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Caldeirão da Bolsa

Vão trabalhar, malandros!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

BRINCAR com os números:

por devastador » 1/8/2009 23:08

Está aqui a VERDADE dos números (é lerem):
http://www.ste.pt/actualidade/2006/11/a ... 006_01.pdf

Em 1979 havia 372 086 funcionários da Administração Pública. Os 100 000 deveria ser nos anos 30, não?!!!!!
Em Portugal só no final da década de 70 se começou a construir e consolidar o modelo de Estado Social que já estava implementado na Europa!!!
Como era então nesse tempo o Sistema Nacional de Saúde?
Não era!!!!!! Os Portugueses tinham os filhos em casa e os doentes morriam em casa porque não tinham dinheiro para ir para um hospital, nem os havia em número suficente (estou a falar do povo, das pessoas que viviam nas aldeias e vilas).
Como era a educação?
Não era!!!!! A maioria terminava com a 4º classe!!!! Grande despesa que o estado tinha com a educação!!!
Como era a Justiça?!
Não era!!!! Quem é que tinha dinheiro para pagar a um advogado? assim, não eram precisos muitos tribunais...nem juizes...nem advogados...
Qual era a Segurança Social oferecida pelo estado?
Não era!!!! Como a "segurança" era nenhuma, não eram precisos os funcionários que existem hoje neste área.
O número de cidades que existem hoje eram as mesmas?
Claro que não!!! AS pessoas hoje fogem para as cidades porque estas oferecem tudo e as aldeias nada. O número de funcionários camarários teve que aumentar.

Ainda bem que aumentaram o número de Funcionários Públicos pois eu não quero viver nesse país em que estes sejam apenas 100mil!!!! Estado Novo, não, obrigado!
Para que haja um vencedor tem que haver um perdedor.
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por creepy » 1/8/2009 17:42

AikyFriu Escreveu:
axman Escreveu:[b]

Uma última questão para o Creepy... privativavas o ensino? é que queres reduzir os funcionários públicos para 100.000 ou 200.000 e só os professores são 130.000.


Um abraço


com todo o respeito por todas as opiniões... e não querendo contrapor ninguém...

privatisava sim.. e um dia há-de ser o caminho... não te digo que vai ser em 5 anos... mas um dia (e eu sou uma pessoa muito optimista, apesar do meu estado bear longo prazo!!!), depois da limpeza acontecer nos mercados e na economia em geral... o paradigma há-de mudar e até o ensino lentamente ajustar-se-á á nova realidade.. era uma conversa muito longa...

o número 100.000/200.000 foi mandado para o ar sem nenhuma precisão e foi no seguimento do post anterior..

um abraço
Creepy
 
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por AikyFriu » 1/8/2009 17:22

axman Escreveu:Quantos pobres têm que existir para que exista um funcionário público?


Esta foi das frases mais estúpidas e infelizes que já ouvi...

quer dizer que os funcionários públicos são a causa de existirem pobres????? que estupidez!!!!!



PAra pensarem:

- no privado é tão anormal um licenciado ganhar 3.000€ no final da carreira? então porque é que consideram escandaloso que um educador de infância/professor ganhar isso? (tenho a certeza que ganha menos)

- quantos funcionários públicos têm/tiveram mais de 10 anos com contratos? no privado há um número limitado de contratos. Conheço professores que andaram 15 a 20 anos sem conseguir um lugar nos quadros e a ganhar o salário do inicio da carreira.

- os funcionários públicos sem habilitações pouco mais do que o ordenado minimo.

- a redução do número de funcionários públicos fez com que muitos locais tenham falta de pessoal, o que obriga a uma sobrecarga de trabalho (a minha escola tem menos 10 funcionários do que o minimo definido pelo ministério da educação e mesmo assim não tem permissão para contratar ninguém, nem mesmo para substituir os que se reformarem)

- a redução do número de funcionário pouco se reflectiu nos "job for the boys" politicos, as câmaras continuam a contratar, o governo continua a renovar contratos antes de sair, apesar de saber que o partido que vier a seguir vai colocar lá outros



Uma pergunta final... aconselhavam os vossos filhos/familiares a tirar um curso de professor?
Eu não... aliás, desde há 2 anos que digo que se tivesse menos ou mais 10 anos sairia da função pública, apesar de ainda gostar da minha profissão.



Uma última questão para o Creepy... privativavas o ensino? é que queres reduzir os funcionários públicos para 100.000 ou 200.000 e só os professores são 130.000.


Um abraço
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por Um curioso... » 1/8/2009 15:00

Causa alguma consternação a falta de informação patenteada neste tópico.
Com tanta gente a entender que a função pública é um antro de priveligiados, o que é que estão a fazer no privado???
Porque não se mudam?
Os lugares da FP, são na sua grande maioria de entrada por concurso.
Porque não concorrem?

