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Caldeirão da Bolsa

BES - A LUTA

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BES - A LUTA

por katolo » 14/8/2014 18:41

Os credores de dívida subordinada BES são preteridos em função dos credores de papel comercial ESI/Rio Forte?

Ainda alguém acha que este processo está a ser bem conduzido?

O que vale é que os americanos com dívida subordinada não vão ficar quietos, como é típico do Zé Tuga!
 
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Re: BES - A LUTA

por +Valias » 14/8/2014 18:37

Sr_SNiper Escreveu:
moppie85 Escreveu:
Garfield Escreveu:Boas,

Alguem me explique a lógica deste processo. Então o banco, por uma questão "comercial" vai assumir e pagar a divida de terceiros, e deixa os seus próprios credores, os subordinados, a arder?!?

BN
Garfield


exacto : )))) é a truta da loucura!

Que loucura, que filhos da truta, que baralho de país este. Não tenho palavras para esta cerda, agora só falta os acionistas serem indemnizados e pronto. Está o assunto e os credores resolvido


Os acionistas indemnizados era muito fixe, até podia ser ao valor da petição da ATM, já era guita da boa.
 
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Re: BES - A LUTA

por Sr_SNiper » 14/8/2014 18:32

moppie85 Escreveu:
Garfield Escreveu:Boas,

Alguem me explique a lógica deste processo. Então o banco, por uma questão "comercial" vai assumir e pagar a divida de terceiros, e deixa os seus próprios credores, os subordinados, a arder?!?

BN
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exacto : )))) é a truta da loucura!

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Re: BES - A LUTA

por moppie85 » 14/8/2014 18:26

Garfield Escreveu:Boas,

Alguem me explique a lógica deste processo. Então o banco, por uma questão "comercial" vai assumir e pagar a divida de terceiros, e deixa os seus próprios credores, os subordinados, a arder?!?

BN
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exacto : )))) é a truta da loucura!
 
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Re: BES - A LUTA

por daniel__ » 14/8/2014 17:26

Tio_Moedas Escreveu:
O montante é suficiente desde que não haja uma crise grave e não seja necessário mobilizá-lo... O relatório de contas diz que a taxa de cobertura dos depósitos (até 100.000 euros) é de 74%: http://www.fgd.pt/pt-PT/RelatorioseContas/Documents/Rel2013.pdf

:shock:


O grau de cobertura dos depósitos garantidos pelos recursos do Fundo, definido como a relação entre os
recursos do FGD (contribuições entregues, incluindo os compromissos irrevogáveis de pagamento, acrescidas
dos resultados acumulados) e os depósitos abrangidos pela garantia do FGD, continuou a cifrar-se em 1,3
% no final de 2013.

Conforme referido, o nível de capitalização do FGD corresponde, há já alguns anos, a 1,3 por
cento do montante de depósitos cobertos.


Então e isto é o quê?
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Re: BES - A LUTA

por Garfield » 14/8/2014 17:10

Boas,

Alguem me explique a lógica deste processo. Então o banco, por uma questão "comercial" vai assumir e pagar a divida de terceiros, e deixa os seus próprios credores, os subordinados, a arder?!?

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Re: BES - A LUTA

por bike1 » 14/8/2014 17:01

BPI informação:

Clientes do ex-BES com papel comercial que forem reembolsados não podem pedir indemnizações

14/08/2014

Os clientes do antigo Banco Espírito Santo que, aos seus balcões compraram títulos de dívida de curto prazo de empresas do Grupo Espírito Santo, podem vir a ser reembolsados por esses investimentos. Mas, caso recebam a devolução, têm de renunciar a qualquer indemnização.

Na reunião extraordinária do conselho de administração do regulador, que se realizou a 14 de Agosto pelas 9h00, houve uma decisão relativa ao tratamento comercial que se devia dar aos clientes de retalho do Novo Banco (banco que herdou os activos do BES) que tenham títulos de dívida emitidos por empresas do GES, como o papel comercial (dívida de muito curto prazo).

O reembolso desses investimentos será decidido pelo Novo Banco, depois da autorização do Banco de Portugal dada esta quinta-feira. Um reembolso que dependerá de um acordo entre o Novo Banco e os clientes. Os que aceitarem esse reembolso terão de deixar escrito que não irão interpor qualquer processo judicial exigindo indemnização devido à comercialização de tais títulos, vendidos por empresas do GES aos balcões do BES, quando este ainda era liderado por Ricardo Salgado (na foto).

"Declaração do cliente através da qual este renuncie a qualquer pretensão indemnizatória relacionada com a comercialização dos títulos em causa". Esta é uma das três cláusulas que, obrigatoriamente, terão de constar dos acordos entre o cliente e a instituição liderada por Vítor Bento, conforme aponta a deliberação saída da reunião de quinta-feira.

