França permite downloads...
Aqui podem ver uma parte da conversa.....
[15:00] <@Tatiana> O chat sobre downloads ilegais na Internet vai começar daqui a pouco...
[15:01] <@Tatiana> Os leitores vão poder conversar com o director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa, Eduardo Simões
[15:02] <@Tatiana> Recorde-se que no início de Abril a AFP anunciou que foram apresentadas 28 queixas-crime contra utilizadores portugueses que partilharam ilegalmente ficheiros de música
[15:04] <@Tatiana> É a primeira vez que se apresentam queixas em Portugal...
[15:06] <@Tatiana> Segundo a associação, Portugal está na linha da frente do combate mundial à pirataria digital...
[15:08] <@Tatiana> O chat vai começar dentro de pouco tempo...
[15:08] <@Tatiana> Podem já começar a enviar questões...
[15:13] <@Tatiana> Hedonist, o chat é moderado. Nós é que escolhemos as perguntas dos leitores... E só essas é que ficam visíveis
[15:17] <@Tatiana> O director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa irá responder a muitas das vossas questões muito em breve...
[15:19] <@Tatiana> O PortugalDiário está a receber todas as perguntas dos leitores. O chat está mesmo quase a arrancar...
[15:19] <@Tatiana> O tema: downloads ilegais na net
[15:24] <@Tatiana> Vamos mesmo começar...
[15:25] <@Tatiana> O director-geral vai responder à primeira pergunta...
[15:27] <Eduardo-Simoes> Boa tarde a todos
[15:27] <@Tatiana> 1- O leitor <pipocars> quer saber quem é que fica com o dinheiro das multas?
[15:28] <Eduardo-Simoes> O dinheiro das multas vai sempre para o Estado
[15:28] <@Tatiana> 2- Leitor Bekus pergunta: Porque é que os CDs não são mais baratos para evitar downloads ilegais?
[15:28] <Eduardo-Simoes> Os Cd's têm tido uma estabilidade de preços como nenhum outro suporte cultural
[15:29] <Eduardo-Simoes> no dia 4 de Abril foram divulgados dados referentes aos preços praticados desde 1993 até 2005
[15:29] <Eduardo-Simoes> das editoras para as lojas
[15:29] <Eduardo-Simoes> e verifica-se uma quebra de preços
[15:30] <Eduardo-Simoes> em alguns casos essa quebra pode não ter tido repercussões nos consumidores
[15:30] <Eduardo-Simoes> por outro lado, há uma estrutura de custos para gravar um cd que compreende pagamento de direitos...
[15:30] <Eduardo-Simoes> a quem escreve a letra e música das canções,
[15:30] <Eduardo-Simoes> pagamento de direitos aos artistas,
[15:31] <Eduardo-Simoes> mesmo que estes sejam simultaneamente os autores das canções
[15:31] <Eduardo-Simoes> aluguer de estúdio e instrumentos musicais,
[15:31] <Eduardo-Simoes> pagamento a executantes (músicos de estúdio)
[15:31] <Eduardo-Simoes> marketing e promoção,
[15:32] <Eduardo-Simoes> custo industrial, embalagem e finalmente a margem de lucro da editora
[15:32] <Eduardo-Simoes> as editoras são sociedades comerciais que visam o lucro
[15:33] <Eduardo-Simoes> , mas esse lucro não é, por vezes, o que se pensa
[15:33] <@Tatiana> Leitor Rui L.: Qual é o preço de fabrico de um CD de música?
[15:33] <Eduardo-Simoes> O custo industrial varia entre 50 cêntimos a 1 euro, 1,5 euros
[15:34] <@Tatiana> Leitor vkz gostava de saber a diferença entre gravar um filme ou musica directamente da tv para vhs ou PC e fazer download desse mesmo filme ou música da net. O primeiro caso não é pirataria e o segundo é?
[15:34] <Eduardo-Simoes> Nenhum dos casos é pirataria.
[15:34] <Eduardo-Simoes> No caso da televisão, como no caso do download puro e simples...
[15:34] <Eduardo-Simoes> estamos no âmbito da cópia privada.
[15:34] <Eduardo-Simoes> Problema diferente é a partilha de ficheiros que pressupõe sempre
[15:35] <Eduardo-Simoes> o colocar à disposição (upload)
[15:35] <Eduardo-Simoes> e a descarga (download)
[15:35] <@Tatiana> Vários leitores perguntam se existe alguma prova directa de que os downloads ilegais fazem descer as vendas . ..
[15:36] <Eduardo-Simoes> diversos estudos de terceiros indicam precisamente o contrário...
[15:37] <Eduardo-Simoes> citava os estudos da Jupiter e Forrester
[15:38] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Que meios é que estão a ser utilizados para apanhar aqueles que fazem downloads de músicas na net?
[15:38] <Eduardo-Simoes> Os meios são em primeiro lugar dirigidos à partilha ilegal de ficheiros e não a quem está a fazer um download.
[15:39] <Eduardo-Simoes> Tecnicamente só é possível observar as pastas com ficheiros para partilhar
[15:40] <@Tatiana> O download de um album em mp3 é ilegal se o utilizador tiver comprado o original? pergunta
[15:40] <@Tatiana> outro leitor
[15:40] <Eduardo-Simoes> A compra de um disco físico não confere nenhum direito para além da escuta e cópia privada
[15:40] <@Tatiana> A invasão de privacidade sem ordem judicial não é crime então porque a praticam?
[15:40] <@Tatiana> pergunta outro leitor...
[15:41] <Eduardo-Simoes> Qualquer "invasão de privacidade", naturalmente terá de ser levada a efeito pelas autoridades competentes
[15:41] <Eduardo-Simoes> e ao abrigo de um mandado judicial
[15:41] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Como é que foram seleccionados os acusados de downloads ilegais?
[15:42] <Eduardo-Simoes> Para encontrar os 28 utilizadores bastou observar os utilizadores dos serviços de partilha de ficheiros
[15:43] <@Tatiana> Outro leitor pergunta...
[15:43] <@Tatiana> Que percentagem dos lucros das vendas vão para os autores das músicas?
[15:43] <Eduardo-Simoes> Os autores recebem cerca de 10% do preço de revenda do disco
[15:44] <Eduardo-Simoes> e os artistas dependendo do respectivo contrato,
[15:44] <Eduardo-Simoes> o que dá uma percentagem que vai desde 4 a 32%
[15:45] <@Tatiana> <skit> pergunta: Então uma pessoa normal pode continuar a fazer download de músicas da internet e ouvir, não pode é partilha-las com mais nimguém ? Certo ?
[15:45] <Eduardo-Simoes> Sim, certo.
[15:45] <@Tatiana> Vários leitores querem também conhecer qual o conceito da Associação Fonográfica Portuguesa de «pirata informático»
[15:46] <Eduardo-Simoes> Referimo-nos à pirataria de um modo geral a toda e qualquer reprodução não autorizada
[15:46] <Eduardo-Simoes> de gravações musicais
[15:46] <Eduardo-Simoes> Por analogia poderíamos dizer o mesmo em relação a filmes, jogos, etc.
[15:47] <Eduardo-Simoes> Não é uma expressão que tenha tradução na lei,
[15:47] <Eduardo-Simoes> A lei diz simplesmente que quem efectua uma destas reproduções sem autorização...
[15:47] <Eduardo-Simoes> incorre num crime de usurpação
[15:48] <@Tatiana> Vários leitores perguntam: qual a autoridade da SPA, da IFPI e da AFP para mover processos? será que já são tribunais?
[15:48] <Eduardo-Simoes> Tem a autoridade de qualquer queixoso, e claro que não são tribunais. Como já dissemos muitas vezes, no caso do P2P não foi nem a IFPI nem a SPA que apresentou qualquer queixa. Foi a AFP.
[15:49] <@Tatiana> GAOV pergunta: Que garantias têm os utilizadores normais da internet de que os seus dados não estão a ser monitorizados? Não nos podemos esquecer que a internet é um meio utilizado para realizar operações bancárias, compras, entrega de irs, etc…[15:49] <Eduardo-Simoes> As garantias estão na constituição relativamente à protecção dos seus dados pessoais
[15:50] <Eduardo-Simoes> Em caso de comissão de actos ilícitos, as autoridades podem ordenar aos ISP's, ou à Banca,
[15:50] <Eduardo-Simoes> a disponibilização desses dados.
[15:50] <@Tatiana> Leitor Alexandre 2010 questiona: A indústria musical deve evoluir, qual foi a última grande inovação para promover a aquisição legal de discos?
[15:51] <Eduardo-Simoes> Há um trabalho continuado de disponibilizar gravações para os sites legais de música
[15:51] <Eduardo-Simoes> e que foi sobretudo desenvolvido em grande escala nos últimos 2 anos
[15:51] <@Tatiana> Um leitor pergunta qual é a base legal para a afirmação de que a partilha de ficheiros de música na internet é ilegal (segundo o direito português)
[15:52] <Eduardo-Simoes> O código do direito de autor confere, para os produtores fonográficos no artigo 184...
[15:52] <Eduardo-Simoes> um direito exclusivo de colocar à disposição.
[15:52] <Eduardo-Simoes> A violação desse direito constitui crime punível com pena de prisão até 3 anos
[15:52] <Eduardo-Simoes> e multas de 100 a 250 dias
[15:52] <Eduardo-Simoes> nos termos do artigo 197
[15:53] <@Tatiana> Um caso concreto: Tenho vários mp3 no computador da empresa. Se for alvo de alguma fiscalização de software ilegal, encontrarão mp3 no computador, poderão eles implicar por isso? Poderão dizer que eu faço cópias ilegais? Se eu disser que não, poderão dizer que estou a mentir, pois todos os pc's têm gravadoras de CDs…
[15:53] <Eduardo-Simoes> Pode haver consequências a 2 níveis...
[15:53] <Eduardo-Simoes> o da relação do trabalhador com a entidade patronal
[15:54] <Eduardo-Simoes> e o da responsabilidade, se for o caso, pela partilha ilegal de ficheiros.
[15:55] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Porque não aplicam uma taxa nos CDs virgens e também nos ISPs? Só lucrariam com isso, não acha?
[15:55] <Eduardo-Simoes> A questão da remuneração dos suportes virgens não cobre minimamente os efeitos de desgaste causados pela cópia indiscriminada.
[15:55] <Eduardo-Simoes> Do nosso ponto de vista não é solução
[15:55] <@Tatiana> LuisRomero pergunta: Acha que os downloads ilegais vao acabar?
[15:56] <Eduardo-Simoes> Não sei se vão acabar. O que nos compete é dar um sinal que este estado de coisas tem que mudar.
[15:56] <Eduardo-Simoes> Se vão acabar ou não, não sabemos.
[15:56] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Não seria mais fácil bloquear os serviços de distribuição, do que apanhar os utilizadores da net, que apenas utilizam o que lhes é colocado à disposição ?
[15:56] <Eduardo-Simoes> Essa solução não foi considerada pelas autoridades europeias.
[15:57] <Eduardo-Simoes> Para se bloquear ou impedir o acesso de internet a um cidadão tem que haver previamente um conjunto de condições
[15:57] <Eduardo-Simoes> sejam elas o uso legal desse meio, ou o pagamento da própria conta no final do mês
[15:57] <@Tatiana> Uma pergunta mais atrevida... Nunca fez um download ilegal?
[15:57] <Eduardo-Simoes> Nem sei fazer.
[15:58] <Eduardo-Simoes> Mas copiei muitos CD's para cassete quando era estudante.
[16:00] <@Tatiana> Um leitor pergunta: Como são distinguidos os downloads legais dos ilegais e como é que nós os podemos distingir?
[16:00] <Eduardo-Simoes> Conforme já dissemos, o download em sim não é ilegal.
[16:00] <Eduardo-Simoes> Por isso, não é possível fazer essa distinção
[16:01] <@Tatiana> Estamos à espera de mais questões dos leitores...
[16:02] <@Tatiana> Um leitor pergunta:Qual a diferença em termos legais entre copiar um Livro numa biblioteca e copiar um cd de um amigo.
[16:02] <Eduardo-Simoes> Não há diferença nenhuma.
[16:03] <@Tatiana> Outra questão: O Sr.DR. Eduardo Simoes deve ter filhos, os filhos n fazem partilha de ficheiros?
[16:04] <Eduardo-Simoes> Não tenho filhos. De qualquer forma, se por algum motivo, um dos 28 visados pela queixas for uma pessoa das minhas relações familiares ou profissionais...
[16:04] <Eduardo-Simoes> não poderei fazer nada para evitar a continuação desse processo
[16:04] <Eduardo-Simoes> Trata-se de um crime público e só o Ministério Público tem competência para determinar se um processo tem continuação ou é arquivado
[16:05] <@Tatiana> Outra pergunta: Não o preocupa que na Súecia, os utilizadores já não possam ser processados por partilha de ficheiros na internet?
[16:05] <Eduardo-Simoes> Não é essa a informação de que disponho.
[16:05] <Eduardo-Simoes> Na Suécia, no dia 4 de Abril foram apresentadas mais 15 queixas
[16:06] <Eduardo-Simoes> estas queixas seguem-se a outras 15 iniciadas em Novembro de 2005
[16:06] <@Tatiana> A Sara pergunta: Se a partilha de ficheiros for feita por menores, estes poderão ser responsabilizados?