"O monstro" é realmente estúpido e brutal, mas não pelos privilégios dos seus agentes.
O grande mal da FP é a incompetência das chefias e dos Ministérios, onde ficam alojados os "amigos dos partidos", completamente alheados da realidade, muitos deles sem nunca terem trabalhado no terreno.
Uma educadora que no privado ganha apenas um terço do que ganharia (no fim da carreira, coisa que hoje em dia quase ninguém vai atingir), certamente que teve uma classificação inferior pelo que não conseguiu ser admitida na FP.
As pessoas que entram no funcionalismo, são na maior parte dos casos as mais bem classificadas!!!
Com o tempo e por verem que não são acarinhadas pelo mérito, acabam por cair na monotonia e mesmo na mediocridade. Mas isso é porque não há estímulos, as chefias são muito más (vaidosos, incompetentes e apenas com o desejo de assegurar o lugar, que lhes dá muitas vezes privilégios, esses sim bem obscuros).
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por axman » 1/8/2009 13:47

LTCM Escreveu:Pára de choramingar, se achas que é assim tão bom concorre.
No meu tempo os concursos de ingresso eram a nível nacional, fazes o concurso e aguardas o resultado.


Não choramingo porque felizmente estou melhor no privado (tb não sou professor). Também tenho a noção que represento uma pequena minoria de privilegiados.
Também sei que nem todos são pagos grandes salários. Mas título de exemplo o estado paga 3000€/mês a uma educadora de infância em final de carreira.. Essa mesma educadora, no privado, se tiver sorte ganha 800€.. O facto é que a FP, pelo seu gigantismo, está a rebentar com as contas deste País..

Neste País a iniciativa privada existe essencialmente para pagar os gastos do estado numa espécie de parasitagem. Por isso ninguém investe e não somos competitivos em coisíssima nenhuma. Por isso estamos estão endividados. Por isso tem a carga estúpida de impostos que temos

A nível salarial até podem dizer que estão abaixo da média europeia.. mas por acaso Portugal não está bem lá no fundo? Em termos de PIB já andamos na disputa com a Estónia e a Eslováquia.. O espanhol médio tem 50% mais poder de compra que um português médio.. e paga menos impostos! estranho ninguém falar nisso..

Lanço um repto, uma provocação...

Quantos pobres têm que existir para que exista um funcionário público?

Quando surgirá um político com coragem para dominar a besta? Talvez num dia enevoado...
 
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por creepy » 1/8/2009 13:38

quando a crise levar á falência alguns estados e algumas seguranças sociais...

o modelo em que "o estado ajuda sempre" - Keynesiano - acabará... porque vai ser questionado e confrontado....o modelo que irá/deverá construir o passo seguinte será baseado no investimento privado...

Recomendo para os interessados:
http://mises.org/


a função pública terá/deverá ter menos peso e voltaremos, aqui em Portugal, a ter 100.000/200.000 funcionários públicos...

para já adia-se o problema e a dor com "injecções" e o estado ainda se acha o salvador de todos os problemas... mas vamos ver se a doença não agrava e não temos que ir mesmo "á faca"...

cumprimentos
 
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por valparaiso » 1/8/2009 13:07

Os trabalhadores da função pública têm direito a mais dias de férias conforme a idade e a antiguidade. No fim da carreira, podem chegar aos 32 dias por ano.

Apesar de o número de dias de férias dos portugueses estar em linha com a média europeia, existe uma discrepância entre os sectores público e privado em Portugal. É que, enquanto os trabalhadores das empresas privadas têm direito a 25 dias de férias caso não faltem um único dia de trabalho no ano anterior, os funcionários públicos têm mais, conforme a idade e a antiguidade, e podem chegar a 32 dias no fim da carreira.

É que, segundo o contrato de trabalho em funções públicas, os funcionários têm direito a 25 dias de férias por ano, independentemente do número de faltas no ano anterior, a que acresce um dia por cada dez anos de serviço efectivamente prestado. Além disso, por cada mais dez anos de idade estes profissionais têm também direito a um dia de férias suplementar. Assim, um funcionário com 60 anos e 40 anos de carreira tem direito, segundo a lei, a 32 dias de descanso por ano.

A lei define ainda que o período de férias dos trabalhadores da função pública pode ser aumentado em casos de "sistemas de recompensa do desempenho" ou através de "regulamentação colectiva de trabalho".

Quanto às diferentes classes profissionais no sector público, a lei aplica-se de igual modo a todos os funcionários. No entanto, os professores podem ter direito a mais dias de folga durante o ano. Segundo o estatuto da carreira docente, os docentes podem usufruir nas épocas do Natal, do Carnaval, da Páscoa e do Verão de períodos de interrupção. No entanto, podem ser chamados pelos órgãos directivos a trabalhar nestes períodos, sendo que as "folgas" não podem exceder os 30 dias por ano.

