Caldeirão da Bolsa

Comprar Casa ...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por goncalonr » 11/9/2008 14:29

Lion_Heart Escreveu:Ora ca esta uma das coisas onde se aplica a mentalidade mesquinha e retrogada dos Portugueses.
Não sei se repararam mas existem umas 200.000 habitações para vender em Portugal novas mais os milhares que estão a venda.

Os preços não baixam pois não, ja ouviram alguem dizem que quer vender a perder? É como na bolsa, so vendem no final do crash.

Vamos a factos:
Uma imovel e como outro bem qualquer , com o uso deteriora-se e fica velho. Agora alguém me explique poeque uma casa usada tem que valorizar? Um erro que as imobiliarias e a banca criaram nas pessoas , mas agora essa pessoas vão as imobiliarias e eles dizem por que preço as vendem (menos 15 a 20% do que o que compraram). É verdade que os preços subiam sempre, claro pela simples logica da procura e oferta, mas desde final dos anos 90 que a oferta ultrapassa em muito a procura.

Em Espanha so no ultimo ano fecharam metade das imobiliarias, faliram muitos construtores e as casas cairam para valores proximos dos de custo, por ca isso não acontece pq o mercado e mantido artificialmente pelos suspeitos do costume que manipulam como queresm este pequeno Páis a beira mar plantado.

Tenho um amigo que comprou em 2004 uma casa por 110 mil euros. Pos a casa a venda dois anos depois e o maximo que lhe deram foi 100.000 , tipico Português diz que não vende a perder. Hoje ninguem lhe da mais que 90.000 e ja pagou mais dois anos de juros a banca. Quando e se precisar de a vender vais ser por 85.000 ou menos. Isto é um exemplo tipico de muita gente.

Mas se pesquisar bem encontra bons preços e grandes compras. E os preços ainda vão cair mais!


O imobiliário tem essa característica esquisita: não desvaloriza com o uso! Logo não é como outro bem qualquer! O elevado Valor Residual é uma característica que distingue este activo de outros, tão somente. E não é por causa do uso concerteza que Espanha e USA estão como estão...

O valor dos imóveis sobe e desce tal como outros activos, tal como as acções. Quem julgava que só subia estava redondamente enganado...

E os suspeitos do nosso mercado, são quais já agora? Não sabia sequer que havia suspeitos, culpados ou inocentes de uma crise que é mundial e tem contornos específicos de País para País. Mais uma vez, Espanha e USA não têm as mesmas características, a crise é diferente e originada por causas diferentes.
Invista na família! Ela é o melhor que a vida lhe pode dar.

www.outofthebox.com.pt
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 302
Registado: 29/11/2007 3:39
Localização: 16

por Lion_Heart » 5/9/2008 15:57

O incumprimento no crédito à habitação nos EUA acelerou ao ritmo mais elevado de quase três décadas, devido ao aumento dos juros e à queda do valor das habitações das famílias que preferem entregar as casas uma vez que valem menos do que aquilo que elas devem aos bancos.

Os novos incumprimentos cresceram para 1,19% do total do crédito, superando 1% pela primeira vez em 29 anos, anunciou hoje a Associação Bancária de Crédito hipotecário.

O total de casas com crédito em incumprimento avançou para 2,75%, quase triplicando desde o “boom” no mercado habitacional que terminou em 2005.

A percentagem dos créditos que têm um pagamento em atraso ou mais representou 6,42% do total de empréstimos, o valor mais elevado de sempre, contra 6,35% no primeiro trimestre.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 7051
Registado: 6/11/2002 22:32
Localização: Toquio

por Lion_Heart » 3/9/2008 16:30

Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt


A venda de casas em Espanha caiu 27,6% no primeiro semestre deste ano para um total de 317.262 transacções, avança o jornal espanhol Cinco Dias.

Segundo a mesma fonte, a maior queda registou-se nas casas usadas que foi de 38,18% entre Janeiro e Junho deste ano para 157.232. A transacção de casas novas deslizou 13,02% para 160.030 unidades.

O mercado imobiliário espanhol é um dos mais afectados pela crise do “subprime”. Segundo uma notícia avançava pelo “Expansión” em meados de Agosto, desde o início do ano, as imobiliárias espanholas já cortaram cerca de três mil postos de trabalho, sendo que os cortes se estendem também aos altos executivos das empresas.