[16:06] <Eduardo-Simoes> Os menores não terão capacidade para serem responsabilizados
[16:06] <Eduardo-Simoes> Os seus pais, sim.
[16:07] <Eduardo-Simoes> Se um menor, a jogar à bola, partir o vidro do vizinho, quem é que paga?
[16:07] <@Tatiana> Nifan pergunta: Os 28 visados pelas queixas foram detectados como infractores em que períodos de tempo?
[16:07] <Eduardo-Simoes> Essa parte encontra-se em segredo de justiça.
[16:08] <@Tatiana> Outra pergunta: Esta acção (28 visados) tem claramente como fim assustar quem esta ilegal (28 visados), Acha que a ameaça e o bom caminho?
[16:08] <Eduardo-Simoes> QUando se mete uma acção judicial não se está propriamente a ameaçar, está-se a concretizar.
[16:09] <@Tatiana> Outra questão: O sr. eduardo simões considera o p2p legal ou ilegal?
[16:09] <Eduardo-Simoes> A partilha não autorizada de ficheiros, em Portugal, é ilegal.
[16:09] <Eduardo-Simoes> Ficheiros de música, logicamente.
[16:10] <Eduardo-Simoes> E mesmo assim nem todos, há autores e artistas que querem oferecer as suas músicas, e estão no seu pleno direito
[16:10] <Eduardo-Simoes> Há outras utilizações perfeitamente legais nos P2P, como fotos que os autores queiram partilhar
[16:11] <Eduardo-Simoes> ou outras quaisquer obras, desde que os respectivos autores assim o decidam
[16:12] <@Tatiana> Vapourware pergunta: Na lei portuguesa os lesados podem apresentar queixas enquanto donos do património cultural. Vocês representam os lesados?
[16:13] <Eduardo-Simoes> Os lesados aqui são autores, artistas e editores discográficos
[16:13] <Eduardo-Simoes> Nós só representamos os últimos
[16:14] <@Tatiana> Loljews pergunta: Será que a livre troca de música não contribui muito positivamente para a nossa cultura?
[16:14] <Eduardo-Simoes> Eu acho que não. Pelo contrário, no limite pode levar a que, rapidamente, se deixe de gravar música portuguesa
[16:14] <Eduardo-Simoes> e reste apenas a música estrangeira
[16:15] <@Tatiana> Viewer pergunta: Já existe software P2P 100% legal, em que não se corre o risco de ser processado?
[16:16] <Eduardo-Simoes> Não sei se existe, ou não. O nosso problema não é com a tecnologia, é sim contra o seu abuso.
[16:16] <@Tatiana> Outra pergunta: Mas no estrangeiro não há P2P também? Como é que no estrangeiro a musica sobrevive e cá não? A música vai sobreviver.. As editoras como as conhecemos é que não e é esse o vosso medo!
[16:17] <Eduardo-Simoes> Claro que no estrangeiro há P2P...
[16:17] <Eduardo-Simoes> e consoante os mercados a indústria vai sobrevivendo
[16:17] <Eduardo-Simoes> com maior ou menor dificuldade
[16:17] <Eduardo-Simoes> com campanhas semelhantes à que foi anunciada em Portugal
[16:18] <@Tatiana> Outra questão: Acha que essa campanha teve algum impacto nos users de P2P?
[16:18] <Eduardo-Simoes> A avaliar pela cobertura noticiosa, pensamos que sim.
[16:18] <@Tatiana> (Eu sou jornalista: Tatiana Alegria)
[16:19] <@Tatiana> Outra questão: A multa mínima por se apresentar álcool no sangue durante a condução vai dos 240 aos 1200 euros. A multa única (pelo que sei) por se partilhar música na net vai até aos 5000 euros. Isto não é absurdo?
[16:20] <Eduardo-Simoes> Se fosse verdade, e perante os exemplos dados, naturalmente que qualquer pessoa discorda
[16:20] <Eduardo-Simoes> dado a descrepância de valores
[16:20] <@Tatiana> Eduardo Simões é o director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa
[16:21] <@Tatiana> Outra questão: é um crime igualmente "mau" partilhar ficheiros (músicas, p ex) na internet e vender cds piratas nas ruas?
[16:21] <Eduardo-Simoes> É a mesma coisa.
[16:22] <@Tatiana> Outra questão: Qual a sua opinião acerca do rootkit utilizado pela Sony em alguns CDs de música?
[16:22] <Eduardo-Simoes> Desconheço essa tecnologia, mas penso que seja um dispositivo anti-cópia
[16:23] <Eduardo-Simoes> Sei que, internacionalmente, tem havido, por parte das editoras, avanços e recuos nesta matéria
[16:23] <Eduardo-Simoes> Muitos dos dispositivos anti-cópia conhecidos são francamente ineficazes
[16:23] <@Tatiana> Outra questão: Actualmente, os esforços que estão a ser feitos para acabar com a pirataria na internet, visam apenas a troca de mp3 ilegais, ou também visam filmes e outros tipos de software?
[16:23] <Eduardo-Simoes> Só podemos responder em relação à música.
[16:24] <Eduardo-Simoes> Através da comunicação social soube, há cerca de 2 meses,
[16:24] <Eduardo-Simoes> que a Associação de vídeo
[16:24] <Eduardo-Simoes> FEVIP
[16:24] <Eduardo-Simoes> tem nos seus planos uma actuação parecida com a AFP
[16:24] <Eduardo-Simoes> para quando, não sabemos
[16:24] <@Tatiana> Os leitores não se conformam com o custo dos CDs em Portugal... O que tem a dizer?
[16:25] <Eduardo-Simoes> Durante anos, e trabalho na AFP há 17
[16:25] <Eduardo-Simoes> não ouvi queixas relativamente ao preço dos CDs
[16:26] <Eduardo-Simoes> É curioso que só a partir do momento que a internet massificou o acesso desregado à música e correspondente reprodução,
[16:26] <Eduardo-Simoes> é que começaram as queixas em relação aos preços
[16:26] <Eduardo-Simoes> Tanto mais absurdo que, como já se referiu, e como os leitores bem sabem
[16:26] <Eduardo-Simoes> os CDs têm uma estabilidade de preços ímpar em Portugal
[16:27] <Eduardo-Simoes> Basta comparar o preço dos CDs com o de outros bens culturais inacessíveis através da Internet
[16:27] <Eduardo-Simoes> :
[16:27] <Eduardo-Simoes> como livros, bilhetes de cinema, acesso a espectáculos, etc.
[16:27] <Eduardo-Simoes> Eu também acho que a gasolina está caríssima...
[16:28] <@Tatiana> O leitor enviou-nos a definição de rootkit...
[16:28] <@Tatiana> ROOTKIT == A rootkit is a set of software tools frequently used by a third party (usually an intruder) after gaining access to a computer system. These tools are intended to conceal running processes, files or system data, which helps an intruder maintain access to a system without the user's knowledge
[16:28] <@Tatiana> Recorde-se que perguntou ao director-geral que o pensava do rootkit...
[16:29] <Eduardo-Simoes> Apesar do esforço do leitor, confesso a minha ignorância em relação a questões técnicas
[16:29] <Eduardo-Simoes> Acredite que gostava de lhe responder com rigor a essa quetão
[16:29] <@Tatiana> O chat está a acabar...
[16:29] <@Tatiana> última questão...
[16:30] <@Tatiana> StarFire pergunta: O modo como a AFP pretende agir perante os denominados infractores partiu directamente da AFP ou de um órgão estatal? A AFP está a agir por conta própria?
[16:30] <Eduardo-Simoes> A AFP age por conta própria e tem o apoio das autoridades portuguesas que se têm destacado no combate à pirataria
[16:30] <Eduardo-Simoes> Sublinho que é uma iniciativa da AFP, com o apoio da IFPI
[16:31] <@Tatiana> O PortugalDiário infelizmente não pode colocar todas as questões dos leitores, mas vamos tentar responder a todas mais tarde….
[16:32] <Eduardo-Simoes> Foi um prazer estar com os leitores do IOL e do PortugalDiario
[16:32] <Eduardo-Simoes> e espero ter contribuído para um melhor esclarecimento nestas questões
[16:32] <Eduardo-Simoes> Obrigado.
Tomem conhecimento.....
[15:00] <@Tatiana> O chat sobre downloads ilegais na Internet vai começar daqui a pouco...
[15:01] <@Tatiana> Os leitores vão poder conversar com o director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa, Eduardo Simões
[15:02] <@Tatiana> Recorde-se que no início de Abril a AFP anunciou que foram apresentadas 28 queixas-crime contra utilizadores portugueses que partilharam ilegalmente ficheiros de música
[15:04] <@Tatiana> É a primeira vez que se apresentam queixas em Portugal...
[15:06] <@Tatiana> Segundo a associação, Portugal está na linha da frente do combate mundial à pirataria digital...
[15:08] <@Tatiana> O chat vai começar dentro de pouco tempo...
[15:08] <@Tatiana> Podem já começar a enviar questões...
[15:13] <@Tatiana> Hedonist, o chat é moderado. Nós é que escolhemos as perguntas dos leitores... E só essas é que ficam visíveis
[15:17] <@Tatiana> O director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa irá responder a muitas das vossas questões muito em breve...
[15:19] <@Tatiana> O PortugalDiário está a receber todas as perguntas dos leitores. O chat está mesmo quase a arrancar...
[15:19] <@Tatiana> O tema: downloads ilegais na net
[15:24] <@Tatiana> Vamos mesmo começar...
[15:25] <@Tatiana> O director-geral vai responder à primeira pergunta...
[15:27] <Eduardo-Simoes> Boa tarde a todos
[15:27] <@Tatiana> 1- O leitor <pipocars> quer saber quem é que fica com o dinheiro das multas?
[15:28] <Eduardo-Simoes> O dinheiro das multas vai sempre para o Estado
[15:28] <@Tatiana> 2- Leitor Bekus pergunta: Porque é que os CDs não são mais baratos para evitar downloads ilegais?
[15:28] <Eduardo-Simoes> Os Cd's têm tido uma estabilidade de preços como nenhum outro suporte cultural
[15:29] <Eduardo-Simoes> no dia 4 de Abril foram divulgados dados referentes aos preços praticados desde 1993 até 2005
[15:29] <Eduardo-Simoes> das editoras para as lojas
[15:29] <Eduardo-Simoes> e verifica-se uma quebra de preços
[15:30] <Eduardo-Simoes> em alguns casos essa quebra pode não ter tido repercussões nos consumidores
[15:30] <Eduardo-Simoes> por outro lado, há uma estrutura de custos para gravar um cd que compreende pagamento de direitos...
[15:30] <Eduardo-Simoes> a quem escreve a letra e música das canções,
[15:30] <Eduardo-Simoes> pagamento de direitos aos artistas,
[15:31] <Eduardo-Simoes> mesmo que estes sejam simultaneamente os autores das canções
[15:31] <Eduardo-Simoes> aluguer de estúdio e instrumentos musicais,
[15:31] <Eduardo-Simoes> pagamento a executantes (músicos de estúdio)
[15:31] <Eduardo-Simoes> marketing e promoção,
[15:32] <Eduardo-Simoes> custo industrial, embalagem e finalmente a margem de lucro da editora
[15:32] <Eduardo-Simoes> as editoras são sociedades comerciais que visam o lucro
[15:33] <Eduardo-Simoes> , mas esse lucro não é, por vezes, o que se pensa
[15:33] <@Tatiana> Leitor Rui L.: Qual é o preço de fabrico de um CD de música?
[15:33] <Eduardo-Simoes> O custo industrial varia entre 50 cêntimos a 1 euro, 1,5 euros
[15:34] <@Tatiana> Leitor vkz gostava de saber a diferença entre gravar um filme ou musica directamente da tv para vhs ou PC e fazer download desse mesmo filme ou música da net. O primeiro caso não é pirataria e o segundo é?
[15:34] <Eduardo-Simoes> Nenhum dos casos é pirataria.
[15:34] <Eduardo-Simoes> No caso da televisão, como no caso do download puro e simples...
[15:34] <Eduardo-Simoes> estamos no âmbito da cópia privada.
[15:34] <Eduardo-Simoes> Problema diferente é a partilha de ficheiros que pressupõe sempre
[15:35] <Eduardo-Simoes> o colocar à disposição (upload)
[15:35] <Eduardo-Simoes> e a descarga (download)
[15:35] <@Tatiana> Vários leitores perguntam se existe alguma prova directa de que os downloads ilegais fazem descer as vendas . ..
[15:36] <Eduardo-Simoes> diversos estudos de terceiros indicam precisamente o contrário...
[15:37] <Eduardo-Simoes> citava os estudos da Jupiter e Forrester
[15:38] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Que meios é que estão a ser utilizados para apanhar aqueles que fazem downloads de músicas na net?
[15:38] <Eduardo-Simoes> Os meios são em primeiro lugar dirigidos à partilha ilegal de ficheiros e não a quem está a fazer um download.
