A escola e a qualidade da educação
MiamiBlueHeart Escreveu:A reportagem, é mais um caso, em que se demonstra que em mercados sem concorrência, se não houver uma efectiva fiscalização e constante controlo os privados usam e abusam do sistema. Da minha parte, não é aquela escola que considero que o país precisa e considero que muito do que foi relatado na reportagem é caso de polícia.
Aqui a concorrência é irrelevante. Quando alguém está escudado no sistema politico/partidário não interessa se há ou não concorrência. Como é que o Ministério nunca fez nada? Não estou a ver nenhuma razão que não sejam interesses... e ainda me preocupa mais que nunca os sindicatos tenham falado nisso, pelo menos eu não me lembro, aparece alguém do sindicato a dizer que esteve em algumas reuniões e que nunca foi feito nada, mas eles também nunca os vi sequer a denunciar nenhuma situação das muitos abordadas na reportagem!
mais_um Escreveu:A novidade foi a parte dos alunos com necessidades educativas especiais, nunca me tinha apercebido que o colégio R. Leonor não tinha nenhum aluno nessa situação.
Pois, embora não tenha falado ainda nisso, parece-me das coisas mais graves, vergonhoso!
mais_um Escreveu:Em relação à forma como os alunos são chumbados para não fazer exames, curiosamente a Raul Proença, uma das escolas publicas que aparece na peça, é uma das escolas que também utiliza métodos menos claros para evitar que os maus alunos vão a exame de forma a não prejudicar os rankings.
Sinceramente já estive em mais de uma dezena de escolas, já fui diretor de turma algumas vezes, nunca tive pressão nenhuma para alterar notas, nem nunca me apercebi de pressões para o fazer a outros professores... estou a falar de pressões da direção, pressões que não se confinem apenas ao conselho de turma de avaliação, ai pode haver algumas dos colegas, e parece-me normal, já que todos conhecem bem os alunos e têm o direito de manifestar a sua posição sobre cada assunto. Ainda assim, todas as enúmeras situações de que me lembro (e são muitas), a pressão foi sempre para que os alunos transitassem de ano, e não para ficarem retidos!
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artista Escreveu:artista Escreveu:Não sei se alguém viu a Reportagem da TVI... descontando o provável efeito mediático pretendido pela estação, parece-me que há ali ideias que dificilmente não representam problemas graves! Uma delas vem de encontro a algo que tenho falado aqui, as escolas privadas funcionam bem com as elites, faltará saber como funcionam com o resto?! E se já é difícil aceitar que as escolas privadas "escolham" os seus alunos, mais ainda que um escola privada financiada pelo estado o faça... pressionar professores a alterar notas foi coisa que nunca tive em nenhuma escola pública, alterar notas então... Os relatos são muitos para que não haja algum fundo de verdade nesta situação!
Os esclarecimentos dos próprios donos/dirigentes do grupo que gere as escolas são tudo menos convincentes... e depois, como habitual, não faltam ex-polítidos do chamado "arco da governação" no meio disto tudo!
Embora o caldeirão tenha andado um bocado adormecido não deixa de ser significativo que ninguém comente a reportagem de ontem da TVI... e educação não interessa mesmo a ninguém, isso talvez explique muito do país que temos!
Eu vi, na segunda-feira, considerei chocante o Ministério da Educação ainda não se ter mexido para investigar o que efectivamente se passa nos Colégios em que já foram efetadas queixas.
Pelos vistos, com a reportagem, agora sim, o Ministério da Educação vai investigar - isto é fazer passar as pessoas por parvas.
A passividade (para não utilizar outros termos)do Ministério da Educação demonstra como o sistema está podre.
Á imagem da Justiça, o Ministério da Educação, também não funciona.
A reportagem, é mais um caso, em que se demonstra que em mercados sem concorrência, se não houver uma efectiva fiscalização e constante controlo os privados usam e abusam do sistema. Da minha parte, não é aquela escola que considero que o país precisa e considero que muito do que foi relatado na reportagem é caso de polícia.
P.S. Gostei do pormenor, de um dos donos ter 76 carros registados em seu nome, e outros 40..