O jornal espanhol acrescentou que o desemprego no sector imobiliário e da construção já subiu 28,8% só no segundo trimestre do ano.

O aumento das restrições ao crédito é um dos motivos apontados para o agravamento da situação vivida no mercado habitacional uma vez que o financiamento é disponibilizado a um menor número de pessoas, levando a uma redução da procura.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 7051
Registado: 6/11/2002 22:32
Localização: Toquio

por canguru » 2/9/2008 22:02

Brindo esta conversa com alguns pixs, excertados do último relatório da ODCE.

Como dizem os papéis dos fundos de investimentos dos bancos “rendibilidades passadas não garantem rendibilidades futuras”…

O 1º gráfico diz respeito ao States
Anexos
houses.bmp
houses.bmp (583.65 KiB) Visualizado 1382 vezes
houses_3.bmp
houses_3.bmp (840.4 KiB) Visualizado 1380 vezes
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2240
Registado: 6/4/2008 22:41
Localização: lx

por JS123 » 2/9/2008 19:00

Bzidroglio Escreveu:Há uma questão que se coloca... quem vai comprar essas casas ?
Haverá sempre uma minoria que troca de casa, mas a maioria trocou quando a Euribor andava na casa dos 2%. Para voltar agora a trocar, seria necessário vender o imóvel actual.
Depois há a faixa dos consumistas endividados, que trocava de casa (com a conivência dos Bancos) para arranjar mais algum dinheiro de diferencial que lhes permitia irem liquidando os cartões e outros créditos.
A 3ª faixa de compradores poderão ser os jovens, que cada vez terão menos condições de aquisição (falta de emprego, geração dos 500 €) e que cada vez mais vão ficando em casa dos pais. Por sua vez a natalidade nesta faixa tem diminuído ou estagnado.
Resta-nos a faixa dos emigrantes e as minorias, que têm muitos filhos (cada vez mais) mas que não compram casas. Só as que os (des)governos lhes oferece.
Aqui, os emigrantes ucranianos que se fixaram em Portugal contribuíram com algumas aquisições.
Por isso, podem existir muitas teorias, mas é indubitável que só haverá negócios se houver compradores... e, eles cada vez são menos.


cONCORDO EM PLENO COM ESTA OBSERVAÇÃO. COMPRAM NA MARÉ ALTA COM JURO BAIXO E PEDEM PARA TUDO E MAIS ALGUMA COISA, PROVAVELMENTE ATÉ PARA O GATO...E DPOIS AGORA FICAM AFLITOS COM A CORDA APERTAR. MUITAS CASAS OS BANCOS TEM PARA VENDER, QUEM SABE SE QUALQUER DIA NÃO TERAM QUE ABRIR IMOBILIÁRIAS PRÓPRIAS? :mrgreen: FORAM CONIVENTES AGORAM AGUENTEM-SE... :x
NA URBANIZAÇÃO ONDE VIVO (TEM 3/4 ANOS)EXISTEM IMENSAS "CASAS USADAS" À VENDA APENAS COM 1, 2 OU 3 ANOS DE USO. DIRIA QUE CERCA DE 30% DOS SEUS PROPRIETÁRIOS EM CONVERSA DE CAFÉ INFORMAM OS VIZINHOS QUE COMPRARAM UMA MORADIA. CURIOSO TANTOS A COMPRAR MORADIAS AO MESMO TEMPO E EM TEMPO DE CRISE... :?: :idea: RESULTADO EXISTEM APARTAMENTOS A SEREM VENDIDOS, PERDÃO VENDIDO NÃO A TENTAR SER COMERCIALIZADOS COM PERDAS DE 10 E 15.000 € EM RELAÇÃO AO VALOR INCIAL, NÃO PORQUE A ZONA TENHA DEGRADADO, APENAS PORQUE A OFERTA REPENTINA DE USADOS FOI ENORME :!: :wink:
 
Mensagens: 143
Registado: 29/11/2007 9:27
Localização: Terra

por JS123 » 2/9/2008 18:49

sargotrons Escreveu:
rmachado Escreveu:PS - Em Aveiro o problema parece ser o mesmo, mas temos ainda muita especulação.

Pior é que continuam a fazer casas a rodos ficando a parte velha da cidade abandonada.

É o fenomeno em quase todas as cidades, construção desenfreada e os centros urbanos a ficarem vazios e com casas a cair...


Vou te dar um exemplo de um caso que aconteceu comigo.