[15:39] <Eduardo-Simoes> Tecnicamente só é possível observar as pastas com ficheiros para partilhar
[15:40] <@Tatiana> O download de um album em mp3 é ilegal se o utilizador tiver comprado o original? pergunta
[15:40] <@Tatiana> outro leitor
[15:40] <Eduardo-Simoes> A compra de um disco físico não confere nenhum direito para além da escuta e cópia privada
[15:40] <@Tatiana> A invasão de privacidade sem ordem judicial não é crime então porque a praticam?
[15:40] <@Tatiana> pergunta outro leitor...
[15:41] <Eduardo-Simoes> Qualquer "invasão de privacidade", naturalmente terá de ser levada a efeito pelas autoridades competentes
[15:41] <Eduardo-Simoes> e ao abrigo de um mandado judicial
[15:41] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Como é que foram seleccionados os acusados de downloads ilegais?
[15:42] <Eduardo-Simoes> Para encontrar os 28 utilizadores bastou observar os utilizadores dos serviços de partilha de ficheiros
[15:43] <@Tatiana> Outro leitor pergunta...
[15:43] <@Tatiana> Que percentagem dos lucros das vendas vão para os autores das músicas?
[15:43] <Eduardo-Simoes> Os autores recebem cerca de 10% do preço de revenda do disco
[15:44] <Eduardo-Simoes> e os artistas dependendo do respectivo contrato,
[15:44] <Eduardo-Simoes> o que dá uma percentagem que vai desde 4 a 32%
[15:45] <@Tatiana> <skit> pergunta: Então uma pessoa normal pode continuar a fazer download de músicas da internet e ouvir, não pode é partilha-las com mais nimguém ? Certo ?
[15:45] <Eduardo-Simoes> Sim, certo.
[15:45] <@Tatiana> Vários leitores querem também conhecer qual o conceito da Associação Fonográfica Portuguesa de «pirata informático»
[15:46] <Eduardo-Simoes> Referimo-nos à pirataria de um modo geral a toda e qualquer reprodução não autorizada
[15:46] <Eduardo-Simoes> de gravações musicais
[15:46] <Eduardo-Simoes> Por analogia poderíamos dizer o mesmo em relação a filmes, jogos, etc.
[15:47] <Eduardo-Simoes> Não é uma expressão que tenha tradução na lei,
[15:47] <Eduardo-Simoes> A lei diz simplesmente que quem efectua uma destas reproduções sem autorização...
[15:47] <Eduardo-Simoes> incorre num crime de usurpação
[15:48] <@Tatiana> Vários leitores perguntam: qual a autoridade da SPA, da IFPI e da AFP para mover processos? será que já são tribunais?
[15:48] <Eduardo-Simoes> Tem a autoridade de qualquer queixoso, e claro que não são tribunais. Como já dissemos muitas vezes, no caso do P2P não foi nem a IFPI nem a SPA que apresentou qualquer queixa. Foi a AFP.
[15:49] <@Tatiana> GAOV pergunta: Que garantias têm os utilizadores normais da internet de que os seus dados não estão a ser monitorizados? Não nos podemos esquecer que a internet é um meio utilizado para realizar operações bancárias, compras, entrega de irs, etc…[15:49] <Eduardo-Simoes> As garantias estão na constituição relativamente à protecção dos seus dados pessoais
[15:50] <Eduardo-Simoes> Em caso de comissão de actos ilícitos, as autoridades podem ordenar aos ISP's, ou à Banca,
[15:50] <Eduardo-Simoes> a disponibilização desses dados.
[15:50] <@Tatiana> Leitor Alexandre 2010 questiona: A indústria musical deve evoluir, qual foi a última grande inovação para promover a aquisição legal de discos?
[15:51] <Eduardo-Simoes> Há um trabalho continuado de disponibilizar gravações para os sites legais de música
[15:51] <Eduardo-Simoes> e que foi sobretudo desenvolvido em grande escala nos últimos 2 anos
[15:51] <@Tatiana> Um leitor pergunta qual é a base legal para a afirmação de que a partilha de ficheiros de música na internet é ilegal (segundo o direito português)
[15:52] <Eduardo-Simoes> O código do direito de autor confere, para os produtores fonográficos no artigo 184...
[15:52] <Eduardo-Simoes> um direito exclusivo de colocar à disposição.
[15:52] <Eduardo-Simoes> A violação desse direito constitui crime punível com pena de prisão até 3 anos
[15:52] <Eduardo-Simoes> e multas de 100 a 250 dias
[15:52] <Eduardo-Simoes> nos termos do artigo 197
[15:53] <@Tatiana> Um caso concreto: Tenho vários mp3 no computador da empresa. Se for alvo de alguma fiscalização de software ilegal, encontrarão mp3 no computador, poderão eles implicar por isso? Poderão dizer que eu faço cópias ilegais? Se eu disser que não, poderão dizer que estou a mentir, pois todos os pc's têm gravadoras de CDs…
[15:53] <Eduardo-Simoes> Pode haver consequências a 2 níveis...
[15:53] <Eduardo-Simoes> o da relação do trabalhador com a entidade patronal
[15:54] <Eduardo-Simoes> e o da responsabilidade, se for o caso, pela partilha ilegal de ficheiros.
[15:55] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Porque não aplicam uma taxa nos CDs virgens e também nos ISPs? Só lucrariam com isso, não acha?
[15:55] <Eduardo-Simoes> A questão da remuneração dos suportes virgens não cobre minimamente os efeitos de desgaste causados pela cópia indiscriminada.
[15:55] <Eduardo-Simoes> Do nosso ponto de vista não é solução
[15:55] <@Tatiana> LuisRomero pergunta: Acha que os downloads ilegais vao acabar?
[15:56] <Eduardo-Simoes> Não sei se vão acabar. O que nos compete é dar um sinal que este estado de coisas tem que mudar.
[15:56] <Eduardo-Simoes> Se vão acabar ou não, não sabemos.
[15:56] <@Tatiana> Outro leitor pergunta: Não seria mais fácil bloquear os serviços de distribuição, do que apanhar os utilizadores da net, que apenas utilizam o que lhes é colocado à disposição ?
[15:56] <Eduardo-Simoes> Essa solução não foi considerada pelas autoridades europeias.
[15:57] <Eduardo-Simoes> Para se bloquear ou impedir o acesso de internet a um cidadão tem que haver previamente um conjunto de condições
[15:57] <Eduardo-Simoes> sejam elas o uso legal desse meio, ou o pagamento da própria conta no final do mês
[15:57] <@Tatiana> Uma pergunta mais atrevida... Nunca fez um download ilegal?
[15:57] <Eduardo-Simoes> Nem sei fazer.
[15:58] <Eduardo-Simoes> Mas copiei muitos CD's para cassete quando era estudante.
[16:00] <@Tatiana> Um leitor pergunta: Como são distinguidos os downloads legais dos ilegais e como é que nós os podemos distingir?
[16:00] <Eduardo-Simoes> Conforme já dissemos, o download em sim não é ilegal.
[16:00] <Eduardo-Simoes> Por isso, não é possível fazer essa distinção
[16:01] <@Tatiana> Estamos à espera de mais questões dos leitores...
[16:02] <@Tatiana> Um leitor pergunta:Qual a diferença em termos legais entre copiar um Livro numa biblioteca e copiar um cd de um amigo.
[16:02] <Eduardo-Simoes> Não há diferença nenhuma.
[16:03] <@Tatiana> Outra questão: O Sr.DR. Eduardo Simoes deve ter filhos, os filhos n fazem partilha de ficheiros?
[16:04] <Eduardo-Simoes> Não tenho filhos. De qualquer forma, se por algum motivo, um dos 28 visados pela queixas for uma pessoa das minhas relações familiares ou profissionais...
[16:04] <Eduardo-Simoes> não poderei fazer nada para evitar a continuação desse processo
[16:04] <Eduardo-Simoes> Trata-se de um crime público e só o Ministério Público tem competência para determinar se um processo tem continuação ou é arquivado
[16:05] <@Tatiana> Outra pergunta: Não o preocupa que na Súecia, os utilizadores já não possam ser processados por partilha de ficheiros na internet?
[16:05] <Eduardo-Simoes> Não é essa a informação de que disponho.
[16:05] <Eduardo-Simoes> Na Suécia, no dia 4 de Abril foram apresentadas mais 15 queixas
[16:06] <Eduardo-Simoes> estas queixas seguem-se a outras 15 iniciadas em Novembro de 2005
[16:06] <@Tatiana> A Sara pergunta: Se a partilha de ficheiros for feita por menores, estes poderão ser responsabilizados?
[16:06] <Eduardo-Simoes> Os menores não terão capacidade para serem responsabilizados
[16:06] <Eduardo-Simoes> Os seus pais, sim.
[16:07] <Eduardo-Simoes> Se um menor, a jogar à bola, partir o vidro do vizinho, quem é que paga?
[16:07] <@Tatiana> Nifan pergunta: Os 28 visados pelas queixas foram detectados como infractores em que períodos de tempo?
[16:07] <Eduardo-Simoes> Essa parte encontra-se em segredo de justiça.
[16:08] <@Tatiana> Outra pergunta: Esta acção (28 visados) tem claramente como fim assustar quem esta ilegal (28 visados), Acha que a ameaça e o bom caminho?
[16:08] <Eduardo-Simoes> QUando se mete uma acção judicial não se está propriamente a ameaçar, está-se a concretizar.
[16:09] <@Tatiana> Outra questão: O sr. eduardo simões considera o p2p legal ou ilegal?
[16:09] <Eduardo-Simoes> A partilha não autorizada de ficheiros, em Portugal, é ilegal.
[16:09] <Eduardo-Simoes> Ficheiros de música, logicamente.
[16:10] <Eduardo-Simoes> E mesmo assim nem todos, há autores e artistas que querem oferecer as suas músicas, e estão no seu pleno direito
[16:10] <Eduardo-Simoes> Há outras utilizações perfeitamente legais nos P2P, como fotos que os autores queiram partilhar
[16:11] <Eduardo-Simoes> ou outras quaisquer obras, desde que os respectivos autores assim o decidam
[16:12] <@Tatiana> Vapourware pergunta: Na lei portuguesa os lesados podem apresentar queixas enquanto donos do património cultural. Vocês representam os lesados?
[16:13] <Eduardo-Simoes> Os lesados aqui são autores, artistas e editores discográficos
[16:13] <Eduardo-Simoes> Nós só representamos os últimos
[16:14] <@Tatiana> Loljews pergunta: Será que a livre troca de música não contribui muito positivamente para a nossa cultura?
[16:14] <Eduardo-Simoes> Eu acho que não. Pelo contrário, no limite pode levar a que, rapidamente, se deixe de gravar música portuguesa
[16:14] <Eduardo-Simoes> e reste apenas a música estrangeira
[16:15] <@Tatiana> Viewer pergunta: Já existe software P2P 100% legal, em que não se corre o risco de ser processado?
[16:16] <Eduardo-Simoes> Não sei se existe, ou não. O nosso problema não é com a tecnologia, é sim contra o seu abuso.
[16:16] <@Tatiana> Outra pergunta: Mas no estrangeiro não há P2P também? Como é que no estrangeiro a musica sobrevive e cá não? A música vai sobreviver.. As editoras como as conhecemos é que não e é esse o vosso medo!
[16:17] <Eduardo-Simoes> Claro que no estrangeiro há P2P...
[16:17] <Eduardo-Simoes> e consoante os mercados a indústria vai sobrevivendo
[16:17] <Eduardo-Simoes> com maior ou menor dificuldade
[16:17] <Eduardo-Simoes> com campanhas semelhantes à que foi anunciada em Portugal
[16:18] <@Tatiana> Outra questão: Acha que essa campanha teve algum impacto nos users de P2P?
[16:18] <Eduardo-Simoes> A avaliar pela cobertura noticiosa, pensamos que sim.
[16:18] <@Tatiana> (Eu sou jornalista: Tatiana Alegria)
[16:19] <@Tatiana> Outra questão: A multa mínima por se apresentar álcool no sangue durante a condução vai dos 240 aos 1200 euros. A multa única (pelo que sei) por se partilhar música na net vai até aos 5000 euros. Isto não é absurdo?
[16:20] <Eduardo-Simoes> Se fosse verdade, e perante os exemplos dados, naturalmente que qualquer pessoa discorda
[16:20] <Eduardo-Simoes> dado a descrepância de valores
[16:20] <@Tatiana> Eduardo Simões é o director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa
[16:21] <@Tatiana> Outra questão: é um crime igualmente "mau" partilhar ficheiros (músicas, p ex) na internet e vender cds piratas nas ruas?
[16:21] <Eduardo-Simoes> É a mesma coisa.
[16:22] <@Tatiana> Outra questão: Qual a sua opinião acerca do rootkit utilizado pela Sony em alguns CDs de música?
[16:22] <Eduardo-Simoes> Desconheço essa tecnologia, mas penso que seja um dispositivo anti-cópia
[16:23] <Eduardo-Simoes> Sei que, internacionalmente, tem havido, por parte das editoras, avanços e recuos nesta matéria
[16:23] <Eduardo-Simoes> Muitos dos dispositivos anti-cópia conhecidos são francamente ineficazes
[16:23] <@Tatiana> Outra questão: Actualmente, os esforços que estão a ser feitos para acabar com a pirataria na internet, visam apenas a troca de mp3 ilegais, ou também visam filmes e outros tipos de software?
[16:23] <Eduardo-Simoes> Só podemos responder em relação à música.
