Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
A próxima conferência do clima (COP 16) começa em 29 de Novembro no México.
O novo governo Inglês dá um primeiro sinal de que não pretende alterar as orientações no que respeita à redução das emissões de GHG, até pelo contrário.
Um assunto que gera consenso entre os britânicos e a orientação da EU?!? Nem a conduzir são capazes de se pôr do mesmo lado da rua...
O novo governo Inglês dá um primeiro sinal de que não pretende alterar as orientações no que respeita à redução das emissões de GHG, até pelo contrário.
Um assunto que gera consenso entre os britânicos e a orientação da EU?!? Nem a conduzir são capazes de se pôr do mesmo lado da rua...
David Cameron - "carbon emissions from central government will be cut by 10% in the next 12 months"
Prime Minister, David Cameron visited DECC HQ today and pledged to make this,"the greenest government ever. It's a very simple ambition and one I'm absolutely committed to achieving."
The PM announced that carbon emissions from central government will be cut by 10% in the next 12 months. Government department headquarters will also publish online in real time their energy use so that the public can hold ministers and civil servants to account for their carbon footprint.
in: Department of Energy and Climate Change http://www.decc.gov.uk/en/content/cms/n ... pn001.aspx
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Pois é, pois é!
Ainda se tentam negar as evidências, mas é tão escandaloso, que acho que até os Media tradicionais têm medo de relatar isto em toda a sua extensão.
Por exemplo, sobre o custo zero da electricidade exportada, que muitos negam, faz-se uma análise simples e até se conclui que a grande parte da exportação vem da energia eólica:
http://ecotretas.blogspot.com/2010/04/preco-nulo-na-exportacao-de-energia.html
Ecotretas
Ainda se tentam negar as evidências, mas é tão escandaloso, que acho que até os Media tradicionais têm medo de relatar isto em toda a sua extensão.
Por exemplo, sobre o custo zero da electricidade exportada, que muitos negam, faz-se uma análise simples e até se conclui que a grande parte da exportação vem da energia eólica:
http://ecotretas.blogspot.com/2010/04/preco-nulo-na-exportacao-de-energia.html
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Quanto mais produzimos .. mais cara é a energia ..
por causa dos custos de produção
in Expresso 13
BARRAGENS
Um país com energia a mais
Portugal tem 16.736 megawatts (MW) de potência instalada. No entanto, nas horas de pico de procura só precisa de 9000 MW
O povo costuma dizer que ‘não há fome que não dê em fartura’.
Os especialistas em energia não só confirmam este ditado popular como garantem que a ‘fartura’ de água e vento deste Inverno foi tanta que acabou momentaneamente com a ‘fome’ do sistema electroprodutor nacional, normalmente traduzida em necessidade de importação de electricidade de Espanha.
O saldo importador, aliás, conheceu uma inversão em Janeiro a favor de Portugal, visto que, segundo a REN, aumentámos as exportações em 830% e reduzimos as importações em 82%, face a igual mês no ano passado.
Contas feitas pela Associação de Energias Renováveis (APREN) ainda mostram mais que isso: garantem que entre 1 de Janeiro e 4 de Março de 2009 as importações de electricidade ascenderam a 760 gigawatts. Este ano, no período homólogo, o saldo é favorável a Portugal, com 172 megawatts (MW) exportados.
Parques eólicos parados
Outra informação a que o Expresso teve acesso junto daquela associação dá conta de que já há parques eólicos na zona de Montalegre, no distrito de Vila Real, a registarem paragens de 40 a 50 horas, este ano, por excesso de vento.
Tem havido muito vento e muita chuva, o que tem colocado as eólicas e as hídricas na base do sistema electroprodutor nacional. Em resultado disso está-se a assistir à paragem quase total de alguns grupos de centrais térmicas a carvão, a gás natural e a fuel. “Basicamente só entram no sistema nas horas de pico de procura e saem logo em seguida”, confirma Paulo Almirante, director regional para Portugal e Espanha da International Power, que detém a Central do Pego em conjunto com a Endesa.
Portugal está claramente perante uma situação de sobrecapacidade de potência instalada. As principais empresas electroprodutoras presentes no mercado português (nomeadamente a EDP e a Endesa) admitem-no a custo, mas reconhecem que, de facto, estamos na presença de uma conjugação de factores climatéricos pouco normais. Resultado: mesmo com o pico histórico de procura de energia eléctrica que Portugal registou no passado dia 11 de Janeiro, passava pouco das 19h00 (em que se chegou aos 9390 MW), o recurso à importação foi residual.