Já no sector privado, a lei diz que os trabalhadores têm direito, no mínimo, a 22 dias de férias, podendo chegar aos 25 caso os funcionários não faltem um único dia no ano anterior. No entanto, as empresas apenas pagam os 22 dias de férias estipuladas por lei. Portugal está, assim, acima da média da União Europeia a 27 (mais a Noruega), que é de 21,4 dias de férias, segundo um estudo da European Foundation (ver caixa ao lado).

No entanto, há certos sectores de actividade que têm acordos de contratação colectiva que determinam regras específicas para estes trabalhadores. É o caso dos bancários, que devido aos vários contratos estabelecidos com as entidades patronais têm direito a 25 dias de descanso pagos, independentemente do número de faltas no ano anterior.

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por LTCM » 1/8/2009 11:30

axman Escreveu:Parecem umas virgens ofendidas..

Antes do 25 Abril existiam 175.000 FP hoje são 750.000. O Banco Portugal afirma que os FP ganham 75% mais que o sector privado. A OCDE diz que os FP portugueses são os que menos horas trabalham.. Para quê negar a evidência. Se é assim tão mau estar no público porque é que ninguém se despede?? Acha que alguém lhe pagaria metade do recebe actualmente para dar aulas? Claro que não.. o estado é um óptimo patrão banana.. Milhares de jovens condenados ao recibo-verde para sustentar esta corja de nababos. Esta classe engordou tanto que se tornou capaz o principal grupo de pressão do País.

Agora não abusem da paciência de contribuintes porque senão qualquer dia não haverá ninguém para garantir os vossos "direitos adquiridos"


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por Mcmad » 1/8/2009 2:31

axman Escreveu:Parecem umas virgens ofendidas..

Antes do 25 Abril existiam 175.000 FP hoje são 750.000. O Banco Portugal afirma que os FP ganham 75% mais que o sector privado. A OCDE diz que os FP portugueses são os que menos horas trabalham.. Para quê negar a evidência. Se é assim tão mau estar no público porque é que ninguém se despede?? Acha que alguém lhe pagaria metade do recebe actualmente para dar aulas? Claro que não.. o estado é um óptimo patrão banana.. Milhares de jovens condenados ao recibo-verde para sustentar esta corja de nababos. Esta classe engordou tanto que se tornou capaz o principal grupo de pressão do País.

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por axman » 1/8/2009 0:24

Parecem umas virgens ofendidas..

Antes do 25 Abril existiam 175.000 FP hoje são 750.000. O Banco Portugal afirma que os FP ganham 75% mais que o sector privado. A OCDE diz que os FP portugueses são os que menos horas trabalham.. Para quê negar a evidência. Se é assim tão mau estar no público porque é que ninguém se despede?? Acha que alguém lhe pagaria metade do recebe actualmente para dar aulas? Claro que não.. o estado é um óptimo patrão banana.. Milhares de jovens condenados ao recibo-verde para sustentar esta corja de nababos. Esta classe engordou tanto que se tornou capaz o principal grupo de pressão do País.

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Função Pública ou Privado?

por devastador » 31/7/2009 12:36

Quer na Função Pública quer no Privado há factores positivos e factores negativos, há bons funcionários e maus funcionários!!! Infelizmente, em Porugal há a "mania" de tomar uma parte pelo todo, com consequências nefastas para quem cumpre!!!!!!!

Sou professor, gosto do que faço e sou funcionário público com muito gosto. Entrei de férias dia 24 de Julho e fui ontem á minha escola entregar a minha ficha de avaliação de desempenho, a qual tem sido elaborada em casa em período de férias. Encontrei uma prima minha, também professora de Matemática, e como está no secretariado de exames vai acumular dias de férias que nem no próximo ano as vai conseguir gozar. Encontrei uma vizinha, também professora de Matemática e que interrompeu as suas férias porque está no Júri de exames (na escola que recebe os exames que foram corrigidos pelos correctores de uma determinada região). Só que este trabalho ninguém o vê!! Para a maioria das pessoas os professores SÓ trabalham quando há aulas, os bombeiros só trabalham quando há fogos, os funcionários que se encontram num guiché só trabalham quando atendem as pessoas, etc.