[16:24] <Eduardo-Simoes> Através da comunicação social soube, há cerca de 2 meses,
[16:24] <Eduardo-Simoes> que a Associação de vídeo
[16:24] <Eduardo-Simoes> FEVIP
[16:24] <Eduardo-Simoes> tem nos seus planos uma actuação parecida com a AFP
[16:24] <Eduardo-Simoes> para quando, não sabemos
[16:24] <@Tatiana> Os leitores não se conformam com o custo dos CDs em Portugal... O que tem a dizer?
[16:25] <Eduardo-Simoes> Durante anos, e trabalho na AFP há 17
[16:25] <Eduardo-Simoes> não ouvi queixas relativamente ao preço dos CDs
[16:26] <Eduardo-Simoes> É curioso que só a partir do momento que a internet massificou o acesso desregado à música e correspondente reprodução,
[16:26] <Eduardo-Simoes> é que começaram as queixas em relação aos preços
[16:26] <Eduardo-Simoes> Tanto mais absurdo que, como já se referiu, e como os leitores bem sabem
[16:26] <Eduardo-Simoes> os CDs têm uma estabilidade de preços ímpar em Portugal
[16:27] <Eduardo-Simoes> Basta comparar o preço dos CDs com o de outros bens culturais inacessíveis através da Internet
[16:27] <Eduardo-Simoes> :
[16:27] <Eduardo-Simoes> como livros, bilhetes de cinema, acesso a espectáculos, etc.
[16:27] <Eduardo-Simoes> Eu também acho que a gasolina está caríssima...
[16:28] <@Tatiana> O leitor enviou-nos a definição de rootkit...
[16:28] <@Tatiana> ROOTKIT == A rootkit is a set of software tools frequently used by a third party (usually an intruder) after gaining access to a computer system. These tools are intended to conceal running processes, files or system data, which helps an intruder maintain access to a system without the user's knowledge
[16:28] <@Tatiana> Recorde-se que perguntou ao director-geral que o pensava do rootkit...
[16:29] <Eduardo-Simoes> Apesar do esforço do leitor, confesso a minha ignorância em relação a questões técnicas
[16:29] <Eduardo-Simoes> Acredite que gostava de lhe responder com rigor a essa quetão
[16:29] <@Tatiana> O chat está a acabar...
[16:29] <@Tatiana> última questão...
[16:30] <@Tatiana> StarFire pergunta: O modo como a AFP pretende agir perante os denominados infractores partiu directamente da AFP ou de um órgão estatal? A AFP está a agir por conta própria?
[16:30] <Eduardo-Simoes> A AFP age por conta própria e tem o apoio das autoridades portuguesas que se têm destacado no combate à pirataria
[16:30] <Eduardo-Simoes> Sublinho que é uma iniciativa da AFP, com o apoio da IFPI
[16:31] <@Tatiana> O PortugalDiário infelizmente não pode colocar todas as questões dos leitores, mas vamos tentar responder a todas mais tarde….
[16:32] <Eduardo-Simoes> Foi um prazer estar com os leitores do IOL e do PortugalDiario
[16:32] <Eduardo-Simoes> e espero ter contribuído para um melhor esclarecimento nestas questões
[16:32] <Eduardo-Simoes> Obrigado.
Tomem conhecimento.....
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- Registado: 2/4/2006 14:41
Na primeira semana de Abril a Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) anunciou que foram apresentadas 28 queixas-crime contra utilizadores portugueses dos serviços ilegais de partilha de ficheiros. Agora, um responsável da associação, vem ao PortugalDiário responder às dúvidas dos leitores e debater o tema com quem aparecer no chat.
É a primeira vez que se apresentam queixas em Portugal, numa acção conjunta com a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), que em colaboração com 18 países já levou a cabo mais de 5.500 acções cíveis e criminais.
No dia do anúncio, Eduardo Simões, director-geral da AFP, realçou o facto da partilha ilegal de ficheiros na Internet ser considerada um crime tão grave como o roubo de um CD numa loja. O PortugalDiário dá-lhe agora a oportunidade de perguntar o que quiser sobre este tema.
Esteja atento, o Chat tem hora marcada para as 15:00, esta segunda-feira (dia 10 de Abril), aqui no seu jornal
Fonte:http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=668269&div_id=291
É a primeira vez que se apresentam queixas em Portugal, numa acção conjunta com a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), que em colaboração com 18 países já levou a cabo mais de 5.500 acções cíveis e criminais.
No dia do anúncio, Eduardo Simões, director-geral da AFP, realçou o facto da partilha ilegal de ficheiros na Internet ser considerada um crime tão grave como o roubo de um CD numa loja. O PortugalDiário dá-lhe agora a oportunidade de perguntar o que quiser sobre este tema.
Esteja atento, o Chat tem hora marcada para as 15:00, esta segunda-feira (dia 10 de Abril), aqui no seu jornal
Fonte:http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=668269&div_id=291
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charles Escreveu:o que eu penso......
-ilegal ou não o problema é que o pessoal tem medo e nao descarrega nada por este processo,
Verdade ou naõ o que é certo é que esta polémica consegiu fazer uma coisa, angariar muitos comentários de revolta e manisfesto e trazer aos menos intendidos na era NET que tudo é possivel, ou seja, muitos comentários em blogs ou fóruns alertam já os utilizadores do P2P a utilizarem programitos freeware ou mesmo a pagar , que alteram o IP para um IP virtual via um servidor do programa,.......certamente que a IFPI ou a SPA não estariam contar ou não que as pessoas menos conhecedoras dos processos de localização dos IP's utilizem agora esses programitos para manterem-se invisiveis, visto que ninguém gosta de estar a ser controlado através do seu computador que é uma ferramenta de trabalho ou não muito confidencial, já o nosso amigo Bill Gates o tinha afirmado. Ouvi alguns comentários na comunicação social que afirmavam que os preços novos de CD's andariam actualmente em média pelos 8 euros, acontece que eu hoje mesmo andem pelas bandas dos shoppings e não constatei essa afirmação, muitos menos CD's actuais pelo preço de 10 euros, no minimo um CD de sucesso rondaria em média os 17 euros, afinal aonde paira a verdade nisto tudo ?
Bem se ouve um tema que levantou e continua a levantar polémica é este , já começo a ver pessoas ligadas ou conhecimentos das leis nesta matéria a pernunciarem-se contra estas acções crimes, veja-se o caso acima descrito, daí que fico em dúvida se realmente este tipo de actuação vai dar em alguma coisa.......uma coisa é certa, existia muitas pessoas que não conheciam o P2P e que agora se calhar depois desta grande história e de conseguirem ler tamanha informação de peritos na matéria, já estão a fazer downloads pela via profissional....queria eu dizer " de modo invisivel ", de acordo com o que eu li e muitos leram nos blogs dispostos para tal tema, a informação aí descrita é algo que me surpreendeu, e voçês alguém ficou surpreeendido ?
Mais vale um pássaro na mão que dois a voar
www.ac-investor.blogspot.com - Now with trade Alerts for US stocks
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o que eu penso......
-ilegal ou não o problema é que o pessoal tem medo e nao descarrega nada por este processo, eu concordo com o texto do alexandre, no entanto a realidade das leis poderá ser outra, esses pontos de vista são mais de coraçao e não da razão pois a protecçao dos direitos de autora existe.
-podemos é discutir se por este processo se fere ou não os direitos de autor , eu penso que sim embora para mim não comete crime quem saca as musicas e filmes, embora legalmente não esteja habilitado para confirmar se é assim, no entanto quem divulga e disponibiliza para mim e penso que aos olhos da lei já está a cometer um crime.
-o exemplo dos livros serem fotocopiados é um bom paralelismo, no entanto penso que o caso do emule e outros assume um caracter de divulgaçao publica na sua forma continuada e massificada com recurso a programas criados deliberadamente para o efeito, no caso das fotocopias é diferente.
-bluff ou não uma coisa é certa quem tem esses sites na net rapidamente os vai fechar e se eles não conseguem processar todos os que descarregam as musicas uma coisa é certa com isto secam a fonte, no entanto penso que isto é como as multas o pessoal assusta-se no inicio e depois volta-se a andar acima dos 120
-por via das duvidas eu ando abaixo dos 120 e vamos estando atento a ver o que acontece, agora que até ia comprar um gravador de dvds
essa parte da net ficar a perder tambem acho que sim e neste caso já nao compro o gravador , la esta tambem perdem
.
-ilegal ou não o problema é que o pessoal tem medo e nao descarrega nada por este processo, eu concordo com o texto do alexandre, no entanto a realidade das leis poderá ser outra, esses pontos de vista são mais de coraçao e não da razão pois a protecçao dos direitos de autora existe.
-podemos é discutir se por este processo se fere ou não os direitos de autor , eu penso que sim embora para mim não comete crime quem saca as musicas e filmes, embora legalmente não esteja habilitado para confirmar se é assim, no entanto quem divulga e disponibiliza para mim e penso que aos olhos da lei já está a cometer um crime.
-o exemplo dos livros serem fotocopiados é um bom paralelismo, no entanto penso que o caso do emule e outros assume um caracter de divulgaçao publica na sua forma continuada e massificada com recurso a programas criados deliberadamente para o efeito, no caso das fotocopias é diferente.
-bluff ou não uma coisa é certa quem tem esses sites na net rapidamente os vai fechar e se eles não conseguem processar todos os que descarregam as musicas uma coisa é certa com isto secam a fonte, no entanto penso que isto é como as multas o pessoal assusta-se no inicio e depois volta-se a andar acima dos 120
-por via das duvidas eu ando abaixo dos 120 e vamos estando atento a ver o que acontece, agora que até ia comprar um gravador de dvds
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Mas não são só questões de ordem legal que estão em causa. É todo o sistema em que a indústria se baseia para a pretensa defesa dos direitos de autor que caminha rapidamente para o colapso.
O texto seguinte é bem ilustrativo disso:
“Uma guerra a ganhar: foi assim que David Ferreira, presidente da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), definiu esta manhã, em Lisboa, o combate à pirataria de música na Internet. Numa conferência de imprensa destinada a apresentar as primeiras 28 queixas-crime por partilha ilegal de ficheiros em Portugal, vários representantes da indústria discográfica, assim como John Kennedy, presidente da IFPI (International Federation of the Phonographic Industry), expuseram argumentos para uma luta que garantem não ser «uma caça às bruxas», mas sim uma forma de contrariar a quebra na facturação e evitar «a catástrofe cultural e económica» que seria «o fim do showbizz», nas palavras do maestro Pedro Osório, membro da administração da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
Sobre as queixas-crime entregues esta manhã à Polícia Judiciária, David Ferreira anunciou que os visados são utilizadores de serviços ilegais como o Kazaa, Emule e Limewire. Os processos decorrerão agora em segredo de justiça, tendo os oradores salientado que é necessário «desmistificar o anonimato: ninguém está a salvo de qualquer inspecção». As acções de fiscalização deverão continuar a visar, ainda, a venda de discos piratas em feiras e mercados, bem como a actividade nos bares e discotecas, onde segundo Paula Andrade, da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, o grau de incumprimento ronda os 80%. […]
[...] decréscimo de 40% nas vendas de música em Portugal, nos últimos cinco anos, Paula Andrade admitiu que haja outros motivos, mormente económicos, mas que nada justifica o crescimento de uma «economia paralela», baseada «no roubo». Por seu turno, Pedro Osório estimou em «85%» a quota-parte de responsabilidade daquele fenómeno na quebra das receitas. A terminar, o Cotonete quis saber quais os últimos discos comprados pelos oradores da conferência de imprensa – apenas David Ferreira responderam ao repto, revelando-se fã dos Sparks e assegurando ter comprado «uns 15 ou 16 CD's» recentemente. «Até lhe arranjo as facturas», prontificou-se o presidente da AFP.
[…]"
Até me dá asco ler isto.
Mas antes de prosseguir que fique bem claro que concordo inteira e incondicionalmente que "nada justifica o crescimento de uma «economia paralela», baseada «no roubo»". Isso está fora de questão. A questão é outra! É que essa actividade NÃO PODE SER ROUBO, e só o é porque a legislação foi feita para um realidade diferente, que não se adaptou à evolução da tecnologia. Eu quero a legislação adaptada à nova realidade. Estes senhores NÃO!
Aliás é precisamente porque acho que "nada justifica o crescimento de uma «economia paralela», baseada «no roubo»" que quero a legalização da troca de musica em P2P e o fim deste absolutamente inadmissível defender de privilégios que é o atirar com processos crime, para cima de cidadãos pacatos e produtivos (sim porque em Portugal são processos crime, não são como nos Estados Unidos, processos civis, além de que em Portugal transformaram isto em crime publico - ao que conseguiram chegar!!!).
O mundo mudou, meus senhores! O vosso negócio também. E só vocês é que ainda não entenderam!
Estes senhores alguma vez pensaram a sério no que estão a dizer e a fazer?!!!
Pois eu pensei:
1. Nos últimos 5 anos eu pessoalmente deixei de andar feito tolo pelas discotecas portuguesas a pedinchar os discos que quero, e que nunca mais vêm, e que "...são muito difíceis de arranjar", e que "...isso agora só quando o importador voltar a mandar vir..." e passei a comprar na Amazon.
