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Caldeirão da Bolsa

Funcionários públicos portugueses trabalham menos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por pocoyo » 10/11/2011 12:13

Zé Serrote Escreveu:
Porque não vou para o privado? Pela idade.



O que é que tem a idade?
E quando eras novo?
Com que idade foste para o publico?
Como foste lá parar?
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por oscar.coelho » 10/11/2011 12:06

futriber1 Escreveu:Mas como vê ninguém abdica de ser FP.


Esta afirmação é absurda porque ninguém que actualmente esteja empregado abdica seja de que emprego for.

Já houve tempos em que muita gente abdicava do público para ir para o privado porque pagava muito mais e isso irá voltar a acontecer logo que o mercado melhore um pouco.

Um abraço
 
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por Jose Serrote » 10/11/2011 12:03

Ora bem depois de de uma olhada pelos posts gostava de dar tambem algumas colheiradas:

1ª - Não te rias do mal do vizinho que o teu vem a caminho.
Se o corte dos subsídios dos FPs for avante daqui por 5 ou 6 meses serão os subsídios dos funcionarios do sector privado a irem parar ao bolso dos patrões, já lançaram a lebre.

2ª - Conheço muita gente do sector privado que está mais tempo no desemprego do que a trabalhar e que quando são chamados para trabalhar logo inventam um esquema para continuar a receber o subsídio, são profissionais do desemprego que vivem às custas dos impostos dos outros. Tambem conheço gente que rapidamente encontra outro emprego, são os que querem trabalhar.

3ª - Em todo lado (publico ou privado) existem bons e maus funcionarios, sendo os bons muitos poucos porque nós portugueses gostamos muito de trabalhar muito pouco e levamos todo o santo dia a inventar esquemas para nos baldarmos ao trabalho.

4ª - Sou FP, mais concretamente técnico de informática, pelos minhas competências e tarefas que executo, no sector privado recebia um salário duas a três vezes superior, como eu há mais gente.

Porque não vou para o privado? Pela idade.
 
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 12:00

Fooman, dizer que não são despedimentos é retórica pura.

Tecnicamente não é um despedimento. Na prática é um despedimento, o efeito é o mesmíssimo: o Estado reduziu o número de funcionários públicos e quem o era deixou-o de ser. Antes chamava-se "despedir", agora chama-se "não renovar contrato".

Qual é o sentido de estar a dizer que não são despedidos só porque a coisa está a mudar de nome?
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 10/11/2011 12:03, num total de 1 vez.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por futriber » 10/11/2011 11:33

artista Escreveu:
futriber1 Escreveu:Mas como não é possível atribuir as mesmas benesses no privado, na minha opinião terão de abdicar de muitas regalias.
Há um tópico que já não me recordo do título em que falava dessas regalias....


Mas quais benesses e regalias?! Estás mais uma vez a generalizar...


Já sei que se está a generalizar... Até reconheço que alguns FP estando no privado, obtinham melhores condições face ao seu bom desempenho. Mas como vê ninguém abdica de ser FP.
http://www.google.pt/url?q=http://www.e ... IZFv2z2ftg


Apenas algumas regalias vêm cá referidas. Estas empresas com certeza dão seguro de saúde,subsídios,..
http://www.google.pt/url?q=http://sol.s ... ElFUw79fgw

Já deu para notar que estamos em lado opostos. Embora eu reconheça que é demasiado o corte nos 2 subsídios, também acho que a ADSE devia acabar, o horário de trabalho ser igual, possibilidade de despedimentos em função da produtividade, ...

Um abraço.
 
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por fooman » 10/11/2011 11:23

MarcoAntonio Escreveu:
Mcmad Escreveu:Despede como assim? Não renova contratos?


Na esmagadora maioria dos casos.

Aliás, a razão porque o Estado não despede mais é porque não é praticável. Não tem que ver com poder ou não poder, estar ou não estar instituído... e o Ministro Vitor Gaspar até foi bem claro numa declaração há semanas atrás: não é praticável e o Estado não poupava nada a curto-prazo (antes pelo contrário, entre o que tinha de pagar em indemnizações e mais os encargos a seguir com subsídio de desemprego, ainda saía mais caro).

