Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Crise Grega

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Crise Grega

por Braguista » 2/7/2015 22:09

jccgold Escreveu:Braguista põe aí a história do que aconteceu com o Equador e Bolivia depois de correrem com o FMI também sff só para termos uma prespectiva global


PERSPECTIVA GLOBAL



O renovado dinamismo económico na região a meio da década de 2000-2010 permitiu aos governos juntar reservas, com as quais começaram a reembolsar antecipadamente o FMI. Foi o caso do Brasil em 2005, do Equador e da Venezuela em 2007. Com esta estratégia, os empréstimos do FMI na América Latina desceram dos históricos 48 mil milhões de dólares em 2003 para menos de mil milhões de dólares em 2008.

EQUADOR
No Equador, o empréstimo assinado em 2000 exigia a contenção dos salários, a supressão dos subsídios, reformas no mercado do trabalho e no setor do petróleo e privatizações. Milhares de manifestantes saíram à rua naquele ano e os trabalhadores entraram em greve geral contra a continuação das reformas económicas impostas pelo FMI. Em 2005, depois de anos em que os altos lucros da venda do petróleo foram acumulados num fundo de estabilização do petróleo, o Congresso do Equador e o então Ministro das Finanças Rafael Correa juntaram esforços para que uma parte do fundo transitasse para gastos no setor social. O FMI e o Banco Mundial opuseram-se e acabaram por cancelar o empréstimo já aprovado para o país, baseados na preocupação de estas mudanças se traduzirem numa “inversão estratégica”.

No dia 30 de julho de 2014, o Diretório Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a Consulta do Artigo IV com o Equador. Sintetizemos alguns pontos:

- O Equador conseguiu importantes avanços econômicos e sociais no transcurso da última década.

- A inflação baixou gradualmente.

- A estabilidade financeira, conquistada mediante a dolarização, foi preservada e, somada a um baixo nível de inflação, um crescimento sustentável e um maior gasto social, ajudou a reduzir a pobreza e melhorar os indicadores sociais.

- O alto nível dos preços do petróleo, nos últimos anos, gerou rendas extraordinárias que equilibraram a balança de pagamentos e as contas fiscais, facilitando um maior gasto público.

- Após se recuperar fortemente do impacto da crise financeira mundial, o crescimento ficou moderado, em certa medida, nos últimos dois anos.

- A taxa de desemprego baixou para um mínimo histórico, ao passo que os salários reais continuaram em alta.

- Voltou-se a registrar um déficit fiscal, apesar de uma arrecadação ativa de ingressos tributários.

- O maior gasto de capital aumentou o déficit fiscal para 4,7% do PIB, e esse déficit foi financiado, principalmente, com empréstimos da China.

- A dívida pública bruta do Equador ficou em 24,4% do PIB, no fechamento de 2013, número que é baixo se comparado com o nível de endividamento de outros países da região.

- O crédito para o setor privado e a rentabilidade dos bancos diminuíram, mas o sistema financeiro continua sendo saudável.
(...)
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/535 ... dil-do-fmi

Analistas políticos e até mesmo críticos de Correa concordam que ele teve o mérito de rejeitar as receitas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de promover o crescimento econômico, investindo na inclusão social. A pobreza, que em 1999 afetava 80% da população, foi reduzida para 30% no ano passado. E o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante aumentou de US$ 1,6 mil para US$ 5 mil. Ao mesmo tempo, ele aumentou de maneira significativa os gastos em obras de infraestrutura, educação e saúde. Segundo o economista e ex-ministro da Economia de Correa, Fausto Ortiz, falta, no entanto, ao país uma política para atrair investimentos estrangeiros e nacionais, para financiar os gastos públicos.

“Setenta por cento dos investimentos no Equador são do setor público. Temos que ter cuidado para não depender exclusivamente das exportações de petróleo porque qualquer oscilação no preço pode colocar em risco nossa economia dolarizada”
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil ... ael-correa


http://www.publico.pt/mundo/noticia/cor ... xi-1612694

"Em 2011, por exemplo, as exportações de petróleo do Equador para os Estados Unidos foram de cerca de US$ 6,5 bilhões"

Equador revê crescimento de 4% para 1,9% devido à queda do preço do petróleo
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=232351
 
Mensagens: 27
Registado: 4/6/2008 22:42
Localização: 12

Re: Crise Grega

por fff » 2/7/2015 22:01

Tinha decidido dar uma licença sabatica ao meu capital até segunda-feira, mas vou esperar um periodo bem maior.......