Centrais térmicas são seguras
Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, alerta, no entanto, para o facto de estarmos a viver “uma situação anormal pois a regra é termos as centrais térmicas a assegurarem aquilo a que se chama potência garantida”. Ou seja, aquela com que o país pode sempre contar perante a intermitência própria das fontes renováveis.
Para que não haja falhas no abastecimento, basta ‘carregar no botão’ e será imediatamente disponibilizada na rede a potência que for necessária. Isso, aliás, também acontece com as barragens, que em 90 segundos podem injectar milhares de megawatts na rede. Têm é de ter água disponível. Há aqui um ‘se’, portanto. Coisa que não existe nas térmicas.
Em teoria, segundo os analistas do sector da energia, para um sistema ser absolutamente seguro deveria ter 110% a 120% das necessidades da procura em hora de pico asseguradas por carvão, gás e fuel. Actualmente Portugal não dispõe dessa segurança de potência, razão pela qual Ribeiro da Silva diz que ainda há espaço para crescer.
continuação..Conclusão
E vai-se crescer, de facto, em potência instalada. No final do Verão entram no sistema mais de 800 MW de uma nova central de ciclo combinado a gás natural, no Pego, e a partir de 2013 começam a estar disponíveis os primeiros de mais 3000 novos MW de potência hídrica, oriundos do Plano Nacional de Barragens. Mas ainda há mais cerca de 5000 MW de potência renovável (dos quais mais de 3000 de eólica) a adicionar à equação. Tudo somado ao que já existe dá perto de 25.000 MW de potência instalada num prazo de cinco/sete anos.
Então e o preço da electricidade não baixa? “Era bom, mas não é possível, pois a nossa factura continua a não cobrir os custos reais de produção”, nota Ribeiro da Silva. Se tal acontecesse, o que sucederia de imediato era um aumento do défice tarifário — que em 2009 começou finalmente a diminuir, tendo passado dos €2 mil milhões para €1,9 mil milhões.
Vítor Andrade, in Expresso (Economia - p. 15) - 13 de Março de 2010
a minha opinião
afinal temos energia a mais..
e temos de a exportar a custo 0 para Espanha.. eles qualquer dia não querem e ainda vamos ter de pagar pois não temos onde a meter
e.. quanto mais fontes de prod~ução tivermos mais cara temos de a pagar por causa dos custos de produção,,
E ainda querem mais barragens e depois as centrais de ciclo combinado e finalmente o nuclear que virá tornar tudo obsoleto..
abraço
mcarvalho
http://www.earth-condominium.com/cartabarragens/
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BARRAGENS
Um país com energia a mais
Portugal tem 16.736 megawatts (MW) de potência instalada. No entanto, nas horas de pico de procura só precisa de 9000 MW
O povo costuma dizer que ‘não há fome que não dê em fartura’.
Os especialistas em energia não só confirmam este ditado popular como garantem que a ‘fartura’ de água e vento deste Inverno foi tanta que acabou momentaneamente com a ‘fome’ do sistema electroprodutor nacional, normalmente traduzida em necessidade de importação de electricidade de Espanha.
O saldo importador, aliás, conheceu uma inversão em Janeiro a favor de Portugal, visto que, segundo a REN, aumentámos as exportações em 830% e reduzimos as importações em 82%, face a igual mês no ano passado.
Contas feitas pela Associação de Energias Renováveis (APREN) ainda mostram mais que isso: garantem que entre 1 de Janeiro e 4 de Março de 2009 as importações de electricidade ascenderam a 760 gigawatts. Este ano, no período homólogo, o saldo é favorável a Portugal, com 172 megawatts (MW) exportados.
Parques eólicos parados
Outra informação a que o Expresso teve acesso junto daquela associação dá conta de que já há parques eólicos na zona de Montalegre, no distrito de Vila Real, a registarem paragens de 40 a 50 horas, este ano, por excesso de vento.
Tem havido muito vento e muita chuva, o que tem colocado as eólicas e as hídricas na base do sistema electroprodutor nacional. Em resultado disso está-se a assistir à paragem quase total de alguns grupos de centrais térmicas a carvão, a gás natural e a fuel. “Basicamente só entram no sistema nas horas de pico de procura e saem logo em seguida”, confirma Paulo Almirante, director regional para Portugal e Espanha da International Power, que detém a Central do Pego em conjunto com a Endesa.
