por demonstrar que os dados que lá estão, para 2002, estejam errados.
Mesmo que o número esteja certo, a posição na lista é completamente contrariada por outras fontes, por exemplo segundo o Banco Mundial em 2006 existia uma data de países europeus à nossa frente:
http://data.worldbank.org/indicator/IS. ... esc&page=1
(neste caso as estatísticas param em 2006 e conto uns 17 países europeus à frente de Portugal)
Eu não conheço estatísticas credíveis e recentes que nos coloquem realmente em posição de tal destaque e não creio que seja realmente verdade de todo que só a Itália e o Luxemburgo têm mais veículos automóveis per capita do que nós.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:E lembro-me vagamente de umas estatísticas antigas (tipo de há uns 10 anos atrás) mas que no caso português incluía motociclos, inconsistência que possivelmente tem que ver com o facto de Portugal ter desaparecido da generalidade das listas uma vez que o dado não era comparável com os restantes.
os dados são do Eurostat
http://appsso.eurostat.ec.europa.eu/nui ... ab&lang=en
de facto para Portugal não aparecem dados a partir de 2002 (o que é estranho), mas fica por demonstrar que os dados que lá estão, para 2002, estejam errados.
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Elias Escreveu:Sobre isto creio ser interessante assinalar que Portugal sempre teve um dos rácios mais elevados de veículos ligeiros de passageiros por 1000 habitantes em toda a união europeia (sendo apenas superado pela Itália e pelo Luxemburgo).
Não creio que isto seja realmente verdade, em estatísticas recentes surge uma série de países europeus à nossa frente (isto onde Portugal aparece, porque em vários sites Portugal nem aparece sequer).
E lembro-me vagamente de umas estatísticas antigas (tipo de há uns 10 anos atrás) mas que no caso português incluía motociclos, inconsistência que possivelmente tem que ver com o facto de Portugal ter desaparecido da generalidade das listas uma vez que o dado não era comparável com os restantes.
Elias Escreveu:Isto significa que "lá fora" as pessoas efectivamente usam mais os transportes públicos. Não consigo encontrar uma relação directa entre o "nível de progresso" de um país, como lhe chamas, e o número de automóveis.
Alguma cautela neste tipo de ilacção pois a relação não tem porque ser directa (as necessidades de transporte não são necessariamente constantes pelo que A+B não tem de ser igual a C+D). Proeminentemente, a distribuição geográfica da população por exemplo afecta as respectivas necessidades de transporte e estas não vão ser constantes numa análise transversal a vários países...
Seja como for, o ponto de partida (que Portugal terá mais automóveis per capita) nem sequer penso que seja realmente verdade.
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Elias, a questão é que no passado as pessoas também não trabalhavam nas mesmas coisas. A comparação tem pouco lugar a menos que estejas a ponderar o retrocesso socio-económico. Isto é, a menos que tu não consideres essencial manter o nível de progresso que temos
Sobre isto creio ser interessante assinalar que Portugal sempre teve um dos rácios mais elevados de veículos ligeiros de passageiros por 1000 habitantes em toda a união europeia (sendo apenas superado pela Itália e pelo Luxemburgo).
Isto significa que "lá fora" as pessoas efectivamente usam mais os transportes públicos. Não consigo encontrar uma relação directa entre o "nível de progresso" de um país, como lhe chamas, e o número de automóveis.
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Elias Escreveu:
Claro que não, nem eu disse que havia. Mas no passado também não havia e no entanto isso não era impedimento a que as pessoas fossem trabalhar.
Especialmente aqueles que trabalhavam nos campos como tarefeiros...
Elias, a questão é que no passado as pessoas também não trabalhavam nas mesmas coisas. A comparação tem pouco lugar a menos que estejas a ponderar o retrocesso socio-económico. Isto é, a menos que tu não consideres essencial manter o nível de progresso que temos (ou se quiseres, que entendas a essencialidade das coisas no actual contexto socio-económico)... e a partir do momento que violas essa regra, chegamos ao homem das cavernas em menos de um ai e afinal tudo o que tu precisas mesmo é de um lugar para te abrigares do mau tempo e nutrientes para te susteres, nem de roupa precisas!
