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Caldeirão da Bolsa

Os combustíveis e o frango assado

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 26/7/2012 20:56

mais_um Escreveu:A PETROIBERICA não é de marca..... :mrgreen: :mrgreen:


então é o quê? marca branca premium? auto-estrada-encapotada? :roll:

e a auto julio é o quê?
 
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por mais_um » 26/7/2012 20:53

Elias Escreveu:Bom, de 1,439 para 1,489 são 5 cêntimos

5 cêntimos sobre 1,439 são 5%

qual é a parte com que não concordas?


A PETROIBERICA não é de marca..... :mrgreen: :mrgreen:

As de Óbidos não sei porque não costumo passar muito por lá, mas as das Caldas da Rainha, os preços dentro de cada segmento, raramente tem diferenças superiores de 1 cêntimo.

Eu coloco sempre na REPSOL porque tenho desconto de 6 centimos/litro por ser sócio do Benfica.
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por MarcoAntonio » 26/7/2012 20:49

Epá, vocês continuam a eliminar postos, daqui a nada a tabela das caldas nem existe!

:lol:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 26/7/2012 20:48

Bom, de 1,439 para 1,489 são 5 cêntimos

5 cêntimos sobre 1,439 são 5%

qual é a parte com que não concordas?
 
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por mais_um » 26/7/2012 20:44

Elias Escreveu:Hum ok, mesmo assim ainda tens variações de 5 cêntimos (3,5%)


agora explica tu..... :mrgreen:
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por Elias » 26/7/2012 20:43

Hum ok, mesmo assim ainda tens variações de 5 cêntimos (3,5%)
 
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por mais_um » 26/7/2012 20:41

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Não há muito que saber, basicamente tens 2 segmentos, o de linha branca e o de marca. As diferenças maximo/minimo dentro cada segmento são +/- de 1%.


Explica lá melhor as tuas contas.

Dentro dos postos de marca vejo variações de 8 cêntimos.


Não vês, se eliminares as da Auto estrada (CEPSA). E a que está a 1,41 não tem o preço actualizado.
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por Elias » 26/7/2012 20:37

mais_um Escreveu:Não há muito que saber, basicamente tens 2 segmentos, o de linha branca e o de marca. As diferenças maximo/minimo dentro cada segmento são +/- de 1%.


Explica lá melhor as tuas contas.

Dentro dos postos de marca vejo variações de 8 cêntimos.
 
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por mais_um » 26/7/2012 20:33

Elias Escreveu:Toma lá o quadro.

Não é para mudares os teus hábitos de abastecimento, é só porque é giro 8-)


Não há muito que saber, basicamente tens 2 segmentos, o de linha branca e o de marca. As diferenças maximo/minimo dentro cada segmento são +/- de 1%.

Isto se excluíres as da auto-estrada e as de santa catarina que ficam bastante longe.
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por Elias » 26/7/2012 20:24

Toma lá o quadro.

Não é para mudares os teus hábitos de abastecimento, é só porque é giro 8-)
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por mais_um » 26/7/2012 20:23

Elias Escreveu:
As das auto-estradas são em geral mais caras, mas é natural que as bombas que funcionam 24 horas tenham um prémio incorporado no preço.

Sobre os preços nas Caldas / Óbidos, para o gasóleo há 10 preços diferentes, por isso falta de escolha é que não há.

Quadro em anexo.


Faltou o quadro.... :mrgreen:
Mas não preciso. Coloco sempre na Repsol entre a minha casa e as Caldas da Rainha.

Elias Escreveu:Concordo que há uma tendência geral de redução, mas não gosto muito de retirar conclusões com base em dados isolados, é sempre preferível considerar séries longas.

Em Janeiro, por exemplo, a variação homóloga foi apenas de 3%. Bastante diferente da de Maio. Mas mesmo assim não podemos partir para a conclusão de que agora está a cair mais.

Séries longas, tal como nos gráficos da bolsa, é que nos permitem extrair tendências.


A media de consumo mensal em 2011 foi de cerca de 384 mil toneladas de gasoleo/mês, este ano (com 5 meses) vamos com menos 9,6% (347 mil toneladas/mês) podes verificar os dados no link que deixei.
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por Elias » 26/7/2012 19:58

mais_um Escreveu:Não sei o que se passa na vossa zona, mas aqui nas Caldas da Rainha fecharam algumas estações de serviço e outras reduziram os horários de funcionamento, de tal forma que se agora precisar de colocar combustível após a uma da manhã, só na auto-estrada.


As das auto-estradas são em geral mais caras, mas é natural que as bombas que funcionam 24 horas tenham um prémio incorporado no preço.