Depois das ultimas afirmações do excelso e de invejavel inteligencia Tsipras , vejo com elevada probabilidade um filme muito confuso e feio apos o referendo.
Antevejo com uma elevada probabilidade num periodo posterior compras em valores bem abaixo dos actuais com a confusão que antevejo.

Vou esperar pelos saldos de verão que têm existido frequentemente nos tempos mais recentes .

E até agora os gregos nunca me deixaram ficar mal nos meus presupostos ..... :mrgreen:


http://www.publico.pt/mundo/noticia/tsi ... pa-1700884

Tsipras denuncia "extorsão" e assume-se "defensor da democracia na Grécia e na Europa"
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, acusou as instituições da União Europeia e o Fundo Monetário Internacional de terem "optado pela extorsão", ao terem recusado dar mais tempo ao país para cumprir o programa de empréstimos e reformas.
O referendo de domingo, disse Tsipras, "dá a todo um povo a oportunidade de influenciar o processo de negociação" com a troika, e "quanto maior for o 'não', mais forte será a posição do governo quando as negociações recomeçarem".

O reinício das negociações – algo que não é dado como certo pelos países da zona euro se o "não" vencer – serão retomadas "no dia a seguir ao referendo", afirmou Alexis Tsipras.

Em mais de duas dezenas de mensagens, que começaram a ser partilhadas no Twitter a partir das 19h (hora em Portugal continental, 21h em Atenas), o primeiro-ministro grego só fez referência a um nome – ao do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, para acusá-lo de ver a moeda única europeia como "sinónimo de pobreza, austeridade e catástrofe social".

Referindo-se ao período em que tem negociado com a troika desde que chegou ao poder, no início do ano, o primeiro-ministro grego disse que o seu país "tem lidado com uma chantagem sem precedentes para aceitar medidas recessivas". Agora, disse Alexis Tsipras, será "o povo a decidir em liberdade".
E, para o chefe do governo grego, só há duas saídas possíveis: "Ou sucumbimos a ultimatos, ou optamos pela democracia. O povo grego não pode esvair-se em sangue por mais tempo."
 
Mensagens: 1265
Registado: 29/11/2007 3:19
Localização: S. Cosme

Re: Crise Grega

por RaposoTavares » 2/7/2015 21:54

atomez Escreveu:Será que alguém me consegue explicar a lógica disto? É que não consigo entender de modo nenhum, o meu QI é demasiadamente baixo para atingir tão elevado grau de abstração...


Para mim, ainda me fazia mais confusão não se ver um governo de coligação entre o Syriza e os protofascistas lá do sítio como um hino à demagogia. Já me convencia que era uma lógica só acessível a indivíduos de esquerda, que a mim, pobre gentio, nunca me seria dada a entender.
O Schultz salvou-me deste dúvida teológica: o homem é de esquerda e também não compreende a lógica que presidiu à construção desta coligação de apoio ao governo do Tzip...
"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3525
Registado: 4/12/2013 19:13

Re: Crise Grega

por RaposoTavares » 2/7/2015 21:45

Martin Schulz: "A minha fé no Governo grego bateu no fundo


O presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz, disse ao diário Handelsblatt que "serão necessárias novas eleições se o povo grego aprovar o programa de reformas e a manutenção na zona euro, e se - como consequência lógica - Tsipras se demitir". Schulz, citado pela AFP, diz que a sua fé no Governo do Syriza "bateu no fundo".

Na segunda-feira, Schulz garantiu estar disponível para viajar até à Grécia antes do referendo para colaborar na campanha pelo "Sim", de modo a manter o país no euro. O presidente do Parlamento foi um dos vários responsáveis europeus a apelar aos gregos para votarem contra a intenção do Governo.

"Eu lutarei para convencer o povo grego a segurar essa mão estendida e manter-se na zona euro". O voto de domingo, afirmou o socialista alemão, "não é sobre o programa, é um voto fundamental sobre ficar ou não na zona euro".