Elias Escreveu:
(e não sei o que entendes por transportes públicos "em condições").
Transportes públicos nas condições que necessitariam. É meramente individual, é inútil especificar porque o que serve para uns não serve para outros. É precisamente esse o ponto do meu post todo. Mesmo nos grandes centros os transportes públicos nunca vão servir as necessidades individuais de todos pelo que muitos continuam a precisar de transporte individual!
Elias Escreveu:
O problema, parece-me, é que o conceito de "essencial" tem vindo a evoluir ao longo do tempo (e muito especialmente ao longo das últimas 2-3 décadas), abarcando um número cada vez maior de bens e serviços.
Sim, chama-se progresso. Vou repetir-me mas na idade da pedra, essencial era uma gruta e pouco mais...
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
mais_um Escreveu:Elias,
Portugal não é só Lisboa e Porto, tenta ir trabalhar a partir de uma aldeia nos arredores de qualquer cidade média em Portugal e depois diz-me que ter carro não é essencial.
Tenho plena consciência das limitações que existem ao nível dos transportes fora dos grandes centros.
Acontece que há muitas formas de lidar com essas limitações. Uma das formas passa por as pessoas se juntarem, partilhando transporte (várias pessoas num mesmo carro). Basta que duas pessoas que tenham um destino comum partilhem o mesmo carro e os custos caem logo para metade. Mas nem toda a gente quer isso, porque dá logo uma sensação de perda de autonomia...
MarcoAntonio Escreveu:E mesmo para quem vive nas ou perto das grandes cidades. Nem toda a gente tem transportes públicos em condições ou essa é sequer uma solução viável para as respectivas necessidades (nem toda a gente tem empregos em local e horário fixo).
Claro que não, nem eu disse que havia. Mas no passado também não havia e no entanto isso não era impedimento a que as pessoas fossem trabalhar.
(e não sei o que entendes por transportes públicos "em condições").
MarcoAntonio Escreveu:A noção de essencial é um bocado vaga, no limite essencial é ter uma gruta ou equiparável para não morrermos de frio no inverno, um bocado de água por dia e uma mão cheia de nutrientes...
Mas acho que não é esse o contexto de "essencial" que temos na sociedade actual e num país dito desenvolvido como Portugal.
O problema, parece-me, é que o conceito de "essencial" tem vindo a evoluir ao longo do tempo (e muito especialmente ao longo das últimas 2-3 décadas), abarcando um número cada vez maior de bens e serviços. Ao ponto de o Eurostat considerar que quem não tem carro, televisão a cores, telemóvel e capacidade de fazer uma semana de férias fora de casa se encontra em situação de "privação material severa". É altamente discutível, na minha opinião.
Pessoalmente não considero que ter carro próprio seja essencial. O que é essencial é dispor de um meio de transporte. Tal como ter casa própria não é essencial, o que é essencial é ter um sítio digno para habitar (que não precisa de ser na gruta, pode ser uma casa arrendada ou até partilhada).
E eu já sei que em muitos sítios não há transportes públicos. Mas em muitos outros sítios há. Por isso creio que não devemos misturar os casos daqueles que não têm transportes públicos ao dispor com os daqueles que, dispondo deles, não os querem utilizar.
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o problema é que os custos não são bem todos iguais e o nível de controlo que tem sobre o mesmo também não é o mesmo.
repara que tu não podes baixar o salário do funcionário, mas podes reduzir o custo da electricidade (em teoria), menos ar condicionado, menos maquinas a trabalhar, apesar de limitado, é possível controlar +- o custo.
