MOODY'S DOWNGRADES PORTUGAL - now JUNK STATUS
Godfather,
De facto eu não tenho conhecimento para poder atribuir ratings ou sequer para avaliar os ratings dados pelas agências. Tenho apenas a minha percepção pessoal sobre a capacidade de cumprimento do Estado português e essa - como referi atrás - é mais ou menos coincidente com a da Moody's.
Quanto a esta parte:
Nós podemos achar o que quisermos. Podemos achar que as agências não são credíveis. Mas o que interessa não é o que nós achamos. É o que os mercados acham. Se os mercados tomam as indicações das agências em consideração, é porque alguma credibilidade lhes atribuem (senão não ligavam pevide).
De qualquer forma, para todos os que acham que as agências de rating nao têm credibilidade e que isto é tudo uma grande cabala para tramar Portugal, a Europa e o euro, e que os ratings das agências não têm qualquer correspondência com a realidade, eu faço o seguinte desafio: peguem nas vossas poupanças e apliquem tudo em dívida grega. Depois partilhem aqui a vossa experiência.
De facto eu não tenho conhecimento para poder atribuir ratings ou sequer para avaliar os ratings dados pelas agências. Tenho apenas a minha percepção pessoal sobre a capacidade de cumprimento do Estado português e essa - como referi atrás - é mais ou menos coincidente com a da Moody's.
Quanto a esta parte:
Mas será que essa situação complicada justifica o downgrade em sete níveis em 6 meses? (vêr níveis da Moody's aqui), sendo que o objectivo dos ratings das agências é de fornecer indicação ao mercado, com um horizonte de médio longo prazo, sobre a capacidade do emitente da dívida honrar os seu compromissos (ou seja, pagar dívida) ?
Nós podemos achar o que quisermos. Podemos achar que as agências não são credíveis. Mas o que interessa não é o que nós achamos. É o que os mercados acham. Se os mercados tomam as indicações das agências em consideração, é porque alguma credibilidade lhes atribuem (senão não ligavam pevide).
De qualquer forma, para todos os que acham que as agências de rating nao têm credibilidade e que isto é tudo uma grande cabala para tramar Portugal, a Europa e o euro, e que os ratings das agências não têm qualquer correspondência com a realidade, eu faço o seguinte desafio: peguem nas vossas poupanças e apliquem tudo em dívida grega. Depois partilhem aqui a vossa experiência.

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altrio Escreveu:artista Escreveu:Ou seja, emprestaríamos nós ao estado... bom se fôssemos nós a emprestar o mais certo era o estado já não nos devolver o dinheiro!
Mas isso é exactamente o que vai acontecer. Vamos emprestar 50% do subsídio de Natal e este não nos vai ser devolvido!
Pois mas o cenário apontado era diferente, nesse sugeria-se a troca de um empréstimo no mercado por um aos portugueses! O imposto extraordinário não será um empréstimo, é um imposto, não tem volta!
Já o disse aqui antes, continuamos a ir ao mercado para provar que ainda conseguimos, mesmo que apenas em prazos muito pequenos...
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Caro Elias,
antes demais obrigado pela resposta. Tal como referencias-te irei mencionar a tua resposta aos tópicos que identificas-te.
No tópico da página 4 deste tópico, indicas-te que:
ou seja, se dedicarmos algum tempo ao assunto, eventualmente podemos concluir que nos anos anteriores podemos ter sido classificados com um rating superior ao que deveríamos merecer, um rating por excesso. Será que por terem cometido um erro por excesso, cometerem agora um erro por defeito irá compensar o anterior?
Sempre me ensinaram: não cometas um erro para corrigir um erro que tenhas feito anteriormente. Estarás a errar duas vezes.
Compreendo que tendo as agências de rating sobrestimado a capacidade de Portugal em cumprir as suas obrigações anteriormente, mas devem agora penalizar por excesso?
Não me parece correcto...
No tópico da página 2 deste tópico, indicas-te que:
Concordo plenamente contigo em que a situação actual é complicada, contudo creio que para opinarmos devemos ter opinião formada...
