EUA planeiam novas restrições sobre tecnologia de chips na China

[Elias]

De qualquer forma o raciocínio dele encerra uma falácia: a de que em Portugal os preços são especulativos e no resto da União Europeia não são (ou, numa versão simplista, cá em Portugal as petrolíferas são "más" e em todos os outros países da União Europeia, países usados para fazer a dia média, são "boas").

Contudo, basta ver os comentários aos preços da gasolina na imprensa online estrangeira para perceber que o sentimento lá por fora é igual ao de cá.

[Mcmad]

Eu fico admirado é como este senhor acabou o curso de economia com média de 20 valores e depois diz coisas destas...

[Elias]

Eu fico admirado e por tu não lhe perguntares : "porque dizes isso?" ou: "qual acha que é o preço justo?"

Fonix Lion, às vezes acho que tu não lês as coisas.

Isso está escrito na notícia e até realcei a negrito: "isso terá como resultado prático limitar os preços máximos dos combustíveis, acabar com a especulação, ter um preço médio em Portugal semelhante ao praticado na União Europeia e uma redução prática de cinco a oito cêntimos por litro no preço dos combustíveis”4

Ou seja, o senhor deputado acha que o preço justo é cinco a oito cêntimos mais barato.

Se eu tivesse oportunidade perguntava-lhe: ó senhor deputado o que é que acha de em simultâneo com essa medida aumentar o ISP em 5 a 8 cêntimos? Matava-se dois coelhos de uma cajadada, que eram: aumentava-se a receita fiscal e acabava-se com os lucros das grandes petrolíferas.

[Lion_Heart]

Quando uma pessoa pensa que já assistiu a toda a demagogia possível e imaginária sobre este tema, eis que alguém consegue surpreender - o Bloco de Esquerda no seu melhor.

(repare-se bem nos trechos que assinalei a negrito)

Bloco de Esquerda quer fixar preço máximo para os combustíveis
04 Março 2011 | 12:10
Lusa

O Bloco de Esquerda quer "terminar com a especulação no preço dos combustíveis que a liberalização permitiu".

O Bloco de Esquerda (BE) vai apresentar um projecto de lei que fixa um máximo para o preço dos combustíveis de forma a “terminar com a especulação no preço dos combustíveis que a liberalização permitiu”.

“Pagamos preços sem impostos dos preços mais caros da UE. Em 2010 todos os meses pagamos preços acima da média da União Europeia”, lamentou o deputado do BE Pedro Filipe Soares.

A iniciativa do bloco tem, por isso, como objectivo “fixar o preço máximo dos combustíveis”.

“Fazemo-lo através de uma fórmula que tem como preço base o preço médio da União Europeia e por isso terá como resultado prático limitar os preços máximos dos combustíveis, acabar com a especulação, ter um preço médio em Portugal semelhante ao praticado na União Europeia e uma redução prática de cinco a oito cêntimos por litro no preço dos combustíveis”, salientou.

Paralelamente, o diploma tem como objectivo “acabar com a realidade de que quando os preços sobem a nível internacional em Portugal sobem muito rapidamente, mas depois quando descem em Portugal demoram muito a descer”.

“Com este projecto de lei essa realidade será ultrapassada e teremos transparência na formação dos preços dos combustíveis”, salientou.

A iniciativa legislativa bloquista incide sobre “o preço base sem impostos” – “é aí é que colocaremos o limite porque é aí que existe espaço para a especulação”, justificou Pedro Filipe Soares.

“Quando dizemos que em Portugal o preço sem impostos foi sempre superior à média da União Europeia sem que existam justificações estamos a aceitar como natural a especulação e nós queremos romper com a especulação. Foi a liberalização que abriu a porta a esta especulação dos preços dos combustíveis, terminando a liberalização e fixando preços máximos”, salientou.

Eu fico admirado e por tu não lhe perguntares : "porque dizes isso?" ou: "qual acha que é o preço justo?"

[rmachado]

SIm, infelizmente parece uma ideia tolhida de algum rasgo de eficácia.

Se ainda fossem pela via do IVA... que é a que acho que deviamos ir ainda vá lá..