Por outro lado, existe uma diferença significativa entre aquilo que uma pessoa recebe e o custo para a empresa. Estou a falar do IRS que o trabalhador tem de pagar, estou a falar do TSU que a empresa tem de pagar, sub. de alimentação e seguro de trabalho. no mínimo. depende muito de empresa para empresa, há empresas que pagam o pass, há empresas que dão telemóvel, etc. outras não dão nada.
isto para dizer que os salários são uma despesa muito fixa e difícil de controlar, pelo que a tendência é andar-se com muita cautela. Depois existe o problema de se tiver que despedir uma pessoa, qual o custo inerente...
repara que tu não podes baixar o salário do funcionário, mas podes reduzir o custo da electricidade (em teoria), menos ar condicionado, menos maquinas a trabalhar, apesar de limitado, é possível controlar +- o custo.
Por outro lado, existe uma diferença significativa entre aquilo que uma pessoa recebe e o custo para a empresa. Estou a falar do IRS que o trabalhador tem de pagar, estou a falar do TSU que a empresa tem de pagar, sub. de alimentação e seguro de trabalho. no mínimo. depende muito de empresa para empresa, há empresas que pagam o pass, há empresas que dão telemóvel, etc. outras não dão nada.
isto para dizer que os salários são uma despesa muito fixa e difícil de controlar, pelo que a tendência é andar-se com muita cautela. Depois existe o problema de se tiver que despedir uma pessoa, qual o custo inerente...
mais_um Escreveu:Elias Escreveu:
Quanto ao carro, e ao respectivo seguro, eu pergunto se isso é um bem essencial... se calhar tu achas que sim (já agora: o Eurostat também acha que sim...); eu acho que é uma questão de habituação: durante anos (mesmo quando já trabalhava) andei de transportes, quase toda a gente andava de transportes - os quais, convenhamos, eram muitíssimo piores do que são hoje em dia.
Elias,
Portugal não é só Lisboa e Porto, tenta ir trabalhar a partir de uma aldeia nos arredores de qualquer cidade média em Portugal e depois diz-me que ter carro não é essencial.
Pois, mas isso também não é linear
fora dos grandes centros urbanos o custo de vida também não é tão elevado.
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mais_um Escreveu:Elias Escreveu:
Quanto ao carro, e ao respectivo seguro, eu pergunto se isso é um bem essencial... se calhar tu achas que sim (já agora: o Eurostat também acha que sim...); eu acho que é uma questão de habituação: durante anos (mesmo quando já trabalhava) andei de transportes, quase toda a gente andava de transportes - os quais, convenhamos, eram muitíssimo piores do que são hoje em dia.
Elias,
Portugal não é só Lisboa e Porto, tenta ir trabalhar a partir de uma aldeia nos arredores de qualquer cidade média em Portugal e depois diz-me que ter carro não é essencial.
E mesmo para quem vive nas ou perto das grandes cidades. Nem toda a gente tem transportes públicos em condições ou essa é sequer uma solução viável para as respectivas necessidades (nem toda a gente tem empregos em local e horário fixo).
A noção de essencial é um bocado vaga, no limite essencial é ter uma gruta ou equiparável para não morrermos de frio no inverno, um bocado de água por dia e uma mão cheia de nutrientes...
Mas acho que não é esse o contexto de "essencial" que temos na sociedade actual e num país dito desenvolvido como Portugal.

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Lion_Heart Escreveu:majomo Escreveu:Estamos entregues a esta gente...
alguém me pode dar o exemplo na europa de qual o país com mais baixos salários e qual é o nível de taxa de desemprego?!!!
Um pormenor, em portugal os salários têm baixado e o desemprego tem subido em flecha...
qual será o ponto de inflexão? salário zero=desemprego zero?!!!
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_so ... nimum_wage
Lá está, onde é que se retira que mais baixos salários = mais emprego?
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
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-Cumprir as regras anteriores...