Mas será que essa situação complicada justifica o downgrade em sete níveis em 6 meses? (vêr níveis da Moody's aqui), sendo que o objectivo dos ratings das agências é de fornecer indicação ao mercado, com um horizonte de médio longo prazo, sobre a capacidade do emitente da dívida honrar os seu compromissos (ou seja, pagar dívida) ?
Cumps,
antes demais obrigado pela resposta. Tal como referencias-te irei mencionar a tua resposta aos tópicos que identificas-te.
Elias Escreveu:Godfather Escreveu:... a tua opinião sobre os sucessivos downgrades das agências de rating relativamente a Portugal desde o inicio do ano (relembro que estávamos no início de 2011 classificados em A+ pela Fitch e A1 pela Moody's)?
Vê por favor o comentário que coloquei na página 4 deste tópico.
No tópico da página 4 deste tópico, indicas-te que:
Elias Escreveu:Quanto à situação que tínhamos até aqui: não te sei responder, porque não é assunto a que dedique muito tempo.
ou seja, se dedicarmos algum tempo ao assunto, eventualmente podemos concluir que nos anos anteriores podemos ter sido classificados com um rating superior ao que deveríamos merecer, um rating por excesso. Será que por terem cometido um erro por excesso, cometerem agora um erro por defeito irá compensar o anterior?
Sempre me ensinaram: não cometas um erro para corrigir um erro que tenhas feito anteriormente. Estarás a errar duas vezes.
Compreendo que tendo as agências de rating sobrestimado a capacidade de Portugal em cumprir as suas obrigações anteriormente, mas devem agora penalizar por excesso?

Elias Escreveu:Godfather Escreveu:E relativamente ao downgrades de ontem, concordas com o patamar que a Moody's nos colocou?
Sobre isto, vê por favor o meu comentário na página 2 deste tópico
No tópico da página 2 deste tópico, indicas-te que:
Elias Escreveu:Não tenho opinião formada sobre o rating em concreto porque não analisei qualquer documento relacionado com a avaliação da dívida para saber o que justificou este rating.
Numa visão um pouco mais subjectiva: tenho noção que a situação das nossas contas públicas é complicada. Quão complicada não sei. Mas posso dizer-te que eu não emprestava dinheiro ao Estado, pois não tenho confiança na capacidade de pagamento desse mesmo Estado em honrar os seus compromissos
Concordo plenamente contigo em que a situação actual é complicada, contudo creio que para opinarmos devemos ter opinião formada...

Mas será que essa situação complicada justifica o downgrade em sete níveis em 6 meses? (vêr níveis da Moody's aqui), sendo que o objectivo dos ratings das agências é de fornecer indicação ao mercado, com um horizonte de médio longo prazo, sobre a capacidade do emitente da dívida honrar os seu compromissos (ou seja, pagar dívida) ?
Cumps,
The simplest answer is usually the correct answer - Occam's razor
Experience is not what happens to a man; it is what a man does with what happens to him - Aldous Huxley
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artista Escreveu:Ou seja, emprestaríamos nós ao estado... bom se fôssemos nós a emprestar o mais certo era o estado já não nos devolver o dinheiro!
Mas isso é exactamente o que vai acontecer. Vamos emprestar 50% do subsídio de Natal e este não nos vai ser devolvido!
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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varus Escreveu:Elias
Na época todos os países tinham pautas aduaneiras .
Mesmo actualmente o Free Trade não existe meu caro.
varus,
Às vezes não sei se tu tens noção do que estás a dizer (o que seria mau) ou se tens perfeita noção de que estás a dizer incorrecções (o que é ainda pior).
A CEE (mercado comum europeu) foi criada em 1957. Dentro da CEE o comércio era livre, pois as barreiras alfandegárias só existiam para fora da CEE.
De qualquer forma gostava de saber se és a favor do proteccionismo que o Salazar tão fervorosamente defendia.
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Penso que muita gente ainda não percebeu que estamos a viver um período excepcional, e que o mercado está a sofrer distorções e interferências anormalmente perigosas, cuja génese vem do subprime( com origem nos EUA, se bem se lembram......).
Acho graça que as ratings americanas ( as que agora alguns apelidam de isentas, com o dom da razão e clarividência), que não anteciparam o subprime, sejam agora tão expeditas a antecipar a insolvência de Portugal. Já se fala que a Irlanda também vai ter o seu downgrade para junk.