Sobre os preços nas Caldas / Óbidos, para o gasóleo há 10 preços diferentes, por isso falta de escolha é que não há.

Quadro em anexo.

mais_um Escreveu:Sobre a redução do consumo, parece-me que 7,9% (no gasóleo) é significativo.


Concordo que há uma tendência geral de redução, mas não gosto muito de retirar conclusões com base em dados isolados, é sempre preferível considerar séries longas.

Em Janeiro, por exemplo, a variação homóloga foi apenas de 3%. Bastante diferente da de Maio. Mas mesmo assim não podemos partir para a conclusão de que agora está a cair mais.

Séries longas, tal como nos gráficos da bolsa, é que nos permitem extrair tendências.
 
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por mais_um » 26/7/2012 19:45

Elias Escreveu:
De acordo, de qualquer forma as quebras de consumo que se verificaram são pouco expressivas (especialmente no gasóleo), pelo que a rentabilidade da operação não está em causa - isto a nível global, porque a nível local a situação é diferente e há muitos postos a fechar, como se sabe.


Não sei o que se passa na vossa zona, mas aqui nas Caldas da Rainha fecharam algumas estações de serviço e outras reduziram os horários de funcionamento, de tal forma que se agora precisar de colocar combustível após a uma da manhã, só na auto-estrada.

E por onde tenho viajado em Portugal tenho encontrado estações de serviço fechadas.

Sobre a redução do consumo, parece-me que 7,9% (no gasóleo) é significativo.

O consumo global dos combustíveis rodoviários, em maio de 2012 ,e relativamente ao período homólogo precedente, continua a ap resentar uma tendência
significativa de redução (-8,3%). Com exceção do GPL Auto que apresentou um crescimento no consumo de +7,4%, os outros combustív eis rodoviários
apresentaram um agravamento na redução do consumo: as gasolinas com uma redução global de -10,2% (gasolina sem chumbo 98 com uma redução de -
23,1%, enquanto a gasolina sem chumbo 95 a redução foi de -8,8%); os gasóleos, apresentaram uma tendência de redução global de -8,2%, onde o gasóleo
rodoviário teve uma redução de -7,9% , o gasóleo colorido (agrícola) de -4,3% e o gasóleo de aquecimento apresentou uma redução mais significativa de -
21,1%.

http://www.dgeg.pt/

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por altrio » 26/7/2012 16:10

tugadaytrader Escreveu:
Actualmente, a cadeia Nando´s tem 700 estabelecimentos, próprios e franchisados, espalhados por 33 países. Um feito que faz da marca a segunda maior cadeia de restaurantes de frango do mundo, a seguir à Kentucky Fried Chicken.


É uma grande cadeia, mas penso que a Popeyes é maior, embora seja fundamentalmente localizada nos EUA.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman

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por Elias » 26/7/2012 16:09

carf falta aí a declaração de interesses.

Concretamente é preciso saber se o sr. Juiz tem algum negócio de churrascaria :twisted:
 
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por carf2007 » 26/7/2012 16:05

:arrow:
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por L.S.S » 26/7/2012 15:42

Segunda maior cadeia de restaurantes de frango é portuguesa


Segunda maior cadeia de restaurantes de frango é portuguesa
Fernando Duarte, natural do Porto, chegou à África do Sul com quatro anos. Pouco depois, o pai enviou-o para Moçambique para aprender a falar português. Quando regressou, aos 16 anos, começou à procura de emprego.
"O meu pai tinha uma empresa de construção e queria que eu me juntasse a ele. Mas a construção não me dizia nada e acabei por preferir o ramo da electrónica", explica o português. Em 1985, entrou para uma empresa chamada Teltron e rapidamente ascendeu a director técnico.
Quando a companhia foi vendida, numa época em que a economia sul-africana dava sinais de estagnação, Fernando teve de tomar uma decisão: voltar para Portugal ou ficar em África e arriscar um negócio por conta própria. Optou pela segunda hipótese. "Juntamente com o meu colega Robert Brozin, cujo pai era o proprietário da Teltron, entrámos no ramo da restauração", diz.
Nasceu ali a Nando's Chiken.
Hoje, a dupla de empresários passa a maior parte do tempo em reuniões nos três escritórios da empresa na capital sul-africana. A hora das refeições, essa, costuma ser passada nos restaurantes. Fernando nunca se farta de comer frango: "temos paixão por aquilo que fazemos e, por isso, comer frango quatro a cinco vezes por semana é uma coisa natural", diz.
Para descansar do trabalho, Fernando encontrou o refúgio ideal. Ao fim-de-semana, a família costuma ir para uma casa de campo, numa reserva, onde se pode jogar golfe, praticar exercício físico, descontrair num ‘spa' e ver animais selvagens como girafas e zebras. A Portugal vem "quatro vezes por ano".
No dia 13 de Novembro, a cadeia Nando´s celebrou 20 anos. Todas as lojas sul-africanas fecharam nesse dia e os seus 6500 empregados naquele país foram convidados para um festa de arromba em Joanesburgo. Fernando não quis que ninguém faltasse e mandou fretar 500 aviões.