Além disso, o Novo Banco também tem de declarar que a "celebração do acordo é realizada por razões puramente comerciais e não envolve, da parte do Novo Banco, a assunção de quaisquer responsabilidades pela comercialização dos títulos, nem a confissão da prática de qualquer conduta lesiva dos clientes".

Por fim, terá de ser indicado que "qualquer responsabilidade da comercialização dos títulos em causa não se transferiu para o Novo Banco", na sequência da divisão do BES em Novo Banco (banco de transição, com depósitos, créditos bons, trabalhadores a recursos) e em veículo financeiro (com activos considerados problemáticos). Assim, segundo a deliberação do regulador sob comando de Carlos Costa, essas eventuais responsabilidades estarão no veículo financeiro BES SA.

Provisão de 856 milhões

O papel comercial é dívida de muito curto prazo que algumas sociedades do Grupo Espírito Santo emitiram para se conseguirem financiar. Algum desse papel comercial foi vendido nos balcões do antigo BES. As empresas estão, neste momento, sem capacidade de pagarem aos investidores que adquiriram papel comercial, tendo pedido um regime idêntico ao de protecção de credores no Luxemburgo. Logo, quem comprou papel comercial poderia não receber o dinheiro.

Contudo, dado que houve clientes do BES que compraram aquele investimento, o ramo não financeiro do GES foi obrigado a constituir provisões para assegurar o reembolso. O grupo optou por fazer provisões no Espírito Santo Financial Group, na ordem dos 700 milhões de euros. Esta sociedade entrou em dificuldades e também pediu gestão controlada. A provisão ficou sem efeito. E o ónus passou para o BES - que, actualmente, não existe e teve os seus principais activos transferidos para o Novo Banco.

De acordo com as contas do primeiro semestre do BES, a dívida da ESI e da Rioforte no balanço do banco era de 641 milhões de euros. A exposição ao universo GES chegava aos 1.100 milhões (no caso de clientes de retalho), tendo sido provisionadas perdas de 856 milhões - um dos motivos para os prejuízos históricos de 3.577 milhões de euros que acabaram por ditar a resolução da histórica instituição financeira.

Na verdade, a dívida emitida pelo GES e subscrita por clientes do Grupo BES é bem maior. Um total de 3.107 milhões de euros, à data de 30 de Junho. Contudo, além dos 1.100 em clientes normais (não qualificados), 2.007 milhões foram subscritos por clientes institucionais, ou seja, investidores qualificados, como empresas de grande dimensão. Só que estes não terão direito à devolução.

Alguns dos investimentos já foram pagos entretanto, sabe o Negócios, embora sem certezas de que montante se trata. Nessa devolução, que foi feita pelo BES já sob a administração de Vítor Bento (mas ainda antes de transformado em Novo Banco), só foi pago o capital investido, ou seja, os investidores não receberam juros.
 
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Re: BES - A LUTA

por bike1 » 14/8/2014 16:24

Estas duas empresas não estão em processo de falência, assumido pelas entidades do Luxemburgo!?!?[/quote]

Andam há 5 meses a falar de provisões para isto e referem que têm intenção de ... mas....

"O regulador autoriza o Novo Banco a reembolsar os seus clientes que investiram em títulos de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo, desde que tal processo não tenha impacto negativo nas contas e rácios de capital do banco.


O Banco de Portugal emitiu esta quinta-feira, 14 de Agosto, um esclarecimento sobre o processo de reembolso de títulos de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo, que os clientes do Novo Banco subscreveram.



O regulador, como o Negócios já noticiou na edição de hoje, transfere a decisão para a administração do banco liderada por Vítor Bento.



"Eventuais propostas de tratamento dos clientes de retalho que detenham estes instrumentos [títulos de dívida emitidos por empresas do GES, como papel comercial e obrigações], de que o Novo Banco não é devedor, e que se revelem importantes para a preservação da relação de confiança com os clientes, dependem de condições que têm de ser definidas pelo Conselho de Administração do Novo Banco".



Para o Novo Banco, há intenção de reembolsar o capital investido nestes títulos da ESI e Rioforte, sendo que faltava a autorização do Banco de Portugal.



A entidade liderada por Carlos Costa permite o pagamento, mas com uma importante condição: as regras a definir pelo Novo Banco neste reembolso aos seus clientes de retalho "têm de dar cumprimento às recomendações já emitidas pelo Banco de Portugal, devendo, em particular, assegurar um impacto positivo ou neutro ao nível dos resultados, rácios de capital e posição de liquidez do Novo Banco".



Na prática o regulador dá assim autorização ao Novo Banco para reembolsar os seus clientes que investiram em títulos de dívida emitidos pelo GES, mas não permite que esta operação prejudique as contas da instituição financeira. Nas contas do BES do primeiro semestre foram constituídas provisões para fazer face a este pagamento, que o banco e o regulador tinham no passado afirmado que seria feito.