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mais_um Escreveu:Elias Escreveu:
Quanto ao carro, e ao respectivo seguro, eu pergunto se isso é um bem essencial... se calhar tu achas que sim (já agora: o Eurostat também acha que sim...); eu acho que é uma questão de habituação: durante anos (mesmo quando já trabalhava) andei de transportes, quase toda a gente andava de transportes - os quais, convenhamos, eram muitíssimo piores do que são hoje em dia.
Elias,
Portugal não é só Lisboa e Porto, tenta ir trabalhar a partir de uma aldeia nos arredores de qualquer cidade média em Portugal e depois diz-me que ter carro não é essencial.
e não só,parece que o carro é um bem de luxo, ao que chegamos.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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Elias Escreveu:
Quanto ao carro, e ao respectivo seguro, eu pergunto se isso é um bem essencial... se calhar tu achas que sim (já agora: o Eurostat também acha que sim...); eu acho que é uma questão de habituação: durante anos (mesmo quando já trabalhava) andei de transportes, quase toda a gente andava de transportes - os quais, convenhamos, eram muitíssimo piores do que são hoje em dia.
Elias,
Portugal não é só Lisboa e Porto, tenta ir trabalhar a partir de uma aldeia nos arredores de qualquer cidade média em Portugal e depois diz-me que ter carro não é essencial.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
majomo Escreveu:Estamos entregues a esta gente...
alguém me pode dar o exemplo na europa de qual o país com mais baixos salários e qual é o nível de taxa de desemprego?!!!
Um pormenor, em portugal os salários têm baixado e o desemprego tem subido em flecha...
qual será o ponto de inflexão? salário zero=desemprego zero?!!!
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_so ... nimum_wage
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Do meu ponto de vista, o melhor indicador nesta questão (valor do SMN) é ver o que o patronato defende.
Actualmente não vejo o patronato queixar-se que o SMN é elevado e que devia ser reduzido, por isso sempre que vejo os académicos/teóricos e políticos que não tem noção da realidade a mandar bitaites fico com urticária....
Antes o problema era a rigidez da legislação laboral, a lei foi alterada, actualmente os patrões despedem quem quiserem com um custo baixo, resultados? melhorou o desemprego? Houve mais investimento? Não e não.
Afinal o que é que os empresários querem?
Questionado sobre o valor do SMN:
Actualmente não vejo o patronato queixar-se que o SMN é elevado e que devia ser reduzido, por isso sempre que vejo os académicos/teóricos e políticos que não tem noção da realidade a mandar bitaites fico com urticária....
Antes o problema era a rigidez da legislação laboral, a lei foi alterada, actualmente os patrões despedem quem quiserem com um custo baixo, resultados? melhorou o desemprego? Houve mais investimento? Não e não.
Afinal o que é que os empresários querem?
Convidado do programa Terça à Noite, da Rádio Renascença, o presidente da CIP, António Saraiva, afirma que Portugal tem hoje “no Governo uma luta interna entre o Ministério da Economia e o Ministério das Finanças” que se “sente diariamente nas relações que temos com o Governo quer na concertação social, quer no conselho Estratégico da Internacionalização”.
“O ministro da Economia [Álvaro Santos Pereira] subscreve um conjunto de ideias, [como] a questão do IRC, para captar investimento estrangeiro [e porque] temos que ter uma política fiscal condizente com essa atractividade, mas esbarra na impossibilidade que o ministro das Finanças [Vítor Gaspar] diz existir. Porque quem comanda de facto este País, ao contrário do que todos pensamos, não é o primeiro-ministro é o ministro das Finanças”, refere.
Questionado sobre o decurso da sétima avaliação ao programa de ajustamento, António Saraiva confessa que, “finalmente, a troika [se mostrou] disponível para reconhecer que há carência de crédito na economia e que as PME (pequenas e médias empresas) têm de ser ajudadas, quando inicialmente dizia que estava viciada em crédito, da mesma maneira que reconhece que tem de existir uma política fiscal amiga do investimento”.