Claro que onde não tem de pagar indemnizações o problema já está meio resolvido (só terá de suportar os subsídios de desemprego) e aí já mandou para casa dezenas de milhares este ano.



Se quiserem agora dizer que não é despedimentos, isso é retórica do mais lírico que pode existir como é óbvio!


Que as pessoas sejam facilmente enganáveis porque são iludidas na ideia de virem um dia a ser funcionários públicos, quando o estado lhes acena com contratos precários, é uma coisa.

Achar que o final desses contratos equivale a um despedimento é outra completamente distinta. Não é um despedimento e ponto final. Quem achar o contrário está errado e muito errado.

Preocupa-me o facto de o Ministro das Finanças dizer que "não se ganhava nada no curto prazo". Dependendo do momento, despedimentos são bons. Digam o que disserem. São sempre bons. São bons no curto prazo e são excelentes no médio e longo prazo. Dificilmente esse Ministro achará um emprego no sector privado (por onde nunca andou, diga-se a verdade).

Por várias razões, tive a felicidade de sair de Portugal e mudar-me para a Holanda. Em Portugal trabalhava há ano e meio numa empresa financeira do sector empresarial do estado (há uma porrada delas) e, aqui na Holanda, trabalho no sector privado. Foi como passar da água para o vinho. De um extremo ao outro. O sector privado holandês é provavelmente o mais agressivo da zona euro, e o sector público português é provavelmente o mais comodista de todos.

Aqui, trabalha-se como um mouro e só se ganha dinheiro se se cumprirem objectivos... mais nada... mas ganha-se muito dinheiro, porque normalmente os objectivos são realizáveis. Tudo é pago do meu bolso, não há quase nenhuns funcionários públicos porque é considerada uma profissão desprestigiante. Só vai para FP quem não serve para nada. Aliás, o Governo tem uma empresa de Recursos Humanos cujo objectivo é apenas e só conseguir contratar pessoas para trabalhar para o Estado - e geralmente é mal sucedida.

Assim se vê a diferença entre países. Entre aqueles onde o estado é um polvo sem controlo e os outros onde o estado praticamente não participa em nada. Prefiro o ultimo modelo, onde as pessoas não são enganadas, sabem para o que vão e aceitam que os contratos não se renovem, porque se forem mesmo boas naquilo que fazem, vão haver 10 empresas a querer contratá-lo.
 
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por moppie85 » 10/11/2011 10:49

pocoyo Escreveu:
artista Escreveu:A generalização é uma coisa lixada...


40 mil em 600 mil, dá vontade de generalizar




Pois, realmente 6,5% dá mesmo vontade de generalizar... :mrgreen: :mrgreen:
 
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por pocoyo » 10/11/2011 10:38

artista Escreveu:
pocoyo Escreveu:
artista Escreveu:
Não são bem assim... então como é que são?!


Artigos;
Tolerancia de ponto;
Adse;
Menos horas de trabalho.

PS. Isto para não ser polemico.
Sei bem que um professor contratado é tratado pelo estado abaixo de um funcionário do privado.

artista Escreveu:pocoyo, este teu comentário é paradoxal. Por um lado identificas situações que dão a entender que existem melhores condições para os trabalhadores do estado do que para os privados... e depois identificas casos em que acontece o contrário, casos que abrangem, pelo menos, cerca de 40 mil funcionários! :roll:


Não concordas com isso?
Não estou aqui para dizer mentiras.
O que eu acho é que a grande diferença entre os contratados e os efectivos é a maneira como se renovam contratos e terminam os contratos na função publica são um escandalo. Mas durante o tempo em que vigora o contrato não há grande diferença entre ambos.

Mas estamos a falar de concursos, só concorre quem quer, ou não consegue a estabilidade noutro lado.
A minha mulher é professora e ela concorre ao ensino publico, porque ainda não conseguiu um emprego melhor no privado. (melhor em todos os aspectos)

Depois trabalha para os privados a recibos verdes.


artista Escreveu:A generalização é uma coisa lixada...

40 mil em 600 mil, dá vontade de generalizar

artista Escreveu:e nestes tópicos muitos puxam, o mais que podem, a brasa à sua sardinha. O problema disto tudo é que a maioria quer cortes na função pública e esquece-se que em muitos casos estaremos a condicionar o nosso próprio futuro...