[Elias]

Quando uma pessoa pensa que já assistiu a toda a demagogia possível e imaginária sobre este tema, eis que alguém consegue surpreender - o Bloco de Esquerda no seu melhor.

(repare-se bem nos trechos que assinalei a negrito)

Bloco de Esquerda quer fixar preço máximo para os combustíveis
04 Março 2011 | 12:10
Lusa

O Bloco de Esquerda quer "terminar com a especulação no preço dos combustíveis que a liberalização permitiu".

O Bloco de Esquerda (BE) vai apresentar um projecto de lei que fixa um máximo para o preço dos combustíveis de forma a “terminar com a especulação no preço dos combustíveis que a liberalização permitiu”.

“Pagamos preços sem impostos dos preços mais caros da UE. Em 2010 todos os meses pagamos preços acima da média da União Europeia”, lamentou o deputado do BE Pedro Filipe Soares.

A iniciativa do bloco tem, por isso, como objectivo “fixar o preço máximo dos combustíveis”.

“Fazemo-lo através de uma fórmula que tem como preço base o preço médio da União Europeia e por isso terá como resultado prático limitar os preços máximos dos combustíveis, acabar com a especulação, ter um preço médio em Portugal semelhante ao praticado na União Europeia e uma redução prática de cinco a oito cêntimos por litro no preço dos combustíveis”, salientou.

Paralelamente, o diploma tem como objectivo “acabar com a realidade de que quando os preços sobem a nível internacional em Portugal sobem muito rapidamente, mas depois quando descem em Portugal demoram muito a descer”.

“Com este projecto de lei essa realidade será ultrapassada e teremos transparência na formação dos preços dos combustíveis”, salientou.

A iniciativa legislativa bloquista incide sobre “o preço base sem impostos” – “é aí é que colocaremos o limite porque é aí que existe espaço para a especulação”, justificou Pedro Filipe Soares.

“Quando dizemos que em Portugal o preço sem impostos foi sempre superior à média da União Europeia sem que existam justificações estamos a aceitar como natural a especulação e nós queremos romper com a especulação. Foi a liberalização que abriu a porta a esta especulação dos preços dos combustíveis, terminando a liberalização e fixando preços máximos”, salientou.

[Elias]

Pois Sr. Elias, mas como vê os especuladores em Espanha são muito menos gananciosos. Não é como esta horda de bárbaros portugueses que é só aumentar, aumentar.

lol

por acaso há bocado gostei de ouvir o presidente da AdC na RTP-1 a explicar que embora as pessoas se revoltem contra os resultados do estudo da AdC (pelo facto de os resultados não irem ao encontro das expectativas das pessoas), a verdade é que ainda ninguém teceu críticas à metodologia seguida. E disse que os resultados estão em linha com a metodologia seguida.

Em suma: o pessoal "acha" que há cartel ou que não há concorrência mas ainda não apareceu ninguém a dizer que metodologia se deve seguir para provar isso.

[MarcoAntonio]

(...) mas os distribuidores acrescentam outro factor: a desvalorização do euro, que se reflecte depois nos impostos, tanto no IVA como na taxa sobre combustíveis.

A explicação está meio trapalhona!

Depois, sendo a questão já complexa qb para o publico em geral, não admira que jamais entendam...




Automech, imagino que estejas a brincar mas nunca é demais esclarecer que a diferença de preços entre Portugal e Espanha é essencialmente impostos, antes de impostos os preços têm-se mantido extremamente semelhantes de um lado e do outro da fronteira (não poucas vezes até estão mais baixos do lado de cá).

[Automech]

Pois Sr. Elias, mas como vê os especuladores em Espanha são muito menos gananciosos. Não é como esta horda de bárbaros portugueses que é só aumentar, aumentar.

[Elias]

Aqui está uma notícia interessante para aqueles que acham que devíamos ter os preços de Espanha

Espanhóis chocados com aumento do preço dos combustíveis para 1,31 euros por litro
Publicado em 03 de Março de 2011
ionline.pt

Espanha está chocada com o novo recorde do preço médio dos combustíveis, depois do barril de Brent ter atingido os 115 dólares.