Há alguns anos quando procurava casa, pus em hipótese reconstruir uma casa no centro de Faro que pertence à minha avó, uma casa térrea que esteve alugada durante décadas e de alguns anos para cá tem estado desabitada e a precisar de obras profundas. É uma casa com um grande lote de terreno (quintal interior), mas a fachada que dá para a rua é estreita, e sendo a própria rua estreita. Sendo assim para fazer qualquer obra seria necessário fazer entrar as máquinas e fazer estaleiro dentro do lote abrindo parte da fachada como portão.

Fui à camara de Faro pedir o pedido prévio de viabilidade de construção (um pequeno parecer a dizer o que pode e não pode ser feito) e a resposta foi não pode tocar na fachada, ponto final! Nada nem que reconstruas uma réplica da anterior, sendo assim qualquer obra é inviavel, querem que se faça obras profundas com um carrinho de mão e numa rua onde um camião maior corta o trânsito. Resultado final, a casa continua degradar-se e a fachada está intocada excepto pelas forças da gravidade que aos poucos vai tendo o seu efeito, até ao dia que a fachada cai de vez...mas o que interessa é que eu não lhe toquei!

Cheers


ISTO É APENAS UMA PEQUENA GOTA NO IMENSO OCEANO CAMARÁRIO...RAZÃO PELA QUAL A CONSTRUÇÃO USADA VAI CADA VEZ FICANDO PIOR E DESVALORIZADA, NINGUÉM LHE PEGA, AS OBRAS SÃO CARAS E DIFICEIS E DEPOIS DAS DORES DE CABEÇA ULTRAPASSADAS NO FINAL QUANDO PENSAMOS EM VENDER UM DIA MAIS TARDE NÃO CONSEGUIMOS REAVER O INVESTIMENTO DISPENDIDO NAS OBRAS.
 
Mensagens: 143
Registado: 29/11/2007 9:27
Localização: Terra

por marianonunes » 2/9/2008 14:30

Em cidade universitárias não sei até que pontos os dados do INE são exactos. Visto muitos estudantes (a maioria) pagarem a renda "por baixo da mesa".
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 337
Registado: 29/8/2008 15:04
Localização: 12

por Bokas » 2/9/2008 12:50

Infelizmente exmplos como o Sagotrons existem muitos

O caso que conheço é referente a um prédio devoluto em Alfama, apenas dois apontamentos entre muitos que se passaram

A pessoa em questão foi obrigada a manter os azulejos existentes nas escadas que datavam do Séc. XIX (e com a maioria quebrados e muitos espaços já sem nenhum) claro está que azulejos daqueles não existem em parte alguma. Melhor solução, no meu ver, tinha sido doar aqueles azulejos pelo seu valor histórico, mas não tinham de ser deixados no sitio.

À conta da colocação de uma viga de madeira (que ficaria tapada) para ajudar na sustentação (e para uma maior segurança) do piso superior a obra foi embargada, passaram-se dois anos para a resolução deste problema. Dois anos em que o proceso andou e gabinete em gabinete.

Conclusão a pessoa em questão mal a obra foi desembargada vendeu o prédio.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 623
Registado: 20/5/2008 12:54
Localização: Margem Sul

por sargotrons » 2/9/2008 12:39

rmachado Escreveu:PS - Em Aveiro o problema parece ser o mesmo, mas temos ainda muita especulação.

Pior é que continuam a fazer casas a rodos ficando a parte velha da cidade abandonada.

É o fenomeno em quase todas as cidades, construção desenfreada e os centros urbanos a ficarem vazios e com casas a cair...


Vou te dar um exemplo de um caso que aconteceu comigo.

Há alguns anos quando procurava casa, pus em hipótese reconstruir uma casa no centro de Faro que pertence à minha avó, uma casa térrea que esteve alugada durante décadas e de alguns anos para cá tem estado desabitada e a precisar de obras profundas. É uma casa com um grande lote de terreno (quintal interior), mas a fachada que dá para a rua é estreita, e sendo a própria rua estreita. Sendo assim para fazer qualquer obra seria necessário fazer entrar as máquinas e fazer estaleiro dentro do lote abrindo parte da fachada como portão.