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Ontem não tive oportunidade de ver a reportagem, mas vi agora.
Em relação ao tratamento que é dado aos professores não é novidade para mim (tenho uma amiga que deu aulas nesse grupo), já tinha referido que esse era o ponto onde os privados ganhavam ao publico em termos de custos (num dos tópicos sobre educação).
A novidade foi a parte dos alunos com necessidades educativas especiais, nunca me tinha apercebido que o colégio R. Leonor não tinha nenhum aluno nessa situação.
Em relação à forma como os alunos são chumbados para não fazer exames, curiosamente a Raul Proença, uma das escolas publicas que aparece na peça, é uma das escolas que também utiliza métodos menos claros para evitar que os maus alunos vão a exame de forma a não prejudicar os rankings.
Sobre o resto (a relação entre os donos do GPS e o poder politico) para mim não é novidade, infelizmente é algo intrínseco aos nossos políticos, se até o 1º ministro está envolvido em esquemas idênticos e tudo assobia para o lado como se nada fosse....
Para limpar esta porcaria toda precisávamos de um poder judicial imune a clientelas politicas, mas como sabemos isso não existe.
Obrigado artista por chamares à atenção da reportagem.
Em relação ao tratamento que é dado aos professores não é novidade para mim (tenho uma amiga que deu aulas nesse grupo), já tinha referido que esse era o ponto onde os privados ganhavam ao publico em termos de custos (num dos tópicos sobre educação).
A novidade foi a parte dos alunos com necessidades educativas especiais, nunca me tinha apercebido que o colégio R. Leonor não tinha nenhum aluno nessa situação.
Em relação à forma como os alunos são chumbados para não fazer exames, curiosamente a Raul Proença, uma das escolas publicas que aparece na peça, é uma das escolas que também utiliza métodos menos claros para evitar que os maus alunos vão a exame de forma a não prejudicar os rankings.
Sobre o resto (a relação entre os donos do GPS e o poder politico) para mim não é novidade, infelizmente é algo intrínseco aos nossos políticos, se até o 1º ministro está envolvido em esquemas idênticos e tudo assobia para o lado como se nada fosse....
Para limpar esta porcaria toda precisávamos de um poder judicial imune a clientelas politicas, mas como sabemos isso não existe.
Obrigado artista por chamares à atenção da reportagem.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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SirKneighf Escreveu:Link ou nome da reportagem?
Não consigo colocar diretamente o video, fica o link para o mesmo:
http://www.tvi.iol.pt/videos/13754874
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artista Escreveu:artista Escreveu:Não sei se alguém viu a Reportagem da TVI... descontando o provável efeito mediático pretendido pela estação, parece-me que há ali ideias que dificilmente não representam problemas graves! Uma delas vem de encontro a algo que tenho falado aqui, as escolas privadas funcionam bem com as elites, faltará saber como funcionam com o resto?! E se já é difícil aceitar que as escolas privadas "escolham" os seus alunos, mais ainda que um escola privada financiada pelo estado o faça... pressionar professores a alterar notas foi coisa que nunca tive em nenhuma escola pública, alterar notas então... Os relatos são muitos para que não haja algum fundo de verdade nesta situação!
Os esclarecimentos dos próprios donos/dirigentes do grupo que gere as escolas são tudo menos convincentes... e depois, como habitual, não faltam ex-polítidos do chamado "arco da governação" no meio disto tudo!
Embora o caldeirão tenha andado um bocado adormecido não deixa de ser significativo que ninguém comente a reportagem de ontem da TVI... e educação não interessa mesmo a ninguém, isso talvez explique muito do país que temos!
Artista o termo não é adormecido mas sim anestesiado ou entorpecido...
artista Escreveu:Não sei se alguém viu a Reportagem da TVI... descontando o provável efeito mediático pretendido pela estação, parece-me que há ali ideias que dificilmente não representam problemas graves! Uma delas vem de encontro a algo que tenho falado aqui, as escolas privadas funcionam bem com as elites, faltará saber como funcionam com o resto?! E se já é difícil aceitar que as escolas privadas "escolham" os seus alunos, mais ainda que um escola privada financiada pelo estado o faça... pressionar professores a alterar notas foi coisa que nunca tive em nenhuma escola pública, alterar notas então... Os relatos são muitos para que não haja algum fundo de verdade nesta situação!