O apelo de Schulz ao "Sim" no referendo segue na linha das palavras de Jean-Claude Juncker, que considerou a vitória do "Sim" um não à presença no espaço da moeda única.

Já em Março, numa entrevista à Euronews, o alemão tinha afirmado, a propósito da coligação governamental que "o facto de um partido de esquerda como o Syriza formar governo com o Sr. Kammenos, é igualmente uma coisa surpreendente acerca da qual devemos ser prudentes. Eu poderia até encontrar outras palavras. O Sr. Kammenos talvez não seja o parceiro lógico de um partido de esquerda como o Syriza. Mas ok. Teremos de viver com o Governo".

Outra crítica ao Executivo de Alexis Tsipras surgiu a propósito da exigência de pagamento pelos prejuízos de guerra causados pela Alemanha à Grécia na Segunda Guerra Mundial. Sobre o pedido de Atenas a Berlim para pagamento de 278,7 mil milhões de euros, Schulz disse considerar "contraproducente misturar estes temas carregados de emoção com a crise financeira actual na Grécia", adiantando que partilhava da visão de Berlim de que o tema das reparações já foi resolvido política e legalmente.

Por: Alexandre Frade Batista


in:http://economico.sapo.pt/noticias/martin-schulz-a-minha-fe-no-governo-grego-bateu-no-fundo_222653.html
"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3525
Registado: 4/12/2013 19:13

Re: Crise Grega

por atomez » 2/7/2015 21:44

Em entrevista ao canal ANT1TV, Alexis Tsipras defende que um não do povo grego ao acordo com os credores vai ajudar as duas partes a “chegar a um entendimento mais depressa”

A mim parece-me é que em caso de "não" vai ser quase impossível chegar a acordo e levará muito mais tempo. Se ganhar o "sim" também vai levar algum tempo a prepararem e negociarem um 3º resgate.

Será que alguém me consegue explicar a lógica disto? É que não consigo entender de modo nenhum, o meu QI é demasiadamente baixo para atingir tão elevado grau de abstração...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

Re: Crise Grega

por Braguista » 2/7/2015 21:37

jccgold Escreveu:Braguista põe aí a história do que aconteceu com o Equador e Bolivia depois de correrem com o FMI também sff só para termos uma prespectiva global


Perspectiva Global.

"(...)As constantes críticas contrastam com o tom elogioso do último relatório do fundo sobre o país, que parabeniza a Bolívia por sua boa gestão econômica e pelo rápido crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Os números preliminares indicam que a nação mais pobre da América do Sul cresceu 6,5% no ano passado, o melhor resultado em três décadas. Mas não se trata de um dado positivo isolado. De 2007 a 2012, a expansão anual média do PIB no país foi de 4,8%. E, para este ano, o FMI projeta um crescimento acima de 5%.
Com arrecadação crescente, a administração Morales conseguiu reduzir consideravelmente a dívida pública, elevar os investimentos e acumular reservas internacionais de US$ 14 bilhões – o equivalente à metade do PIB boliviano, segundo o FMI.
Mas, apesar de todos os avanços, a Bolívia ainda permanece um país pobre e com uma economia pouco diversificada. A renda per capita é de cerca de US$ 2.700 por ano (no Brasil tem sido acima de US$ 10 mil nos últimos anos), e o setor de petróleo e gás responde por metade das exportações(...)