A gasolina de 95 octanas subiu 1,8% em relação à semana passada, para os 1,31 euros por litro, e o gasóleo subiu para 1,27 euros, o que representa uma subida de 2,6% em igual período. O anterior preço recorde do gasóleo no país vizinho data de Julho de 2008, quando um litro custava 1,21 euros.

A cotação da matéria-prima aumentou com a instabilidade na Líbia, mas os distribuidores acrescentam outro factor: a desvalorização do euro, que se reflecte depois nos impostos, tanto no IVA como na taxa sobre combustíveis.

[Elias]

PCP volta ao ataque



Combustíveis: Vieira da Silva chamado ao Parlamento

03/03/2011 11:44
economico.pt

A proposta do PCP para que o Ministro da Economia seja ouvido na Assembleia da República foi aprovada por unanimidade.

A Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia aprovou por unanimidade a proposta de audição de Vieira da Silva lançada pelo Partido Comunista Português.

O responsável pela pasta da Economia deverá ser ouvido uma semana depois de Abel Mateus, antigo presidente da Autoridade da Concorrência, que também foi chamado para explicar as declarações em que defendeu a inacção do Governo na promoção da concorrência no sector energético.

"Dia 16 vai ser ouvido o responsável anterior da regulação de preços. Depois marcam a vinda do Ministro, que pode ser a 23 mas ainda não tem confirmação", avançou ao Económico fonte oficial do PCP.

Os Partidos querem ouvir o ministro sobre os sucessivos aumentos do preço dos combustíveis e exigem saber como é que no meio da actual crise, a Galp tenha tido lucros acima dos 600 milhões de euros anuais.

"Após um ano (2010) de grandes dificuldades económicas e sacrifícios para os portugueses e para as empresas do sector não financeiro, a Galp acabou de divulgar o Relatório do 4º Trimestre, tendo os lucros atingido o valor recorde de 611 milhões de euros (...). É difícil desligar esses resultados dos preços praticados pela Galp no bem essencial, que são os combustíveis líquidos, gasolina e gasóleo", diz o Grupo Parlamentar do PCP.

"E conhecida a impotência da Autoridade da Concorrência para resolver o problema, é necessário ouvir a opinião do Governo e as medidas que tem em curso para responder aos preços especulativos dos combustíveis", acrescenta.

Já ontem, em debate na Assembleia da República, os partidos foram unânimes na necessidade de explicações sobre a fixação do preço dos combustíveis. O PSD pediu mais acção à Autoridade da Concorrência (AdC) para resolver a "divergência" entre os preços praticados nas bombas e as flutuações do petróleo nos mercados internacionais, enquanto o CDS-PP defende a realização de um estudo independente que "ponha a nu o fracasso" da AdC, acusando o regulador de "subserviência" relativamente aos interesses instalados.

Já o Bloco de Esquerda anunciou que o partido vai apresentar um projecto-lei para a adopção de um "mecanismo de transparência" na fixação do preço dos combustíveis, impedindo a especulação e definindo "preços máximos unitários de venda".

Recorde-se que os preços dos combustíveis têm vindo a bater sucessivos recordes. Desde o início do ano, o preço do gasóleo já subiu mais de 13 cêntimos, enquanto a gasolina encareceu oito cêntimos.

[Elias]

É bom lembrar que na Madeira o AJJ decidiu há uns anos (2008 salvo erro) passar a fixar os preços administrativamente, precisamente para "evitar a especulação".

Era bom que houvesse algum estudo que comparasse a evolução dos preços na Madeira com os do Continente, para se medir o efeito real dessa medida.

[MarcoAntonio]

Podes crer Elias. Hoje nas notícias apareceu o BE a propor um preço máximo nos combustíveis para "acabar com a especulação" (já em 2008 tinham andado com essa conversa).

O Louça não é professor de economia ?

E um deputado do PCP apareceu a sugerir que o Governo deveria impor à GALP um preço na média da União Europeia, com ar de quem estava a sugerir algo de relevante!

[Automech]

Podes crer Elias. Hoje nas notícias apareceu o BE a propor um preço máximo nos combustíveis para "acabar com a especulação" (já em 2008 tinham andado com essa conversa).

O Louça não é professor de economia ?