Artista tal como está não há futuro, é preciso cortar despesas, com isto não estou a dizer que tem que ser subsidios. Pode ser cortar serviços (despedindo quem presta esses serviços) tipo o que vão fazer com evt, tambem podiam fazer o mesmo com portugues ou matematica é uma quetão de escolhas politicas e da sociedade em geral. Falo do ensino porque sei que estás ligado, mas podia estar a falar de hospitais ou outra coisa qualquer.

O que eu achava mais justo era que se cortasse pensões de uma forma mais agressiva. (desculpe Sr. Cavaco, sou jovem e só digo asneiras)
Era só vantagens,
se fizessem greve, ninguem ligava;
se dessem porrada, eram leves;
e sempre andavam entertidos... (há velhos a mais em portugal :mrgreen: )
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por artista_ » 10/11/2011 0:30

futriber1 Escreveu:Mas como não é possível atribuir as mesmas benesses no privado, na minha opinião terão de abdicar de muitas regalias.
Há um tópico que já não me recordo do título em que falava dessas regalias....


Mas quais benesses e regalias?! Estás mais uma vez a generalizar...
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 0:23

kuppka Escreveu:
Não dá para ler o teu texto pq logo a 1/3 se vê a falta de humanidade.



Que falta de humanidade, o que é que o que eu escrevi tem que ver com humanidade?


kuppka Escreveu:
Parece que gente entre os 70 e 80 anos praticam surf e saiem á noite para beber um copo (NÚMEROS).



O que é que isto tem que ver com o que eu escrevi?

Absolutamente nada!


kuppka Escreveu:
Eu falo de refomas de 300 e 500 euros que ajudam filhos a tomar conta dos pais q só para viverem necessitam 300 euros em medicamentos etc .. Como se uma reforma destas fosse um subsídeo para tomar conta delas e cortar, fosse cortar etc...



Estás a confundir pensões de sobrevivência com pensões de velhice. Essas reformas são recebidas por pessoas que uma boa parte da vida não descontaram sequer (ou não descontaram durante o sistema actual) mas eu nem sequer falei dessas reformas e não são ao que os cálculos que apresentei obviamente dizem respeito.


Convinha realmente que lesses o texto para pelo menos saberes do que é que eu estou a falar antes de atirar com críticas despropositadas e espatafúrdias...
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por futriber » 10/11/2011 0:20

artista Escreveu:
futriber1 Escreveu:Caro artista, eu não me refiro apenas aos FP, mas também e especialmente a trabalhadores de empresas estatais, alguns vimos na última greve...
Se me fala de casos tipo os professores contratados, eu retribuo com os trabalhadores de trabalho temporário, porque conheço casos que nem lembra o diabo.
Vou dar um exemplo sobre as diferenças entre público e privado:
Duas educadoras, com mais ou menos a mesma idade e vencimento. Horário do público 9:00 até 15:30; Horário do privado 9:00 até 17:00.


O problema é mesmo esse, pega-se apenas nos casos que interessa e generaliza-se como se fosse tudo igual, nos que não interessa é melhor ficar quieto...

Já agora essa educadora do privado vai receber subsídios para o ano enquanto que a do privado tá quieto... e até dou de barato que pode ser verdade o horário de trabalho que estás a apresentar!


Acredite que o horário é mesmo verdade.
Infelizmente exemplos desses há muitos...
Vi o seu comentário no outro tópico sobre as opiniões do Rui Rio. Eu também concordo com ele, sempre disse que não devem ser apenas os FP/trabalhadores empresas estatais a carregar o "fardo".
Mas como não é possível atribuir as mesmas benesses no privado, na minha opinião terão de abdicar de muitas regalias.
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por artista_ » 10/11/2011 0:10

futriber1 Escreveu:Caro artista, eu não me refiro apenas aos FP, mas também e especialmente a trabalhadores de empresas estatais, alguns vimos na última greve...
Se me fala de casos tipo os professores contratados, eu retribuo com os trabalhadores de trabalho temporário, porque conheço casos que nem lembra o diabo.
Vou dar um exemplo sobre as diferenças entre público e privado:
Duas educadoras, com mais ou menos a mesma idade e vencimento. Horário do público 9:00 até 15:30; Horário do privado 9:00 até 17:00.