Os esclarecimentos dos próprios donos/dirigentes do grupo que gere as escolas são tudo menos convincentes... e depois, como habitual, não faltam ex-polítidos do chamado "arco da governação" no meio disto tudo!
Embora o caldeirão tenha andado um bocado adormecido não deixa de ser significativo que ninguém comente a reportagem de ontem da TVI... e educação não interessa mesmo a ninguém, isso talvez explique muito do país que temos!

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Não sei se alguém viu a Reportagem da TVI... descontando o provável efeito mediático pretendido pela estação, parece-me que há ali ideias que dificilmente não representam problemas graves! Uma delas vem de encontro a algo que tenho falado aqui, as escolas privadas funcionam bem com as elites, faltará saber como funcionam com o resto?! E se já é difícil aceitar que as escolas privadas "escolham" os seus alunos, mais ainda que um escola privada financiada pelo estado o faça... pressionar professores a alterar notas foi coisa que nunca tive em nenhuma escola pública, alterar notas então... Os relatos são muitos para que não haja algum fundo de verdade nesta situação!
Os esclarecimentos dos próprios donos/dirigentes do grupo que gere as escolas são tudo menos convincentes... e depois, como habitual, não faltam ex-polítidos do chamado "arco da governação" no meio disto tudo!
Os esclarecimentos dos próprios donos/dirigentes do grupo que gere as escolas são tudo menos convincentes... e depois, como habitual, não faltam ex-polítidos do chamado "arco da governação" no meio disto tudo!

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relativamente à noticia a cima, é preciso limpar o ensino superior de uns quantos cursos fantasmas. A bem da qualidade do ensino. As pessoas estão a pagar propinas para um curso na expectativa de encontrar emprego quando acabarem o curso e essas expectativas vão sair furadas, porque não ganharam as ferramentas que vão precisar.
a um outro nível penso que é inevitável ter-se de ajustar o numero de vagas nos cursos à realidade económica. É porque é uma mentira que se está a vender às pessoas. Falando dos casos que conheço melhor, neste momento penso que tem de se ir mexer nas vagas de arquitectura, civil e direito. Simplesmente não existe capacidade nenhuma económica para absorver a maioria das pessoas que concluem esses cursos. Há já alguns anos.
a um outro nível penso que é inevitável ter-se de ajustar o numero de vagas nos cursos à realidade económica. É porque é uma mentira que se está a vender às pessoas. Falando dos casos que conheço melhor, neste momento penso que tem de se ir mexer nas vagas de arquitectura, civil e direito. Simplesmente não existe capacidade nenhuma económica para absorver a maioria das pessoas que concluem esses cursos. Há já alguns anos.
Acreditação dos cursos do ensino superior começou pelos que tinham piores indicadores
O processo de avaliação dos cursos do ensino superior pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) deu prioridade àqueles que apresentavam piores indicadores. Este facto justifica os resultados da primeira fase do trabalho daquele organismo, que mandou fechar 107 formações nas universidades e institutos politécnicos nacionais, cerca de um quarto do total dos casos analisados.
A explicação é avançada ao PÚBLICO pelo presidente da A3ES, Alberto Amaral, que explica que a avaliação dos restantes cursos do ensino superior vai continuar durante os próximos cinco anos, esperando uma melhoria de resultados. “Esta é a amostra dos piores cursos que encontramos. Na próxima fase, não esperamos que haja este tipo de problemas”, sustenta.
A análise da A3ES centrou-se em 420 dos cerca de 3500 cursos existentes no ensino superior, quer público quer privado. Destes, 107 tiveram resultado negativo e terão que encerrar nos próximos dois anos. O número representa praticamente um quarto das licenciaturas, mestrados e doutoramentos em funcionamento que já foram avaliados, entre os quais a agência detectou 81 cursos em universidades e 26 em institutos politécnicos que não cumprem as regras necessárias para se manterem em funcionamento.