Estas foram, para o presidente da CIP, “duas agradáveis constatações”. Já sobre o prolongamento do prazo para Portugal pagar os empréstimos europeus, o empresário defende que “temos hoje mais legitimidade para pedir esse prolongamento do que tínhamos lá atrás, mas essa necessidade já existia”. Por isso questiona: “Porque é que não [o] exigimos [antes], independentemente de cumprirmos ou de demonstrarmos que somos bons alunos?”.
Se o tivéssemos feito, acrescenta António Saraiva, “teríamos demonstrado que seríamos bons alunos, mas já teríamos exigido os prazos porque eles eram necessários e, provavelmente, [resultariam em] condições de austeridade diferentes porque (…) com um programa de ajustamento diferente teríamos tido outras situações”, e poderíamos ter evitado “encerramentos” de empresas e o “elevado desemprego”.
Nesta entrevista à Renascença, o presidente da CIP refere ainda que o acordo de concertação social ainda se mantém “muito mais por vontade dos parceiros sociais (…) que do Governo, que tem de uma forma errática mantido a concertação social em banho-maria”, salientando que o Executivo “faz isso por inabilidade, porque (…) falta vida e saber de experiência própria aos nossos governantes”.
António Saraiva remata que “hoje os portugueses vivem de uma forma desalentada”, por isso “pedia-se também ao senhor Presidente da República uma actuação mais dinâmica”. “O silêncio de Cavaco Silva chega a ser ensurdecedor em algumas das dificuldades que hoje os portugueses vivem”, frisou, acrescentando que apesar de não defender “um governo de salvação nacional, dever-se-ia saber exigir aos partidos acordos de regime [e] não deixar o livre arbítrio à vontade dos partidos”.
Até porque, “o País não aguenta mais austeridade. Os reformados não suportam mais cortes, os nossos jovens não podem continuar a emigrar e a ter o elevado desemprego que registam, e o desemprego de longa duração não se pode manter. Isto tem de ser alterado. Se não se fizer nada, receio que a conflitualidade social possa ocorrer a qualquer momento se não houver a sensibilidade do Governo de perceber que esta indignação pacífica (…) pode descambar noutras piores manifestações”. E, citando o poeta Miguel Torgal, o presidente da CIP afirma que “nós somos uma colectividade de pacíficos revoltados” mas seremos “pacíficos até quando?”.
http://www.noticiasaominuto.com/politic ... an%C3%A7as
Questionado sobre o valor do SMN:
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) "está disponível para discutir" o aumento do salário mínimo, mas "numa base credível", definindo regras que protejam os sectores mais expostos à concorrência internacional
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=99311
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Marco Martins Escreveu:Acho que ninguém tem essa noção, senão aqueles que vivem com esse vencimento!
Dar para viver, deve dar... mas será mais sobreviver...
uma pessoa com salario minimo, será que pode (considerando valores baixos):
- pagar uma renda de 300/mes
- pagar luz/agua/gas 80/mes
- pagar passe 30/mes
- almoçar fora de casa 100/mes
Como estas coisas básicas, já somam 510/mes.
Então pode viver com o salario mínimo esde que:
- não possa ter carro
- não possa ter seguro de carro
- não possa ter seguro pessoal
- não possa ter comida em casa para jantar
- não possa comprar vestuario
Será que alguém tem noção mesmo do que é o salário mínimo?!?!
Conforme o richardj já referiu, os almoços fora de casa pagam-se com o subsídio de refeição que não faz parte do salário mínimo, logo não deviam entrar nessas contas.