O problema é mesmo esse, pega-se apenas nos casos que interessa e generaliza-se como se fosse tudo igual, nos que não interessa é melhor ficar quieto...

Já agora essa educadora do privado vai receber subsídios para o ano enquanto que a do privado tá quieto... e até dou de barato que pode ser verdade o horário de trabalho que estás a apresentar!
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por kuppka » 10/11/2011 0:03

Aze Escreveu:
kuppka Escreveu:
Aze Escreveu:Não consigo entender que os pensionistas, recebam subsidio de férias, se não trabalham não tem férias.

Vão dizer que descontou, também nós descontamos agora e não vamos receber no futuro.


E q queres ser qnd fores grande?


Quero ler, argumentos válidos, que justifiquem certos tipos de situações, como a mencionada em cima.

Aproveito para baixar as epectativas que possam vir, de observações provenientes, em relação a pessoa que me coloca aão.[/ questquote]

?
 
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por kuppka » 9/11/2011 23:57

MarcoAntonio Escreveu:
kuppka Escreveu:Marco. Há 22 anos que pago pra quem está reformado e acredito q eles fizeram o mesmo (na medida do contexto em q viveram). Agora, se a ideia é outra...


A questão não é se descontaram ou não mas se descontaram o suficiente. E é óbvio que não descontaram o suficiente nem pouco mais ou menos...

Cá vão as contas novamente:

As pessoas agora reformadas trabalharam e descontaram em média na ordem dos 35 anos (quando não foi menos). O seu vencimento foi progressivo mas quando se reformam, levam um valor que é próximo dos auferidos no final da carreira. A esperança média de vida à idade aproximada da reforma é actualmente da ordem dos 20 anos, a passar.

Eliminemos a inflação e consideremos preços constantes (em teoria, a inflação é coberta pela rendibilidade/capitalização dos activos da SS/CGA) e tomemos alguns valores como exemplificativos:


Rendimentos ao longo da carreira (e desconto sobre estes)

1.500 -> 2.000 = ~1.750 * 14 * 35 = 857.500 * 34.75% = ~298.000


Beneficio enquanto pensionista/reformado (para efeitos de cálculo com base em 80% do vencimento final)

1.600 * 14 * 20 = ~448.000




Neste exercício, se alguma coisa, diminuí a diferença real uma vez que:

> na prática o salário não aumenta apenas 33% mas mais (na verdade, entre o início e final da carreira a diferença é quase da ordem do dobro em muitos casos);

> para os descontos usei a taxa actual máxima quando grande parte dos trabalhadores descontou bem menos do que os 34.75% que usei;

> só estou a contabilizar um benefício quando na verdade existem vários outros a ser pagos por aqueles descontos, nomeadamente subsídios de desemprego e baixas médicas.



Isto visto em retrospectiva, é caso para perguntar: quem foi o doido que implementou este sistema?


A replacement rate correcta (isto é, o rácio entre o vencimento final e o que se fica a receber de reforma) anda algures entre os 50 e 60%. As pessoas deviam receber de reforma pouco mais do que metade do que ganhavam enquanto trabalhavam. O individo do exemplo de cima, que terminou com 2000 euros deveria ter de reforma pouco mais de 1000 euros.

Ainda há pouco tempo, em Portugal, a replacement rate estava acima dos 100%, imagine-se!



Bom, quem desenhou este sistema está agora provavelmente a receber uma destas reformas, quem sabe explica muita coisa...


Não dá para ler o teu texto pq logo a 1/3 se vê a falta de humanidade. Parece que gente entre os 70 e 80 anos praticam surf e saiem á noite para beber um copo (NÚMEROS). Eu falo de refomas de 300 e 500 euros que ajudam filhos a tomar conta dos pais q só para viverem necessitam 300 euros em medicamentos etc .. Como se uma reforma destas fosse um subsídeo para tomar conta delas e cortar, fosse cortar etc...

Cmps!
Se o subjacente é falar de funcionários públicos.. Casque-se q faz bem á frustração.
 