Fui à camara de Faro pedir o pedido prévio de viabilidade de construção (um pequeno parecer a dizer o que pode e não pode ser feito) e a resposta foi não pode tocar na fachada, ponto final! Nada nem que reconstruas uma réplica da anterior, sendo assim qualquer obra é inviavel, querem que se faça obras profundas com um carrinho de mão e numa rua onde um camião maior corta o trânsito. Resultado final, a casa continua degradar-se e a fachada está intocada excepto pelas forças da gravidade que aos poucos vai tendo o seu efeito, até ao dia que a fachada cai de vez...mas o que interessa é que eu não lhe toquei!

Cheers
Não faz mal!...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 983
Registado: 5/9/2007 15:53
Localização: Estoi

"Aveiro é nosso até morrer"

por CerealKiler » 2/9/2008 12:10

para um acto isolado Aveiro ou Coimbra são boas opções de investimento. Se for situado perto das Universidades melhor.

Cidades de grandes Universidades com movimentos de alunos novos todos os anos, o eventual arrendamento não será de todo impossível.
 
Mensagens: 824
Registado: 1/4/2008 17:29
Localização: Aveiro

por rmachado » 2/9/2008 12:08

PS - Em Aveiro o problema parece ser o mesmo, mas temos ainda muita especulação.

Pior é que continuam a fazer casas a rodos ficando a parte velha da cidade abandonada.

É o fenomeno em quase todas as cidades, construção desenfreada e os centros urbanos a ficarem vazios e com casas a cair...
 
Mensagens: 2125
Registado: 24/8/2004 10:42
Localização: Carregado

por rmachado » 2/9/2008 12:06

O que eu tenho assistido (pelo menos na minha zona), é que a segunda mão estagnou devido especialmente a nova construcção a preço muito perto destes.

Ou seja, os preços não tem subido. Temos uma estagnacão do mercado, e isso nota-se pelo volume de casas que estão a entrar no mercado de aluguer.

Os bancos apertaram a malha e agora tá complicado.
 
Mensagens: 2125
Registado: 24/8/2004 10:42
Localização: Carregado

por Bzidroglio » 2/9/2008 11:45

Há uma questão que se coloca... quem vai comprar essas casas ?
Haverá sempre uma minoria que troca de casa, mas a maioria trocou quando a Euribor andava na casa dos 2%. Para voltar agora a trocar, seria necessário vender o imóvel actual.
Depois há a faixa dos consumistas endividados, que trocava de casa (com a conivência dos Bancos) para arranjar mais algum dinheiro de diferencial que lhes permitia irem liquidando os cartões e outros créditos.
A 3ª faixa de compradores poderão ser os jovens, que cada vez terão menos condições de aquisição (falta de emprego, geração dos 500 €) e que cada vez mais vão ficando em casa dos pais. Por sua vez a natalidade nesta faixa tem diminuído ou estagnado.
Resta-nos a faixa dos emigrantes e as minorias, que têm muitos filhos (cada vez mais) mas que não compram casas. Só as que os (des)governos lhes oferece.
Aqui, os emigrantes ucranianos que se fixaram em Portugal contribuíram com algumas aquisições.
Por isso, podem existir muitas teorias, mas é indubitável que só haverá negócios se houver compradores... e, eles cada vez são menos.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 134
Registado: 5/2/2008 17:53
Localização: Santarém

por mercurius lusitani » 2/9/2008 11:27

marianonunes Escreveu:Tendo em conta o post inicial.

Aveiro... tem a universidade, está a formar-se num centro tecnológico através da Inovria com muita gente a vir de fora (empresas como a Nokia/Siemens, PT Inovação, NEC e várias pequenas empresas) e tem uma zona industrial bastante grande.

É uma cidade em expansão. Por isso é um mercado com muita procura. Os preços a descerem... não vai ser muito.


Atencao que os dados do INE nao indicam esta expansao. A cidade cresceu muito entre 1981 e 2001 com a chegada da Universidade e a sua expansao mas parece ter estagnado nos ultimos anos. O crescimento populacional do concelho de Aveiro entre 2001 e 2006 foi de 200 pessoas - 73335 para 73559.

No entanto, o factor expansao populacional pode nao ser o mais importante, pois o aumento do poder de compra pode evoluir de maneira diferente, afectando os diferentes segmentos de habitacao de forma diferente. Veja-se o caso de Lisboa, onde a populacao passou de 800.000 em 1981 para menos de 500.000 em 2007.
 
Mensagens: 57
Registado: 16/1/2008 18:29
Localização: Montemuro

por nunofaustino » 2/9/2008 11:19

marianonunes Escreveu:Tendo em conta o post inicial.