Enfim, o problema não é aquilo a que chamam mercado (s), mas os ruídos que num só sentido se propagam e que estão prestes a causar uma desgraça. Espero que ela não tenha de acontecer para a Europa agir.
Cumps
JG
Acho graça que as ratings americanas ( as que agora alguns apelidam de isentas, com o dom da razão e clarividência), que não anteciparam o subprime, sejam agora tão expeditas a antecipar a insolvência de Portugal. Já se fala que a Irlanda também vai ter o seu downgrade para junk.
Enfim, o problema não é aquilo a que chamam mercado (s), mas os ruídos que num só sentido se propagam e que estão prestes a causar uma desgraça. Espero que ela não tenha de acontecer para a Europa agir.
Cumps
JG
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psylva79 Escreveu:KoLmi Escreveu:Pode ser uma pergunta parva mas gostaria de ver respondida.
Portugal financiou-se hoje perto de 5% por 800 milhoes de euros a 3 meses.
Imaginemos que o governo cortasse 50% do subsidio de ferias ou 13 mes e nos devolvesse passados 3 meses a todos esses 50% mais os juros, não teriamos todos a ganhar, é possivel algo do genero?
é uma ideia interessante, mas infelizmente esses leilões destinam-se aos institucionais...
Ou seja, emprestaríamos nós ao estado... bom se fôssemos nós a emprestar o mais certo era o estado já não nos devolver o dinheiro!

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charles Escreveu:A questão é, porque motivo Portugal continua a emitir divida se existe um plano de resgate de 78mil milhoes, custa-me a perceber isto, este valor não era suposto capitalizar os bancos e a economia no geral, de forma a não termos de ir ao mercado pagar juros astronomicos, alguém se quer adiantar nas explicações
Dizem que é para os mercados não se esquecerem de nós. Deve servir também para irmos sentindo o pulso ao mercado, apesar do mercado secundário normalmente ser um bom indicador.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Peço desculpa se já postaram o link para esta notícia ou outra com a mesma informação.
http://www.zerohedge.com/article/here-a ... tress-test
http://www.zerohedge.com/article/here-a ... tress-test
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Só li o tópico na diagonal, mas quer seja neste ou noutros, não tenho a certeza se o tema já foi abordado na vertente relacionada com a ida aos mercados.
A questão é, porque motivo Portugal continua a emitir divida se existe um plano de resgate de 78mil milhoes
, custa-me a perceber isto, este valor não era suposto capitalizar os bancos e a economia no geral, de forma a não termos de ir ao mercado pagar juros astronomicos, alguém se quer adiantar nas explicações 
A questão é, porque motivo Portugal continua a emitir divida se existe um plano de resgate de 78mil milhoes


Editado pela última vez por charles em 6/7/2011 21:54, num total de 1 vez.
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
KoLmi Escreveu:Pode ser uma pergunta parva mas gostaria de ver respondida.
Portugal financiou-se hoje perto de 5% por 800 milhoes de euros a 3 meses.
Imaginemos que o governo cortasse 50% do subsidio de ferias ou 13 mes e nos devolvesse passados 3 meses a todos esses 50% mais os juros, não teriamos todos a ganhar, é possivel algo do genero?
é uma ideia interessante, mas infelizmente esses leilões destinam-se aos institucionais...
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Quem quiser acreditar em histórias da carochinha, no capuchinho vermelho e no sapo cocas e convencer-se que as notações das agências de rating são muito imparciais, que tratam todos os países de forma igualitária, que os seus interesses financeiros nada têm que ver com estas notações e a oportunidade da sua divulgação, por mim tudo bem.
Por outro lado, esqueçam as agências de rating europeias, pelo menos nos tempos mais próximos, que isso nada ia adiantar (o tempo que demorariam a implantar-se no mercado e a ganhar credibilidade não seria compatível com a urgência da actuação que a situação reclama).
Na verdade, se a União Europa quer realmente deixar de brincar aos ratings e passar a agir como tem de agir, a uma só voz, então tem de criar eurobonds ou outro mecanismo similar por forma a tornar irrelevantes as notações destas agências e tem de expurgar dos critérios de financiamento do BCE tais notações.