Portugal está claramente perante uma situação de sobrecapacidade de potência instalada. As principais empresas electroprodutoras presentes no mercado português (nomeadamente a EDP e a Endesa) admitem-no a custo, mas reconhecem que, de facto, estamos na presença de uma conjugação de factores climatéricos pouco normais. Resultado: mesmo com o pico histórico de procura de energia eléctrica que Portugal registou no passado dia 11 de Janeiro, passava pouco das 19h00 (em que se chegou aos 9390 MW), o recurso à importação foi residual.
Centrais térmicas são seguras
Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, alerta, no entanto, para o facto de estarmos a viver “uma situação anormal pois a regra é termos as centrais térmicas a assegurarem aquilo a que se chama potência garantida”. Ou seja, aquela com que o país pode sempre contar perante a intermitência própria das fontes renováveis.
Para que não haja falhas no abastecimento, basta ‘carregar no botão’ e será imediatamente disponibilizada na rede a potência que for necessária. Isso, aliás, também acontece com as barragens, que em 90 segundos podem injectar milhares de megawatts na rede. Têm é de ter água disponível. Há aqui um ‘se’, portanto. Coisa que não existe nas térmicas.
Em teoria, segundo os analistas do sector da energia, para um sistema ser absolutamente seguro deveria ter 110% a 120% das necessidades da procura em hora de pico asseguradas por carvão, gás e fuel. Actualmente Portugal não dispõe dessa segurança de potência, razão pela qual Ribeiro da Silva diz que ainda há espaço para crescer.
continuação..Conclusão
E vai-se crescer, de facto, em potência instalada. No final do Verão entram no sistema mais de 800 MW de uma nova central de ciclo combinado a gás natural, no Pego, e a partir de 2013 começam a estar disponíveis os primeiros de mais 3000 novos MW de potência hídrica, oriundos do Plano Nacional de Barragens. Mas ainda há mais cerca de 5000 MW de potência renovável (dos quais mais de 3000 de eólica) a adicionar à equação. Tudo somado ao que já existe dá perto de 25.000 MW de potência instalada num prazo de cinco/sete anos.
Então e o preço da electricidade não baixa? “Era bom, mas não é possível, pois a nossa factura continua a não cobrir os custos reais de produção”, nota Ribeiro da Silva. Se tal acontecesse, o que sucederia de imediato era um aumento do défice tarifário — que em 2009 começou finalmente a diminuir, tendo passado dos €2 mil milhões para €1,9 mil milhões.
Vítor Andrade, in Expresso (Economia - p. 15) - 13 de Março de 2010
a minha opinião
afinal temos energia a mais..
e temos de a exportar a custo 0 para Espanha.. eles qualquer dia não querem e ainda vamos ter de pagar pois não temos onde a meter
e.. quanto mais fontes de prod~ução tivermos mais cara temos de a pagar por causa dos custos de produção,,
E ainda querem mais barragens e depois as centrais de ciclo combinado e finalmente o nuclear que virá tornar tudo obsoleto..
abraço
mcarvalho
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QuimPorta Escreveu:Fingerspitzengefuhl Escreveu:O mais curioso é ver alguns destes senhores, que apregoam que devemos andar a pé para poupar uns miseros litros de combustível deslocarem-se em jactos privados e limusines
Vais nomear algum, ou ficas mesmo só pela demagogia?
Este tipo de abordagem "eles falam falam e não os vejo a fazer nada" é típica de quem tem é pouco a dizer.
Só na cimeira de Copenhaga estavam 1200 limusines, 140 jactos privados e serviram bandejas de caviar, e no fim de contas o demagogo sou eu, isto até seria cómico não fossemos nós a pagar a factura...
Eu podia escrever N páginas sobre este assunto, mas já foi tudo dito aqui e noutros locais, além disso tenho mais que fazer.

Boa semana e bons trades.

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Fingerspitzengefuhl Escreveu:O mais curioso é ver alguns destes senhores, que apregoam que devemos andar a pé para poupar uns miseros litros de combustível deslocarem-se em jactos privados e limusines
Vais nomear algum, ou ficas mesmo só pela demagogia?
Este tipo de abordagem "eles falam falam e não os vejo a fazer nada" é típica de quem tem é pouco a dizer.
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pois
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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QuimPorta Escreveu:A Cimeira de Copenhaga redundou num acordo vazio, que apesar disso já foi ratificado por 110 países, representando quase 90% das emissões mundiais de GHG.