Eu trabalho em casa à noite e nunca recebi UMA hora extraordinária, eu não tenho carro dado pela empresa, tenho que pagar o combustível quando vou trabalhar, as licenças parentais para o sector privado eram mais favoráveis do que na lei da função pública, não tenho prémios de produtividade, durante uma década tive perda de poder de compra e sou um funcionário que paga os seus impostos (bolas...´«e que não dá para fugir...).
É verdade que na Função Pública HAVIA uma maior segurança relativamente ao seu posto de trabalho (era do interesse do Estado Novo, pois em contra partida davam salários inferiores ao sector Privado). Hoje, basta observar o que aconteceu com muitos funcionários do Ministério da Agricultura, basta observar a nova lei laborar em que o estado aproxima as regras de trabalho da Administração Pública às do sector privado, o que acho correcto.
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por LTCM » 30/7/2009 19:46

Lion_Heart Escreveu:
LTCM Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:
Recebem sempre ao dia 22 sem falta , Nunca podem ser despedidos , tem todas as regalias ADSE e etc. , não tem objectivos (niveis inferiores) , são sempre bem classificados a não ser que o chefe não goste deles , mas ai impera a cor politica.
Ja para não falar que nas reformas recebem (ou recebiam ) 100% do ordenado.


Quando se fala daquilo que não se sabe, geralmente, saem mentiras deste tipo.


É verdade , a única coisa que não sei é se as reformas ainda são a 100% o resto sei de certeza absoluta pois conheço muitos


Caro eu trabalhei lá.

Nunca recebi no dia 22;

Funcionários tiveram processos disciplinares e foram para a rua (acho que ainda andam em tribunal);

A ADSE é paga mensalmente e não podia abdicar dela, mesmo não usando tinha de a pagar;

Tinha objectivos e eram examinados todos os trimestres;

Nem sempre se é bem classificado, mas essa éra a regra;

A reforma não posso falar mas nem próxima dos 80% será.
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por Elgenedy » 30/7/2009 11:22

Bom dia,

Há aqui algumas coisas que tenho de comentar :)

Lion_Heart Escreveu:Recebem sempre ao dia 22 sem falta


É triste, quando se aponta uma situação que mostra correcção, como algo específico da FP...

Trabalhar é um direito, receber por esse trabalho também. Porque será que é algo assim tão fora de série receber o salário num dia certo? :(

Lion_Heart Escreveu:Nunca podem ser despedidos


É dificil acontecer, mas daí a "nunca" vai uma grande distância. Basicamente, com justa causa podes sempre ser despedido. Tens é de instaurar um processo disciplinar, o que é complicado.

Lion_Heart Escreveu:tem todas as regalias ADSE e etc.


A ADSE, sim, é verdade.. a grande maioria das empresas tem seguro de saúde, que não é muito diferente. Já agora até há pouco tempo, a ADSE não era sequer facultativa... se não quisesses usar pagavas na mesma (sim, porque é um benefício que o trabalhador paga com um desconto automático do seu salário)

Desculpa a pergunta, mas o que é o etc? Quais são os outros benefícios? É que no privado, também consigo apontar uma série de benefícios, desde os seguros de saúde e de vida, carro, telemóvel, ligações à net, portatil, programas de descontos junto de parceiros, planos de reforma ...

Lion_Heart Escreveu:não tem objectivos (niveis inferiores)


E isso é algo positivo? Não tens objectivos, não os atinges... não tens uma forma de avaliar o desempenho e de premiar o mesmo.

Trabalhar sem saber o rumo é bom?

Lion_Heart Escreveu:são sempre bem classificados a não ser que o chefe não goste deles , mas ai impera a cor politica.


E da mesma forma, se o teu chefe não gostar de ti, vai-te "tramar" durante os próximos 20 anos porque a probabilidade de ele deixar de ser teu chefe é ínfima. Se além disso, for uma questão política, facilmente, o atrito sai do teu local de trabalho, o que te dificulta ires para outros locais.

Já agora, muitas vezes para ires para outros locais, precisas de autorização dessse mesmo chefe.

Lion_Heart Escreveu:( F. publica recebe mais que o privado )


Estes estudos pecam por não conseguirem nunca apresentar dados reais. Em quantas empresas os funcionários recebem 2 fatias? uma oficial (tributada) e outra "por baixo da mesa", não declarada? Isso não conta para o rendimento? Certamente não entra no estudo.

Subsídios... entram nos estudos? Também não são tributados, mas representam uma fatia enorme de rendimento.

E as formações (desde as pequenas aos MBA's e afins)? Conheces assim tantas pessoas no estado com MBA (por exemplo) totalmente financiado?

Isto para não falar nos prémios de desempenho que nas empresas é normal, no estado é ultra-moderno...

Que é preciso mexer na FP, concordo a 100%. Que há muito desperdício, sem sombra de dúvida. Se bem que, acredito que o primeiro problema não é em número, mas sim em distribuição. Há vários serviços onde tens 10 pessoas para fazer o trabalho de 1.. mas também tens muitos onde existe apenas 1 para fazer o trabalho de 10.

Mas daí a ver a FP, como a 8ª maravilha do mundo, onde é tudo optimo, que os FP são uns sortudos e uns previligiados, vai uma grande diferença.