Aveiro... tem a universidade, está a formar-se num centro tecnológico através da Inovria com muita gente a vir de fora (empresas como a Nokia/Siemens, PT Inovação, NEC e várias pequenas empresas) e tem uma zona industrial bastante grande.

É uma cidade em expansão. Por isso é um mercado com muita procura. Os preços a descerem... não vai ser muito.


Mesmo em aveiro conheço algumas pessoas que compraram apartamentos à 3-4 anos e que agora há novos ao mesmo preço ou mais baratos (zona das barrocas e glicínias, por exemplo).

Um dos erros, na mho, é comprar numa zona que está na moda. É extremamente difícil que uma zona da cidade se mantenha na moda durante vários anos. Em Aveiro a moda já foi morar no Alboi, depois na Forca, depois nas Barrocas com vista para a Ria, agora não sei muito bem onde é. Quando se compra uma casa na moda está-se a pagar um extra que não depois pode ou não ser valorizado...

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5157
Registado: 5/11/2002 5:10
Localização: Portugal

por V. » 2/9/2008 3:09

carf2007 Escreveu:
Não concordo em absoluto. O preço do m2 de uma casa/apartamento não depende unicamente do estado da casa. Se a zona onde se situa a casa evoluiu com o construção de novos equipamentos sociais de forma a proporcionar uma qualidade de vida melhor para os que moram lá então é perfeitamente natural que uma casa em 2ª mão se esteja a valorizar.


Só para reforçar , deixo alguns exemplos de grande valorização nos ultimos anos devido ao que foi dito acima :

Matosinhos - Senhora da Hora ( Proximo ao NorteShopping ) e Matosinhos Sul

Lisboa - Zona da Expo e Baixa

Algarve então nem digo nada !!


Existem quase uma centena de variaveis que influencia o preço das casas. Cada uma delas com uma ponderaçao especifica.

Sendo:

Caracteristicas gerais tais como: Composiçao; situaçao; Ano de Construçao; Obras de Melhoramento; Ano das Obras; Tipologia; Ao abrigo do INH ou nao; habitabilidade; requisitos RGEU

Caracterisitacs construiçao: Estrutura; Qualidade de construçao e acabamentos; Estado de conservaçao; Disposiçao do espaço interior.

Caracteristicas de qualidade de conforto: Condominio fechado; garagem individual; piscina individual; campo de tenis; outros equipamentos de lazer; sistema central de climatizaçao; Elevadores em edifico com menos de 4 pisos; Qualidade construtiva; Localizaçao excepcional; Utilizaçao de tecnicas ambientalmente sustentaveis; Localizaçao e operacionalidade relativas.

Outras caracteristicas; Nr lugares de garagem; ne lugares em Box, nr parqueamentos; Opens Space, Arrecadaçao; etc.

Caracteristicas de comercializaçao: facilidade de comercializaçao, capacidade de manter o valor no tempo; valor comercial da localizaçao; classificaçao oferta/procura

Caracteristicas de localizaçao: Zona, tendencia ao desenvolvimento urbanistico; estacionamento; acessos; enquadramento passagistico, transportes publicos, Universidades, Centros comerciais

E mais uma carrada de informaçao.

Ou seja, o nr de casas para venda nao sao por si so indicativo de existir um excesso ou excassez de oferta, pois o que interessa é as sua especificidade.

Por exemplo, pode haver excesso de casas de determinado seguemento localizadas em tal sitio, mas falta de casas de outro segmento em outro sitio.

Logo, isso é relativo. Há tipos de casas e sitios, onde encontrar uma para venda é um achado. Quem quiser vender nesses sitios vende bem e caro.
Cordiais cumprimentos,

V.

Add Augusta Per Angusta
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 344
Registado: 3/12/2007 11:13
Localização: Mad scientist's lab in Caribbean

por marianonunes » 2/9/2008 3:01

Tendo em conta o post inicial.

Aveiro... tem a universidade, está a formar-se num centro tecnológico através da Inovria com muita gente a vir de fora (empresas como a Nokia/Siemens, PT Inovação, NEC e várias pequenas empresas) e tem uma zona industrial bastante grande.