Eheheh! 110 países ratificaram um acordo vazio!
QuimPorta Escreveu:Espera-se que destas negociações que começam em Bona se possa dar forma à disparatada meta de não ultrapassar uma variação da temperatura global de 2ºC, definida em Dezembro em Copenhaga.
Conhecendo-te, sinceramente não percebi a parte do disparatada...
QuimPorta Escreveu:Em Novembro haverá nova COP (a 16ª), no México para onde não se espera nada de diferente em relação à COP15 de Copenhaga - consenso nas boas intenções e pouco mais... Também como em Kyoto e Copenhaga, quase tudo se joga nos bastidores ... que provavelmente ficam perto do Capitólio de Washington
Tudo dependerá doutros factores. Se o Brown for dar uma volta no Reino Unido, como tudo indica que será o caso, então esta palhaçada estará perto do fim...
Ecotretas
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Climate talks reopen at Bonn summit
John Vidal in Bonn
guardian.co.uk, Friday 9 April 2010 11.31 BST
Diplomats from more than 180 countries gather in Bonn for the first time since the widely perceived failure of last year's Copenhagen summit
Diplomats from more than 180 countries are meeting in Bonn over the next three days to reopen global climate change negotiations for the first time since last year's Copenhagen summit, which was widely perceived as a failure.
Top of the agenda is how countries respond to the Copenhagen accord, the non-legally binding deal that was pushed through by a small group of countries in a bitter atmosphere in the last few hours of the UN conference.
Some 110 countries have now backed the agreements made in the accord. These include aiming to hold temperature rises to 2C, transferring $30bn a year in the short term and $100bn a year by 2020 to developing countries for adaptation to climate change; and reaching new global agreements on forests and technology transfer.
Observers this morning said they detected a new mood to cooperate in the talks, with developing countries determined to find a way through the suspicion, mistrust and national self-interest which hampered the Copenhagen summit. (...)
http://www.guardian.co.uk/environment/2 ... talks-bonn
A Cimeira de Copenhaga redundou num acordo vazio, que apesar disso já foi ratificado por 110 países, representando quase 90% das emissões mundiais de GHG.
Espera-se que destas negociações que começam em Bona se possa dar forma à disparatada meta de não ultrapassar uma variação da temperatura global de 2ºC, definida em Dezembro em Copenhaga.
Em Novembro haverá nova COP (a 16ª), no México para onde não se espera nada de diferente em relação à COP15 de Copenhaga - consenso nas boas intenções e pouco mais... Também como em Kyoto e Copenhaga, quase tudo se joga nos bastidores ... que provavelmente ficam perto do Capitólio de Washington

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China and India Join Climate Accord
By JOHN M. BRODER
Published: March 9, 2010
WASHINGTON — China and India formally agreed Tuesday to join the international climate change agreemen reached last December in Copenhagen, the last two major economies to sign up.
The two countries, among the largest and fastest-growing sources of greenhouse gas emissions in the world, submitted letters to the United Nations agreeing to be included on a list of countries covered by the so-called Copenhagen Accord, a three-page nonbinding statement reached at the end of the contentious and chaotic 10-day conference.
China and India join more than 100 countries that have signed up under the accord, which calls for limiting the rise in global temperatures to no more than 2 degrees Celsius, or 3.6 degrees Fahrenheit, beyond pre-industrial levels. The agreement also calls for spending as much as $100 billion a year to help emerging countries adapt to climate change and develop low-carbon energy systems , accelerated energy technology transfers to the developing world and steps to protect tropical forests from destruction.
(...)
http://www.nytimes.com/2010/03/10/world ... te.html?hp
Ainda que estas notícias sejam apenas mais passos em direcção nenhuma, reforçam o carácter simbólico da declaração de Copenhaga em que praticamente todo o mundo se declara culpado pelo prejuízo que vem sendo causado ao planeta, e que é fundamental suster antes que se torne irreversível.
Ainda assim, o ponto da situação no que respeita à possibilidade de obtenção de um acordo vinculativo no que respeita às alterações climáticas ainda se resume a uma palavra: impasse...
Esta atitude da comunidade dos países faz-me lembrar uma cena que vi há tempos, envolvendo uma família moderna. Os pais tentavam convencer a filha mais nova a comer a sopinha de livre vontade, dando argumentos a racionais como "come que é para cresceres e ficares esperta". A miúda, que não tem nada de parva, tentou arrumar com a questão dizendo "não como, que quero ficar sempre criança"... Escusado será dizer que os argumentos racionais se foram esgotando e a sopinha acabou por entrar com recurso ao clássico "ou comes ou..."