[Elias]

Se a demagogia no parlamento pagasse imposto, tínhamos superavit

Combustíveis. CDS sugere demissão do presidente da Autoridade da Concorrência
Publicado em 02 de Março de 2011
ionline.pt

O CDS-PP sugeriu hoje a demissão do presidente da Autoridade da Concorrência e recomenda ao governo a realização de um estudo independente sobre a formação dos preços dos combustíveis.
A Autoridade da Concorrência "não garante a concorrência e perdeu toda a autoridade" e por isso "deviam mudar de função, reconhecer a sua incapacidade porque com esta autoridade não vamos lá", disse o deputado centrista, Telmo Correia, sugerindo a demissão do presidente, Manuel Sebastião.
O deputado do CDS acusou a Autoridade da Concorrência de ser "um árbitro que entra em campo para demonstrar que não acontece nada" ao nível da concertação dos preços nos combustíveis. Além do estudo independente, o CDS propõe também ao governo que reduza os impostos sobre os combustíveis que chegam aos 58% ao litro.
São "medidas que incidem sobre a transparência na formação dos preços, sobre a fiscalidade a publicação de legislação em falta no subsector do petróleo e que, uma vez adoptadas, garantirão que o preço final pago por litro de combustível será fiscalmente justo e equilibrado", garante o CDS.

[Elias]

Combustíveis mais caros
01 Março 2011

A Galp e a Cepsa aumentaram na madrugada de ontem o preço dos combustíveis. A gasolina 95 subiu três cêntimos, passando a custar 1,564 euros, enquanto o gasóleo está 1,404 euros nos postos Galp.

A subida deverá ser acompanhada hoje pela BP, pela Repsol e pelas próprias marcas brancas, vendidas nas grandes superfícies. De acordo com fonte dos Mosqueteiros (Ecomarché e Intermarché), os aumentos são de um cêntimo no gasóleo e dois cêntimos na gasolina.

Os receios dos mercados quanto à situação na Líbia, no resto do Norte de África e no Médio Oriente – nomeadamente o medo de que o abastecimento global comece a ser afectado – está a provocar aumentos no preço do crude e também nos produtos refinados. A Líbia detém as maiores reservas comprovadas de petróleo de toda a África.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... -010339953

[Zundy]

Eu refiro-me a um lapso no valor, concretamente.

A olho parece-me imediatamente evidente que há ali um erro nas médias. Entretanto calculei a média para a zona euro (utilizando os valores do próprio gráfico) e cheguei a 0.777 (conta os 0.842 indicados). Provavelmente ele colocou duas vezes a média da União Europeia...

Sim, tem razão, há um problema qualquer com as médias. Mas eu não as calculei, usei a média que vem na própria folha de cálculo da DGEG. Experimentei eu fazer uma média aritmética simples, e os valores médios por exemplo do PVP na União Europeia e dá-me montantes mais baixos do que a média que vem na folha, desconheço as razões. No gráfico calculei os impostos/taxas/outros subtraindo o PVP ao PST.

http://www.dgge.pt/wwwbase/wwwinclude/f ... ebSiteMenu

[Elias]

Combustíveis de marca branca estão mais caros

2011-02-28 09:26
Agência Financeira

Os preços dos combustíveis voltaram esta segunda-feira a subir. A diferença de preço nota-se, para já, nas marcas brancas.

A gasolina está mais cara dois cêntimos por litro. No gasóleo o valor subiu um cêntimo, noticia a TVI.

Os preços praticados pelas gasolineiras têm por base as cotações de combustíveis na semana anterior, uma semana em que o barril de Brent chegou quase aos 120 dólares.

A Galp, BP, Repsol e a Cepsa seguem a política de preços com base nas variações nos mercados internacionai. Por isso, também se deve esperar um aumento dos preços nestas bombas nos próximos dias.

Esta segunda-feira, cada barril de Brent custa 113,54 dólares.

[Automech]

Combustíveis - Descontos para fintar preços recorde
25 Fevereiro 2011 | 08:42

A escalada dos preços do petróleo, e dos derivados nos mercados, atirou os preços dos combustíveis para níveis recorde. Máximos históricos que tornam a simples tarefa de abastecer o automóvel numa operação bastante dispendiosa. Mas há formas de fazer baixar o custo. Saiba quais são e como funcionam.