A Bolívia - dona da segunda maior reserva de gás natural da região - produz 150 milhões de pés cúbicos de gás por ano e extrai 40 mil barris de petróleo por dia, 0,05% da produção total mundial de 84 milhões de barris diários.
Esta é a seqüência dos principais fatos que levaram à nacionalização dos recursos naturais da Bolívia.
- 1996: Para atrair as grandes companhias de petróleo, o presidente boliviano Gonzalo Sánchez de Lozada assina contratos de exploração com 26 empresas do setor.
- 2003 (outubro): Depois de um mês de revolta popular pela nacionalização dos hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) -conhecida como a "guerra do gás" e responsável por atos de violência sangrentos- o ultraliberal Sánchez de Lozada se vê forçado a renunciar e é substituído por Carlos Mesa, um ex-jornalista e historiador sem partido político de apoio.
- 2005 (17 de maio): Depois de dez meses de debates em meio a uma grave crise social e política, o Congresso promulga uma nova lei sobre hidrocarbonetos em substituição à de 1996. Esta nova lei prevê 18% de royalties e 32% de impostos sobre a exploração sem possibilidade de dedução sobre o valor dos hidrocarbonetos na boca do poço. As empresas estrangeiras são obrigadas a adotar o novo regime contratual para compartilhar a produção com o Estado.
Assim como os sindicatos e os movimentos indígenas, um dos partidos mais importantes da oposição, o Movimento para o Socialismo (MAS) do líder dos plantadores de coca Evo Morales, reivindica presença maior do Estado no setor. O presidente Mesa propõe iinicialmente royalties de 18% e impostos progressivos, com deduções previstas para evitar a fuga dos investimentos estrangeiros. Mesa é obrigado a renunciar também.
- 2005 (21 de dezembro): O indígena Evo Morales, eleito três dias atrás presidente da Bolívia, anuncia a revisão de todos os contratos de exploração de hidrocarbonetos assinados com as multinacionais. "Os hidrocarbonetos pertencem ao Estado e a Bolívia deve aproveitar seus recursos gasíferos, que serão a base do novo crescimento econômico do país", escreve o jornal espanhol El Mundo.
- 2006 (1º de maio): O exército da Bolívia é ordenado a ocupar todos os campos de petróleo e gás natural do país. O governo dá seis meses às companhias de petróleo para que regularizem sua situação com novos contratos de exploração, caso contrário não poderão mais operar no país.


"A elevação do preço corrente do petróleo e do gás natural no mercado internacional e o aumento na produção boliviana de gás devem elevar a importância relativa desta receita."
"A Bolívia vendeu em 2013 o total de 5,459 biliões de dólares em gás, sendo cerca de 60% para o Brasil e o restante para a Argentina. A venda de gás corresponde a mais de 50% do total das exportações da Bolívia."


https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_da_Bol%C3%ADvia
 
Mensagens: 27
Registado: 4/6/2008 22:42
Localização: 12

Re: Crise Grega

por nuuuuno » 2/7/2015 21:31

realmente nao se percebe onde este homem quer levar a grecia, constantemente a insultar os seus parceiros/credores... http://www.publico.pt/mundo/noticia/tsipras-denuncia-extorsao-e-assumese-defensor-da-democracia-na-grecia-e-na-europa-1700884 campanha via twitter lamentável
 
Mensagens: 1233
Registado: 10/11/2011 10:05

Re: Crise Grega

por RaposoTavares » 2/7/2015 21:28

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3525
Registado: 4/12/2013 19:13

Re: Crise Grega

por richardj » 2/7/2015 20:42

As pessoas confundem meio com o fim.

É como na europa, uns primeiro endireitam as contas e depois vivem bem, outros tentam viver bem primeiro e depois endireitar as contas. E não percebem porque que não conseguem.

http://www.datosmacro.com/pib/bolivia

http://www.indexmundi.com/bolivia/public_debt.html

Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!

DUNE 2
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2861
Registado: 25/4/2011 22:36
Localização: Drama City

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 20:38

O que preciso de responder que não seja evidente?
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

Re: Crise Grega

por nuuuuno » 2/7/2015 20:35

nuuuuno Escreveu:Isso JCGold, quero perceber e que enquadres numa comparação lógica e fundamentada as realidades grega vs boliviana (a do Equador é opcional). Também podes refutar os argumentos que constam na Wikipédia.


Ora bem, repetindo. JC, seria bom leres e tentares endenter o que te perguntam em vez de reponderes com a tua opiniao já formada.
 
Mensagens: 1233
Registado: 10/11/2011 10:05

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 20:29

Escapou-te a parte que os "amigos" do FMI em 2000 estavam a criar uma PPP com renda garantida de 16% sobre as águas e que a coisa só não foi para a frente porque o povo revoltou-se?
Agora consulta a evolução do PIB boliviano desde 2000 e desde 2005.
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

Re: Crise Grega

por nuuuuno » 2/7/2015 20:23

jccgold Escreveu:Bem vindo a tentar saber do que falas. Há quem lhe chame conversa de tasca, argumentar eu chamo-lhe conversa esclarecida :wink:

http://boliviarising.blogspot.pt/2015/0 ... -bank.html


JC...fiquei na mesma...! será que consegues esclarecer?
 