2. Na Amazon posso ouvir os mesmos 30 segundos de cada faixa, que posso ouvir em qualquer FNAC. E pago menos.
3. Na Amazon posso colocar Backorders e sempre recebi o que queria... na FNAC nunca recebi o que encomendei. Nas outras nem encomendas aceitam a não ser "sem compromisso...". Sem compromisso?!!! Mas então quem é que vende discos? Sem compromisso... encomendo à Amazon que esses assumem o compromisso.
4. E porque raio é que não nos deixam ouvir os discos antes de comprar? Eu resolvo o assunto: faço download da Internet ou peço mesmo uma cópia a quem o tem. Se gosto, compro... na Amazon.
5. E porque raio é que os CD´s vêm todos com preservativo e nos impedem de ler o que lá vem dentro? Eu quero saber quem são os músicos, e quem é produtor, e o engenheiro, e o estúdio de gravação, e as datas das sessões, e se são compilações e recompilações de compilações (que é o que mais editam agora)... Dantes, nos LP´s, as liner notes vinham mesmo na capa, e podia ler; o suporte era perecível, porque o vinil se estragava; e por essa razão até admitia comprar selado. Mas com CD´s?!!! E nas capas agora não põem nada! Está tudo dentro! Para isso compro na Amazon, onde ao menos posso ler sobre o que compro.
6. E porque é que em vez de se preocuparem com os P2P não se preocupam em manter sites Internet com pés e cabeça? Com informações sobre as edições que fazem? Com dados sobre o que está dentro dos “preservativos”? E com informação completa sobre o que importam e distribuem? Um bom exemplo é a Clean Feed... e não vi queixas da clean feed, até hoje! E porque não põem quiosques intranet nos locais de venda com essa informação, e porque não complementam os discos com DVD´s, com material impresso com pés e cabeça, e não apenas com fotografias de cus e mamas? E porque não apostam numa cultura musical de médio e longo prazo, e não na música de bebe e mija? E nas revistas e publicações, com artigos de fundo que criem uma verdadeira cultura musical que a longo prazo garanta vendas? E livrinhos sobre o assunto? E patrocínio de ensino de musica nas escolas (afinal tenho chegado à conclusão que quem conhece e desenvolve cultura musical compra, e compra cada vez mais, com ou sem Internet, com ou sem P2P)? Investir, diz-vos alguma coisinha? Ninguém tem compaixão pela vossa perda de lucros, senhores, mas todos prezamos a nossa própria cultura, gosto, conhecimento e sanidade intelectual... era tudo lucro, não era?!!! Pois como dizia o outro "F*deu-se". Não venham é com processos-crime para cima de crianças de escola, pela vossa própria incompetência e ambição de lucros fáceis.
7. Nas últimas vezes que entrei nas discotecas da minha terrinha só vi D'zert, Morangos com Açúcar e Dino Meira... e cartões para telemóvel, e T-Shirts pretas dos Death não sei quantos!!!... Acham que ia comprar esse lixo ???!!!... A estante do Jazz tinha sido reduzida a nada! A música clássica era só "Violinos toda a noite" e "Pianos Apaixonados"... Compro na Amazon que lá tem o que quero.
8. E na música portuguesa era só Dino Meira, Emanuel e Ágata... eu também teria uma quebra de 40% no meu negócio se ele fosse esse, e editasse essas coisas quase abjectas. Mas a isso chamo IMCOMPETENCIA e completa inépcia para o negócio. Há um senhor na minha rua que foi despedido por isso... porque em Portugal ainda é razão de justa causa para despedimento.
9. E "Morangos com açúcar" compram os putos... como os D'zert... no meu tempo, com essa idade, tinha uma semanada que não dava para comprar nem meio CD por semana! E se fosse agora gastava-a toda, com certeza, a pagar a assinatura da Internet, que é muito mais importante que os D'zert (perguntem ao Sócrates!) e não chegava!!! Será que a quebra de 40% das vendas não será devido às opções que as próprias editoras tomaram de editar D'zerts e Emanueis e esquecer a boa musica que as pessoas como eu querem comprar?
10. Porque raio é que em vez de se preocuparem com os P2P não redefinem a sua politica editorial e deixam de editar lixo que eu, que tenho poder de compra, NUNCA compraria, e não editam a musica que eu quero ouvir? Eu e mais muitos milhares de compradores de discos... que não são certamente os putos do secundário que compram D'zert, porque esses têm mesadas dos pais.
11. E quando "não havia crise", acredito que a “manada” lá de casa ia ao hipermercado passar o sábado, todos nos seus fatos de treino verdes e laranja, com aqueles ténis horrorosos que se compram nas feiras e mais CD, menos CD, no carrinho das compras era tão importante como o facto de o papel higiénico ser azul ou rosa (e tenho para mim que, com as edições que para aí lançaram, nesses anos de ouro, se vendeu muito CD cuja única utilização possível é, precisa e exactamente, a mesma do referido papel)... mas com o poder de compra a diminuir, certamente que esse mercado desapareceu, e restam as pessoas que como eu não podem viver sem música, e sempre compraram musica... mas nunca na vida comprariam CD's do Toy, dos Emanueis e dos D'zert. Acho que há alguns destes senhores que são tão burros que ainda não perceberam isso ... “…e há na minha rua um senhor que foi despedido…”... Faz parte das boas práticas de gestão, manter uma boa identificação e definição do mercado alvo. Até eu sei … e não tenho MBA!
12. E conheço vários músicos e bandas com projectos belíssimos para editar e nenhuma editora lhes pega; e pelo menos dois desses projectos que acompanhei de perto tiveram que o fazer em edição de autor, sem distribuidora, porque nenhuma editora lhes pegou. Eu comprei. E fico satisfeito por saber que o meu dinheiro não foi para esses palhaços que editam coisas abjectas tipo D'zert.
13. Por outro lado foi esta mesma indústria que andou anos a encher a barriga, impingindo música anglo-saxónica 24horas por dia na rádio portuguesa, porque isso lhes dava mais lucros: é que evitavam os custos de estúdio, de produção, de músicos, de criação gráfica, etc: bastava editar os masters que vinham lá de fora. E os músicos portugueses que se lixassem. Agora as multinacionais vendem pela Internet, as pessoas só gostam de lixo, qualquer porcaria que aparece na net serve para abanar o capacete, e que querem os senhores? Que o publico comece a comprar música produzida em Portugal, por obra e graça de processos-crime? Tá tudo doido ou sou só eu?
14. E o Sr. comprou 15 ou 16 CD's nos últimos tempos?!!! Pois eu comprei 100 ou 150, e tenho facturas! Mas ainda bem que não foi a esta fandangada das editoras em Portugal. E os meus “últimos tempos” não são o último ano! São mesmo os últimos 2 ou 3 meses... e “TENHO FACTURAS”?!!! Ainda bem, porque é obrigatório por lei pedi-las! Eu tenho, mas nem preciso delas: porque tenho os CD's e os LP's!... Aos milhares! Quantos querem?... Ah...não são é dessas editorazitas de caca que por cá temos. E começo a pensar seriamente se não os vou digitalizar "já a seguir, mas é que é já a seguir..." para os pôr no e-mule, porque ninguém é obrigado a engolir estes disparates e depois ter que ir comprar os discos que estes senhores acham que as pessoas têm que comprar. E todas as semanas estou na Casa da Musica, ou no Rivoli, ou no Coliseu, ou até no CCB, a ouvir boa musica... que por acaso não é editada por estas editoras portuguesas... mas que compro à Naxos, à Enja (Dargil), à ECM… directamente ou via lojas Internet. Para os portugueses é que fico mais atrapalhado, tirando a Clean Feed e uma ou outra dessas pequenitas mas boas!!! E por preços que são de dois terços a um terço do preço dos CD´s dos Ágatos e das Emanuelas... dá que pensar!
15. E tenho para mim que o preço não será o maior problema (com muita pena certamente de quem não pode mesmo comprar, não duvido!) nem o que está na origem da diminuição de vendas; Mas que tem influência, não duvido. E eu próprio opto por promoções quando posso. Mas essa estória do IVA... os livros do Frota são cultura e os discos do Keith Jarrett não?!!! E essa dos discos passado três mesitos custarem metade do preço... Parece que afinal o preço não tem nada a ver com os custos de produção e com compensar os artistas, não é?! É especulação mesmo...
16. E a diminuição de vendas foi de 40% nos últimos 5 anos? E de quanto foi o aumento nos 5 anos anteriores??? É que esquecem-se estes senhores, que há 20 anos atrás ninguém comprava discos, e o mercado era menos de 10% do que é hoje!!! E a população não aumentou, muito pelo contrário! E foi graças a uma conjuntura favorável, quer sob o ponto de vista económico, quer sob o ponto de vista cultural, que tiveram esses aumentos de vendas, porque nessa altura ainda editavam alguma coisa de jeito (e tenho lá em casa muito e bom disco português, editado com critério e profissionalismo, que não encontro hoje nas editoras e nos seus critérios editoriais!!!).
17. E só foi de 40%? Admira-me muito que não tenha sido é mais! Continuem a editar Ágatas e Dinos Meiras e Toy's e outros que tais (e digo-o sem qualquer intenção de depreciação do profissionalismo destes músicos), meus senhores... que lá chegaremos.
18. Bom mas se há 20 anos o mercado era de 10% e nos últimos 5 diminui 40%, agora que acabou o viver à grande e à francesa e tudo voltou à "normalidadezinha" portuguesa, o que ouve, foi nada menos que um aumento de 500%! (para quem é pior em matemática, se há cinco anos se vendiam 100 discos, com a diminuição de 40% passaram a vender-se 60, que em relação a 10 discos, correspondentes aos 10% de há 20 anos são 50/10*100=500%).
19. E mais estranho é que quando a tecnologia trouxe os aparelhos de CD para casa de cada um, e para a rua, no carro e na mochila de cada um, ou a Internet permitiu que milhões de pessoas começassem a conhecer musica que nunca na vida tinham ouvido, logo, a abrir mercados para outras musicas e outras edições, não vi nenhum destes senhores a agradecer, e a fazer transitar para os artistas os lucros extras que o aumento de vendas trouxe. Agora que acham que a evolução da tecnologia lhes deu cabo do negócio (e isto ainda está por provar!) vêm dizer que os artistas é que sofrem, e os artistas isto e os artistas aquilo... É execrável. Vão mas é para casa pensar melhor na vossa vidinha, meus senhores, e em como haverão de adaptar o vosso negócio aos novos tempos, em vez de andar a processar putos de escola e a extorquir dinheiro a cidadãos que trabalham e que não podem sequer imaginar que um dia irão viver à custa de uns processozitos em tribunal contra outros cidadãos.
20. E quantos milhões de pessoas das novas gerações gostam de música devido à Internet. Vejam lá se não estarão a dar cabo da galinha dos ovos de ouro, simplesmente porque ainda não perceberam como apanhar os ovos! É que nas novas gerações, numa cultura de Internet, telemóvel e consola, o que não está na Internet não existe! E eu que o diga, que tenho uns sobrinhos que só não compram as gomas na Internet, ou por telemóvel, porque as gomas não passam, respectivamente por esta ordem, nem no cabo USB 2.0... nem no buraco do altifalante do telemóvel 3G ou GPRS; E de qualquer modo, ainda que básicos, esses factos fazem-lhes inegavelmente muita confusão!
21. É que era mais bem empregue, o tempo, se em vez de andarem a processar utilizadores do P2P, passassem algum tempinho a ler as propostas da Electronic Frontier Foundation e de outras organizações do mesmo género e credibilidade, ou a movimentação para a legalização da troca de musica em P2P, nomeadamente em França, com compensações alternativas para direitos de autor, editoras e distribuidoras, muito na linha, mas não só, com que é feito com a difusão publica de música em Rádios, Restaurantes, Bares, Discotecas, etc! Não será que garantiam melhor o Vosso futuro?
22. Só posso assegurar que, dentro das minhas possibilidades, continuarei a lutar para a legalização da troca de musica em P2P, pela partilha de ficheiros, pelos meios alternativos de compensação de direitos de autor e pagamentos da industria, e pela cada vez mais intensa e mais convicta luta de todos aqueles que como eu acham que NÃO É MORALMENTE ACEITÁVEL a atitude da industria, com o uso que faz, dos argumentos que usa.
Mesmo que pela sua força consiga pôr isso na lei. O que lá se põe também se tira, e também se pedem responsabilidades por isso. A sociedade civil sempre mostrou saber lutar contra os privilégios e as situações de favorecimento, bem como fazer avançar a legislação com as mudanças dos tempos.
E Portugal é na Europa. Não é nos EUA... não somos cowboys e índios, e sabemos geografia e outras coisas, e tocamos piano e falamos francês, como o gato maltês, e tal... e vamos lutar pelos valores culturais ancestrais que construíram uma civilização e não passam nem de longe nem de perto pelas "... Corporations..." e pelos seus lucros. Em termos de valores, sou indiferente a isso. Tenho o direito de (e quero) usufruir legalmente da tecnologia que o meu próprio esforço e contributo, certamente que ínfimo contudo, ajudou a pôr à disposição de cada vez maior número de pessoas.