No esclarecimento prestado ao mercado esta quinta-feira o Banco de Portugal acrescenta que o "Novo Banco terá de desenvolver e implementar procedimentos de controlo que garantam o cumprimento das condições que venham a ser estabelecidas, bem como a sua imediata demonstração com vista à verificação pelo auditor externo, pelo órgão de fiscalização do Novo Banco e pelas autoridades competentes".


Quanto aos títulos de dívida não subordinada emitidos pelo BES, o Banco de Portugal adianta que as obrigações "serão reembolsadas pelo Novo Banco na data do seu vencimento, visto que os direitos de crédito dos clientes relativos a essas obrigações foram transferidos para o Novo Banco", sendo que "qualquer operação de recompra antecipada destas obrigações (antes da data do seu vencimento) deve inserir-se na gestão comercial de clientes por parte do Novo Banco, em condições a definir pelo respectivo Conselho de Administração".



(Notícia em actualização)[/quote]

Desculpem estar a publicar aqui e no tópico BES, mas assim chega a todos.
Uma questão quero colocar aos mais entendidos, porventura absurda:
- O papel comercial é todo igual? ou seja, no caso tenho papel comercial Espart. É igual a papel comercial Rioforte? ou não? Julgo que não. Eu subscrevi papel comercial ESPART e não da Rioforte ou da ESI.
- Julgo que a Espart não faliu, até ver!. Todas as comunicações se referem diretamente a Rioforte e ESI. Ou as empresas subsidiárias são exactamente o mesmo?
- A Espart Holding tem várias subsidiárias na área de investimento imob, obras, promoção e venda de imobiliário. É detida pela RioForte
- Diretamente do NB continuam a afirmar que não é a mesma coisa? é?
- E vocês ? têm papel comercial de quem?

Uma nota (anexo) Na subscrição de clientes retalho existem os seguintes valores subscritos por clientes banco no final do semestre:
- Rioforte 1,634 milhoes sendo destes 342 em clientes retalho.
- ESI 766, destes 255 no retalho.
- ES irmãos 194, retalho 0.
- ES Saude 20. Clientes retalho 20.
- ESpart 24. Clientes retalho 24.
- Quinta da Foz empreendimentos 6. retalho 0.
- ESFG 109. retalho 109.
- ES financiere 103. retalho 103.
- ES finantial portugal 39. retalho 39.

Gostava de esclarecer estas dúvidas.
Anexos
Papel comercial _.pdf
(294.42 KiB) Transferido 259 Vezes
 
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Re: BES - A LUTA

por Tio_Moedas » 14/8/2014 15:59

sneh Escreveu:
Tio_Moedas Escreveu:Meus amigos,

O FGD tem menos de 2.000 milhões... Insuficiente para cobrir perdas de depositantes num banco com a dimensão do BES....



Isto é que eu acho um escandalo. Ou seja, existe um seguro que alguém (todos nós?) paga, e quando é preciso usar o seguro, ah e tal, não há dinheiro para todos!

Bem sei que o impacto era maior se fosse outra opção, mas SEJA! Quem decide que tomasses as decisões e assumisse as consequências! Eu fiz os meus investimentos tendo em conta os 100k "seguros", as obrigações de um banco "sólido" e com 20% do mercado português, etc.. Fiz em 2010, antes destas leis todas feita "à medida" das necessidades de alguns...


O valor do Fundo de Garantia de Depósitos era, de acordo com o relatório de contas de 2013, de 1.489 milhões de euros.
O montante é suficiente desde que não haja uma crise grave e não seja necessário mobilizá-lo... O relatório de contas diz que a taxa de cobertura dos depósitos (até 100.000 euros) é de 74%: http://www.fgd.pt/pt-PT/RelatorioseContas/Documents/Rel2013.pdf

:shock:
Ocorreu há dias um problema complicado com um importante banco (Corpbank) da Bulgária, em que a solução adoptada não foi semelhante à do BES, e os depósitos se encontram todos congelados desde 20 de Junho e estarão previsivelmente até meados de Outubro, precisamente porque o FGD da Bulgária não possui montante suficiente para ressarcir todos os depositantes cobertos pela garantia...
http://www.mindfulmoney.co.uk/wp/shaun-richards/what-is-happening-to-corpbank-ktb-bulgaria-and-the-concept-of-bank-deposit-insurance/
 
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Re: BES - A LUTA

por bike1 » 14/8/2014 15:10

sneh Escreveu:Digam lá qual é o critério por detrás desta decisão ?!?!

"O regulador autoriza o Novo Banco a reembolsar os seus clientes que investiram em títulos de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (...)"