Há cerca de três anos, a A3ES começou a avaliação doo ensino superior, recolhendo indicadores que lhe permitiram ter uma primeira noção da forma como as formações estavam a ser conduzidas. Depois de uma primeira fase em que desapareceram cerca de 800 licenciaturas, mestrados e doutoramentos com problemas já identificados, por iniciativa das instituições a agência ficou ainda com uma amostra de 850 formações com indicadores negativos.
“Voltamos a falar com as universidades para perceber o que podia ser feito”, conta alberto Amaral. Depois de uma nova fase de encerramento de cursos, sobraram os 420 agora analisados. O presidente da A3ES justifica também uma sobre-representação das instituições de ensino superior privadas nesta lista pelo facto de ter havido “maior rigor” do sector público na fase de encerramento voluntário dos cursos.
Segundo Alberto Amaral, os restantes 3000 cursos que ainda não têm avaliação definitiva, tiveram uma aprovação preliminar, com base nos primeiros indicadores recolhidos. A análise das condições de funcionamento dessas formações vai ser agora prolongada ao longo dos próximos cinco anos, à razão de cerca de 700 cursos anuais avaliados pela A3ES. Nesta nova fase, o responsável espera ter melhores resultados, reduzindo a percentagem de cursos “chumbados” para valores residuais.
Quanto aos 420 cursos já avaliados, 45 não merecem reparos, enquanto 242 foram “aprovados preliminarmente”, merecendo considerações da A3ES que devem ser corrigidas a breve prazo. Já os 107 cursos encerrados, têm agora dois anos para serem encerrados, deixando de admitir novos alunos e mantendo-se apenas em funcionamento para quem quiser conclui-los. Mas os estudantes podem optar por pedir transferência para outras formações dentro da instituição que frequentam ou mesmo numa outra.
O encerramento do curso pela não acreditação tem por base o não cumprimento das normas legais aplicadas ao sector do ensino superior, entre os quais a qualificação do corpo docente tem particular relevado, havendo obrigatoriedade de um número mínimo de professores com doutoramentos e de um número máximo de docentes a tempo parcial nas instituições.
in publico
O processo de avaliação dos cursos do ensino superior pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) deu prioridade àqueles que apresentavam piores indicadores. Este facto justifica os resultados da primeira fase do trabalho daquele organismo, que mandou fechar 107 formações nas universidades e institutos politécnicos nacionais, cerca de um quarto do total dos casos analisados.
A explicação é avançada ao PÚBLICO pelo presidente da A3ES, Alberto Amaral, que explica que a avaliação dos restantes cursos do ensino superior vai continuar durante os próximos cinco anos, esperando uma melhoria de resultados. “Esta é a amostra dos piores cursos que encontramos. Na próxima fase, não esperamos que haja este tipo de problemas”, sustenta.
A análise da A3ES centrou-se em 420 dos cerca de 3500 cursos existentes no ensino superior, quer público quer privado. Destes, 107 tiveram resultado negativo e terão que encerrar nos próximos dois anos. O número representa praticamente um quarto das licenciaturas, mestrados e doutoramentos em funcionamento que já foram avaliados, entre os quais a agência detectou 81 cursos em universidades e 26 em institutos politécnicos que não cumprem as regras necessárias para se manterem em funcionamento.
Há cerca de três anos, a A3ES começou a avaliação doo ensino superior, recolhendo indicadores que lhe permitiram ter uma primeira noção da forma como as formações estavam a ser conduzidas. Depois de uma primeira fase em que desapareceram cerca de 800 licenciaturas, mestrados e doutoramentos com problemas já identificados, por iniciativa das instituições a agência ficou ainda com uma amostra de 850 formações com indicadores negativos.
“Voltamos a falar com as universidades para perceber o que podia ser feito”, conta alberto Amaral. Depois de uma nova fase de encerramento de cursos, sobraram os 420 agora analisados. O presidente da A3ES justifica também uma sobre-representação das instituições de ensino superior privadas nesta lista pelo facto de ter havido “maior rigor” do sector público na fase de encerramento voluntário dos cursos.