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por futriber » 9/11/2011 23:34

artista Escreveu:[quote="futriber1"Falam muito da equidade... Concordo, mas então façam a equidade em tudo (direitos/regalias e deveres), e todos sabemos que na realidade as coisas não são assim...


Não são bem assim... então como é que são?![/quote]


Caro artista, eu não me refiro apenas aos FP, mas também e especialmente a trabalhadores de empresas estatais, alguns vimos na última greve...
Se me fala de casos tipo os professores contratados, eu retribuo com os trabalhadores de trabalho temporário, porque conheço casos que nem lembra o diabo.
Vou dar um exemplo sobre as diferenças entre público e privado:
Duas educadoras, com mais ou menos a mesma idade e vencimento. Horário do público 9:00 até 15:30; Horário do privado 9:00 até 17:00.
 
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por Aze » 9/11/2011 23:19

kuppka Escreveu:
Aze Escreveu:Não consigo entender que os pensionistas, recebam subsidio de férias, se não trabalham não tem férias.

Vão dizer que descontou, também nós descontamos agora e não vamos receber no futuro.


E q queres ser qnd fores grande?


Quero ler, argumentos válidos, que justifiquem certos tipos de situações, como a mencionada em cima.

Aproveito para baixar as epectativas que possam vir, de observações provenientes, em relação a pessoa que me coloca a questão.
 
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Re: Funcionários públicos portugueses trabalham menos

por Aze » 9/11/2011 23:13

rmachado Escreveu:
Aze Escreveu:São dos que trabalham menos na UE, mas fazem greve.
Agora não é equitativo o corte dos vencimentos.
Querem que os privados também sofram um corte.
Mas ninguém fala, que trabalham menos 1 hora dia, 5 horas semana, 22 horas mês, ou seja trabalham menos um mês por ano que os privados.
Alguém fala nisto, menos um mês por ano....


Onde estão estes dados?

Não conheço FP's assim...



Conhece alguém que trbalhe na Função publica ? pergunte-lhe quantas horas trabalha por semana.
 
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 22:34

kuppka Escreveu:Marco. Há 22 anos que pago pra quem está reformado e acredito q eles fizeram o mesmo (na medida do contexto em q viveram). Agora, se a ideia é outra...


A questão não é se descontaram ou não mas se descontaram o suficiente. E é óbvio que não descontaram o suficiente nem pouco mais ou menos...

Cá vão as contas novamente:

As pessoas agora reformadas trabalharam e descontaram em média na ordem dos 35 anos (quando não foi menos). O seu vencimento foi progressivo mas quando se reformam, levam um valor que é próximo dos auferidos no final da carreira. A esperança média de vida à idade aproximada da reforma é actualmente da ordem dos 20 anos, a passar.

Eliminemos a inflação e consideremos preços constantes (em teoria, a inflação é coberta pela rendibilidade/capitalização dos activos da SS/CGA) e tomemos alguns valores como exemplificativos:


Rendimentos ao longo da carreira (e desconto sobre estes)

1.500 -> 2.000 = ~1.750 * 14 * 35 = 857.500 * 34.75% = ~298.000


Beneficio enquanto pensionista/reformado (para efeitos de cálculo com base em 80% do vencimento final)

1.600 * 14 * 20 = ~448.000




Neste exercício, se alguma coisa, diminuí a diferença real uma vez que:

> na prática o salário não aumenta apenas 33% mas mais (na verdade, entre o início e final da carreira a diferença é quase da ordem do dobro em muitos casos);

> para os descontos usei a taxa actual máxima quando grande parte dos trabalhadores descontou bem menos do que os 34.75% que usei;

> só estou a contabilizar um benefício quando na verdade existem vários outros a ser pagos por aqueles descontos, nomeadamente subsídios de desemprego e baixas médicas.



Isto visto em retrospectiva, é caso para perguntar: quem foi o doido que implementou este sistema?


A replacement rate correcta (isto é, o rácio entre o vencimento final e o que se fica a receber de reforma) anda algures entre os 50 e 60%. As pessoas deviam receber de reforma pouco mais do que metade do que ganhavam enquanto trabalhavam. O individo do exemplo de cima, que terminou com 2000 euros deveria ter de reforma pouco mais de 1000 euros.

Ainda há pouco tempo, em Portugal, a replacement rate estava acima dos 100%, imagine-se!