No princípio era o frango

O primeiro restaurante Nando nasceu em Setembro de 1987, num pequeno subúrbio de Joanesburgo chamado Rosettenville. Esta localidade era, à época, o coração da comunidade portuguesa naquela cidade sul-africana, sendo que a maioria tinha acabado de chegar de Moçambique e tinha saudades dos pratos de comida portuguesa.
Ao longo dos anos, o prato mais vendido foi sempre o mesmo: nenhuma outra receita conseguiu bater o meio-frango com piri-piri. "Era um dos pratos favoritos dos portugueses em Moçambique. Foi a junção do frango com o picante, produto tipicamente africano, que criou o prato mais vendido do Nando´s", conta Fernando Duarte.
O negócio foi ganhando asas e, agora, vai de vento em popa em muitos países. Na África do Sul, por exemplo, a empresa planeia juntar mais 150 às actuais 250 lojas. Um reflexo do crescimento da economia: "a classe média cresceu e isso criou novas oportunidades de negócio", diz o empresário.
Em Inglaterra, a cadeia conta com 170 lojas e é a partir deste país que a marca quer crescer para França, Espanha e Portugal. Nas nações árabes, como Paquistão, Oman e Qatar, o êxito é ainda mais visível. Chegam a ser servidas 30 mil refeições diárias e o número de vendas até nem diminui na época do Ramadão.
O amigo Rui Martins diz que Fernando Duarte "é muito ponderado e estuda muito a entrada em novos mercados. Arrisca, mas com os pés bem assentes na terra".

Fórmula de sucesso

O meio frango grelhado com piri-piri é o prato mais vendido nos Nando's de todo o mundo. A refeição é acompanhada de batatas fritas, arroz, salada e pão. O modo de preparação do frango obedece a uma fórmula mágica: as aves são criadas durante 41 dias, altura em que atingem o peso ideal - 800 gramas. A gordura é removida com muito cuidado e a carne é grelhada num fogão a gás. O que parecia uma desvantagem - não ser cozinhado a carvão - acabou por ser decisivo para o sucesso do negócio.
"Assar no churrasco é fácil para quem tem apenas uma loja ou duas. Mas com muitas...", afirma Fernando Duarte.
Foi, precisamente, a uniformização dos restaurantes que permitiu um crescimento à escala mundial. Actualmente, a cadeia Nando´s tem 700 estabelecimentos, próprios e franchisados, espalhados por 33 países. Um feito que faz da marca a segunda maior cadeia de restaurantes de frango do mundo, a seguir à Kentucky Fried Chicken.
A título de curiosidade falta referir que a Nando's tem como símbolos o galo de Barcelos e o escudo da bandeira portuguesa. "O facto de o galo se levantar e cantar faz-nos identificar com os valores da marca do Nando's", diz o empresário. Já o escudo é "um símbolo que promete dar a qualidade e o sabor que todos os clientes esperam e é também uma forma de ligar a marca a Portugal", assegura.
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Parem de descriminar o frango assado!

por L.S.S » 26/7/2012 15:06

É só para lembrar que este tópico é sobre "Os combustíveis e o frango assado" e só falam nos combustíveis e estão a descriminar o frango assado... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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por Oberon » 26/7/2012 14:37

mais_um Escreveu:
Elias Escreveu:
Primeiro equívoco: o preço final tem de reflectir exactamente os custos de processamento, as despesas e as margens de lucro. Não tem. O preço final reflecte o valor que os consumidores estão dispostos a pagar. O resto é pouco relevante.



Discordo de ti neste ponto, o preço final tem que reflectir todos os custos da cadeia de valor do produto. Podes alterar a componente da margem de lucro em função de condicionantes do mercado, uma delas é a "vontade" dos consumidores terem esse produto.

Actualmente os combustíveis são um exemplo claro de que estás errado, há menos pessoas dispostas a pagar o valor final (o consumo tem diminuído) e no entanto este continua a subir porque as margens estão esmagadas, já não há mais onde cortar.


Que o consumo tenha vindo a diminuir e os preços a subir não há dúvida. Mas que isso implique que as margens estão esmagadas vai uma grande distância. O fenómeno descrito inicialmente pode facilmente advir de um contexto de oligopólio ou cartelização. Não querendo com isto dizer que é o que está a acontecer.