Segundo Alberto Amaral, os restantes 3000 cursos que ainda não têm avaliação definitiva, tiveram uma aprovação preliminar, com base nos primeiros indicadores recolhidos. A análise das condições de funcionamento dessas formações vai ser agora prolongada ao longo dos próximos cinco anos, à razão de cerca de 700 cursos anuais avaliados pela A3ES. Nesta nova fase, o responsável espera ter melhores resultados, reduzindo a percentagem de cursos “chumbados” para valores residuais.
Quanto aos 420 cursos já avaliados, 45 não merecem reparos, enquanto 242 foram “aprovados preliminarmente”, merecendo considerações da A3ES que devem ser corrigidas a breve prazo. Já os 107 cursos encerrados, têm agora dois anos para serem encerrados, deixando de admitir novos alunos e mantendo-se apenas em funcionamento para quem quiser conclui-los. Mas os estudantes podem optar por pedir transferência para outras formações dentro da instituição que frequentam ou mesmo numa outra.
O encerramento do curso pela não acreditação tem por base o não cumprimento das normas legais aplicadas ao sector do ensino superior, entre os quais a qualificação do corpo docente tem particular relevado, havendo obrigatoriedade de um número mínimo de professores com doutoramentos e de um número máximo de docentes a tempo parcial nas instituições.
in publico
Se equiparem mesmo as escolas para o ensino profissional, não vejo mal em meterem os miúdos com o 9º ano a seguir uma via realmente profissionalizante. Agora cursos de papel e caneta chamados de profissionais que não servem para nada nem pensar. Qual quer pessoa é digna se trabalhar, seja ela engenheiro, médico, mineiro, electrista ou canalizador. Os canalizadores por ex. se forem competentes e se tiverem capacidade e espirito de iniciativa podem muito bem ganhar muito mais que uma profissão de "colarinho branco". Nenhum trabalhador é menos digno que outro qualquer. Agora a escola despejar miudos com curso de Tecnico de turismo que nem uma linha de ingles sabe dizer, tecnico de desporto que para nada serve é que não, tecnicos d recepção que nem escrever sabem, quanto mais terem postura para estar a atender ao publico.
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Governo quer importar modelo de ensino alemão
Económico
03/11/12 11:42
Ministro Nuno Crato vai a Berlim assinar protocolo com homóloga na segunda-feira.
O Diário de Notícias escreve hoje que o Ministro da Educação vai a Berlim esta segunda-feira, para assinar um acordo com a homóloga germânica, no âmbito do ensino e formação profissional.
O Governo, que já lançou este ano lectivo um projecto-piloto com cursos do ensino vocacional abrangendo 200 alunos do 9.º ano e combinando formação curricular e treino nas empresas, assume assim a inspiração alemã do modelo, que pretende alargar. Isto, apesar dos problemas que a OCDE tem apontado a um sistema que implica que crianças optem entre centenas de possíveis carreiras intermédias, numa fase muito precoce (começa no final do primeiro ciclo), e que raramente lhes permite sair e ingressar no superior quando mudam de ideias.
A aposta de Portugal no sistema dual de aprendizagem, à semelhança daquele que vigora na Alemanha, é uma questão tida como "muito importante" e que será abordada também durante a visita oficial que a chanceler alemã Angela Merkel realiza, a 12 de Novembro, a Portugal, disse, na quinta-feira, à Lusa fonte oficial.
Económico
03/11/12 11:42
Ministro Nuno Crato vai a Berlim assinar protocolo com homóloga na segunda-feira.
O Diário de Notícias escreve hoje que o Ministro da Educação vai a Berlim esta segunda-feira, para assinar um acordo com a homóloga germânica, no âmbito do ensino e formação profissional.
O Governo, que já lançou este ano lectivo um projecto-piloto com cursos do ensino vocacional abrangendo 200 alunos do 9.º ano e combinando formação curricular e treino nas empresas, assume assim a inspiração alemã do modelo, que pretende alargar. Isto, apesar dos problemas que a OCDE tem apontado a um sistema que implica que crianças optem entre centenas de possíveis carreiras intermédias, numa fase muito precoce (começa no final do primeiro ciclo), e que raramente lhes permite sair e ingressar no superior quando mudam de ideias.