Quer combustíveis mais baratos? Então, esteja atento. Há um sem número de promoções que pode aproveitar para reduzir a factura na hora de abastecer o depósito do automóvel. Descontos que lhe permitem poupar alguns cêntimos por litro de gasolina ou gasóleo e que, apesar de parecerem pouco, podem fazer a diferença no final de um ano.

Na melhor das várias ofertas praticadas pelas gasolineiras a operar em Portugal, o litro de combustível pode ser 16 cêntimos inferior ao que está afixado. Isto se a sua opção recair na gasolina, ou gasóleo, comercializados pela Galp Energia. No caso da BP, o desconto máximo ascende a 15 cêntimos e é bastante mais baixo na Repsol e na Cepsa.

O que é preciso para ter tais descontos? Nos postos da Galp Energia, por exemplo, os 16 cêntimos só podem ser obtidos num dia específico. É no terceiro domingo de cada mês, em que os preços dos combustíveis têm já incluída uma redução de 0,06 euros por litros, face ao preço-base praticado pela gasolineira.

A este desconto pode adicionar outro das lojas Modelo ou Continente, onde previamente fez as suas compras. Com este obtém mais cinco cêntimos de desconto (ver tabela ao lado), sendo que os restantes cinco cêntimos não são abatidos de imediato no preço do combustível. São descontados em talão para voltar às lojas do Grupo Sonae.

Gaste nas compras, poupe nos combustíveis
Este é um bom exemplo para explicar o porquê das gasolineiras fazerem descontos no preço de venda da gasolina e do gasóleo, e não praticarem sempre esses mesmos preços mais baixos. É que aquilo que pode poupar em combustível é o resultado de parcerias feitas entre as várias empresas que permitem que todos ganhem, incluindo o consumidor.

Qual é a vantagem para estas empresas? O cliente acaba sempre por voltar. Ora porque tem um desconto nas compras, ora porque tem um talão para entregar no posto de abastecimento. E esta é uma "receita" vencedora, daí que quase todas as gasolineiras tenham parcerias do género. No caso da BP é com o Lidl e a Cepsa tem, actualmente, com o ElCorteIngles.

Há outra forma de fazer exactamente o mesmo. Mas, em vez de talões, os clientes terão de ter cartões. Ou seja, têm de ser clientes de determinada empresa, ou serem associados de algumas instituições ou associações. O cartão do Automóvel Clube de Portugal, é um bom exemplo.

Com este cartão de associado, pode usufruir de um desconto de seis cêntimos por litro de combustível nos postos da BP que é acumulável com outras promoções em vigor. Se o utilizar no dia 9 de cada mês - na Galp Energia os preços são mais baixos no terceiro domingo -, pode poupar até 15 cêntimos por litro e atenuar, assim, os preços-recorde que estão a ser praticados em Portugal.

Talões para amortizar preços-recorde
Além do cartão do ACP, as gasolineiras têm acordos também com bancos, seguradores e, até, com os clubes de futebol. A lógica é sempre a mesma, o que varia é o valor do desconto e a forma como este pode ser utilizado pelos consumidores para reduzirem os gastos com combustíveis, isto numa altura em que os preços destes estão em níveis recorde.

A escalada do petróleo, que está acima da fasquia dos 100 dólares em Londres, está a fazer disparar os preços dos combustíveis nos mercados, estando este comportamento a ser ampliado pela fraqueza do euro. Este conjunto de factores faz com que o litro da gasolina esteja a ser comercializado, em média, a 1,488 euros, e o do gasóleo a 1,344 euros, de acordo com dados da direcção-geral de Energia e Geologia.

Um carro a gasolina que consuma sete litros a cada 100 quilómetros, e que percorra 20 mil quilómetros por ano, gastará 2.083 euros em combustível, aos preços médios actuais. Se, sempre que abastecer, utilizar um desconto de cinco cêntimos, pode poupar 70 euros num ano. No caso de ser um carro a gasóleo, nas mesmas condições o gasto passará de 1.344 euros para 1.294 euros.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=469941

[Elias]

Já agora, é bom lembrar que os quadros da DGGE apresentam uma outra falha nas comparações efectuadas: os valores apresentados para Portugal dizem respeito apenas ao Continente - os preços nas ilhas são bastante inferiores devido à menor carga fiscal - ou seja as ilhas têm os combustíveis substancialmente mais baratos que a média europeia.