Bom, quem desenhou este sistema está agora provavelmente a receber uma destas reformas, quem sabe explica muita coisa...
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por kuppka » 9/11/2011 22:26

MarcoAntonio Escreveu:
kuppka Escreveu:E q queres ser qnd fores grande?




kuppka, efectivamente a generalidade dos pensionistas não descontou para o benefício que tem nem pouco mais ou menos...


A esperança média de vida aos 60 e poucos anos (idade média de reforma) é de cerca de 20 anos, a passar. Em média o individuo trabalhou/descontou algures em torno de 35 anos e cerca de 1/3 do seu vencimento total (cujo vencimento foi tendencialmente progressivo). Isto é insuficiente para receber uma pensão próxima do seu vencimento final (~ topo da sua carreira) durante mais duas décadas.


Grande parte da geração que hoje está na reforma é uma geração priviligiada por um benefício impensável.

A injustiça social é tremenda e ainda agravada pelo facto de, com base no terrivelmente injusto princípio dos "direitos adquiridos", quem paga e a dobrar são as gerações que estão a vir a seguir...


Marco. Há 22 anos que pago pra quem está reformado e acredito q eles fizeram o mesmo (na medida do contexto em q viveram). Agora, se a ideia é outra...
 
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 21:22

kuppka Escreveu:E q queres ser qnd fores grande?




kuppka, efectivamente a generalidade dos pensionistas não descontou para o benefício que tem nem pouco mais ou menos...


A esperança média de vida aos 60 e poucos anos (idade média de reforma) é de cerca de 20 anos, a passar. Em média o individuo trabalhou/descontou algures em torno de 35 anos e cerca de 1/3 do seu vencimento total (cujo vencimento foi tendencialmente progressivo). Isto é insuficiente para receber uma pensão próxima do seu vencimento final (~ topo da sua carreira) durante mais duas décadas.


Grande parte da geração que hoje está na reforma é uma geração priviligiada por um benefício impensável.

A injustiça social é tremenda e ainda agravada pelo facto de, com base no terrivelmente injusto princípio dos "direitos adquiridos", quem paga e a dobrar são as gerações que estão a vir a seguir...
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lol

por bboniek33 » 9/11/2011 21:17

kuppka Escreveu:
Aze Escreveu:Não consigo entender que os pensionistas, recebam subsidio de férias, se não trabalham não tem férias.

Vão dizer que descontou, também nós descontamos agora e não vamos receber no futuro.


E q queres ser qnd fores grande?


Desempregado de (muito) longa durac,ao ? 8-)
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por kuppka » 9/11/2011 21:14

Aze Escreveu:Não consigo entender que os pensionistas, recebam subsidio de férias, se não trabalham não tem férias.

Vão dizer que descontou, também nós descontamos agora e não vamos receber no futuro.


E q queres ser qnd fores grande?
 
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Ee traagico.

por bboniek33 » 9/11/2011 21:09

Privados contra publicos e publicos contra privados, novos contra velhos e velhos contra novos...

Ee o aperto. E eles nao aguentam, ee a Guerra Civil desarmada, ee tiro de liingua e laapis. Ee o tiro ao Outro.

Aas Armas ! Aas Armas ! Nobre povo... (pobre povo). :roll:
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por Aze » 9/11/2011 21:05

Não consigo entender que os pensionistas, recebam subsidio de férias, se não trabalham não tem férias.

Vão dizer que descontou, também nós descontamos agora e não vamos receber no futuro.
 
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por MiamiBlue » 9/11/2011 20:59

Aze Escreveu:E que tal por os FPs a trabalhar 8 h 30 m por dia durante 5 dias por semana. Aumentaria a produtividade.

Ai, eles já não querem igualdade nos esforços.

Disso ninguém fala.

Lá vai vir a conversa dos direitos.
Estou curioso ....

Teriam de trabalhar mais 2 meses por ano, lá teriamos mais greves.


Mas ai a questão é: Querem aumentar o dia de trabalho ou diminuir o ordenado?

A questão foi colocada ao privado?
A questão foi colocada ao FP?

E o que fazer com os pensionistas?

Também considero que uma diferença de 1,5h por dia entre privado e público, não faz qualquer sentido.
 
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