Mensagens: 1233
Registado: 10/11/2011 10:05

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 20:16

Bem vindo a tentar saber do que falas. Há quem lhe chame conversa de tasca, argumentar eu chamo-lhe conversa esclarecida :wink: É muito mais interessante que trocar chavões

http://boliviarising.blogspot.pt/2015/0 ... -bank.html
Cochabamba Water Wars
In 2000, the World Bank encouraged the Bolivian government to sell the public water system of Cochabamba to the Bechtel Corporation.
The deal, which was negotiated behind closed doors between the World Bank and Bechtel representatives, granted the company control over the city’s water company for 40 years, guaranteeing them an average profit of 16 percent profit for each one of those years.
As a result of the Bechtel contract, monthly water bills skyrocketed by 43 percent for low-income households, according to the California-based nonprofit Democracy Center.
Public protests and revolts began immediately after this decision was made, forcing the Bolivian government to cancel the contract with Bechtel.
This outcome was regarded as a first victory of popular movements after 15 years of Washington Consensus-inspired structural adjustment policies.
The Cochabamba ‘water wars’ of 2000 united urban, rural, mestizo and indigenous populations, setting the stage for Evo Morales’ eventual election as president.
New Era of Relations
Over 15 years later, Bolivia’s relationship with the World Bank and the IMF has changed considerably as Bolivia is no longer subject to its conditions.
Since Bolivian President Evo Morales was first elected in 2005, the government has established a new set of guidelines which protects Bolivia’s economic autonomy from predatory lending institutions such as the IMF and the World Bank.
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

Re: Crise Grega

por nuuuuno » 2/7/2015 20:09

Ulisses Pereira Escreveu:jcgold, é óbvio (para quem quer perceber) que o post quer dizer que a Bolívia e o Equador são países com desigualdades sociais e pouco desenvolvidos tecnologicamente. Se discordas, rebate os argumentos, não dispares em direcção às pessoas.

Incrível como não conseguem discutir sem ser como se fosse numa tasca...

Isso JCGold, quero perceber e que enquadres numa comparação lógica e fundamentada as realidades grega vs boliviana (a do Equador é opcional). Também podes refutar os argumentos que constam na Wikipédia.

https://en.wikipedia.org/wiki/Bolivia
"Once Bolivia's government depended heavily on foreign assistance to finance development projects and to pay the public stuff. At the end of 2002, the government owed $4.5 billion to its foreign creditors, with $1.6 billion of this amount owed to other governments and most of the balance owed to multilateral development banks. Most payments to other governments have been rescheduled on several occasions since 1987 through the Paris Club mechanism. External creditors have been willing to do this because the Bolivian government has generally achieved the monetary and fiscal targets set by IMF programs since 1987, though economic crises have undercut Bolivia's normally good record. However, by 2013 the foreign assistance is just a fraction of the government budget thanks to tax collection mainly from the profitable exports to Brazil and Argentina of natural gas.
The income from tourism has become increasingly important. Bolivia's tourist industry has grown gradually since about 1990."
 
Mensagens: 1233
Registado: 10/11/2011 10:05

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 20:07

O nuuuuno agradece a tentativa de defesa mas o que estava em questão era a evolução desses países em comparação com o texto da evolução das coisas na Argentina e não se a Bolivia e Equador são países de 3º mundo ou não.
Está bem evidente que o nuuuuno não sabe sequer nada desses países apeteceu-lhe simplesmente dizer aquilo. Tem tanto mérito dizer o que disse quanto eu chamar a Merkel de Nazi. Nivel argumentação 0.
E para mim nível de argumentação 0 são chavões e cassetes
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

Re: Crise Grega

por Ulisses Pereira » 2/7/2015 20:02

jcgold, é óbvio (para quem quer perceber) que o post quer dizer que a Bolívia e o Equador são países com desigualdades sociais e pouco desenvolvidos tecnologicamente. Se discordas, rebate os argumentos, não dispares em direcção às pessoas.

