a pedido de uma senhora...
Outra coisa, não falem de condições, etc, etc. Estive este fim de semana no Mira Rio. As Instalações do dito são iguais a algo de há duas décadas atrás. E no entanto, não há a menor dúvida de que o ensino ali é excelente. Até ao ponto de se poder ignorar as instalações.
Se Portugal tivesse METADE dos professores no ensino público, teria um ensino público MELHOR. E só teriam que fazer 22 horas de aulas por semana em média (hoje em dia fazem 11).
E podia-se escolher apenas os melhores e mais empenhados dos 155000 que hoje existem. E, neste cenário, até poderiam ganhar o que ganham hoje (seria excessivo face à realidade internacional, mas se obtivessemos qualidade em troca era algo com o qual se poderia viver).
Se Portugal tivesse METADE dos professores no ensino público, teria um ensino público MELHOR. E só teriam que fazer 22 horas de aulas por semana em média (hoje em dia fazem 11).
E podia-se escolher apenas os melhores e mais empenhados dos 155000 que hoje existem. E, neste cenário, até poderiam ganhar o que ganham hoje (seria excessivo face à realidade internacional, mas se obtivessemos qualidade em troca era algo com o qual se poderia viver).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein
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As duas seguintes folhas de Excel, da OCDE, mostram que esse artigo são balelas, especialmente tendo em conta algo que não é focado no Artigo: o rendimento no topo da carreira de professor em Portugal (com o qual quase todos se reformam, ou seja, quase todos atingem):
http://www.oecd.org/dataoecd/0/59/35287577.xls
Adicionalmente, podemos ver que (com base nos dados da OCDE, que neste caso se forem alguma coisa, são optimistas), os professores portugueses trabalham menos horas que a média ...
http://www.oecd.org/dataoecd/1/17/35287608.xls
E claro, se formos à mesma OCDE, também chegamos à conclusão que o ensino português é uma desgraça ...
http://www.oecd.org/dataoecd/22/30/35282712.xls
http://www.oecd.org/dataoecd/22/29/35282731.xls
http://www.oecd.org/dataoecd/0/59/35287577.xls
Adicionalmente, podemos ver que (com base nos dados da OCDE, que neste caso se forem alguma coisa, são optimistas), os professores portugueses trabalham menos horas que a média ...
http://www.oecd.org/dataoecd/1/17/35287608.xls
E claro, se formos à mesma OCDE, também chegamos à conclusão que o ensino português é uma desgraça ...
http://www.oecd.org/dataoecd/22/30/35282712.xls
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Bem,
1) Portugal está entre os países com menor rendimento per capita da OCDE.
2) Portugal está longe de estar entre os que pior paga em termos ABSOLUTOS, segundo a OCDE:
http://ocde.p4.siteinternet.com/publica ... 61T031.xls
3) O que faz com que Portugal, em termos relativos, seja dos que mais paga.
A mesma lógica se pode aplicar aos gastos em educação. Além disso, a progressão no final da carreira não é considerada neste estudo e é aí que as coisas ficam escandalosas em Portugal, com os professores portugueses a ficarem entre os que mais ganham no mundo, e claro - a reformarem-se com esses valores.
1) Portugal está entre os países com menor rendimento per capita da OCDE.
2) Portugal está longe de estar entre os que pior paga em termos ABSOLUTOS, segundo a OCDE:
http://ocde.p4.siteinternet.com/publica ... 61T031.xls
3) O que faz com que Portugal, em termos relativos, seja dos que mais paga.
A mesma lógica se pode aplicar aos gastos em educação. Além disso, a progressão no final da carreira não é considerada neste estudo e é aí que as coisas ficam escandalosas em Portugal, com os professores portugueses a ficarem entre os que mais ganham no mundo, e claro - a reformarem-se com esses valores.
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a pedido de uma senhora...
Os professores portugueses estão entre os mais mal pagos dos países desenvolvidos, de acordo com um novo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que evidencia também a queda do investimento público no sector educativo em Portugal.
Os alunos portugueses estão entre os que têm menos horas de aulas, revela ainda o estudo da OCDE, que mostra também que o sistema educativo português é um dos que apresenta um rácio professor/alunos menos favorável. Portugal encontra-se entre os países onde há menos professores para o número de estudantes existente, ocupando a 24ª posição com 60,6 docentes por cada mil alunos, enquanto a média da OCDE ronda os 72,9 por mil alunos.