Em principio todos percebem onde quero chegar...
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Abandonar barco
Está na hora de começar a abandonar o barco.
Ecotretas
http://ecotretas.blogspot.com/2010/02/abandonar-barco.html
Yvo de Boer demitiu-se hoje do cargo de secretário executivo da Convenção da ONU para as alterações climáticas. É um dos primeiros comandantes a abandonar o barco. Curioso é o facto de ir trabalhar para a esfera privada, na empresa de consultoria KPMG, enquanto conselheiro global para o clima e sustentabilidade. Ele até admitiu que começou a procurar emprego no final de 2009. Mais um que vai ganhar dinheiro à custa do Planeta! Talvez os exemplos vindos a lume de Pachauri o tenham motivado! E talvez agora Pachauri lhe retribua, demitindo-se também?
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tavaverquenao2 Escreveu:
O nuclear por cá, umas das coisas que não vai ser é rápido. Andamos há anos a decidir um aeroporto e ainda está a santos, imagina uma central nuclear. Será, encurtando ao máximo, uns dez anos a decidir onde vai ser e mais dez anos para a construir, até lá pode-se fazer muito com as renováveis.
Por cá até pode.
Mas a nível planetário será quase impossível (está demonstrados, nos pressupostos actuais, é impossível) que aquilo a que chamamos renováveis chegue para substituir os combustíveis fósseis em tempo útil de evitar consequências climáticas muito sérias...
O recurso ao nuclear tem a grande vantagem de ser rápido e relativamente barato. Mas o barato às vezes sai caro...
Agora em Portugal, é para esquecer...
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QuimPorta disse:
"Este sinal da presidência Obama é significativo. Do meu ponto de vista, o atraso na reacção ao aquecimento global vai acabar por privilegiar as medidas com resultados rápidos."
O nuclear por cá, umas das coisas que não vai ser é rápido. Andamos há anos a decidir um aeroporto e ainda está a santos, imagina uma central nuclear. Será, encurtando ao máximo, uns dez anos a decidir onde vai ser e mais dez anos para a construir, até lá pode-se fazer muito com as renováveis.
"Este sinal da presidência Obama é significativo. Do meu ponto de vista, o atraso na reacção ao aquecimento global vai acabar por privilegiar as medidas com resultados rápidos."
O nuclear por cá, umas das coisas que não vai ser é rápido. Andamos há anos a decidir um aeroporto e ainda está a santos, imagina uma central nuclear. Será, encurtando ao máximo, uns dez anos a decidir onde vai ser e mais dez anos para a construir, até lá pode-se fazer muito com as renováveis.
Plan the trade and trade the plan
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os países mais desenvolvidos não são parvos: produzem a energia mais barata de todas: a nuclear
os outros toinos apenas gritam e esbracejam contra o nuclear
no fim do mês pagam a energia a preços muitíssimo superiores, mas enfim, estarão muito contentes por serem contra o nuclear
os outros toinos apenas gritam e esbracejam contra o nuclear
no fim do mês pagam a energia a preços muitíssimo superiores, mas enfim, estarão muito contentes por serem contra o nuclear


Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Por via das alterações climáticas e da necessidade de reduzir emissões de CO2, a causa do Nuclear está a ganhar adeptos entre os ambientalistas. O mais reconhecido é Patrick Moore, fundador do Greenpeace e conhecido como "Nuclear Environmentalist".
Este sinal da presidência Obama é significativo. Do meu ponto de vista, o atraso na reacção ao aquecimento global vai acabar por privilegiar as medidas com resultados rápidos. O Nuclear é sem dúvida uma das mais eficazes e fundamental para reconverter rapidamente a economia do petróleo.
E se houver consequências?! Pois...
Já agora, esta citação vem de um excelente site sobre as alterações climáticas promovido pela Seguradora ALLIANZ. É um facto que um dos mais fortes suportes actuais às causas ECO-Conscientes vem da indústria seguradora. Porque será?!
Este sinal da presidência Obama é significativo. Do meu ponto de vista, o atraso na reacção ao aquecimento global vai acabar por privilegiar as medidas com resultados rápidos. O Nuclear é sem dúvida uma das mais eficazes e fundamental para reconverter rapidamente a economia do petróleo.
E se houver consequências?! Pois...