Incrível como não conseguem discutir sem ser como se fosse numa tasca...
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

Clickar para ver o disclaimer completo
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 31013
Registado: 29/10/2002 4:04
Localização: Aveiro

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 19:59

Estás-me a perguntar nuuuuno? O teu post trouxe à evidência o que sabes do assunto.
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

Re: Crise Grega

por nuuuuno » 2/7/2015 19:56

jccgold Escreveu:
nuuuuno Escreveu:
jccgold Escreveu:Braguista põe aí a história do que aconteceu com o Equador e Bolivia depois de correrem com o FMI também sff só para termos uma prespectiva global


Estao espetacularmente bem! Bolivia e equador, 2 paises na vanguarda tecnologica, praticamente sem desigualdade social, enfim, um case study!


Sabes sequer onde ficam no mapa ou isso foi só uma cassete? :roll:

Africa né? Fizeram como tu aconselhaste para portugal, ou seja, fecharam fronteiras e outras do género ou foi algo mais arrojado?
 
Mensagens: 1233
Registado: 10/11/2011 10:05

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 19:54

nuuuuno Escreveu:Estao espetacularmente bem! Bolivia e equador, 2 paises na vanguarda tecnologica, praticamente sem desigualdade social, enfim, um case study!


Isto é rebater? Onde está exactamente o argumento de seja do que for Ulisses?
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

Re: Crise Grega

por Ulisses Pereira » 2/7/2015 19:51

jccgold, lamento mas tens que modificar a tua forma de debater. Rebateram o facto de serem 2 países poucos desenvolvidos e tu respondes com um post a dizer que não sabe onde é no mapa e que é uma cassete.

A sério... deixat-e disto porque isto não é a tasca da esquina... Não nos obriguem a apagar mais posts.
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

Clickar para ver o disclaimer completo
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 31013
Registado: 29/10/2002 4:04
Localização: Aveiro

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 19:41

nuuuuno Escreveu:
jccgold Escreveu:Braguista põe aí a história do que aconteceu com o Equador e Bolivia depois de correrem com o FMI também sff só para termos uma prespectiva global


Estao espetacularmente bem! Bolivia e equador, 2 paises na vanguarda tecnologica, praticamente sem desigualdade social, enfim, um case study!


Sabes sequer onde ficam no mapa ou isso foi só uma cassete? :roll:
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

Re: Crise Grega

por atomez » 2/7/2015 19:35

WSJ Escreveu:Was Grexit Always the Plan for Tsipras?

If Grexit was the prime minister’s goal, it is hard to think of anything he would have done differently

How much of Alexis Tsipras’s tactics in the past five months have been driven by incompetence and how much by conspiracy? It’s a question even the historians may never fully resolve.

The Greek Prime Minister said in a televised statement that those accusing him of having a deliberate plan to take Greece out of the eurozone were telling lies. But what is certain is that if Mr. Tsipras had set out in January to take Greece out of the eurozone, it is very hard to think of anything he would have done differently.

He won the election on a pledge to respect the overwhelming desire of voters to remain in the eurozone, which meant he had no choice but to go through the motions of negotiating with Greece’s creditors for as along as they were willing to indulge him.

If Grexit was always his goal, then his only challenge was to ensure the talks dragged on until the bailout expired, capital controls were introduced and the country defaulted, making a euro exit hard to avoid. The only risk to such a strategy was a bank run before the bailout expired, in which case politics may have intervened.

If this was Mr. Tsipras’s plan, he has played it perfectly. Depositors were persuaded to keep their money in the banks by daily assurance for five months that a deal was imminent. In fact, for most of that time, no negotiations of any substance took place at all. Mr. Tsipras strung out the process with endless discussions over what the creditors should be called, where the talks should be held and who should talk to whom.

At the last minute, he submitted proposals that never stood any chance of being accepted, but which have allowed him to claim it was the creditors who were being unreasonable. Now with the bailout expired, the banks closed and the country in default, he has called a referendum asking voters to reject a deal that is no longer on the table.