O que eu não entendo é, tantos dos que dizem mal, e que criticam os altos salários da FP, com número baixíssimo de horas de trabalho, e para estar o dia todo sem fazer nada, porque ainda estão no sector privado?

Curiosamente, existe uma pós graduação que dá entrada directa na FP, e o número de candidatos nos ultimos anos, tem vindo a descer de mais de 2000 para 200 ou 300 por ano...

Cumprimentos,

Elgenedy

Disclaimer: Não sou funcionário publico, apesar de ter trabalho 3 anos num instituto publico. E mesmo estando a recibos verdes, saí para o privado, com um aumento na ordem dos 180%...
 
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por mais_um » 30/7/2009 8:46

semoke Escreveu:
EALM Escreveu:Eu ja´disse isto uma vez, mas repito:

- Parece que este Governo foi muito bem sucedido na política de nos virar uns contra os outros. É a velha máxima - dividir para reinar - e está claramente a resultar, pelo que vejo.

Já agora, esse tal estudo que diz que a FP de Portugal trabalha 35 horas não passa de uma observação dos horários teóricos. Cada vez mais vejo pessoas dentro da F.P. a ficar depois da hora e muitas vezes sem serem pagas... esse estudo vale o que vale.

Continuo a achar que na Privada as pessoas ainda são MAIS exploradas que na Função Pública, mas isso não é motivo para achar que os funcionários públicos são privileiados (excepto as chefias!).

Deixem de ter invejas, e se realmente querem um futuro, um país melhor, vejam bem onde anda o real desperdício:

Em 1º lugar, destacadíssimo: CORRUPÇÂO
Em 2º lugar: falta de eficiência generalizada por (in)competência das chefias/governantes
Em 3º lugar: falta de massa crítica no país devido a um atraso educacional
Em 4º lugar: ainda existe em alguns pontos atrasos de infra-estruturas, quer de novas ou antigas tecnologias.

etc, etc...

Em 5 lugar: Os funcionários públicos pagam os seus impostos a 100%. Não t~em forma de fugiar aos impostos.
Em 6 lugar: O maldizer é politica dos desgraçadinhos do nosso país que nunca fizeram nada, são meninos mimados.
Em 7 lugar. O acesso à função publica está consagrada ca constituição portuguesa a todos os cidadões portugueses.

Nota: Não sou funcionário público e não tenho inveja nenhuma do que ganham.
Se fosse funcionário público não tinha o que tenho hoje e tenho um grande parimónio e nunca fugi aos meus impostos.


Vejamos, os FP tinham e ainda tem alguns privilégios que os restantes trabalhadores não tem, do meu ponto de vista as questões que devemos colocar são:

É justo sobrecarregar todos os trabalhadores para apenas alguns terem esses privilégios?

O País produz riqueza suficiente para dar esses privilégios?

A qualidade/rentabilidade do trabalho que os FP executam justificam esses privilégios?

Não tenho inveja dos FP, apenas quero ter os mesmos direitos e deveres, vivo no mesmo país, não podem existir cidadãos de 1ª e cidadãos de 2ª, quero receber serviços de qualidade que justifiquem os impostos que pago que são cerca de 40% só em impostos directos.

Em termos profissionais trabalhei muitos anos com a FP, principalmente a administração central e o que vi deixou-me estarrecido. Há um desperdicio de recursos enormissimo, a responsabilidade é das chefias e dos governos, mesmo pré-25 de Abril .

Alexandre Santos
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Re: PAÍS DE MEDIOCRES

por Lion_Heart » 30/7/2009 2:35

semoke Escreveu:Podem ter acesso à função pública de acordo com a constituição portuguesa todos os portugueses maiores de 18 ano sem discriminação de raças, religião ou lingua, etc. Ou seja, todos os portugueses têm acesso à função pública.
Ser funcionário foi e é uma forma de encarar determinada função muitas vezes com salários inferiores à privada.
Ser funcionário público é alêm de receber o seu salário, tb é pagar os seus impostos.
Não sou funcionário público, ganho mais do que um funcionário e francamente não tenho inveja dos funcionários públicos.

Se trabalham ou não, o problema é da organização.

CAROS AMIGOS NÃO É COM ESTA POLITICA DE INVEJA QUE CONSTRUIMOS UM PORTUGAL MELHOR.

DEVEMOS SIM, ALCANÇAR MAIORES RENDIMENTOS, TENTAR NIVELAR OS NOSSOS RENDIMENTOS COM AQUELES QUE GANHAM MAIS DO QUE NÓS. TER INVEJA DAS PESSOAS QUE GANHAM MAIS DO QUE NÓS É E VAI CONTINUAR A SER POLITICA DOS MEDIOCRES E DOS QUE NÃO SABEM FAZER NADA.