É uma cidade em expansão. Por isso é um mercado com muita procura. Os preços a descerem... não vai ser muito.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 337
Registado: 29/8/2008 15:04
Localização: 12

por marianonunes » 2/9/2008 2:28

Não era para ti pessoalmente... embora viesse a seguir ao teu. :P

Foi para o tópico em geral. Parece que algumas pessoas pensam que comprar uma casa é como comprar um carro. Comprar uma casa pode-se assumir como um investimento e pode ser bastante rentável.

Claro que é tudo "location, location, location".

Um apartamento em rendas pode dar uma "taxa de juro" próxima ou superior ao que o mercado oferece dependendo da localização. A isso soma-se a própria inflação do mercado imobiliário e valorizações mais apressadas que se devem a localizações bem escolhidas.



P.S. Estatísticas do INE são bonitas... mas eu próprio tenho duas "casas" que devem contar para a estatística, mas que não contam para a realidade. Casas dos meus avós que não me dou ao trabalho de meter abaixo. Tens casas de imigrantes, pelo menos na minha terra natal existem dezenas de casa só habitadas no verão.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 337
Registado: 29/8/2008 15:04
Localização: 12

por Bzidroglio » 2/9/2008 2:15

Concordo com o Lion a 100%! Já há anos que venho defendendo que uma casa é um bem como outro qualquer, sujeito à lei da oferta e da procura.
Há 10 anos, quando dizia o que o Lion disse agora olhavam para mim como se de um "encontro imediato de 3º grau se tratasse" :mrgreen:
Actualmente, alguns já começam a pensar pela própria cabeça.
O exemplo que dou é a dos automóveis pós-25 de Abril. Com a limitação das importações, e com esquemas importados da América Latina como os "Poligrupos" e outras tretas, um carro, mercê do enorme aumento da procura era um bem raro. Assistíamos a pessoal a comprarem uma viatura, fazerem-lhe milhares de Kms e depois a venderem com valorizações e 20 e 30%. Os anos de ouro dos stands auto !
Com as casas passou-se rigorosamente a mesma coisa. Havia deficit de oferta pelo que assistíamos a pessoas que compravam casa, habitavam, desgastavam os matérias pela utilização e depois vendiam com enormes margens de lucro. Se a inflação poderia justificar num caso e noutro um aumento de preços, era a raridade dos bens que contribuíam para o aumento. Hoje e sempre haverá zonas em que é "chique" morar e as moradias/terrenos são escassos.Zonas marítimas, zonas da moda, etc em que pela falta de oferta os preços subirão. Nos outros, por muito que alguns construtores queiram contrariar a tendência de mercado, acabarão por ter de se adaptar e baixar os preços para seduzir os compradores. É uma questão de tempo.
Há uma coisa que acredito.. as vacas nunca serão tão gordas como há anos atrás.
Be Happy !
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 134
Registado: 5/2/2008 17:53
Localização: Santarém

dúvidas de marianonunes

por JS123 » 1/9/2008 23:36

marianonunes Escreveu:Desde quando é que investir em imobiliário (desde que com qualidade como em qualquer outro investimento) não é uma oportunidade de ganhar dinheiro?

Não percebi essa.


Por favor pode esclarecer qual a sua(s) dúvida(s). terei todos o gosot em tentar esclarecer de acordo com o meu ponto de vista pessoal.
 
Mensagens: 143
Registado: 29/11/2007 9:27
Localização: Terra

por JS123 » 1/9/2008 23:35

marianonunes Escreveu:Desde quando é que investir em imobiliário (desde que com qualidade como em qualquer outro investimento) não é uma oportunidade de ganhar dinheiro?

Não percebi essa.


Por favor. se quiser pode esclarecer melhor qual a sua(s) dúvida(s, terei todo o gosto em esclarecer de acordo com o meu posto de vista pessoal.
 
Mensagens: 143
Registado: 29/11/2007 9:27
Localização: Terra

por marianonunes » 1/9/2008 22:19

Também dá.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 337
Registado: 29/8/2008 15:04
Localização: 12

por bboniek33 » 1/9/2008 22:12

marianonunes Escreveu:Desde quando é que investir em imobiliário (desde que com qualidade como em qualquer outro investimento) não é uma oportunidade de ganhar dinheiro?

Não percebi essa.


Desde quando ee que investir nao ee uma oportunidade de ganhar ou perder dinheiro ?

Esta ee mais facil de perceber... :wink:
Imagem
 
Mensagens: 2713
Registado: 22/4/2003 23:12

por marianonunes » 1/9/2008 21:52

Desde quando é que investir em imobiliário (desde que com qualidade como em qualquer outro investimento) não é uma oportunidade de ganhar dinheiro?