Em Espanha existe um tratamento semelhante relativamente às Canárias (mas não em relação às Baleares).

[MarcoAntonio]

Sim, é aritmética. Entretanto já vi que não é só naquela quadro que está mal, no da esquerda também. Ele baralhou as médias nos impostos, as dos combustíveis só verifiquei duas mas essas parecem estar certas...


Em relação ao que estás a dizer, para se aferir a média por consumidor, uma média ponderada pelos habitantes é uma melhor aproximação. Mas também não é bem isso que se pretende neste tipo de comparação mas verificar como é que se situa Portugal face ao quadro geral. O que está em causa é mais um quadro de diferentes aproximações fiscais do que propriamente um custo por habitante/consumidor per si (tb de assinalar que o exemplo que colocaste é extremo e não representa a diferença real para a totalidade daqueles grupos de países nem pouco mais ou menos, embora seja útil para mostrar porque é que em determinado contexto uma média aritmética não serve).


Mas, para não nos perdermos demasiado nestes pormenores de médias, gostaria de assinalar novamente que esta coisa das médias é muito menos importante do que pode aparentar. Como já assinalei, seja qual for o processo que se utilize, a média nem sequer representa o custo real médio no próprio país, necessariamente: o custo por litro do combustível em Portugal não é o publicado pela DGGE, difere substancialmente do real porque os valores utilizados são os de tabela, sobre o qual incidem descontos significativos.

É presumível que o cenário não seja o mesmo em todos os países (podem existir países a nível europeu onde a aproximação das petrolíferas seja diferente, aliás a de Portugal como já assinalei uma série de vezes é bastante recente). Pessoalmente não estou em condições de dizer quais os países onde as petrolíferas têm uma aproximação diferente nesta matéria e em que medida, mas duvido significativamente que as actuais e recentes promoções que surgiram em Portugal (como as parcerias LIDL/BP e GALP/SONAE/ZON, para nomear algumas) tenha paralelo exacto em todos os outros países europeus. Ora, estamos a falar de diferenças de centimo, onde considerar isso e não considerar pode fazer toda a diferença...

Isto é tão mais relevante por quanto se recuarmos uns 3 ou 4 anos, os preços antes de impostos em Portugal estavam na média ou até ligeiramente abaixo da média face ao resto da Europa. Hoje estão um pouco acima, entre 1 a 3 centimos, tendo esta divergência ocorrido sensivelmente na mesma altura em que começou a proliferar os descontos, portanto possivelmente uma coisa está directamente relacionada com a outra.

Mas como digo, esta é mais uma daquelas coisas que, em torno de toda a demagogia que esta matéria tanto atrai, passa o tempo todo a ser ignorada!

[Elias]

Mas isso é uma média aritmética, certo?

[MarcoAntonio]

Eu refiro-me a um lapso no valor, concretamente.

A olho parece-me imediatamente evidente que há ali um erro nas médias. Entretanto calculei a média para a zona euro (utilizando os valores do próprio gráfico) e cheguei a 0.777 (conta os 0.842 indicados). Provavelmente ele colocou duas vezes a média da União Europeia...

[Elias]

Já agora, tenho a impressão que há ali uma média que está com erro (gráfico da direita ao meio).

Bem, há várias maneiras de calcular o "preço médio" na Europa.

A forma mais simples é fazer a média aritmética dos preços dos vários países mas isto é uma distorção grosseira da realidade. A forma correcta será ponderar o valor de cada país pela dimensão da respectiva população.

Exemplo com 2 países: no Luxemburgo (500 mil hab) a gasolina custa 1,239; na Alemanha (80 Milhões hab) a gasolina custa 1,476. A média simples dos dois preços é 1,358, mas será correcto dizer que o preço médio dos dois países é esse? A média ponderada é 1,474 o que reflecte com boa aproximação o preço pago pela maioria.

[MarcoAntonio]

Já agora, tenho a impressão que há ali uma média que está com erro (gráfico da direita ao meio).