Nem mais! O problema é não ser uma questão de inveja , mas sim uma questão de justiça!
Sempre tivemos um País com dois tipos de trabalhadores os do Estado e os do Privado.
Os que tem muitas regalias apesar de algumas ja lhes terem sido retiradas e os que poucas tem.
E atenção aqui falamos dos niveis mais baixos e não de quadros médios/superiores.

Eu ainda não vi nenhuma empresa do estado fechar , por oposição ja vi milhares de empresas a falir.
Ainda não vi nenhum f. publico com salários em atraso e conheço muita gente que não recebe a meses.
Nas ultimas semanas sairam noticias que os f. publicos recebem mais que no privado e ontem uma em que os f. publicos de Portugal são os que trabalham menos na Europa.
Digam isto a um empregado fabril, a um caixa de supermercado , a muitas mais pessoas do sector privado que não tem um horario fixo, um emprego permanente .

Mas concordo consigo como disse acima , Todos devem ter o mesmo tipo de regalias, o problema é que isso não existe.
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por Lion_Heart » 30/7/2009 2:26

LTCM Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:
Recebem sempre ao dia 22 sem falta , Nunca podem ser despedidos , tem todas as regalias ADSE e etc. , não tem objectivos (niveis inferiores) , são sempre bem classificados a não ser que o chefe não goste deles , mas ai impera a cor politica.
Ja para não falar que nas reformas recebem (ou recebiam ) 100% do ordenado.


Quando se fala daquilo que não se sabe, geralmente, saem mentiras deste tipo.


É verdade , a única coisa que não sei é se as reformas ainda são a 100% o resto sei de certeza absoluta pois conheço muitos
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por semoke » 29/7/2009 22:15

EALM Escreveu:Eu ja´disse isto uma vez, mas repito:

- Parece que este Governo foi muito bem sucedido na política de nos virar uns contra os outros. É a velha máxima - dividir para reinar - e está claramente a resultar, pelo que vejo.

Já agora, esse tal estudo que diz que a FP de Portugal trabalha 35 horas não passa de uma observação dos horários teóricos. Cada vez mais vejo pessoas dentro da F.P. a ficar depois da hora e muitas vezes sem serem pagas... esse estudo vale o que vale.

Continuo a achar que na Privada as pessoas ainda são MAIS exploradas que na Função Pública, mas isso não é motivo para achar que os funcionários públicos são privileiados (excepto as chefias!).

Deixem de ter invejas, e se realmente querem um futuro, um país melhor, vejam bem onde anda o real desperdício:

Em 1º lugar, destacadíssimo: CORRUPÇÂO
Em 2º lugar: falta de eficiência generalizada por (in)competência das chefias/governantes
Em 3º lugar: falta de massa crítica no país devido a um atraso educacional
Em 4º lugar: ainda existe em alguns pontos atrasos de infra-estruturas, quer de novas ou antigas tecnologias.

etc, etc...

Em 5 lugar: Os funcionários públicos pagam os seus impostos a 100%. Não t~em forma de fugiar aos impostos.
Em 6 lugar: O maldizer é politica dos desgraçadinhos do nosso país que nunca fizeram nada, são meninos mimados.
Em 7 lugar. O acesso à função publica está consagrada ca constituição portuguesa a todos os cidadões portugueses.

Nota: Não sou funcionário público e não tenho inveja nenhuma do que ganham.
Se fosse funcionário público não tinha o que tenho hoje e tenho um grande parimónio e nunca fugi aos meus impostos.
 
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por EALM » 29/7/2009 22:05

Eu ja´disse isto uma vez, mas repito:

- Parece que este Governo foi muito bem sucedido na política de nos virar uns contra os outros. É a velha máxima - dividir para reinar - e está claramente a resultar, pelo que vejo.

Já agora, esse tal estudo que diz que a FP de Portugal trabalha 35 horas não passa de uma observação dos horários teóricos. Cada vez mais vejo pessoas dentro da F.P. a ficar depois da hora e muitas vezes sem serem pagas... esse estudo vale o que vale.

Continuo a achar que na Privada as pessoas ainda são MAIS exploradas que na Função Pública, mas isso não é motivo para achar que os funcionários públicos são privileiados (excepto as chefias!).

Deixem de ter invejas, e se realmente querem um futuro, um país melhor, vejam bem onde anda o real desperdício:

Em 1º lugar, destacadíssimo: CORRUPÇÂO
Em 2º lugar: falta de eficiência generalizada por (in)competência das chefias/governantes
Em 3º lugar: falta de massa crítica no país devido a um atraso educacional
Em 4º lugar: ainda existe em alguns pontos atrasos de infra-estruturas, quer de novas ou antigas tecnologias.

etc, etc...
 