Quanto ao carro, e ao respectivo seguro, eu pergunto se isso é um bem essencial... se calhar tu achas que sim (já agora: o Eurostat também acha que sim...); eu acho que é uma questão de habituação: durante anos (mesmo quando já trabalhava) andei de transportes, quase toda a gente andava de transportes - os quais, convenhamos, eram muitíssimo piores do que são hoje em dia. Acontece que quem, graças ao crédito fácil e ao tempo das vacas gordas, se habituou a andar de carro para todo o lado, não deseja reverter para a situação anterior, isto é, de voltar a utilizar os transportes públicos. Andar de carro, mais do que uma necessidade, tornou-se um estatuto. Como diz um amigo meu que mora perto da Serra da Estrela, "aqui ninguém quer andar a pé, pois isso é visto como um sinal de pobreza... quem anda a pé são os pastores".
Editado pela última vez por Elias em 7/3/2013 19:58, num total de 1 vez.
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Lion_Heart Escreveu:António Borges defende manutenção do salário mínimo, mas “o ideal até era que os salários descessem” para combater desemprego
07 Março 2013, 17:05 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.pt
António Borges diz que a “única medida” aplicável nesta altura será manter o salário mínimo. E ainda que defenda que “ninguém quer um país de gente pobre”, “o ideal até era que os salários descessem como solução imediata para resolver o problema do desemprego.”
“Julgo que a única medida que se podia tomar nesta altura é manter o salário mínimo como está, porque a primeira prioridade, das dificuldades todas que as pessoas defrontam hoje em dia, é voltar a pô-las a trabalhar, é encontrar postos de trabalho e isso não se faz tornando o posto de trabalho mais caro”, afirmou o responsável numa entrevista à Rádio Renascença.
A questão em torno do salário mínimo “é a mais controversa que tem vindo a público nos últimos tempos. E as pessoas são acusadas de quererem uma estratégia de crescimento à custa de salários baixos. Não é de maneira nenhuma o caso. Ninguém quer um país de gente pobre, toda a gente quer um país próspero. Mas antes disso temos uma emergência nas mãos e a emergência é uma taxa de desemprego acima dos 17%. O ideal até era que os salários descessem como aconteceu noutros países como solução imediata para resolver o problema do desemprego”, acrescentou.
O responsável recorda que em 2009, quando o Governo de José Sócrates determinou um aumento do salário mínimo de 426 euros para 450 euros, Manuela Ferreira Leite, então líder do PSD, “teve o cuidado de dizer que as subidas dramáticas no salário mínimo que se fizeram nessa altura iam gerar muito desemprego mais tarde. Avisou e avisou bem e isso custou-lhe muito caro em termos de popularidade.”
In Negocios
Outro idiota "iluminado" a voltar ao mesmo assunto.
Estamos entregues a esta gente...
alguém me pode dar o exemplo na europa de qual o país com mais baixos salários e qual é o nível de taxa de desemprego?!!!
Um pormenor, em portugal os salários têm baixado e o desemprego tem subido em flecha...
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António Borges defende manutenção do salário mínimo, mas “o ideal até era que os salários descessem” para combater desemprego
07 Março 2013, 17:05 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.pt
António Borges diz que a “única medida” aplicável nesta altura será manter o salário mínimo. E ainda que defenda que “ninguém quer um país de gente pobre”, “o ideal até era que os salários descessem como solução imediata para resolver o problema do desemprego.”
“Julgo que a única medida que se podia tomar nesta altura é manter o salário mínimo como está, porque a primeira prioridade, das dificuldades todas que as pessoas defrontam hoje em dia, é voltar a pô-las a trabalhar, é encontrar postos de trabalho e isso não se faz tornando o posto de trabalho mais caro”, afirmou o responsável numa entrevista à Rádio Renascença.
A questão em torno do salário mínimo “é a mais controversa que tem vindo a público nos últimos tempos. E as pessoas são acusadas de quererem uma estratégia de crescimento à custa de salários baixos. Não é de maneira nenhuma o caso. Ninguém quer um país de gente pobre, toda a gente quer um país próspero. Mas antes disso temos uma emergência nas mãos e a emergência é uma taxa de desemprego acima dos 17%. O ideal até era que os salários descessem como aconteceu noutros países como solução imediata para resolver o problema do desemprego”, acrescentou.