Mr. Tsipras continues to insist that a “No” vote won’t lead to Grexit but will strengthen his hand with the creditors. No policy maker anywhere else in the eurozone thinks this is true. The relationship between Mr. Tsipras and other eurozone leaders has broken down so irretrievably that it is hard to see how they can possibly agree on new loans for Greece while he remains in power. Instead, a “No” vote would force the European Central Bank swiftly to conclude that the Greek banking system, which relies heavily on government guarantees, was insolvent, perhaps as soon as Monday. The banks would be forced to close and couldn’t be reopened until they had been recapitalized, either via a bailing in of depositors, or using a newly-printed currency.

Of course, Mr. Tsipras may have reached this point by accident. While there are certainly some hard-liners in his party who have always advocated “rupture” with the country’s creditors, the inscrutable Mr. Tsipras may simply have been one of those who accepted the assurances of Yanis Varoufakis, the self-confident finance minister and expert in game theory, who has always argued that the creditors would ultimately capitulate in the face of Greek intransigence.

Even now, most eurozone policy makers are willing to believe that Mr. Tsipras has blundered into his current position as a result of inexperience and incompetence rather than as a result of a secret mission to take Greece out of the euro. Perhaps Mr. Tsipras did miscalculate. If he sincerely thought that the eurozone would extend the bailout deal for an extra week to allow Syriza to campaign against it, then he really was naive. And if he didn’t realize that by turning his back on the only source of funding available to Athens, that the ECB was bound to take steps to protect its own balance sheet by—at the very least—capping the exposure of Greek banks to further emergency loans, then he was certainly inexperienced and incompetent.

It seems clear that Athens failed to anticipate how quickly panic would spread once capital controls were introduced and pensioners without bank cards found themselves cut off from their savings.

Yet even now, Mr. Tsipras’s tactics continue to baffle his creditors. At a meeting of Eurogroup finance ministers on Tuesday, Mr. Varoufakis formally requested the eurozone start talks on a third bailout program—yet somehow failed to provide a promised letter detailing what reform commitments Greece was ready to make in return. When the letter duly arrived on Wednesday, it turned out to fall far short of the expected capitulation.

Creditor officials said it created substantial new fiscal gaps compared to what the creditors had been demanding and took no account of further damage to the economy since the introduction of capital controls. Besides, many Eurogroup ministers made clear to Mr. Varoufakis that there could be no discussion of a new bailout program until Athens either canceled the referendum or agreed to campaign for a “Yes” vote. Instead, Mr. Tsipras took to the airwaves on Wednesday to reiterate his call for a “No” vote.

Mr. Tsipras’s decision to escalate rather than capitulate raises the stakes but not all of Greece’s creditors will be disappointed. Opposition leaders believe that with each day that capital controls remain in place, the polls are swinging further in their direction and that they are on for a large win.

That would bring a degree of political clarity to the situation: Mr. Tsipras would be forced to resign while eurozone officials say that in the event of a strong “yes” vote, they would have an obligation to find a deal with any new Greek government to keep Greece in the eurozone.

But the situation may not be so simple. In deciding to continue to fight for a “No,” Mr. Tsipras and his party can absolve themselves of any responsibility to implement a deal. Since Syriza and other antibailout parties dominate the current parliament, new elections would then be needed which would take up vital time and which could return him to power. Indeed, if Mr. Tsipras really did have his heart set on Grexit, then campaigning for a “No” vote in the referendum could enable him to “win” whatever the outcome.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

Re: Crise Grega

por nuuuuno » 2/7/2015 19:34

jccgold Escreveu:Braguista põe aí a história do que aconteceu com o Equador e Bolivia depois de correrem com o FMI também sff só para termos uma prespectiva global


Estao espetacularmente bem! Bolivia e equador, 2 paises na vanguarda tecnologica, praticamente sem desigualdade social, enfim, um case study!
 
Mensagens: 1233
Registado: 10/11/2011 10:05

Re: Crise Grega

por jccgold » 2/7/2015 19:30

Braguista põe aí a história do que aconteceu com o Equador e Bolivia depois de correrem com o FMI também sff só para termos uma prespectiva global
 
Mensagens: 1278
Registado: 11/11/2011 3:58
Localização: 16

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Google [Bot], Google Adsense [Bot], PMP69 e 258 visitantes