U.S. Eyes New Nuclear Plants
January 12, 2010
The Obama administration wants to help the nuclear industry build a power plant for the first time in years to help diversify U.S. energy supplies and fight climate change, the White House said on Monday.
Carol Browner, President Barack Obama's top energy and climate adviser at the White House, also said the United States was pleased with the outcome of the U.N. climate talks in Copenhagen and would work with international partners on a binding treaty to curb greenhouse gas emissions in the future.
"We have not built a nuclear plant in this country in a long time but we want to work with the industry to make that happen in the not too distant future," Browner said in a live chat on the White House website. "We have been working with the nuclear industry to understand exactly what it is they need."
http://knowledge.allianz.com/en/news/vi ... plans.html
Já agora, esta citação vem de um excelente site sobre as alterações climáticas promovido pela Seguradora ALLIANZ. É um facto que um dos mais fortes suportes actuais às causas ECO-Conscientes vem da indústria seguradora. Porque será?!
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tavaverquenao2 Escreveu:De resto os cépticos que ela tinha de convencer eram mineiros, penso que está tudo dito.
Um dos cépticos mais famosos, Steve McIntyre, trabalhou durante 30 anos na indústria mineira, mas no Canadá... O problema é que ele é dos que sabe fazer contas, conforme uma leitura atenta do artigo do Wikipedia revela.
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Sim, e ela concordava com a comunidade cientifica. Pediu foi relatórios de entidades Inglesas, é que eles são muito esquisitos. De resto os cépticos que ela tinha de convencer eram mineiros, penso que está tudo dito.
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Cultura de mediocridade
tavaverquenao2 Escreveu:O movimento dos cépticos começou depois de um relatório "encomendado" pelo Reagen, é que não lhe tinha agradado dois relatórios anteriores, um da comunidade cientifica e outro de um grupo de conselheiros de estado. E não é que o terceiro relatório veio de encontro às expectativas do ex-presidente? Curioso. E tem evoluído com o apoio de políticos poderosos como o ultimo ex-presidente Bush. Isto foi nos anos 80, anterior ao IPCC. Hoje há muitos cépticos que gravitam à volta destas teorias sem perceberem muito bem porquê, talvez porque é cool ser do contra.
Errado. Há muitos cépticos porque, felizmente, ainda há pessoas que sabem fazer contas, percebem de física e de termodinâmica, etc. Só não há mais, especialmente entre os jovens, porque a sociedade está a incutir valores de mediocridade em toda a gente: http://economico.sapo.pt/noticias/cultura-de-mediocridade_78057.html
Ecotretas
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tavaverquenao2 Escreveu:O movimento dos cépticos começou depois de um relatório "encomendado" pelo Reagen, é que não lhe tinha agradado dois relatórios anteriores, um da comunidade cientifica e outro de um grupo de conselheiros de estado. E não é que o terceiro relatório veio de encontro às expectativas do ex-presidente? Curioso. E tem evoluído com o apoio de políticos poderosos como o ultimo ex-presidente Bush. Isto foi nos anos 80, anterior ao IPCC. Hoje há muitos cépticos que gravitam à volta destas teorias sem perceberem muito bem porquê, talvez porque é cool ser do contra.
Ai sim?
Por outro lado consta que toda esta "teoria do aquecimento global provocado pelas emissões de CO2" se iniciou no tempo da Thatcher que na altura estava em guerra com os (na atura poderosos) sindicatos dos mineiros e estava interessada em acabar com as centrais eléctricas a carvão e promover as nucleares. E para isso "encomendou" um estudo ao MetOffice e à Univ. East Anglia para demonstrar que as emissões de CO2 são perniciosas.
Há sempre histórias para todos os gostos...
Bom Ano e Bons Negócios.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Tá bem, tá! Deixem-se andar...
E eu que pensava que o era cool era ser-se radical, de esquerda, hippie, anti-globalização, etc, etc.
(Damn!
Eu jurei...!)
P.S. - Bivalves, Quim, bivalves! Tens razão! São os bivalves que estão em risco no nosso pais... Já estás a ver a asneirada que dá quando um não especialista se põe a falar daquilo que percebe pouco.
E eu que pensava que o era cool era ser-se radical, de esquerda, hippie, anti-globalização, etc, etc.
(Damn!

P.S. - Bivalves, Quim, bivalves! Tens razão! São os bivalves que estão em risco no nosso pais... Já estás a ver a asneirada que dá quando um não especialista se põe a falar daquilo que percebe pouco.

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
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