A meu ver o caminho a trilhar terá de ser aquele já defendido por Stuart Holland com o "new deal" para a Europa, ou outro similar - vejam o conteúdo da sua proposta em www.jornaldenegocios.pt.
Cumps
Por outro lado, esqueçam as agências de rating europeias, pelo menos nos tempos mais próximos, que isso nada ia adiantar (o tempo que demorariam a implantar-se no mercado e a ganhar credibilidade não seria compatível com a urgência da actuação que a situação reclama).
Na verdade, se a União Europa quer realmente deixar de brincar aos ratings e passar a agir como tem de agir, a uma só voz, então tem de criar eurobonds ou outro mecanismo similar por forma a tornar irrelevantes as notações destas agências e tem de expurgar dos critérios de financiamento do BCE tais notações.
A meu ver o caminho a trilhar terá de ser aquele já defendido por Stuart Holland com o "new deal" para a Europa, ou outro similar - vejam o conteúdo da sua proposta em www.jornaldenegocios.pt.
Cumps
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Pois ee !
psylva79 Escreveu:Elias Escreveu:psylva79 Escreveu:Não seria útil encontrar um sistema alternativo ao das notações da agências de rating para fixar estes limites??
Que sistema sugeres?
Existem várias alternativas. Uma agência de rating europeia seria importante, mas tem de ter credibilidade, não pode ser um fantoche dos governos ou da UE.
Se calhar também passa por os emitentes diversificarem a sua base e escolherem outras agências para além das três maiores. O que fez o BES por exemplo.
Uma medida temporária era a desvinculação dessas restrições da política de investimento dos institucionais das opiniões dessas agências. Ao invés poderiam passar a depender dos spreads de mercado , ou mesmo de uma instrução do regulador bancário europeu-bce.
Se a Agencia de Rating europeia nao emitir notac,oes que nos agradem, podemos fazer uma Agencia de Rating Transmontana.
Isto daria resultados surpreendentes.

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Estas classificações das agências são um bocado abichanadas. Letrinhas mescladas com numeros e sinais + e -. E para completar o ramalhete, ainda acrescentam perspectivas positivas e negativas e expressões como lixo...
Não se consegue arranjar uma escala mais simples? Tipo a dos terramotos. 0 a 10 e já está.
Não se consegue arranjar uma escala mais simples? Tipo a dos terramotos. 0 a 10 e já está.
In God we trust, all others bring data.
varus Escreveu:Elias :
No antigo regime a economia era aberta face ao exterior, não havia era a Coca Cola em Portugal , porque segundo análises laboratoriais portuguesas diziam que não era aconselhável para consumo !!! Mas curiosamente a Alemanha Nazi muito zelosa pela saúde pública ( a mais avançada na época) também tinha a mesma opinião ....
Mas também tinham a preocupação de defender sectores industriais , para não desaparecerem , o aconteceu no após 25A, e por isso estamos mergulhados nesta crise.
Varus, sou muito antigo (nasci no início de 1955) e privei com alguns dos governantes da altura (era amigo dos filhos de alguns). Embora ainda fosse muito novo, já tinha algum espírito crítico que me permitia perceber que uns tantos eram realmente duma honestidade quase patética, mas muitos outros tinham também uma enorme tacanhez de espírito e de atitude.
Na altura lembro-me da estória que uma dessas personagens nos contou. Era frequente nesse tempo a miudagem ouvir as estórias que os mais velhos contavam e que nós ouviamos de olhos arregalados.
Inesperadamente nesta estória da coca-cola intervem também um dos nossos espírito mais criativos: Fernando Pessoa. O poeta multifacetado e criativo, fazia também algumas intervenções no campo da publicidade. Quando a coca-cola se quiz instalar em Portugal, encomendou uma campanha publicitária à qual o Poeta emprestou o célebre slogan: "primeiro estranha-se e depois entranha-se". Ao que parece na altura, a elite (principalmente a elite intelectual)da capital tinha "a moda" de fumar ópio e usavam o termo "entranhar-se" quando se dedicavam a tal vício. O Dr. Ricardo Jorge, que na altura tinha uma função equivalente ao de Director Geral de Saúde, opôs-se veementemente à introdução da bebida alegando a sua conotação com os hábitos toxicodependentes... O conservadorismo do Salazar, associado à pressão da pobre indústria nacional de refrigerantes fez o resto!