A aposta de Portugal no sistema dual de aprendizagem, à semelhança daquele que vigora na Alemanha, é uma questão tida como "muito importante" e que será abordada também durante a visita oficial que a chanceler alemã Angela Merkel realiza, a 12 de Novembro, a Portugal, disse, na quinta-feira, à Lusa fonte oficial.
VIXIUM Escreveu:artista Escreveu:rmachado Escreveu:Esses dados são interessantes se tivermos em conta os dados de sucesso que tanto apregoaram nos últimos anos...
É caso para dizer, o barato sai caro...
É urgente uma clarificação nesta máteria, e diria que mais importante que vermos manifestações por "perdemos tempo com avaliação" os professores deviam era pedir mais "poder".
Passamos do professor que dava reguadas para o professor que leva bolachadas... algures no meio deve estar a virtude e os pais aqui têm muita culpa...
Se calhar devia ter colocado estes dados no tópico dos serviços do estado. Sobretudo para se ter uma ideia do que se pode exigir... se não se investe muito não se pode exigir muito!
=========================================================
Viva Artista
Este tópico é muitíssimo relevante. E sendo desconhecedor desses dados é caso para dizer - e saber - porque os alunos me chegam com notas de corte e entrada, média de 12º ano com Matemática a valer metade, de 16 e tal e são cada vez mais fracos. É verdade que apenas os apanho no final da licenciatura e por isso muito trabalho prévio foi feito...Mas está a verificar-se um nivelamento por baixo da qualidade do secundário. E do superior por consequência pois se eles não acompanham! Aliás vejo-o do meu primeiro para o segundo filho. Com 4 anos de diferença percebe-se um abrandamento. Não há milagres.
Mas o que mais me preocupa no meio disto - ao meu nível e não procurando sequer centrar a discussão no superior -é o número de alunos que saem de Portugal e que arranjam facilmente trabalho no exterior. Quando a preparação é séria, a Alemanha, a França, os Nórdicos e outros mais vêm buscá-los em Erasmus e não os largam.
Podemos estar a gastar menos no secundário, e estamos, a julgar pelos dados lançados pelo Artista. Mas estamos a gastar ainda mais se tivermos em consideração que estamos a formá-los, no superior, para irem para fora...talvez se pudessemos englobar estes custos que estamos a ter na devolução do capital e juros à troika não fosse mal pensado. Porque neste momento a UE absorve a maioria deles. Ou, não sendo a UE, Angola e o Brasil também não se importam de ficar com eles!
Obrigado.
VIXIUM
Vixium
E esse nivelamento deve-se ao desinvestimento ao a outros fatores? É que, e correndo o risco de falhar, tanto um dos teus filhos como o outro tiveram o mesmo número de professores?
Eu diria que a qualidade do ensino não está só no que se investe mas sim noutros fatores que não serão ditos de investimento financeiro mas de outro tipo, programas, qualidade do professor, etc..
Não querendo comparar e não me socorrendo da conversa do "no meu tempo é que era", a minha filha tem hoje na primária muito mais professores e disciplinas que eu tive.. se formos por ai o investimento agora é maior que no meu tempo... mas quanto a exigência... talvez seja ao contrário.
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artista Escreveu:rmachado Escreveu:Esses dados são interessantes se tivermos em conta os dados de sucesso que tanto apregoaram nos últimos anos...
É caso para dizer, o barato sai caro...
É urgente uma clarificação nesta máteria, e diria que mais importante que vermos manifestações por "perdemos tempo com avaliação" os professores deviam era pedir mais "poder".
Passamos do professor que dava reguadas para o professor que leva bolachadas... algures no meio deve estar a virtude e os pais aqui têm muita culpa...
Se calhar devia ter colocado estes dados no tópico dos serviços do estado. Sobretudo para se ter uma ideia do que se pode exigir... se não se investe muito não se pode exigir muito!