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... o_ges.html

Estas duas empresas não estão em processo de falência, assumido pelas entidades do Luxemburgo!?!?


Andam há 5 meses a falar de provisões para isto e referem que têm intenção de ... mas....

"O regulador autoriza o Novo Banco a reembolsar os seus clientes que investiram em títulos de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo, desde que tal processo não tenha impacto negativo nas contas e rácios de capital do banco.


O Banco de Portugal emitiu esta quinta-feira, 14 de Agosto, um esclarecimento sobre o processo de reembolso de títulos de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo, que os clientes do Novo Banco subscreveram.



O regulador, como o Negócios já noticiou na edição de hoje, transfere a decisão para a administração do banco liderada por Vítor Bento.



"Eventuais propostas de tratamento dos clientes de retalho que detenham estes instrumentos [títulos de dívida emitidos por empresas do GES, como papel comercial e obrigações], de que o Novo Banco não é devedor, e que se revelem importantes para a preservação da relação de confiança com os clientes, dependem de condições que têm de ser definidas pelo Conselho de Administração do Novo Banco".



Para o Novo Banco, há intenção de reembolsar o capital investido nestes títulos da ESI e Rioforte, sendo que faltava a autorização do Banco de Portugal.



A entidade liderada por Carlos Costa permite o pagamento, mas com uma importante condição: as regras a definir pelo Novo Banco neste reembolso aos seus clientes de retalho "têm de dar cumprimento às recomendações já emitidas pelo Banco de Portugal, devendo, em particular, assegurar um impacto positivo ou neutro ao nível dos resultados, rácios de capital e posição de liquidez do Novo Banco".



Na prática o regulador dá assim autorização ao Novo Banco para reembolsar os seus clientes que investiram em títulos de dívida emitidos pelo GES, mas não permite que esta operação prejudique as contas da instituição financeira. Nas contas do BES do primeiro semestre foram constituídas provisões para fazer face a este pagamento, que o banco e o regulador tinham no passado afirmado que seria feito.



No esclarecimento prestado ao mercado esta quinta-feira o Banco de Portugal acrescenta que o "Novo Banco terá de desenvolver e implementar procedimentos de controlo que garantam o cumprimento das condições que venham a ser estabelecidas, bem como a sua imediata demonstração com vista à verificação pelo auditor externo, pelo órgão de fiscalização do Novo Banco e pelas autoridades competentes".


Quanto aos títulos de dívida não subordinada emitidos pelo BES, o Banco de Portugal adianta que as obrigações "serão reembolsadas pelo Novo Banco na data do seu vencimento, visto que os direitos de crédito dos clientes relativos a essas obrigações foram transferidos para o Novo Banco", sendo que "qualquer operação de recompra antecipada destas obrigações (antes da data do seu vencimento) deve inserir-se na gestão comercial de clientes por parte do Novo Banco, em condições a definir pelo respectivo Conselho de Administração".



(Notícia em actualização)
 
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Re: BES - A LUTA

por sneh » 14/8/2014 15:04

Digam lá qual é o critério por detrás desta decisão ?!?!

"O regulador autoriza o Novo Banco a reembolsar os seus clientes que investiram em títulos de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (...)"

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... o_ges.html

Estas duas empresas não estão em processo de falência, assumido pelas entidades do Luxemburgo!?!?
 
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Re: BES - A LUTA

por sneh » 14/8/2014 15:00

Tio_Moedas Escreveu:Meus amigos,

O FGD tem menos de 2.000 milhões... Insuficiente para cobrir perdas de depositantes num banco com a dimensão do BES....



Isto é que eu acho um escandalo. Ou seja, existe um seguro que alguém (todos nós?) paga, e quando é preciso usar o seguro, ah e tal, não há dinheiro para todos!

Bem sei que o impacto era maior se fosse outra opção, mas SEJA! Quem decide que tomasses as decisões e assumisse as consequências! Eu fiz os meus investimentos tendo em conta os 100k "seguros", as obrigações de um banco "sólido" e com 20% do mercado português, etc.. Fiz em 2010, antes destas leis todas feita "à medida" das necessidades de alguns...
 
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Re: BES - A LUTA

por daniel__ » 14/8/2014 12:40

A minha opinião, e que quando o banco for vendido, pouco mais sobra do que os ossos e a rede fisica de balcoes.