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PAÍS DE MEDIOCRES

por semoke » 29/7/2009 21:54

Podem ter acesso à função pública de acordo com a constituição portuguesa todos os portugueses maiores de 18 ano sem discriminação de raças, religião ou lingua, etc. Ou seja, todos os portugueses têm acesso à função pública.
Ser funcionário foi e é uma forma de encarar determinada função muitas vezes com salários inferiores à privada.
Ser funcionário público é alêm de receber o seu salário, tb é pagar os seus impostos.
Não sou funcionário público, ganho mais do que um funcionário e francamente não tenho inveja dos funcionários públicos.

Se trabalham ou não, o problema é da organização.

CAROS AMIGOS NÃO É COM ESTA POLITICA DE INVEJA QUE CONSTRUIMOS UM PORTUGAL MELHOR.

DEVEMOS SIM, ALCANÇAR MAIORES RENDIMENTOS, TENTAR NIVELAR OS NOSSOS RENDIMENTOS COM AQUELES QUE GANHAM MAIS DO QUE NÓS. TER INVEJA DAS PESSOAS QUE GANHAM MAIS DO QUE NÓS É E VAI CONTINUAR A SER POLITICA DOS MEDIOCRES E DOS QUE NÃO SABEM FAZER NADA.
 
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por LTCM » 29/7/2009 21:40

Lion_Heart Escreveu:
Recebem sempre ao dia 22 sem falta , Nunca podem ser despedidos , tem todas as regalias ADSE e etc. , não tem objectivos (niveis inferiores) , são sempre bem classificados a não ser que o chefe não goste deles , mas ai impera a cor politica.
Ja para não falar que nas reformas recebem (ou recebiam ) 100% do ordenado.


Quando se fala daquilo que não se sabe, geralmente, saem mentiras deste tipo.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
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por Lion_Heart » 29/7/2009 19:03

Pelos comentários até parece que voces não sabiam disto!

Ser funcionário publico e subsidio dependente neste País é o que sempre funcionou.

Recebem sempre ao dia 22 sem falta , Nunca podem ser despedidos , tem todas as regalias ADSE e etc. , não tem objectivos (niveis inferiores) , são sempre bem classificados a não ser que o chefe não goste deles , mas ai impera a cor politica.
Ja para não falar que nas reformas recebem (ou recebiam ) 100% do ordenado.

Depos são em tamanha quantidade que ninguém se atrave a fazer uma reforma pois tem medo de perder as eleições.

Quem paga tudo isto é o sector privado que vai sustentando a maquina penalizando muitas vezes os propios trabalhadores ( F. publica recebe mais que o privado )
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Não vão trabalhar, malandros

por pisão » 29/7/2009 18:07

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=380052

Os funcionários públicos portugueses são dos que trabalham menos tempo em toda a Europa: 35 horas por semana. Só em França se trabalha tão pouco. É pouco? Depende.

Os funcionários públicos portugueses são dos que trabalham menos tempo em toda a Europa: 35 horas por semana. Só em França se trabalha tão pouco. É pouco? Depende.

Quer na função pública, quer na privada, o problema não é o número de horas de expediente, mas o que se faz com elas. A julgar pelos rácios de produtividade, o problema português não é trabalhar horas a menos, pode até ser trabalhar horas a mais.

Os dados são do Eurofound, instituto da Comissão Europeia, e comparam as "jornadas" oficiais nos vários países: as semanas de 35 a 40 horas. O estudo não inclui, portanto, horas extraordinárias nem pondera que, no caso português, há profissões públicas (como a dos enfermeiros) e contratos individuais que trabalham mais horas. A conclusão é que os funcionários públicos portugueses trabalham 35 horas semanais contra uma média de 38 horas e vinte minutos na Europa.

35 horas por semana é exactamente o mesmo que se aplica aos jornalistas, segundo um contrato colectivo que nenhuma redacção do País deve estar a respeitar. Assim como os bancários - mas estes cumprindo-o.

Os hábitos de total falta de auto-indisciplina de trabalho dos portugueses estão estudados. O mito, ainda não desmentido, é o de que os portugueses trabalham muita parra para produzir pouca uva, horas a fio entre reuniões longuíssimas que começam sempre atrasadas depois de intervalinhos para café. Mais: temos medo de sair cedo, parece mal, antes do chefe nem pensar, as mães que o ousam são apontadas de lado, o importante é colocar o casaco nas costas da cadeira muito cedo e desligar a luz muito tarde. E depois dizer, num desabafo que é metade cansaço e metade bazófia, que trabalhamos muitas horas. Coleccionar horas de trabalho é uma espécie de estatuto, uma paranóia nacional, tal como ter muitos "amigos" no Facebook: o que interessa é que sejam muitos.