=========================================================
Viva Artista
Este tópico é muitíssimo relevante. E sendo desconhecedor desses dados é caso para dizer - e saber - porque os alunos me chegam com notas de corte e entrada, média de 12º ano com Matemática a valer metade, de 16 e tal e são cada vez mais fracos. É verdade que apenas os apanho no final da licenciatura e por isso muito trabalho prévio foi feito...Mas está a verificar-se um nivelamento por baixo da qualidade do secundário. E do superior por consequência pois se eles não acompanham! Aliás vejo-o do meu primeiro para o segundo filho. Com 4 anos de diferença percebe-se um abrandamento. Não há milagres.
Mas o que mais me preocupa no meio disto - ao meu nível e não procurando sequer centrar a discussão no superior -é o número de alunos que saem de Portugal e que arranjam facilmente trabalho no exterior. Quando a preparação é séria, a Alemanha, a França, os Nórdicos e outros mais vêm buscá-los em Erasmus e não os largam.
Podemos estar a gastar menos no secundário, e estamos, a julgar pelos dados lançados pelo Artista. Mas estamos a gastar ainda mais se tivermos em consideração que estamos a formá-los, no superior, para irem para fora...talvez se pudessemos englobar estes custos que estamos a ter na devolução do capital e juros à troika não fosse mal pensado. Porque neste momento a UE absorve a maioria deles. Ou, não sendo a UE, Angola e o Brasil também não se importam de ficar com eles!
Obrigado.
VIXIUM
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rmachado Escreveu:Esses dados são interessantes se tivermos em conta os dados de sucesso que tanto apregoaram nos últimos anos...
É caso para dizer, o barato sai caro...
É urgente uma clarificação nesta máteria, e diria que mais importante que vermos manifestações por "perdemos tempo com avaliação" os professores deviam era pedir mais "poder".
Passamos do professor que dava reguadas para o professor que leva bolachadas... algures no meio deve estar a virtude e os pais aqui têm muita culpa...
Se calhar devia ter colocado estes dados no tópico dos serviços do estado. Sobretudo para se ter uma ideia do que se pode exigir... se não se investe muito não se pode exigir muito!
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Esses dados são interessantes se tivermos em conta os dados de sucesso que tanto apregoaram nos últimos anos...
É caso para dizer, o barato sai caro...
É urgente uma clarificação nesta máteria, e diria que mais importante que vermos manifestações por "perdemos tempo com avaliação" os professores deviam era pedir mais "poder".
Passamos do professor que dava reguadas para o professor que leva bolachadas... algures no meio deve estar a virtude e os pais aqui têm muita culpa...
É caso para dizer, o barato sai caro...
É urgente uma clarificação nesta máteria, e diria que mais importante que vermos manifestações por "perdemos tempo com avaliação" os professores deviam era pedir mais "poder".
Passamos do professor que dava reguadas para o professor que leva bolachadas... algures no meio deve estar a virtude e os pais aqui têm muita culpa...
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Dados dos gastos com a educação, em percentagem do PIB, em Portugal comparativamente à média dos países da OCDE:
Portugal OCDE
1995 4,9 5,4
2000 5,2 5,3
2005 5,5 5,8
2009 5,9 6,2
2011 4,7 6,2
2012 3,8 6,2
A divergência nos últimos anos é gritante... e, digo eu, preocupante! Ainda para mais quando acabámos de aumentar a idade escolar para os 18 anos!
Já agora, para quem acha que temos muitos licenciados, em Portugal há muito menos licenciados que na média dos países da OCDE. Entre os 25 e os 64 anos em Portugal há 15% de licenciados contra 31% na OCDE. Entre os 25 e os 34 anos em Portugal há 25% de licenciados contra 38% na OCDE...
Na conclusão do ensino secundários em Portugal 40% dos alunos concluí esse nível de ensino, contra 68% na OCDE.