O banco esta totalmente descredibilizado, e a este ritmo duvido que se aguente sustentável até a venda. A menos que a apressem, pois de dia para dia o seu valor comercial está a diminuir.
Sem sequer ir ainda aos problemas legais que poderão vir a acontecer, fruto desta trafulhice toda.
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Re: BES - A LUTA

por JDoe » 14/8/2014 12:39

 
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Re: BES - A LUTA

por unorocket » 14/8/2014 12:32

Como não se pode confiar no que dizem os senhores responsáveis pelas instituições, eu tentei vender hoje as obrigações seniores que ainda detinha mas ainda não consegui. é certo que Sr. Vitor Bento disse que são para pagar mas também o BP veio dizer que antes disso é preciso cumprir rácios de capital. o que se irá passar a seguir? Eu pessoalmente perdi 30000€ em ações mas também já retirei todo o dinheiro do Novo Banco (NB) e pelo que se sabe (muito pouco) o NB (que não é um banco mas simplesmente um "veículo de transferência") está a perder muitos depósitos diariamente. será que se vai aguentar?
A minha opinião, "e vale o que vale" é que existe muito ruido, pouco trabalho e nenhuma organização. E sem união, coisa que não vi até agora, não haverá consequências.
Não acredito que pequenos investidores sejamos assim tão poucos e que não se consiga fazer nada. estou à disposição para ajudar no que for puder. Responder a provocações não nos leva a lado nenhum!
 
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Re: BES - A LUTA

por Tio_Moedas » 14/8/2014 10:32

Meus amigos,

Percebo a vossa indignação e a vossa frustração perante o que sucedeu.
Tenho, porém, dúvidas que outra solução (falência ou liquidação do banco) pudesse ser melhor.

As perdas, neste momento limitadas aos accionistas e detentores de dívida subordinada, seriam extensíveis também aos detentores de dívida sénior e aos depositantes com mais de 100.000 euros. Isto sim, seria uma catástrofe de proporções bíblicas, com risco sistémico.
Custos: cerca de 4.000 milhões que o Fundo de Resolução meteu no NovoBanco. Na alternativa anterior, os custos, neste caso para o Fundo de Garantia de Depósitos (com necessidade de aval estatal), seriam bem mais elevados. O FGD tem menos de 2.000 milhões... Insuficiente para cobrir perdas de depositantes num banco com a dimensão do BES....

O banco faliu.... Vale muito pouco neste momento (falo do NB). O outro (BES) é composto por activos tóxicos... Infelizmente ainda não se conhece a extensão e a profundidade desses activos... É curioso que o Wall Street Journal tenha vindo a analisar, com muita atenção, este caso... Eles lá sabem porquê...

Os iluminados que nos governam trataram-nos a todos como tontinhos.
Eu, com a idade que tenho, já me passou a fase de acreditar ingenuamente em tudo o que me contam e desconfio, visceralmente, destes iluminados, particularmente quando as palavras não coincidem com os actos...
Aconselho, em jeito de precaução para o futuro, um acompanhamento próximo e intenso de tudo quanto é jornal económico publicado no estrangeiro.
Quanto às palavras de ministros (primeiros ou não primeiros), presidentes, líderes, governadores e afins, muita cautela em relação a tudo o que dizem. Por vezes, na sua iluminação, eles têm dificuldade em perceber o contexto no qual proferem as suas palavras: se em modo de realidade, se em modo de campanha eleitoral...

Cumprimentos
 
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Re: BES - A LUTA

por sneh » 14/8/2014 9:55

katolo Escreveu:Numa falência liquidariam-se os ativos e distribuía-se a massa falida por credores seniores e subordinadas e o que se sobrasse por acionistas. No caso de um banco, assegurava-se os depósitos até 100k, conforme legislação.

Mas isto foi tudo menos uma falência. O rol de acontecimentos deploráveis despoletou o fim abrupto e catastrófico de um Banco em dias...

Muitos fatores contribuíram para isso, e não vale a pena ser repetitivo.

Tenho muitas dúvidas em relação ao futuro do Novo Banco! Enfim... Welcome to Portugal!

Imagem


:clap: :clap: :clap:
Não dizia melhor!
 
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Re: BES - A LUTA

por moppie85 » 14/8/2014 9:51

katolo Escreveu:Numa falência liquidariam-se os ativos e distribuía-se a massa falida por credores seniores e subordinadas e o que se sobrasse por acionistas. No caso de um banco, assegurava-se os depósitos até 100k, conforme legislação.

Mas isto foi tudo menos uma falência. O rol de acontecimentos deploráveis despoletou o fim abrupto e catastrófico de um Banco em dias...

Muitos fatores contribuíram para isso, e não vale a pena ser repetitivo.

Tenho muitas dúvidas em relação ao futuro do Novo Banco! Enfim... Welcome to Portugal!

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... que o levou à impossibilidade de cumprir as suas obrigações, vulgo falência.
 
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Re: BES - A LUTA

por speedbird » 14/8/2014 6:53

marathmartin Escreveu:
katolo Escreveu:
pata-hari Escreveu:Paulo , a alternativa era terem ido os accionistas, os obrigacionistas e os depositantes de uma só vez. Não me parece mais desejável. O corte e a divisão podem ser questionáveis (e obviamente que quem ficou do lado "mau" argumenta essa divisão) mas teve um critério que foi o que encontraram e que poderia ter sido melhor ou bastante pior. O certo é que sem a divisão, terias tido estoiro de todos.