Portugal é um país de serviços, onde este tipo de intangibilidade da produção se torna propício. E têm sido as multinacionais que nos trazem melhores hábitos, organização, gestão, foco. Porque este é um problema económico: quem trabalha muitas horas estará provavelmente a trabalhar mal. Barack Obama é provavelmente uma das pessoas mais ocupadas de todo o mundo. A que horas larga o serviço? Às 18 horas...

O exemplo dos funcionários públicos, dos jornalistas e dos bancários é bom porque mostra três realidades no mesmo País. Os jornalistas são indisciplinados, não têm horas para entrar nem para sair, estão de plantão interminável. Os bancários, em contrapartida, são das profissões mais profissionais, formadas e produtivas do País, que espremem cada minuto dessas 35 horas.

Pode parecer diletante, mas a falta de pontualidade, a gestão esbanjadora do tempo e a complacência social com a falta produção no tempo de trabalho, agravada pela censura feita a quem trabalhou bem mas saiu cedo, é um problema português.

Há dias, escrevi um editorial com um título que hoje subverto, em que critiquei as chefias da função pública medíocres que fecham portas e janelas aos funcionários que querem sair da casca, nisso pondo em causa o seu desempenho, motivação e horizonte. É a mesma coisa: as 35 horas de expediente podem ser uma azáfama ou um vazio. As outras 85 horas da semana também. A gestão de umas afecta a fruição das outras. Citando um futebolista: e vice-versa.


Pedro Santos Guerreiro



A questão não são as 35 horas mas sim o que se faz nessas 35 horas!
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por masterpro » 29/7/2009 13:41

O problema está na função publica no geral e não nos professores em particular, e claro o abuso está nas carreiras dirigentes.

No entanto respondendo á pergunta do cannot qual das duas situações referidas prejudicava mais o estado, acho que não deveria de ser visto por esse prisma, uma é contra a lei, e ambas prejudicam.


PS: Após muitas tentativas de recuperar a ,minha nick masterpro, tive e criar esta.


8-) 8-) 8-)
 
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Re: Vão trabalhar, malandros!!??

por LTCM » 29/7/2009 13:33

pisão Escreveu:Olhar para as médias é ingrato, porque uma generalização favorece os muito maus e é injusto para os melhores. Isso é válido para estas frases e para o estudo do Banco de Portugal (Maria Manuel Campos e Manuel Coutinho Pereira), que actualiza a diferença entre salários no Estado e fora dele: os trabalhadores do sector público auferem um salário médio "claramente acima" dos seus congéneres do sector privado. Quão acima? Era 50% superior em 1996, passou a ser 75% em 2005. A assimetria, diz o estudo, é ainda maior quando se calcula o salário por hora (trabalha-se menos horas no Estado).



Além das dores, também é preciso ter tino. E muito.

Pedro Guerreiro omite um significativo, mas pouco destacado, elemento do estudo: metade dos funcionários públicos tem uma licenciatura, valor que desce para os 10% no privado. Como não é preciso nenhum curso avançado de gestão para perceber a relação entre qualificação e salário, o indicador a extrair do estudo do BP poderia muito bem ter sido que o “sector privado aposta em trabalho desqualificado”. Entre o simplismo extremado destas duas versões, perdeu-se o rigor necessário para destacar uma correlação que parece evidente e tentar contextualizá-la.
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por pisão » 29/7/2009 12:50

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=379954

Funcionários públicos são os que trabalham menos horas por semana
Portugal é, a par da França, o país da União Europeia onde os funcionários públicos trabalham menos horas por semana. No ano passado, os funcionários do Estado trabalharam em média 35 horas, enquanto no resto da Europa os trabalhadores do sector público fizeram em média 38,3 horas semanais.



Portugal é, a par da França, o país da União Europeia onde os funcionários públicos trabalham menos horas por semana. No ano passado, os funcionários do Estado trabalharam em média 35 horas, enquanto no resto da Europa os trabalhadores do sector público fizeram em média 38,3 horas semanais.

A conclusão é de um estudo do Eurofound, um instituto ligado à Comissão Europeia com sede em Dublin, ontem divulgado.

Em Portugal, o regime normal de trabalho na Função Pública - que é definido por lei - não vai além das 35 horas semanais. Mas desde a entrada em vigor do Contrato de Trabalho em Funções Públicas abriu-se a possibilidade de alargar este limite, através de instrumento de regulamentação colectiva, desde que em média sejam respeitados os limites.

Olhando para a totalidade da União Europeia, a Áustria é o país onde os funcionários públicos trabalham mais horas (40 por semana), tal como acontece no Luxemburgo, na Suécia e na maioria dos novos Estados-membros. Já na Alemanha a média chega às 39 horas por semana, enquanto em Espanha o estatuto da função pública estabelece um limite de 37,5 horas por semana.

No fundo da tabela aparecem Portugal e a França (35 horas), seguidos da Holanda e da Itália, onde se trabalha 36 horas por semana.
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