Finalmente, o número de horas de aulas anuais por professor:
Portugal OCDE
1º e 2º Ciclos 865 782
3º Ciclo 761 704
Secundário 761 658
Portugal OCDE
1995 4,9 5,4
2000 5,2 5,3
2005 5,5 5,8
2009 5,9 6,2
2011 4,7 6,2
2012 3,8 6,2
A divergência nos últimos anos é gritante... e, digo eu, preocupante! Ainda para mais quando acabámos de aumentar a idade escolar para os 18 anos!
Já agora, para quem acha que temos muitos licenciados, em Portugal há muito menos licenciados que na média dos países da OCDE. Entre os 25 e os 64 anos em Portugal há 15% de licenciados contra 31% na OCDE. Entre os 25 e os 34 anos em Portugal há 25% de licenciados contra 38% na OCDE...
Na conclusão do ensino secundários em Portugal 40% dos alunos concluí esse nível de ensino, contra 68% na OCDE.

Finalmente, o número de horas de aulas anuais por professor:
Portugal OCDE
1º e 2º Ciclos 865 782
3º Ciclo 761 704
Secundário 761 658
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artista Escreveu:O grande problema está na educação em casa, ela faz toda a diferença, a escola consegue ajudar em muitos aspetos mas a educação dos país é decisiva...
Isto que referes penso que seja, basicamente, um dos pontos essenciais.
Neste artigo (aqui) podes ler na primeira página o seguinte:
- Código: Selecionar todos
- The most consistent predictors of children’s
academic achievement and social adjustment are
parent expectations of the child’s academic
attainment and satisfaction with their child’s
education at school.10
- Parents of high-achieving students set higher
standards for their children’s educational
activities than parents of low-achieving
students.
Já li um artigo científico que era público e justificava estes dois pontos mas não o consigo encontrar.
Sendo assim, sugiro que leiam o abstract deste:
- http://www.springerlink.com/content/p72731506kh74595/
E este que é público:
http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=& ... i5zQLt_olA
Querendo mais, é pesquisar no google por "Parental Involvement in education papers", sempre aparece mais um ou outro..
Cumps,
João Ventura
kuppka Escreveu:Li hj no Publico ....
Até poderia haver turmas para bons,maus,mt bons e mt maus desde q, pudessem variar de turma conforme capacidade e motivação.
Pois, acho que esse sistema até existe em alguns países, ou escolas, não sei ao certo mas já ouvi falar disso...
Mas eu duvido que houvessem muitos que estando em turmas com alunos menos aplicados conseguissem "subir de divisão"!
O grande problema está na educação em casa, ela faz toda a diferença, a escola consegue ajudar em muitos aspetos mas a educação dos país é decisiva...
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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joaoventura Escreveu:Boas Angrense,Angrense Escreveu:primeiro permite-me uma questão pessoal, é uma asa de parapente que tens no teu avatar?
sim, é uma NOVA Mentor 2..
João Ventura
Sim senhor

onde costumas voar, aí por Palmela? Peguei na minha agora na Páscoa, depois de mais de um ano parado. Já nem me conhece, atira-me ao chão com vento calmo e arrasta-me pela duna como se fosse um farrapo


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artista Escreveu:Angrense Escreveu:... A partir daqui, uma seleção que anule este injustiça torna-se mais difícil. Contudo, se criteriosa, esta distinção será benéfica para todos.
Duvido que em alguma circunstância possa ser benéfica para todos... e tenho alguma curiosidade em perceber que critérios é que tens em mente que pudessem garantir esses benefícios para todos?!
Artista,
não tenho nenhuns critérios em mente, nem disse que era fácil! Aliás, disse precisamente o contrário. Caso soubesse quais os critérios, a questão estaria resolvida. Assim que encontrados os critérios ideiais, seria benéfica para todos porque todos ganhariam e teriam aquilo que procuram. É uma situação hipotética para efeitos teóricos, porque na prática exigiria bem mais do que este simples debate de ideias.
Na Alemanha existem turmas de nível e, pelo que sei, tem funcionado bem. Pelo menos o pessoal parece ser bem "espertinho".
O que se faz em Portugal é diferente, cria-se uma turma de bons alunos e o resto fica disperso e deixado à sua sorte. Mas atenção, não sou nenhum especialista em educação.
Cumprimentos,
Angrense
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