Pior, pelo menos para mim não é certo nem linear que não venha ainda a suceder na parte que até agora se aguentou.


Pois eu acho a solução dúbia, ilegal e inconstitucional e a incerteza sobre o Novo Banco mantém-se. Sempre ouvi dizer que os erros evitam-se, e aqui há imensos erros das entidades competentes.

Os processos judiciais vão começar e poderá ser um problema para a solução encontrada (à pressa e a pontapé - todos os dias há trocas e baldrocas de um banco para outro). Quem é que vai comprar um Banco nesta incerteza?

Foram burros! Não havia obrigatoriedade nenhuma de aplicar a solução do Fundo de Resolução no imediato. Esta diretiva comunitária só entraria em vigor em 2015.

Ah, mas os contribuintes e tal... Os contribuintes vão pagar muito mais com esta solução do que optando por uma alternativa à BCP. Ao fim ao cabo, o BCP já devolveu praticamente os coco's e pagou uma fortuna em juros. Grande mina de ouro para o Estado! Já viram os juros ridículos que paga o Novo Banco ao Fundo de Resolução?

A procissão ainda vai no adro...


Nem mais katolo. Dentro da incompetencia extrema que o governo de relvas e coelho demonstrou desde o primeiro momento, com volte faces constantes em tudo aquilo que se propunha fazer, perdendo uma portunidade histórica para fazer as tais reformas estruturais (que não fez nem uma), nada surpreende mais do que esta jogada de génio.

Incompetentes. Sem politica externa, sem visão, sem ideais e sem idiologia. Um bando de gaiatos que chegam ao poder por causa de outro incompentente.

Mas alguem alcredita que um primeiro ministro a sério, recebe uma ordem da europa para matar a maior marca bancaria do seu país e aceita sem pestanejar!?? Façam lá isso a um espanhol, um ingles, um francês...Com os milhares de defeitos que sempre apontei a socrates, contra o qual me bati em eleições, acreditam que socrates deixava cair o BES às mãos da UE sem sequer dar luta?

As perdas em activos intangiveis são incalculáveis. O novo banco não vale um chavo e podem continuar a meter lá milhares de milhões, que davam perfeitamente para restruturar o BES, que aquela bodega nunca vai ser um banco.

A culpa é do coelho e do outro cujo nome nem pronuncio, funcionário do BCP.

Eu ainda acredito nos tribunais e nos juizes portugueses...vamos ver, vai demorar mas, vamos ver.

Pelo país, pela dignidade da Nação, isto não pode passar em branco. Foi uma péssima desisão politica, foi uma fraude administrativa.

Ainda há pouco tempo um deputado do CDS dizia no Parlamento que o PC queria era novamente avançar para as nacionalizações, falando do BES. Isto é pior que uma nacionalização isto é um roubo miserável, premeditado e influenciado pelas palavras, que vou sempre colocando, do tal senhor .

Disse o homem, dia 31, quando eu comprei umas acções "o BP...reafirma que a solidez da instituição está salvaguardada pelo facto de continuar disponível a linha de capitalização pública criada no âmbito do programa de assistência económica e financeira para suportar eventuais necessidades de capital do sistema bancário .E volta a reafirmar que estão reunidas as condições necessárias à continuidade da actividade desenvolvida pela instituição ...". Dia 31. Dia 31.

Então o homem não têm de ser imediatamente demitido e responsabilzado judicialmente por estas afirmações?!!!


Olá a todos ,

1.Concordo com a Pata. Se tivesse dinheiro no Novo Banco , tratava de o tirar enquanto ainda é tempo.

2. Em investimentos há que limitar as perdas. E neste caso , limitar as perdas dos acionistas é não gastar dinheiro em advogados e ações que não vão dar em nada. Nem vão ver o vosso dinheiro de volta , nem o Salgado vai preso , nada vai acontecer. E nada vai acontecer porque não há leis que prevejam uma situação destas. Nos EUA , no caso Madoff , ou Lehman Brothers ,não me recordo , lembro me que não tinham leis para responsabilizar os culpados e foram inventá-las às pressas , para depois iniciar o processo e pôr todos dentro e já a prever futuros casos.
Aqui não há leis , e nem vão fazê-las. Ninguém vai dentro. É claro que há ruído , vai haver por mais algum tempo e depois os ES continuam a viver como sempre viveram ,mesmo nível de vida , ás vezes a brincar aos pobrezinhos , e os pequenos pior do que estavam.