O responsável recorda que em 2009, quando o Governo de José Sócrates determinou um aumento do salário mínimo de 426 euros para 450 euros, Manuela Ferreira Leite, então líder do PSD, “teve o cuidado de dizer que as subidas dramáticas no salário mínimo que se fizeram nessa altura iam gerar muito desemprego mais tarde. Avisou e avisou bem e isso custou-lhe muito caro em termos de popularidade.”
In Negocios
Outro idiota "iluminado" a voltar ao mesmo assunto.
07 Março 2013, 17:05 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.pt
António Borges diz que a “única medida” aplicável nesta altura será manter o salário mínimo. E ainda que defenda que “ninguém quer um país de gente pobre”, “o ideal até era que os salários descessem como solução imediata para resolver o problema do desemprego.”
“Julgo que a única medida que se podia tomar nesta altura é manter o salário mínimo como está, porque a primeira prioridade, das dificuldades todas que as pessoas defrontam hoje em dia, é voltar a pô-las a trabalhar, é encontrar postos de trabalho e isso não se faz tornando o posto de trabalho mais caro”, afirmou o responsável numa entrevista à Rádio Renascença.
A questão em torno do salário mínimo “é a mais controversa que tem vindo a público nos últimos tempos. E as pessoas são acusadas de quererem uma estratégia de crescimento à custa de salários baixos. Não é de maneira nenhuma o caso. Ninguém quer um país de gente pobre, toda a gente quer um país próspero. Mas antes disso temos uma emergência nas mãos e a emergência é uma taxa de desemprego acima dos 17%. O ideal até era que os salários descessem como aconteceu noutros países como solução imediata para resolver o problema do desemprego”, acrescentou.
O responsável recorda que em 2009, quando o Governo de José Sócrates determinou um aumento do salário mínimo de 426 euros para 450 euros, Manuela Ferreira Leite, então líder do PSD, “teve o cuidado de dizer que as subidas dramáticas no salário mínimo que se fizeram nessa altura iam gerar muito desemprego mais tarde. Avisou e avisou bem e isso custou-lhe muito caro em termos de popularidade.”
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mapaman Escreveu:Achas que alguem que defende a subida do salário minimo por decreto têm a minima noção do que é pagar os encargos inerentes a uma atividade comercial?
Mas o objectivo não é as pessoas uma maior disponibilidade financeira?
Então, o Governo pode exigir exactamente o mesmo valor absoluto de imposto, para isso, face a um aumento do valor do salário mínimo, desce a % de impostos a cobrar mas continua a exigir que receba o mesmo imposto equivalente aos 485euros..
O Governo mantivesse o valor de imposto absoluto que recebe atualmente, um aumento de 10 euros (cerca de 2%), numa empresa de 100 funcionários obrigava a empresa a despender mais 1000 euros por mês!!! Que fortuna!!!!!!!
No ano passado, só a electricidade aumentou vertiginosamente e ninguém se preocupou..
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crybaby Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Partilho, JMHP. É mesmo isso. Confesso que há 20 anos que tenho esperança que as novas gerações, ao passarem cada vez mais tempo fora, voltem com atitudes diferentes e prontas para mudar atitudes e modos de fazer coisas. Mas não.... os outros países (as chinas, as índias) estão a fazer isso muito mais rapidamente. É ultra preocupante, até porque os mercados principais deixam aos poucos de ser os Europeus (e americanos, mas esses nunca foram o destino das nossas exportações) e passam a ser os emergentes também.
Já viste, poder-se-ia pegar nestes teus comentários e trabalhar a partir daí todo um projecto de melhoria ou "despioria" do país que teria sem dúvidas impacto. Mesmo sabendo que a credibilidade demora tempo a conquistar.
As novas gerações vão, voltam e lembram-se porque foram embora...