Nem sequer pela análise dos números do negócio das gasolinas dá para aferir grande coisa. Visto que os grupos são enormes e diversificados, entre preços de transferência e optimização fiscal internacional, os números são (dentro de um intervalo de razoabilidade) aquilo que estas empresas querem apresentar. Daí que não se consiga provar existência de cartel ou, já agora, a sua inexistência. Já trabalhei em projectos de consultoria na área e, por conseguinte, falo por experiência profissional. Na minha humilde opinião, em Portugal, o "problema" não passará tanto pela existência de cartelização, mas sim pela existência de um quasi-monopólio na refinação. Existe também uma divisão monopolista geográfica na Europa no mercado da refinação, porventura fomentada pelo favorecimento do Estados aos "Campeões nacionais". Em todo o caso, mm que se tentasse anular esses efeitos, subsistiria sempre o problema do aumento exponencial dos preços da matéria-prima nos últimos anos. Penso que seja incontornável a subsistência de preços altos nos combustíveis derivados de petróleo. Será uma nova realidade à qual teremos de nos habituar, a não ser que ocorra uma qq inovação tecnológica de ruptura.

Bem hajam
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por Elias » 26/7/2012 14:36

mais_um Escreveu:Discordo de ti neste ponto, o preço final tem que reflectir todos os custos da cadeia de valor do produto. Podes alterar a componente da margem de lucro em função de condicionantes do mercado, uma delas é a "vontade" dos consumidores terem esse produto.


Sim e não.

Sim, na medida em que o preço final reflecte necessariamente o somatório dos vários componentes (incluindo o lucro).

Não, porque na minha resposta ao A-330 eu estava a responder que as parcelas não eram necessariamente todas iguais - pelo menos pareceu-me que era esse o ponto dele, o de dizer que os custos, as despesas e as margens de lucro eram iguais em todos. Não têm de ser, e mesmo assim o preço final pode ser igual.

mais_um Escreveu:Actualmente os combustíveis são um exemplo claro de que estás errado, há menos pessoas dispostas a pagar o valor final (o consumo tem diminuído) e no entanto este continua a subir porque as margens estão esmagadas, já não há mais onde cortar.


O consumo tem diminuído, embora possa haver outros factores a concorrer para isso. Um deles é o aumento do desemprego. Menos pessoas a ir diariamente trabalhar significa menos carros a precisar de combustível. Ou seja, há uma redução efectiva da procura que não tem a ver apenas com o preço, parece-me.

MarcoAntonio Escreveu:Sobre essa questão, o preço que as pessoas estão disponíveis para pagar por um produto (bem ou serviço) condiciona o preço desse produto mas não o determina per se.

Existem outras condicionantes sobre o preço evidentemente (stock/oferta, custos, etc).

Em regra o preço de venda tem de ser tal que o negócio seja viável (portanto, por norma o preço de venda estará sempre acima do preço de custo salvo raras e/ou pontuais excepções) sendo este um dos principais condicionantes do preço.

Se o cliente não estiver disponível para pagar um preço dentro dos valores aceitáveis para o vendedor, as transacções começam a esgotar-se pois não existe consenso. O preço do produto não baixa para ir de encontro ao valor que o comprador está disponível para pagar (a não ser excepcional ou pontualmente) pois o negócio deixa de fazer sentido fora daquela gama de valores.

Sinteticamente: se o consenso não é possível dentro de margens viáveis para o vendedor, o vendedor muda de área de negócio uma vez que ele não pode estar sistematicamente a vender abaixo do preço de custo.


De acordo, de qualquer forma as quebras de consumo que se verificaram são pouco expressivas (especialmente no gasóleo), pelo que a rentabilidade da operação não está em causa - isto a nível global, porque a nível local a situação é diferente e há muitos postos a fechar, como se sabe.
 
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por mais_um » 26/7/2012 14:24

MarcoAntonio Escreveu:
Mas o preço do produto não baixa para ir de encontro ao valor que o comprador está disponível para pagar (a não ser excepcional ou pontualmente) pois o negócio deixa de fazer sentido. Se o consenso não é possível dentro de margens viáveis para o vendedor, o vendedor muda de área de negócio uma vez que ele não pode estar sistematicamente a vender abaixo do preço de custo.


Por exemplo a SHEL vendeu a área de retalho dos combustíveis (estações de serviço), entre outras coisas por considerar que o retorno não justificava o investimento.
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por MarcoAntonio » 26/7/2012 14:19

Sobre essa questão, o preço que as pessoas estão disponíveis para pagar por um produto (bem ou serviço) condiciona o preço desse produto mas não o determina per se.