Fonte:
http://www.blogger.com/comment.g?blogID ... 5673112921
cps
AA
O texto seguinte é bem ilustrativo disso:
“Uma guerra a ganhar: foi assim que David Ferreira, presidente da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), definiu esta manhã, em Lisboa, o combate à pirataria de música na Internet. Numa conferência de imprensa destinada a apresentar as primeiras 28 queixas-crime por partilha ilegal de ficheiros em Portugal, vários representantes da indústria discográfica, assim como John Kennedy, presidente da IFPI (International Federation of the Phonographic Industry), expuseram argumentos para uma luta que garantem não ser «uma caça às bruxas», mas sim uma forma de contrariar a quebra na facturação e evitar «a catástrofe cultural e económica» que seria «o fim do showbizz», nas palavras do maestro Pedro Osório, membro da administração da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
Sobre as queixas-crime entregues esta manhã à Polícia Judiciária, David Ferreira anunciou que os visados são utilizadores de serviços ilegais como o Kazaa, Emule e Limewire. Os processos decorrerão agora em segredo de justiça, tendo os oradores salientado que é necessário «desmistificar o anonimato: ninguém está a salvo de qualquer inspecção». As acções de fiscalização deverão continuar a visar, ainda, a venda de discos piratas em feiras e mercados, bem como a actividade nos bares e discotecas, onde segundo Paula Andrade, da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, o grau de incumprimento ronda os 80%. […]
[...] decréscimo de 40% nas vendas de música em Portugal, nos últimos cinco anos, Paula Andrade admitiu que haja outros motivos, mormente económicos, mas que nada justifica o crescimento de uma «economia paralela», baseada «no roubo». Por seu turno, Pedro Osório estimou em «85%» a quota-parte de responsabilidade daquele fenómeno na quebra das receitas. A terminar, o Cotonete quis saber quais os últimos discos comprados pelos oradores da conferência de imprensa – apenas David Ferreira responderam ao repto, revelando-se fã dos Sparks e assegurando ter comprado «uns 15 ou 16 CD's» recentemente. «Até lhe arranjo as facturas», prontificou-se o presidente da AFP.
[…]"
Até me dá asco ler isto.
Mas antes de prosseguir que fique bem claro que concordo inteira e incondicionalmente que "nada justifica o crescimento de uma «economia paralela», baseada «no roubo»". Isso está fora de questão. A questão é outra! É que essa actividade NÃO PODE SER ROUBO, e só o é porque a legislação foi feita para um realidade diferente, que não se adaptou à evolução da tecnologia. Eu quero a legislação adaptada à nova realidade. Estes senhores NÃO!
Aliás é precisamente porque acho que "nada justifica o crescimento de uma «economia paralela», baseada «no roubo»" que quero a legalização da troca de musica em P2P e o fim deste absolutamente inadmissível defender de privilégios que é o atirar com processos crime, para cima de cidadãos pacatos e produtivos (sim porque em Portugal são processos crime, não são como nos Estados Unidos, processos civis, além de que em Portugal transformaram isto em crime publico - ao que conseguiram chegar!!!).
O mundo mudou, meus senhores! O vosso negócio também. E só vocês é que ainda não entenderam!
Estes senhores alguma vez pensaram a sério no que estão a dizer e a fazer?!!!
Pois eu pensei:
1. Nos últimos 5 anos eu pessoalmente deixei de andar feito tolo pelas discotecas portuguesas a pedinchar os discos que quero, e que nunca mais vêm, e que "...são muito difíceis de arranjar", e que "...isso agora só quando o importador voltar a mandar vir..." e passei a comprar na Amazon.
2. Na Amazon posso ouvir os mesmos 30 segundos de cada faixa, que posso ouvir em qualquer FNAC. E pago menos.
3. Na Amazon posso colocar Backorders e sempre recebi o que queria... na FNAC nunca recebi o que encomendei. Nas outras nem encomendas aceitam a não ser "sem compromisso...". Sem compromisso?!!! Mas então quem é que vende discos? Sem compromisso... encomendo à Amazon que esses assumem o compromisso.
4. E porque raio é que não nos deixam ouvir os discos antes de comprar? Eu resolvo o assunto: faço download da Internet ou peço mesmo uma cópia a quem o tem. Se gosto, compro... na Amazon.
5. E porque raio é que os CD´s vêm todos com preservativo e nos impedem de ler o que lá vem dentro? Eu quero saber quem são os músicos, e quem é produtor, e o engenheiro, e o estúdio de gravação, e as datas das sessões, e se são compilações e recompilações de compilações (que é o que mais editam agora)... Dantes, nos LP´s, as liner notes vinham mesmo na capa, e podia ler; o suporte era perecível, porque o vinil se estragava; e por essa razão até admitia comprar selado. Mas com CD´s?!!! E nas capas agora não põem nada! Está tudo dentro! Para isso compro na Amazon, onde ao menos posso ler sobre o que compro.
6. E porque é que em vez de se preocuparem com os P2P não se preocupam em manter sites Internet com pés e cabeça? Com informações sobre as edições que fazem? Com dados sobre o que está dentro dos “preservativos”? E com informação completa sobre o que importam e distribuem? Um bom exemplo é a Clean Feed... e não vi queixas da clean feed, até hoje! E porque não põem quiosques intranet nos locais de venda com essa informação, e porque não complementam os discos com DVD´s, com material impresso com pés e cabeça, e não apenas com fotografias de cus e mamas? E porque não apostam numa cultura musical de médio e longo prazo, e não na música de bebe e mija? E nas revistas e publicações, com artigos de fundo que criem uma verdadeira cultura musical que a longo prazo garanta vendas? E livrinhos sobre o assunto? E patrocínio de ensino de musica nas escolas (afinal tenho chegado à conclusão que quem conhece e desenvolve cultura musical compra, e compra cada vez mais, com ou sem Internet, com ou sem P2P)? Investir, diz-vos alguma coisinha? Ninguém tem compaixão pela vossa perda de lucros, senhores, mas todos prezamos a nossa própria cultura, gosto, conhecimento e sanidade intelectual... era tudo lucro, não era?!!! Pois como dizia o outro "F*deu-se". Não venham é com processos-crime para cima de crianças de escola, pela vossa própria incompetência e ambição de lucros fáceis.
7. Nas últimas vezes que entrei nas discotecas da minha terrinha só vi D'zert, Morangos com Açúcar e Dino Meira... e cartões para telemóvel, e T-Shirts pretas dos Death não sei quantos!!!... Acham que ia comprar esse lixo ???!!!... A estante do Jazz tinha sido reduzida a nada! A música clássica era só "Violinos toda a noite" e "Pianos Apaixonados"... Compro na Amazon que lá tem o que quero.
8. E na música portuguesa era só Dino Meira, Emanuel e Ágata... eu também teria uma quebra de 40% no meu negócio se ele fosse esse, e editasse essas coisas quase abjectas. Mas a isso chamo IMCOMPETENCIA e completa inépcia para o negócio. Há um senhor na minha rua que foi despedido por isso... porque em Portugal ainda é razão de justa causa para despedimento.
9. E "Morangos com açúcar" compram os putos... como os D'zert... no meu tempo, com essa idade, tinha uma semanada que não dava para comprar nem meio CD por semana! E se fosse agora gastava-a toda, com certeza, a pagar a assinatura da Internet, que é muito mais importante que os D'zert (perguntem ao Sócrates!) e não chegava!!! Será que a quebra de 40% das vendas não será devido às opções que as próprias editoras tomaram de editar D'zerts e Emanueis e esquecer a boa musica que as pessoas como eu querem comprar?
10. Porque raio é que em vez de se preocuparem com os P2P não redefinem a sua politica editorial e deixam de editar lixo que eu, que tenho poder de compra, NUNCA compraria, e não editam a musica que eu quero ouvir? Eu e mais muitos milhares de compradores de discos... que não são certamente os putos do secundário que compram D'zert, porque esses têm mesadas dos pais.
11. E quando "não havia crise", acredito que a “manada” lá de casa ia ao hipermercado passar o sábado, todos nos seus fatos de treino verdes e laranja, com aqueles ténis horrorosos que se compram nas feiras e mais CD, menos CD, no carrinho das compras era tão importante como o facto de o papel higiénico ser azul ou rosa (e tenho para mim que, com as edições que para aí lançaram, nesses anos de ouro, se vendeu muito CD cuja única utilização possível é, precisa e exactamente, a mesma do referido papel)... mas com o poder de compra a diminuir, certamente que esse mercado desapareceu, e restam as pessoas que como eu não podem viver sem música, e sempre compraram musica... mas nunca na vida comprariam CD's do Toy, dos Emanueis e dos D'zert. Acho que há alguns destes senhores que são tão burros que ainda não perceberam isso ... “…e há na minha rua um senhor que foi despedido…”... Faz parte das boas práticas de gestão, manter uma boa identificação e definição do mercado alvo. Até eu sei … e não tenho MBA!
12. E conheço vários músicos e bandas com projectos belíssimos para editar e nenhuma editora lhes pega; e pelo menos dois desses projectos que acompanhei de perto tiveram que o fazer em edição de autor, sem distribuidora, porque nenhuma editora lhes pegou. Eu comprei. E fico satisfeito por saber que o meu dinheiro não foi para esses palhaços que editam coisas abjectas tipo D'zert.
13. Por outro lado foi esta mesma indústria que andou anos a encher a barriga, impingindo música anglo-saxónica 24horas por dia na rádio portuguesa, porque isso lhes dava mais lucros: é que evitavam os custos de estúdio, de produção, de músicos, de criação gráfica, etc: bastava editar os masters que vinham lá de fora. E os músicos portugueses que se lixassem. Agora as multinacionais vendem pela Internet, as pessoas só gostam de lixo, qualquer porcaria que aparece na net serve para abanar o capacete, e que querem os senhores? Que o publico comece a comprar música produzida em Portugal, por obra e graça de processos-crime? Tá tudo doido ou sou só eu?
14. E o Sr. comprou 15 ou 16 CD's nos últimos tempos?!!! Pois eu comprei 100 ou 150, e tenho facturas! Mas ainda bem que não foi a esta fandangada das editoras em Portugal. E os meus “últimos tempos” não são o último ano! São mesmo os últimos 2 ou 3 meses... e “TENHO FACTURAS”?!!! Ainda bem, porque é obrigatório por lei pedi-las! Eu tenho, mas nem preciso delas: porque tenho os CD's e os LP's!... Aos milhares! Quantos querem?... Ah...não são é dessas editorazitas de caca que por cá temos. E começo a pensar seriamente se não os vou digitalizar "já a seguir, mas é que é já a seguir..." para os pôr no e-mule, porque ninguém é obrigado a engolir estes disparates e depois ter que ir comprar os discos que estes senhores acham que as pessoas têm que comprar. E todas as semanas estou na Casa da Musica, ou no Rivoli, ou no Coliseu, ou até no CCB, a ouvir boa musica... que por acaso não é editada por estas editoras portuguesas... mas que compro à Naxos, à Enja (Dargil), à ECM… directamente ou via lojas Internet. Para os portugueses é que fico mais atrapalhado, tirando a Clean Feed e uma ou outra dessas pequenitas mas boas!!! E por preços que são de dois terços a um terço do preço dos CD´s dos Ágatos e das Emanuelas... dá que pensar!
15. E tenho para mim que o preço não será o maior problema (com muita pena certamente de quem não pode mesmo comprar, não duvido!) nem o que está na origem da diminuição de vendas; Mas que tem influência, não duvido. E eu próprio opto por promoções quando posso. Mas essa estória do IVA... os livros do Frota são cultura e os discos do Keith Jarrett não?!!! E essa dos discos passado três mesitos custarem metade do preço... Parece que afinal o preço não tem nada a ver com os custos de produção e com compensar os artistas, não é?! É especulação mesmo...
16. E a diminuição de vendas foi de 40% nos últimos 5 anos? E de quanto foi o aumento nos 5 anos anteriores??? É que esquecem-se estes senhores, que há 20 anos atrás ninguém comprava discos, e o mercado era menos de 10% do que é hoje!!! E a população não aumentou, muito pelo contrário! E foi graças a uma conjuntura favorável, quer sob o ponto de vista económico, quer sob o ponto de vista cultural, que tiveram esses aumentos de vendas, porque nessa altura ainda editavam alguma coisa de jeito (e tenho lá em casa muito e bom disco português, editado com critério e profissionalismo, que não encontro hoje nas editoras e nos seus critérios editoriais!!!).
17. E só foi de 40%? Admira-me muito que não tenha sido é mais! Continuem a editar Ágatas e Dinos Meiras e Toy's e outros que tais (e digo-o sem qualquer intenção de depreciação do profissionalismo destes músicos), meus senhores... que lá chegaremos.
18. Bom mas se há 20 anos o mercado era de 10% e nos últimos 5 diminui 40%, agora que acabou o viver à grande e à francesa e tudo voltou à "normalidadezinha" portuguesa, o que ouve, foi nada menos que um aumento de 500%! (para quem é pior em matemática, se há cinco anos se vendiam 100 discos, com a diminuição de 40% passaram a vender-se 60, que em relação a 10 discos, correspondentes aos 10% de há 20 anos são 50/10*100=500%).