Infelizmente não são algumas gotas que mudam a mentalidade do oceano...
Tive o privilégio de fazer uma parte, significativa, da minha formação no estrangeiro em vários Países e digo:
- Portugal é um País lindo para viver.

Tudo o resto , bem espremido, é esvaziado de conteúdo, uma verdadeira selva em que as leis duram por vezes dias, em pleno séc XXI vivemos, em termos de leis Sociais, como no séc XIX.
O que aprendemos lá fora só nos ajuda se formos lá para fora, para mim foi o contrário : tive de aprender a viver aqui.
Portugal nunca mudará, quem pensar o contrário está a perder tempo...a única solução será beneficiarmos da integração Federalista da U.E., que nos colocará barreiras intransponíveis a impedir o repetir de erros Históricos.
Ainda no outro dia um SR. dizia: os nossos Avós
sofreram para os nossos Pais terem uma vida melhor, os nossos Pais sofreram para nós termos uma vida melhor, nós estamos a sofrer para os nossos filhos terem uma vida melhor...
...bullshit

Os resultados estão aí...vejam aquelas séries do Bear Grylls, aprenderão truques para sobreviver neste País

“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
Salvador Dali
Pata-Hari Escreveu:Partilho, JMHP. É mesmo isso. Confesso que há 20 anos que tenho esperança que as novas gerações, ao passarem cada vez mais tempo fora, voltem com atitudes diferentes e prontas para mudar atitudes e modos de fazer coisas. Mas não.... os outros países (as chinas, as índias) estão a fazer isso muito mais rapidamente. É ultra preocupante, até porque os mercados principais deixam aos poucos de ser os Europeus (e americanos, mas esses nunca foram o destino das nossas exportações) e passam a ser os emergentes também.
Já viste, poder-se-ia pegar nestes teus comentários e trabalhar a partir daí todo um projecto de melhoria ou "despioria" do país que teria sem dúvidas impacto. Mesmo sabendo que a credibilidade demora tempo a conquistar.
As novas gerações vão, voltam e lembram-se porque foram embora...
Infelizmente não são algumas gotas que mudam a mentalidade do oceano...
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alexandre7ias Escreveu:.mapaman Escreveu:alexandre7ias Escreveu:.Krupper Escreveu:alexandre7ias Escreveu:alexandre7ias Escreveu:Alguém aqui ganha o salário mínimo?
Com certeza que foi por distracção que não responderam, por isso volto a perguntar.
Alguém por aqui ganha o salário mínimo?
Ninguém respondeu, porque poucas pessoas têm paciência para as tuas demagogias.
Deve ser. Eu acho é que ninguém aqui conseguia viver com esse valor. Falar todos conseguem isso já vi, agora viver.
Ganhas o ordenado mínimo?
Felizmente não, ganho um pouco mais acima disso.
Mas já trabalhei em part time e o que ganhava era um pouco menos que isso, e por esse motivo sei o que é ganhar o salário mínimo.
Mas também sei que geralmente que ganha mais precisa bem mais do dinheiro que ganha.
A minha pergunta era precisamente para saber se alguém por aqui tinha a noção do que era viver com o salário mínimo.
Acho que ninguém tem essa noção, senão aqueles que vivem com esse vencimento!
Dar para viver, deve dar... mas será mais sobreviver...
uma pessoa com salario minimo, será que pode (considerando valores baixos):
- pagar uma renda de 300/mes
- pagar luz/agua/gas 80/mes
- pagar passe 30/mes
- almoçar fora de casa 100/mes
Como estas coisas básicas, já somam 510/mes.
Então pode viver com o salario mínimo esde que:
- não possa ter carro
- não possa ter seguro de carro
- não possa ter seguro pessoal
- não possa ter comida em casa para jantar
- não possa comprar vestuario
Será que alguém tem noção mesmo do que é o salário mínimo?!?!
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