3.Quanto à ajuda ao banco. Claro que dói a qualquer contribuinte saber que o seu dinheiro está a ser posto em um fundo perdido , mas se deixassem o banco cair muitas PME que tinham conta no BES caíriam junto e o impacto social seria gigante. É mau? É ! Mas fico feliz que mais gente não esteja a perder os seus empregos e empresas por causa da quebra do banco.

4.O Banco de Portugal , que anda a fingir que é eficiente , é conivente nisto tudo.Ou pelo menos foi omisso. Como neste país da treta , basta ter um nome sonante e dinheiro para se ser intocável e ter um monte de vassalos à volta , o que devia ser inspecionado não era , o que era para ser regulado nunca foi , andava tudo sustentado pelas aparências, favores e esperança de favores futuros.

5.Quanto à culpa do governo? Acho que nem tem muita. Recusou ajuda quando o Salgado lhes foi pedir e fez bem.Mas diante de um cenário de catástrofe como este , teve que agir com rapidez e claro, pode ser que hajam decisões que pudessem ter sido melhor tomadas, mas diante do tempo limitado foi o melhor que puderam fazer. Na verdade , o governo quando declarou que estava tudo bem com o banco não tinha intenção de mentir.Devem ter ido buscar informações a quem as devia ter , o Banco de Portugal , e também foram induzidos em erro porque este, como nunca regulou nada , devia saber tanto como o comum correntista.

6. QUanto ao Katolo dizer que não se deveria deixar cair o banco. Por que não? É privado , e inviável. Não caiu a Eron, Lehman Brothers , aquele banco inglês que até deu em filme? Acho que só não deixaram cair mesmo por causa do impacto que isso teria na economia real .

7. E pronto. Mais um escândalo neste pequeno país.Assim vamos vivendo. BES, BPN , Freeport,Sócrates , que não declara nada , mas tem bens valiosos e ainda é chamado para ser comentador , bancarrotas ,Troikas , etc. Venha o próximo que este qualquer dia vai começar a deixar de ser notícia porque as pessoas já se enjoaram dele. Assim vive o país da África mais próximo da Europa.

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Re: BES - A LUTA

por katolo » 14/8/2014 1:44

Numa falência liquidariam-se os ativos e distribuía-se a massa falida por credores seniores e subordinadas e o que se sobrasse por acionistas. No caso de um banco, assegurava-se os depósitos até 100k, conforme legislação.

Mas isto foi tudo menos uma falência. O rol de acontecimentos deploráveis despoletou o fim abrupto e catastrófico de um Banco em dias...

Muitos fatores contribuíram para isso, e não vale a pena ser repetitivo.

Tenho muitas dúvidas em relação ao futuro do Novo Banco! Enfim... Welcome to Portugal!

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Re: BES - A LUTA

por LUISSM3 » 14/8/2014 0:34

Bons Ventos,
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Re: BES - A LUTA

por STRESSZERO » 13/8/2014 21:49

Boas,
cheguei hoje do estrangeiro após 13 dias de viagem e só hoje comecei a tomar conhecimento do que se passou enquanto estive fora.
Pensava que tinha visitado dois países do terceiro mundo, mas afinal cheguei hoje a um país bem pior.
Estive duas semanas sem internet e por isso estava completamente alheio às notícias e agora sinto que foi a melhor coisa que me aconteceu, ou seja, estar desligado deste país da treta.
Quanto ao Bes só posso dizer "SURREAL".
Quanto à supervisão só posso dizer "INCOMPETÊNCIA".

Bons negócios!
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Re: BES - A LUTA

por marathmartin » 13/8/2014 21:27

katolo Escreveu:
pata-hari Escreveu:Paulo , a alternativa era terem ido os accionistas, os obrigacionistas e os depositantes de uma só vez. Não me parece mais desejável. O corte e a divisão podem ser questionáveis (e obviamente que quem ficou do lado "mau" argumenta essa divisão) mas teve um critério que foi o que encontraram e que poderia ter sido melhor ou bastante pior. O certo é que sem a divisão, terias tido estoiro de todos.

Pior, pelo menos para mim não é certo nem linear que não venha ainda a suceder na parte que até agora se aguentou.


Pois eu acho a solução dúbia, ilegal e inconstitucional e a incerteza sobre o Novo Banco mantém-se. Sempre ouvi dizer que os erros evitam-se, e aqui há imensos erros das entidades competentes.

Os processos judiciais vão começar e poderá ser um problema para a solução encontrada (à pressa e a pontapé - todos os dias há trocas e baldrocas de um banco para outro). Quem é que vai comprar um Banco nesta incerteza?

Foram burros! Não havia obrigatoriedade nenhuma de aplicar a solução do Fundo de Resolução no imediato. Esta diretiva comunitária só entraria em vigor em 2015.