Elias Escreveu:psylva79 Escreveu:Não seria útil encontrar um sistema alternativo ao das notações da agências de rating para fixar estes limites??
Que sistema sugeres?
Existem várias alternativas. Uma agência de rating europeia seria importante, mas tem de ter credibilidade, não pode ser um fantoche dos governos ou da UE.
Se calhar também passa por os emitentes diversificarem a sua base e escolherem outras agências para além das três maiores. O que fez o BES por exemplo.
Uma medida temporária era a desvinculação dessas restrições da política de investimento dos institucionais das opiniões dessas agências. Ao invés poderiam passar a depender dos spreads de mercado , ou mesmo de uma instrução do regulador bancário europeu-bce.
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Nunnus Escreveu:Atendendo que a agência americana Moody´s avalia 95% do mercado internacional, atendendo ainda que é unânime o pensamento de injustiça do rating atribuído a Portugal, deixo a seguinte pergunta:
Para quando uma Agência de Rating´s Europeia?
Desse modo não ficávamos sempre debaixo da alsada e ao sabor do vento dos americanos. É obvio que os rating´s atribuidos recentemente tem jogada politica e económica.
Essa possibilidade já foi falada aqui neste tópico várias vezes desde o início.
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Atendendo que a agência americana Moody´s avalia 95% do mercado internacional, atendendo ainda que é unânime o pensamento de injustiça do rating atribuído a Portugal, deixo a seguinte pergunta:
Para quando uma Agência de Rating´s Europeia?
Desse modo não ficávamos sempre debaixo da alsada e ao sabor do vento dos americanos. É obvio que os rating´s atribuidos recentemente tem jogada politica e económica.
Para quando uma Agência de Rating´s Europeia?
Desse modo não ficávamos sempre debaixo da alsada e ao sabor do vento dos americanos. É obvio que os rating´s atribuidos recentemente tem jogada politica e económica.
Vende ao som dos tambores e compra ao som dos canhões...
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Portugal financiou-se hoje perto de 5% por 800 milhoes de euros a 3 meses.
Imaginemos que o governo cortasse 50% do subsidio de ferias ou 13 mes e nos devolvesse passados 3 meses a todos esses 50% mais os juros, não teriamos todos a ganhar, é possivel algo do genero?
Portugal financiou-se hoje perto de 5% por 800 milhoes de euros a 3 meses.
Imaginemos que o governo cortasse 50% do subsidio de ferias ou 13 mes e nos devolvesse passados 3 meses a todos esses 50% mais os juros, não teriamos todos a ganhar, é possivel algo do genero?
Editado pela última vez por Visitante em 6/7/2011 20:48, num total de 1 vez.
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- Registado: 15/3/2006 16:07
- Localização: Sacavem
Interessa perceber de onde vem o poder destas organizações.
Parte do seu poder deriva de regras e regulamentos que condicionam a politica de investimento de fundos de investimento, f. de pensões, composição de carteiras de bancos e seguradoras - regras de basileia e solvência - ao rating atribuido à dívida.
Ao atribuir a categoria de lixo está-se a dizer aos gestores de fundos que têm de se desfazer das posições em dívida portuguesa pois esta excede determinado rating. Mesmo que a sua opinião seja contrária.
Não seria útil encontrar um sistema alternativo ao das notações da agências de rating para fixar estes limites?
Vamos assistir a um desinvestimento em dívida portuguesa dos fundos de investimento nacionais e PPR que se compremeteram em investir em dívida com ratings elevados?
Parte do seu poder deriva de regras e regulamentos que condicionam a politica de investimento de fundos de investimento, f. de pensões, composição de carteiras de bancos e seguradoras - regras de basileia e solvência - ao rating atribuido à dívida.
Ao atribuir a categoria de lixo está-se a dizer aos gestores de fundos que têm de se desfazer das posições em dívida portuguesa pois esta excede determinado rating. Mesmo que a sua opinião seja contrária.
Não seria útil encontrar um sistema alternativo ao das notações da agências de rating para fixar estes limites?
Vamos assistir a um desinvestimento em dívida portuguesa dos fundos de investimento nacionais e PPR que se compremeteram em investir em dívida com ratings elevados?
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