O estudo anual da OCDE sobre o "Panorama Educativo" em 2004, divulgado hoje, refere que os professores portugueses do ensino primário estão em oitavo lugar entre os que menos recebem - 15.873 euros por ano, enquanto a média da OCDE é de 18.702.
A posição mantém-se quando são contabilizados os rendimentos dos docentes após 15 anos de experiência (22.333 euros por ano), também longe da média dos países da OCDE (25.604 euros).
A mesma tendência vigora no nível secundário, com os professores a ganhar em média 17.066 euros, abaixo da média da OCDE, que é de 19.784 euros. Esse valor cresce para 24.669 euros depois de 15 anos de experiência, ainda abaixo da média das 30 nações da organização (27.220 euros).
O estudo confirma também uma queda significativa no investimento público na educação em Portugal, em termos do Produto Interno Bruto (PIB), no período entre 1996 e 2001. Enquanto em 1996 Portugal canalizava 5,4 por cento do PIB para a educação - mais do que a média dos países da OCDE (5,3 por cento) - em 2001 verificava-se o inverso, com o Estado a dispender apenas 4,4 por cento, o que coloca Portugal na 22ª posição no ranking da OCDE e abaixo da média (5,3 por cento).
Portugal é 23º no que toca ao valor de gastos com a educação por aluno - cerca de 3596 euros na educação primária e secundária e pouco mais de 5813 no ensino superior.
No quadro geral, Portugal é 22º nos gastos educativos totais per capita, despendendo pouco mais de 4163 euros por aluno, cerca de 816 euros menos do que a média. Portugal apenas gasta mais por aluno do que a Coreia, Grécia, Hungria, República Checa, Polónia, Eslováquia e México.
O ranking é liderado pelos Estados Unidos, onde o estado despende quase 8979 euros por aluno. A seguir estão a Dinamarca e a Noruega, que gastam cerca de 7346 euros.
in Público de 14/09/2004
Os alunos portugueses estão entre os que têm menos horas de aulas, revela ainda o estudo da OCDE, que mostra também que o sistema educativo português é um dos que apresenta um rácio professor/alunos menos favorável. Portugal encontra-se entre os países onde há menos professores para o número de estudantes existente, ocupando a 24ª posição com 60,6 docentes por cada mil alunos, enquanto a média da OCDE ronda os 72,9 por mil alunos.
O estudo anual da OCDE sobre o "Panorama Educativo" em 2004, divulgado hoje, refere que os professores portugueses do ensino primário estão em oitavo lugar entre os que menos recebem - 15.873 euros por ano, enquanto a média da OCDE é de 18.702.
A posição mantém-se quando são contabilizados os rendimentos dos docentes após 15 anos de experiência (22.333 euros por ano), também longe da média dos países da OCDE (25.604 euros).
A mesma tendência vigora no nível secundário, com os professores a ganhar em média 17.066 euros, abaixo da média da OCDE, que é de 19.784 euros. Esse valor cresce para 24.669 euros depois de 15 anos de experiência, ainda abaixo da média das 30 nações da organização (27.220 euros).
O estudo confirma também uma queda significativa no investimento público na educação em Portugal, em termos do Produto Interno Bruto (PIB), no período entre 1996 e 2001. Enquanto em 1996 Portugal canalizava 5,4 por cento do PIB para a educação - mais do que a média dos países da OCDE (5,3 por cento) - em 2001 verificava-se o inverso, com o Estado a dispender apenas 4,4 por cento, o que coloca Portugal na 22ª posição no ranking da OCDE e abaixo da média (5,3 por cento).
Portugal é 23º no que toca ao valor de gastos com a educação por aluno - cerca de 3596 euros na educação primária e secundária e pouco mais de 5813 no ensino superior.
No quadro geral, Portugal é 22º nos gastos educativos totais per capita, despendendo pouco mais de 4163 euros por aluno, cerca de 816 euros menos do que a média. Portugal apenas gasta mais por aluno do que a Coreia, Grécia, Hungria, República Checa, Polónia, Eslováquia e México.
O ranking é liderado pelos Estados Unidos, onde o estado despende quase 8979 euros por aluno. A seguir estão a Dinamarca e a Noruega, que gastam cerca de 7346 euros.
in Público de 14/09/2004
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