Ah, mas os contribuintes e tal... Os contribuintes vão pagar muito mais com esta solução do que optando por uma alternativa à BCP. Ao fim ao cabo, o BCP já devolveu praticamente os coco's e pagou uma fortuna em juros. Grande mina de ouro para o Estado! Já viram os juros ridículos que paga o Novo Banco ao Fundo de Resolução?

A procissão ainda vai no adro...


Nem mais katolo. Dentro da incompetencia extrema que o governo de relvas e coelho demonstrou desde o primeiro momento, com volte faces constantes em tudo aquilo que se propunha fazer, perdendo uma portunidade histórica para fazer as tais reformas estruturais (que não fez nem uma), nada surpreende mais do que esta jogada de génio.

Incompetentes. Sem politica externa, sem visão, sem ideais e sem idiologia. Um bando de gaiatos que chegam ao poder por causa de outro incompentente.

Mas alguem alcredita que um primeiro ministro a sério, recebe uma ordem da europa para matar a maior marca bancaria do seu país e aceita sem pestanejar!?? Façam lá isso a um espanhol, um ingles, um francês...Com os milhares de defeitos que sempre apontei a socrates, contra o qual me bati em eleições, acreditam que socrates deixava cair o BES às mãos da UE sem sequer dar luta?

As perdas em activos intangiveis são incalculáveis. O novo banco não vale um chavo e podem continuar a meter lá milhares de milhões, que davam perfeitamente para restruturar o BES, que aquela bodega nunca vai ser um banco.

A culpa é do coelho e do outro cujo nome nem pronuncio, funcionário do BCP.

Eu ainda acredito nos tribunais e nos juizes portugueses...vamos ver, vai demorar mas, vamos ver.

Pelo país, pela dignidade da Nação, isto não pode passar em branco. Foi uma péssima desisão politica, foi uma fraude administrativa.

Ainda há pouco tempo um deputado do CDS dizia no Parlamento que o PC queria era novamente avançar para as nacionalizações, falando do BES. Isto é pior que uma nacionalização isto é um roubo miserável, premeditado e influenciado pelas palavras, que vou sempre colocando, do tal senhor .

Disse o homem, dia 31, quando eu comprei umas acções "o BP...reafirma que a solidez da instituição está salvaguardada pelo facto de continuar disponível a linha de capitalização pública criada no âmbito do programa de assistência económica e financeira para suportar eventuais necessidades de capital do sistema bancário .E volta a reafirmar que estão reunidas as condições necessárias à continuidade da actividade desenvolvida pela instituição ...". Dia 31. Dia 31.

Então o homem não têm de ser imediatamente demitido e responsabilzado judicialmente por estas afirmações?!!!
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Re: BES - A LUTA

por katolo » 13/8/2014 20:48

pata-hari Escreveu:Paulo , a alternativa era terem ido os accionistas, os obrigacionistas e os depositantes de uma só vez. Não me parece mais desejável. O corte e a divisão podem ser questionáveis (e obviamente que quem ficou do lado "mau" argumenta essa divisão) mas teve um critério que foi o que encontraram e que poderia ter sido melhor ou bastante pior. O certo é que sem a divisão, terias tido estoiro de todos.

Pior, pelo menos para mim não é certo nem linear que não venha ainda a suceder na parte que até agora se aguentou.


Pois eu acho a solução dúbia, ilegal e inconstitucional e a incerteza sobre o Novo Banco mantém-se. Sempre ouvi dizer que os erros evitam-se, e aqui há imensos erros das entidades competentes.

Os processos judiciais vão começar e poderá ser um problema para a solução encontrada (à pressa e a pontapé - todos os dias há trocas e baldrocas de um banco para outro). Quem é que vai comprar um Banco nesta incerteza?

Foram burros! Não havia obrigatoriedade nenhuma de aplicar a solução do Fundo de Resolução no imediato. Esta diretiva comunitária só entraria em vigor em 2015.

Ah, mas os contribuintes e tal... Os contribuintes vão pagar muito mais com esta solução do que optando por uma alternativa à BCP. Ao fim ao cabo, o BCP já devolveu praticamente os coco's e pagou uma fortuna em juros. Grande mina de ouro para o Estado! Já viram os juros ridículos que paga o Novo Banco ao Fundo de Resolução?

A procissão ainda vai no adro...
 
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Re: BES - A LUTA

por Pata-Hari » 13/8/2014 19:32

Paulo , a alternativa era terem ido os accionistas, os obrigacionistas e os depositantes de uma só vez. Não me parece mais desejável. O corte e a divisão podem ser questionáveis (e obviamente que quem ficou do lado "mau" argumenta essa divisão) mas teve um critério que foi o que encontraram e que poderia ter sido melhor ou bastante pior. O certo é que sem a divisão, terias tido estoiro de todos.

Pior, pelo menos para mim não é certo nem linear que não venha ainda a suceder na parte que até agora se aguentou.
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