Não percebi essa.
Editado pela última vez por marianonunes em 1/9/2008 22:17, num total de 1 vez.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 337
Registado: 29/8/2008 15:04
Localização: 12

COTAÇÃO / AVALIAÇÃO DOS IMÓVEIS

por JS123 » 1/9/2008 18:01

Sobre este assunto compete-me referir o seguinte:
O preço dos imóveis varia entre outros factores, em função da sua área, localização, características e idade. Nunca devemos esquecer que uma casa usada vale menos do que uma casa nova. Infelizmente muitos proprietários, na fase de promoção de venda da sua habitação, esquecem-se ou são pressionados a fazê-lo, pelo facto de terem adquirido em tempos uma casa, que actualmente vale menos do que a 3 ou 5 anos atrás.
Durante muitos anos, não só em Portugal mas por todo o globo terrestre a habitação foi considerado um bem seguro com valorização garantida, como se trata-se de um investimento com garantia de capital e elevada rentabilidade. Deste os Estados Unidos à Europa a banca financiava e promovia cegamente o crédito à habitação. Até um arrumador de automóveis nos E.U.A. conseguia obter uma linha de crédito à habitação. Infelizmente, como tudo na vida, tudo que começa também acaba, e esta bolha especulativa também rebentou no verão de 2007. Aquilo que muitos hoje conhecem como o “sub prime” resume-se a isto mesmo a mais um crédito mal parado de um determinado segmento de risco do crédito à habitação norte-americano. Os crash’s bolsistas que conduziram ao resgate de milhões de dólares e euros vieram aumentar as necessidades de financiamento de toda a banca e consequentemente ao aumento da taxa Euribor. Esta situação veio desencadear o fenómeno da queda das pedras de dominó, forçando toda a banca a rever as suas políticas de financiamento de crédito à habitação perante a sua falta de liquidez. A habitação que durante muitos anos era um valor seguro deixa de o ser, principalmente os imóveis usados (salvo algumas excepções).
Para aqueles que não têm memória curta, é fácil recordar os tempos em que com relativa facilidade se conseguia obter na banca um financiamento de crédito à habitação, que se destinava não só à aquisição da habitação mas também do automóvel, do eventual recheio da habitação, da viagem das férias, do computador, etc…quantos e quantos créditos assim foram realizados? A banca avaliava os imóveis acima do seu valor real. Deste modo a permitia ao cliente conseguir não só o financiamento para a casa mas também para a realização de todos os seus outros objectivos (com taxa de juro mais atractiva). Se o cliente fosse financiar-se junto da banca para comprar o automóvel, o recheio da habitação, a viagem ou o computador com os respectivos créditos (taxas mais elevadas), decerto que a maioria não eram efectivados. Deste modo o negócio era da conveniência de ambas as partes. Terá sido esta conjuntura, um dos motores a potenciar o advento de numerosos “construtores” no mercado sem aptidão para o efeito? E para a especulação dos preços da habitação nos anos 90? No que a Portugal diz respeito tenho a convicção que sim, pois a banca nacional, incentivava e financiava qualquer “rosto”, sem a mínima prova de idoneidade profissional a edificar. Quantos mais fossem financiados, maior o lucro da banca. Nessa época a procura de habitação superava largamente a oferta, as vendas estavam afiançadas, mesmo que a construção não apresenta-se um mínimo de predicado. Qualquer “figura” podia construir, até nos dias correntes ainda se constrói sem alvará. As nossas instituições, como sempre, muito activas e diligentes…
Em corolário de todas estas modificações no crédito à habitação, actualmente o valor das habitações está a comportar um ajustamento há uma nova realidade. Há que fazer uma clara distinção entre os dois mercados, o mercado da habitação nova e dos usados. Se ambos estão em crise pelos motivos que todos sabemos (fraco poder de compra, elevada taxa de juro, agravamento das restrições na concessão do crédito), parece obvio que o mercado dos usados está mais desfavorecido.
- No mercado dos usados o preço tende em baixar consideravelmente. A maioria dos imóveis está com preços elevados. Deste modo não justificam a opção de compra de um usado, quando em condições idênticas existe com uma diferença mínima de preço comparativamente com um imóvel novo.
Em condições gerais não se consegue vender uma habitação com menos de 3 anos sem perder dinheiro com o negócio. Eventualmente acima dos 3 a 10 anos poderá ganhar dinheiro com a venda do imóvel, desde que não incorpore os eventuais custos de juros e despesas de aquisição. Acima dos 10 anos, seguramente que ganhará com a venda do imóvel. De referir que tudo depende de pressupostos gerais, cada caso é um caso, depende sempre da zona em questão, da oferta e da procura, da qualidade de cada habitação, um prédio ao lado do outro pode ter um valor completamente diferente, (as áreas das fracções, os acabamentos, às áreas dependentes, o estado de conservação, existência de dividas ao condomínio), desvalorização / valorização da zona nos últimos tempos por factores diversos, etc.
- No mercado dos novos existe realidades muito diferenciadas que tendem a desaparecer a curto / médio prazo. Os promotores sem idoneidade não terão resistência para sobreviver durante muito tempo neste mercado. Os imóveis já edificados com garantia de qualidade certamente que não irão baixar de preço o que não irá acontecer com os que estão no mercado a ser promovidos pelas “figuras” que foram promovidas pela banca e que agora se vem numa situação muito pouco confortável. Entre perder 5 ou perder 10…não será difícil tomar uma opção, mas onde está a garantia do consumidor que compra um imóvel a este “rosto” desesperado? Certifiquem-se no mínimo se a empresa tem alvará de construção próprio! Compete ao consumidor saber fazer a selecção natural e lembrar-se que mais tarde terá que vender o imóvel que hoje vai comprar. O que hoje pode ser barato poderá revelar-se caro no futuro. Pelo que conheço deste mercado não conheço descidas de preço na habitação “idónea”. As políticas para a construção não indicam descidas de preços, muito pelo contrário. Os imóveis a serem edificados actualmente tem que ser SEGURAMENTE MAIS CAROS que os que estão actualmente construídos.
Qualquer um pode compreender estão afirmação, senão vejamos:
- Os preços dos terrenos não descem, na melhor das hipóteses estão a manter em algumas regiões, menos comercializadas, mas na generalidade tem aumentado uma vez que a diminuição das licenças de construção conduziu a uma menor oferta de loteamentos, consequentemente os preços também agravam;
- O decréscimo do custo das matérias que eventualmente poderia ocorrer pelo abrandamento da produção, não se verifica pela grande escalada do aumento do petróleo. A maioria do preço dos materiais em vez de diminuir, aumenta não só pelo custo de produção mas também pelo custo de transporte, como também pelo aumento da procura por parte das economias da China e da Índia como são o caso dos metais, alumínio e Aço;
- A introdução da nova regulamentação na construção, agrava significativamente os custos de construção, não só em áreas, como em investimento extra em materiais e novos equipamentos que foram introduzidos na habitação;
- A existência de novos documentos e certificados, aumentos de custos de transmissão, aumentos das taxas de juros, etc…