19. E mais estranho é que quando a tecnologia trouxe os aparelhos de CD para casa de cada um, e para a rua, no carro e na mochila de cada um, ou a Internet permitiu que milhões de pessoas começassem a conhecer musica que nunca na vida tinham ouvido, logo, a abrir mercados para outras musicas e outras edições, não vi nenhum destes senhores a agradecer, e a fazer transitar para os artistas os lucros extras que o aumento de vendas trouxe. Agora que acham que a evolução da tecnologia lhes deu cabo do negócio (e isto ainda está por provar!) vêm dizer que os artistas é que sofrem, e os artistas isto e os artistas aquilo... É execrável. Vão mas é para casa pensar melhor na vossa vidinha, meus senhores, e em como haverão de adaptar o vosso negócio aos novos tempos, em vez de andar a processar putos de escola e a extorquir dinheiro a cidadãos que trabalham e que não podem sequer imaginar que um dia irão viver à custa de uns processozitos em tribunal contra outros cidadãos.
20. E quantos milhões de pessoas das novas gerações gostam de música devido à Internet. Vejam lá se não estarão a dar cabo da galinha dos ovos de ouro, simplesmente porque ainda não perceberam como apanhar os ovos! É que nas novas gerações, numa cultura de Internet, telemóvel e consola, o que não está na Internet não existe! E eu que o diga, que tenho uns sobrinhos que só não compram as gomas na Internet, ou por telemóvel, porque as gomas não passam, respectivamente por esta ordem, nem no cabo USB 2.0... nem no buraco do altifalante do telemóvel 3G ou GPRS; E de qualquer modo, ainda que básicos, esses factos fazem-lhes inegavelmente muita confusão!
21. É que era mais bem empregue, o tempo, se em vez de andarem a processar utilizadores do P2P, passassem algum tempinho a ler as propostas da Electronic Frontier Foundation e de outras organizações do mesmo género e credibilidade, ou a movimentação para a legalização da troca de musica em P2P, nomeadamente em França, com compensações alternativas para direitos de autor, editoras e distribuidoras, muito na linha, mas não só, com que é feito com a difusão publica de música em Rádios, Restaurantes, Bares, Discotecas, etc! Não será que garantiam melhor o Vosso futuro?
22. Só posso assegurar que, dentro das minhas possibilidades, continuarei a lutar para a legalização da troca de musica em P2P, pela partilha de ficheiros, pelos meios alternativos de compensação de direitos de autor e pagamentos da industria, e pela cada vez mais intensa e mais convicta luta de todos aqueles que como eu acham que NÃO É MORALMENTE ACEITÁVEL a atitude da industria, com o uso que faz, dos argumentos que usa.
Mesmo que pela sua força consiga pôr isso na lei. O que lá se põe também se tira, e também se pedem responsabilidades por isso. A sociedade civil sempre mostrou saber lutar contra os privilégios e as situações de favorecimento, bem como fazer avançar a legislação com as mudanças dos tempos.
E Portugal é na Europa. Não é nos EUA... não somos cowboys e índios, e sabemos geografia e outras coisas, e tocamos piano e falamos francês, como o gato maltês, e tal... e vamos lutar pelos valores culturais ancestrais que construíram uma civilização e não passam nem de longe nem de perto pelas "... Corporations..." e pelos seus lucros. Em termos de valores, sou indiferente a isso. Tenho o direito de (e quero) usufruir legalmente da tecnologia que o meu próprio esforço e contributo, certamente que ínfimo contudo, ajudou a pôr à disposição de cada vez maior número de pessoas.
Fonte:
http://www.blogger.com/comment.g?blogID ... 5673112921
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eu diria que esse senhor traz sérios argumentos contra o modus operandi da associação: faz-me crer ser extremamente dificil que alguém consiga algo destas intimidações. POr outro lado, se o objectivo era alertar para o facto dos downloads seres ilegais, parecem estar a conseguir. Nós estamos a ser alertados
.
Nâo sei se o homem é realmente quem diz ser mas deixo o seguinte texto que encontrei na zona de comentários do seguinte artigo http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... div_id=291
Na qualidade de Juiz de Direito, e enquanto titular de um Órgão de Soberania, e, neste momento, face ao estado das coisas, único e verdadeiro garante dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos nacionais e dos estrangeiros legalmente residentes em Portugal, causa-me enorme perturbação a notícia referente à Federação Internacional da Indústria Fonográfica.
Antes de mais, e de um ponto de vista meramente jurídico, não sendo a dita Federação uma autoridade administrativa nacional, nem tendo a mesma quaisquer poderes delegados por autoridades nacionais com competência para tal, o que é proposto na referida notícia permite-me, com facilidade, subsumir, isto é, qualificar, a respectiva actuação da dita Federação de associação criminosa, prevista e punida (p. e p.) no artº 287º do Código Penal (CP), de organização terrorista, p. e p. no artº 288º do mesmo CP, nomeadamente na definição dada no nº 2 al. a) in fine do referido preceito, de agente de ameaça da prática de crime, p. e p. no artº 293º CP, e ainda de interceptor ilegítimo, p. e p. no artº 8º da Lei nº 109/91 de 17-08 (Lei da Criminalidade Informática), sendo todos estes crimes puníveis com penas de prisão. Isto de um ponto de vista do Direito Substantivo.
Do ponto de vista do Direito Processual Penal, e portanto, a nível de prova, o modus operandi da dita Federação torna qualquer prova assim obtida nula ? o que significa que não pode ser utilizada ? nos termos do disposto no nº 2 al. d) e, em especial, no nº 3 do artº 126º do Código de Processo Penal (CPP), sendo de realçar que qualquer prova que implique a intromissão na vida privada e na esfera jurídica de qualquer pessoa tem de ser autorizado por um Juiz de Instrução Criminal mediante despacho judicial.
Por fim, de um ponto de vista de actuação do Direito Contra-Ordenacional ? e permite-nos uma correcção à supra referida notícia, não são aplicáveis multas, que estão reservadas para o Direito Penal, mas, antes, coimas ? não só a dita Federação não tem qualquer competência para autuar e aplicar uma coima em território Nacional, como sendo esta disciplina subsidiariamente regida pelo Direito Processual Penal, as provas teriam de estar conforme a nossa ordem penal e as decisões emitidas de acordo com o disposto no artº 18º do Regime Geral das Contra-Ordenações (RGCO) na sua redacção actualmente dada pela Lei nº 109/2001 de 24-12.
Penso, sinceramente que está na altura dos cidadãos pugnarem activamente pelos seus direitos contra estes atropelos e intimidações tão características de terrorismos de estado subvencionados por lobbies económicos, sendo que, de acordo com o disposto no artº 21º da Constituição da República Portuguesa (CRP) ?Todos têm direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.?
cps
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Na qualidade de Juiz de Direito, e enquanto titular de um Órgão de Soberania, e, neste momento, face ao estado das coisas, único e verdadeiro garante dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos nacionais e dos estrangeiros legalmente residentes em Portugal, causa-me enorme perturbação a notícia referente à Federação Internacional da Indústria Fonográfica.
Antes de mais, e de um ponto de vista meramente jurídico, não sendo a dita Federação uma autoridade administrativa nacional, nem tendo a mesma quaisquer poderes delegados por autoridades nacionais com competência para tal, o que é proposto na referida notícia permite-me, com facilidade, subsumir, isto é, qualificar, a respectiva actuação da dita Federação de associação criminosa, prevista e punida (p. e p.) no artº 287º do Código Penal (CP), de organização terrorista, p. e p. no artº 288º do mesmo CP, nomeadamente na definição dada no nº 2 al. a) in fine do referido preceito, de agente de ameaça da prática de crime, p. e p. no artº 293º CP, e ainda de interceptor ilegítimo, p. e p. no artº 8º da Lei nº 109/91 de 17-08 (Lei da Criminalidade Informática), sendo todos estes crimes puníveis com penas de prisão. Isto de um ponto de vista do Direito Substantivo.
Do ponto de vista do Direito Processual Penal, e portanto, a nível de prova, o modus operandi da dita Federação torna qualquer prova assim obtida nula ? o que significa que não pode ser utilizada ? nos termos do disposto no nº 2 al. d) e, em especial, no nº 3 do artº 126º do Código de Processo Penal (CPP), sendo de realçar que qualquer prova que implique a intromissão na vida privada e na esfera jurídica de qualquer pessoa tem de ser autorizado por um Juiz de Instrução Criminal mediante despacho judicial.
Por fim, de um ponto de vista de actuação do Direito Contra-Ordenacional ? e permite-nos uma correcção à supra referida notícia, não são aplicáveis multas, que estão reservadas para o Direito Penal, mas, antes, coimas ? não só a dita Federação não tem qualquer competência para autuar e aplicar uma coima em território Nacional, como sendo esta disciplina subsidiariamente regida pelo Direito Processual Penal, as provas teriam de estar conforme a nossa ordem penal e as decisões emitidas de acordo com o disposto no artº 18º do Regime Geral das Contra-Ordenações (RGCO) na sua redacção actualmente dada pela Lei nº 109/2001 de 24-12.
Penso, sinceramente que está na altura dos cidadãos pugnarem activamente pelos seus direitos contra estes atropelos e intimidações tão características de terrorismos de estado subvencionados por lobbies económicos, sendo que, de acordo com o disposto no artº 21º da Constituição da República Portuguesa (CRP) ?Todos têm direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.?
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nunofaustino Escreveu:P.S. qto a partilha de musicas, livros, ... eu penso que a partilha de ficheiros atraves de p2p seja uma violacao dos direitos de autor...
por outro lado fazer copias de cds comprados para passar andar com eles no carro ou no ipod ja nao seria (pois seria para uso proprio). Mas essa eh a minha ideia pessoal, pois de direito n percebo nada...
E eu tenho a certeza que no caldeirão, e por toda a net existem violações, agora pargar cinco mil € por fazer um download, e pior do que isso uns pagarem outros não. Estou a pensar seriamente em enviar um mail ao meu prestador de serviços a pedir a desactivação do mesmo( não que faça ou deixe de fazer, que tenha medo ou não) e se fossem milhares a fzaer era bonito
$$!!, so um comentario a esse comentario colocado no CM... nada te garante que quem colocou esse texto seja de facto advogado... eu acredito que menos de 1% do que esta escrito na internet seja verdadeiro, e em textos escritos por pessoas anonimas, essa % ainda eh menor...
Se fosse um advogado, acredito qe indicaria qual o artigo legal que tinha servido de base ah sua afirmacao...
Um abraco
Nuno
P.S. qto a partilha de musicas, livros, ... eu penso que a partilha de ficheiros atraves de p2p seja uma violacao dos direitos de autor...
por outro lado fazer copias de cds comprados para passar andar com eles no carro ou no ipod ja nao seria (pois seria para uso proprio). Mas essa eh a minha ideia pessoal, pois de direito n percebo nada...
Se fosse um advogado, acredito qe indicaria qual o artigo legal que tinha servido de base ah sua afirmacao...
Um abraco
Nuno
P.S. qto a partilha de musicas, livros, ... eu penso que a partilha de ficheiros atraves de p2p seja uma violacao dos direitos de autor...
por outro lado fazer copias de cds comprados para passar andar com eles no carro ou no ipod ja nao seria (pois seria para uso proprio). Mas essa eh a minha ideia pessoal, pois de direito n percebo nada...
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Deixo dois endereços onde é possível adquirirem-se DVD´s e CD´s a preços substancialmente mais baixos do que no nosso cantinho à beira mar plantado:
www.dvdgo.com
www.dvdworld.com.br
Comparem os preços. A diferença abismal reflecte apenas parte do problema pois ninguém acredita que os brasileiros e os espanhóis sejam beneméritos.
E mais, para valores superiores a 75 €, colocam a encomenda em nossa casa por correio rápido no prazo de apenas 2/3 dias sem haver lugar ao pagamento de qualquer porte.
cps
AA
www.dvdgo.com
www.dvdworld.com.br
Comparem os preços. A diferença abismal reflecte apenas parte do problema pois ninguém acredita que os brasileiros e os espanhóis sejam beneméritos.
E mais, para valores superiores a 75 €, colocam a encomenda em nossa casa por correio rápido no prazo de apenas 2/3 dias sem haver lugar ao pagamento de qualquer porte.
cps
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Dizem que até é proibido fazer cópias. Então como é que meto as músicas do IPOD?
Isto é absolutamente caricato!
Depois disto, granto que não comprarei mais um único CD ou DVD em Portugal. Se mandar vir pela Internet, de Espanha pago cerca de -50%.
Os CD's para serem copiados, primeiro tem de ser comprados!
cps
AA
Isabel Meirelles
A missão quase impossível de combate ao cibercrime
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Apesar de todos os esforços e desta novidade de actuação judicial, há que lançar uma campanha de informação e de consciencialização sobre a ilegalidade de «downloads» e «uploads» de música da net, protegida por direitos de autor.
A Associação Fonográfica Portuguesa apresentou, pela primeira vez, à Polícia Judiciária vinte e oito queixas-crime contra utilizadores desconhecidos que fazem «downloads» de música, mas também contra aqueles que são responsáveis pelos «uploads», ou seja pela disponibilização na web de faixas de música protegidas por direitos de autor, que visam utentes, designadamente de programas que permitem a troca de ficheiros, como o Emule, Kazaa e limewire.