Existem outras condicionantes sobre o preço evidentemente (stock/oferta, custos, etc).


Em regra o preço de venda tem de ser tal que o negócio seja viável (portanto, por norma o preço de venda estará sempre acima do preço de custo salvo raras e/ou pontuais excepções) sendo este um dos principais condicionantes do preço.

Se o cliente não estiver disponível para pagar um preço dentro dos valores aceitáveis para o vendedor, as transacções começam a esgotar-se pois não existe consenso. O preço do produto não baixa para ir de encontro ao valor que o comprador está disponível para pagar (a não ser excepcional ou pontualmente) pois o negócio deixa de fazer sentido fora daquela gama de valores.

Sinteticamente: se o consenso não é possível dentro de margens viáveis para o vendedor, o vendedor muda de área de negócio uma vez que ele não pode estar sistematicamente a vender abaixo do preço de custo.
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por mais_um » 26/7/2012 14:13

Elias Escreveu:
Primeiro equívoco: o preço final tem de reflectir exactamente os custos de processamento, as despesas e as margens de lucro. Não tem. O preço final reflecte o valor que os consumidores estão dispostos a pagar. O resto é pouco relevante.



Discordo de ti neste ponto, o preço final tem que reflectir todos os custos da cadeia de valor do produto. Podes alterar a componente da margem de lucro em função de condicionantes do mercado, uma delas é a "vontade" dos consumidores terem esse produto.

Actualmente os combustíveis são um exemplo claro de que estás errado, há menos pessoas dispostas a pagar o valor final (o consumo tem diminuído) e no entanto este continua a subir porque as margens estão esmagadas, já não há mais onde cortar.
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por Elias » 26/7/2012 13:56

A-330,

A tua resposta assenta em vários equívocos, que passo a comentar:

A-330 Escreveu:Eu pessoalmente acho muito anormal que diferentes distribuidoras tenham custos de processamento ,despesas ,margens de lucro casualmente tão parecidos que o produto final tenha um preço final igual. Mas tão igual , que são casualmente iguais até à terceira casa decimal.


Primeiro equívoco: o preço final tem de reflectir exactamente os custos de processamento, as despesas e as margens de lucro. Não tem. O preço final reflecte o valor que os consumidores estão dispostos a pagar. O resto é pouco relevante.

A-330 Escreveu:Também acho anormal que alguém faça a pergunta que você fez.


Como habitualmente tinhas de meter a farpa. É difícil encontrar um post teu que não tenha algum tipo de ataque pessoal. Mas adiante.

A-330 Escreveu:Sabe qual é a diferença entre livre concorrência e cartelização??


Segundo equívoco: em livre concorrência os preços têm de ser todos diferentes. Não têm. Os preços podem ser iguais. Chama-se paralelismo de preços. O facto de os preços serem iguais não constitui prova de coisa nenhuma (embora muitas pessoas, possivelmente frustradas com o facto de os combustíveis serem mais caros do que elas gostariam, tentem passar a ideia de que há cartel, em geral com base em exemplos convenientemente escolhidos, como por exemplo o dos painéis das auto-estradas).

A-330 Escreveu:Será tão inocente que não desconfie disso, ou acha que tudo é uma incríííivel coincidência?


Terceiro equívoco: os preços dos combustíveis são todos iguais. Não são. Só aqui no meu concelho há catorze preços de gasóleo diferentes, conforme exemplo que apresentei ontem. O Marco António colocou um exemplo semelhante para outro concelho. Ambos os concelhos dados como exemplo estão entre os 6 mais populosos do país.

Até hoje ninguém conseguiu provar a existência de qualquer cartel. Mas quem "acha" que há um cartel recusa-se a ver os factos. Para muita gente isto tornou-se uma questão de fé. E essas pessoas em geral recusam-se a debater com base em números e factos concretos. Preferem a discussão abstrata.

Se isto para ti é uma questão de fé, não há muito que eu possa fazer, porque a tua convicção não irá mudar, independentemente dos números ou factos que eu possa apresentar.
 
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por MarcoAntonio » 26/7/2012 13:41

A-330 Escreveu:
Elias ,

Eu pessoalmente acho muito anormal que diferentes distribuidoras tenham custos de processamento ,despesas ,margens de lucro casualmente tão parecidos que o produto final tenha um preço final igual. Mas tão igual , que são casualmente iguais até à terceira casa decimal.



Pela enésima vez, isto não é verdade.

Repetir uma mentira (ou um pseudo facto) mil vezes não a (o) torna verdade.
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