Em resumo:
- O meu conselho é o seguinte, se você precisa de comprar uma casa nova compre já:
1) A construção actual é mais barata e os preços das novas não vão descer, pelos menos se você souber escolher o produto “idóneo”, nunca compre a uma empresa que não tenha alvará próprio e não tenha no mínimo 10 a 15 anos de mercado.
2) Se for recorrer a crédito bancário não se esqueça que a Euribor actualmente está a níveis muito altos, se subir (o que já é muito pouco provável, mas possível) certamente que não será muito, quem comprou quando estava a 2,75% não se preocupou com subidas de juro e comprou, hoje quando esta a 5% não quer comprar? Isto é como nas acções quando estão em saldos todos têm medo, quando estão em maré-alta a euforia faz grandes estragos…
- Se pretende optar por uma casa usada, pondere bem a sua decisão:
1) Se for recorrer a crédito bancário já sabe, quando mais cedo melhor, pelo menos já sabe o que fica a pagar e não corre o risco de ver a sua prestação a subir no futuro, mas sim a descer.
2) Por outro lado muito provavelmente corre o risco de comprar a sua casa e ao fim de 2 ou 3 anos ela valer menos do que comprou (além de ter mais anos os preços das usadas tendem a descer).
 
Mensagens: 143
Registado: 29/11/2007 9:27
Localização: Terra

Próximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Ferreiratrade, fincas, iniciado1, latbal, Luzemburg, paul_invest, PAULOJOAO, Yahoo [Bot] e 79 visitantes