Trata-se de uma acção concertada com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica que já intentou acções judiciais contra 25 mil pessoas, das quais 5 mil e quinhentas na Europa e que abrangeram, indiferenciadamente, pessoas como um carpinteiro na Finlândia ou um juiz na Alemanha.
O que está aqui em causa é um comportamento reiterado de impunidade que tem, por isso, vindo a fazer perder consciência da sua ilicitude. É que fazer ilegalmente «downloads» de músicas constitui violação dos direitos de autor protegidos pela propriedade intelectual, o que corresponde a furtar os artistas que assim se vêem privados da remuneração do seu trabalho de criação.
No entanto, para que se começasse a desencadear este tipo de estratégia judicial, foi preciso que a indústria portuguesa se visse privada de cerca de 40% da venda de CD nos últimos quatro anos, dado que a troca se faz, sobretudo entre os jovens, através da Internet, alguns dos quais não têm sequer consciência do ilícito que praticam.
Ora a Constituição da República Portuguesa consagra o princípio da liberdade de criação cultural, compreendendo o direito à invenção, produção e divulgação da obra científica, literária ou artística, incluindo a protecção dos direitos de autor, podendo a obra ser divulgada de maneiras diversas e com vários suportes, incluindo na Internet. Daí que neste caso o controlo do respeito por estes direitos seja extraordinariamente difícil, sobretudo porque estão acessíveis a milhões de pessoas que, sem autorização, utilizam, reproduzem e até mutilam ou adulteram as obras.
Por outro lado, um dos princípios fundamentais do direito de autor é a territorialidade pelo que em Portugal, nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos as obras de autores estrangeiros ou que tiverem como país de origem um país estrangeiro, em regra, só beneficiam de protecção da lei portuguesa se houver reciprocidade. O que significa que a obra musical de uma autor brasileiro só é protegida se o Estado do Brasil der aos autores portugueses, idêntica protecção.
E a dificuldade reside também neste facto, de cada país ter a sua legislação, ou no limite, não ter sequer regulamentação, o que impossibilita a adopção de medidas eficazes contra as violações cometidas.
Neste sentido, os Estados e a União Europeia tomaram consciência que as legislações tradicionais nesta matéria dificilmente se aplicam às novas realidades da sociedade de informação e, à falta da utópica harmonização mundial, procederam, através de directiva própria, à harmonização de certos aspectos dos direitos de autor e dos direitos conexos na sociedade de informação, o que implicou, em virtude da transposição para a nossa ordem jurídica interna daquele acto comunitário, alterações legais.
Apesar de todos os esforços e desta novidade de actuação judicial, há que lançar uma campanha de informação e de consciencialização sobre a ilegalidade de «downloads» e «uploads» de música da net, protegida por direitos de autor.
Também porque, nos termos da lei, quem utilizar uma obra sem o consentimento do seu autor, nomeadamente reproduzindo-a ou copiando-a, está a praticar o crime de usurpação, punido com pena de prisão até três anos e multa de 150 a 250 dias.
A ser possível cumprir o preceito legal, as prisões ficariam cheias e os cofres recheados?
Isto é absolutamente caricato!
Depois disto, granto que não comprarei mais um único CD ou DVD em Portugal. Se mandar vir pela Internet, de Espanha pago cerca de -50%.
Os CD's para serem copiados, primeiro tem de ser comprados!
cps
AA
Isabel Meirelles
A missão quase impossível de combate ao cibercrime
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Apesar de todos os esforços e desta novidade de actuação judicial, há que lançar uma campanha de informação e de consciencialização sobre a ilegalidade de «downloads» e «uploads» de música da net, protegida por direitos de autor.
A Associação Fonográfica Portuguesa apresentou, pela primeira vez, à Polícia Judiciária vinte e oito queixas-crime contra utilizadores desconhecidos que fazem «downloads» de música, mas também contra aqueles que são responsáveis pelos «uploads», ou seja pela disponibilização na web de faixas de música protegidas por direitos de autor, que visam utentes, designadamente de programas que permitem a troca de ficheiros, como o Emule, Kazaa e limewire.
Trata-se de uma acção concertada com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica que já intentou acções judiciais contra 25 mil pessoas, das quais 5 mil e quinhentas na Europa e que abrangeram, indiferenciadamente, pessoas como um carpinteiro na Finlândia ou um juiz na Alemanha.
O que está aqui em causa é um comportamento reiterado de impunidade que tem, por isso, vindo a fazer perder consciência da sua ilicitude. É que fazer ilegalmente «downloads» de músicas constitui violação dos direitos de autor protegidos pela propriedade intelectual, o que corresponde a furtar os artistas que assim se vêem privados da remuneração do seu trabalho de criação.
No entanto, para que se começasse a desencadear este tipo de estratégia judicial, foi preciso que a indústria portuguesa se visse privada de cerca de 40% da venda de CD nos últimos quatro anos, dado que a troca se faz, sobretudo entre os jovens, através da Internet, alguns dos quais não têm sequer consciência do ilícito que praticam.
Ora a Constituição da República Portuguesa consagra o princípio da liberdade de criação cultural, compreendendo o direito à invenção, produção e divulgação da obra científica, literária ou artística, incluindo a protecção dos direitos de autor, podendo a obra ser divulgada de maneiras diversas e com vários suportes, incluindo na Internet. Daí que neste caso o controlo do respeito por estes direitos seja extraordinariamente difícil, sobretudo porque estão acessíveis a milhões de pessoas que, sem autorização, utilizam, reproduzem e até mutilam ou adulteram as obras.
Por outro lado, um dos princípios fundamentais do direito de autor é a territorialidade pelo que em Portugal, nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos as obras de autores estrangeiros ou que tiverem como país de origem um país estrangeiro, em regra, só beneficiam de protecção da lei portuguesa se houver reciprocidade. O que significa que a obra musical de uma autor brasileiro só é protegida se o Estado do Brasil der aos autores portugueses, idêntica protecção.
E a dificuldade reside também neste facto, de cada país ter a sua legislação, ou no limite, não ter sequer regulamentação, o que impossibilita a adopção de medidas eficazes contra as violações cometidas.
Neste sentido, os Estados e a União Europeia tomaram consciência que as legislações tradicionais nesta matéria dificilmente se aplicam às novas realidades da sociedade de informação e, à falta da utópica harmonização mundial, procederam, através de directiva própria, à harmonização de certos aspectos dos direitos de autor e dos direitos conexos na sociedade de informação, o que implicou, em virtude da transposição para a nossa ordem jurídica interna daquele acto comunitário, alterações legais.
Apesar de todos os esforços e desta novidade de actuação judicial, há que lançar uma campanha de informação e de consciencialização sobre a ilegalidade de «downloads» e «uploads» de música da net, protegida por direitos de autor.
Também porque, nos termos da lei, quem utilizar uma obra sem o consentimento do seu autor, nomeadamente reproduzindo-a ou copiando-a, está a praticar o crime de usurpação, punido com pena de prisão até três anos e multa de 150 a 250 dias.
A ser possível cumprir o preceito legal, as prisões ficariam cheias e os cofres recheados?
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eu nao faco a minima ideia, mas era essa a ideia k eu tinha.. mas infelizmente nao percebo nada de direito.. bye
umas postas de pescada e tal.. http://aminhacarteira.blogspot.com/
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Boas,
Alguêm deixou este comentário no Correio da Manhã de hoje (05-04-06), o qual passo a citar:
- Eu gostaria que todos lessem isto com atenção eu sou advogado e já trabalhei em vários crimes informaticos e gostaria de deixar aqui uma coisa bem clara ISTO É MENTIRA, É UM BLUFF AUTÊNTICO, tal como o que fazem no cinema a dizer que roubam os filmes, isto É SÓ APLICAVEL PARA QUEM VENDE NAS FEIRAS SÓ A ESSES, POR FAVOR NÃO CAIAM NA IGNORÂNCIA DE ACREDITAR EM MENTIRAS PURAS PARA METER MEDO.
Agora tirem as conclusões que entenderem
Cumps,Que dizem?
Alguêm deixou este comentário no Correio da Manhã de hoje (05-04-06), o qual passo a citar:
- Eu gostaria que todos lessem isto com atenção eu sou advogado e já trabalhei em vários crimes informaticos e gostaria de deixar aqui uma coisa bem clara ISTO É MENTIRA, É UM BLUFF AUTÊNTICO, tal como o que fazem no cinema a dizer que roubam os filmes, isto É SÓ APLICAVEL PARA QUEM VENDE NAS FEIRAS SÓ A ESSES, POR FAVOR NÃO CAIAM NA IGNORÂNCIA DE ACREDITAR EM MENTIRAS PURAS PARA METER MEDO.
Agora tirem as conclusões que entenderem
Cumps,Que dizem?
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no forum da mula ja la vao umas 66 paginas sobre isto.. à bocado nao tive na net durante uma hora, e apareceram mais umas 5 ou 6 paginas.. bye
umas postas de pescada e tal.. http://aminhacarteira.blogspot.com/
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Alexandre7ias Escreveu:Quem já não ouviu isto nas noticias? As multas poderão ir até aos 5000 euros, quem for "apanhado" a roubar músicas da Internet...
Pois bem, é altura de acalmar o pânico de milhares de pessoas e de pais preocupados com o que os filhos fazem no computador.
1º - Os chamados "processos" vão ser criados pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) e/ou pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). Neste ponto, há uma coisa que deve ser clara: nenhuma destas instituições tem autoridade para passar multas a quem quer que seja. O objectivo (imoral) é assustar os utilizadores de Internet e levá-los a pagar uma indemnização até 5000 euros, ou será levado a tribunal. Isto pode ser visto como chantagem, uma vez que ou pagamos, ou levamos com um processo. Estas empresas que vão enviar as tais cartas, não estão a agir através de um processo judicial (pois seria muito dispendioso processar individualmente milhares de pessoas) mas sim através de um processo civil. Que relevância jurídica tem isto? Nenhuma! Simplesmente ameaçam as pessoas e metem medo. Se alguma pagar, melhor. Se ninguém pagar, encolhem os ombros e passam ao próximo. De facto há leis em Portugal, mas não são estas empresas que as escrevem.
2º - Onde está essa informação, e quem decide que valor é que se vai pagar? Em Portugal só há uma maneira de obrigar as pessoas a pagar multas ou indemnizações: o tribunal! Como o Bill Gates disse: "O nosso computador é tão confidencial como a nossa conta bancária". Sem processo em tribunal, ninguém (nem mesmo estas entidades) podem acusar, vigiar, espiar, exigir, passar multas, pedir indemnização, ter acesso ao vosso computador, ou "consultar" que downloads fazem.
3º - Para os menos entendidos, quem tem ligação à Internet, liga-se através de um IP (ex. 255.255.255.255) e mais nenhuma informação é transmitida (e atenção a isto).
Quem mantém o registo a quem pertence cada IP ligado, é apenas a empresa de Internet a quem contraram o serviço (ex. Netcabo, Cabovisão, Sapo, Clix, etc.). Neste caso, só com um processo judicial é que a vossa informação confidencial é disponibilizada. Ou seja: receberam uma carta a pedir uma indemnização. Muito bem, há processo judicial a decorrer em tribunal? Não? Então a carta não vale nada. E se quiserem ir mais além, contactem o vosso fornecedor de Internet e perguntem como é que a determinada instituição obteve os vossos dados, sem autorização do tribunal. E se ainda quiserem ir mais além, iniciem um processo contra o vosso fornecedor de Internet, ou contra a instituição que vos "ameaçou".
4º - Quem faz download de qualquer tipo de ficheiros da Internet (seja musica, filmes, fotografias) é apelidado de "pirata informático" pela comunicação social. Mas há uma grande diferença entre fazer download e desfrutar desse mesmo download no conforto da vossa casa, e de fazer download de filmes e música e ir vender para a feira da ladra, ou qualquer outro local. Quem lucra com estes negócios de downloads para vender posteriormente, é que deve ser apelidado de pirata informático. Ou será que quando se gravava as telenovelas e os filmes da televisão em cassetes, também era chamado de pirata da televisão? É exactamente a mesma coisa. Em vez de copiarem da televisão, copiam da Internet.
5º - Neste momento, em Portugal não há nenhuma lei relativamente à pirataria informática (pelo menos explícita) e em que base se suporta, ou que diferenças existem entre consumo próprio ou para venda. Da mesma maneira que não há qualquer precedente de tal situação. Todos aqueles anúncios no cinema, nunca deram em nada nem nunca ninguém foi preso. Eram só campanhas!
6º - Se estivessem a infringir alguma lei, acham que seriam enviadas cartas para pararem com os downloads e a serem convidados a pagarem de livre vontade? Também ninguém manda cartas a um ladrão para parar de roubar no metro e entregar-se na esquadra mais próxima, ou a um assassino para parar de matar os vizinhos com a caçadeira, e para se dedicar à agricultura. É absurdo! Se neste país nem uma pessoa que viola crianças vai presa, quanto mais nós que nos recusamos a pagar multas! Tirar músicas da Internet dá multa até 5000 euros. E andar a 120km/h dentro de uma localidade dá 500 euros? Passar um sinal vermelho menos que isso? Desencadear um acidente em cadeia na auto-estrada porque se bebeu demais fica-se sem carta? Acham justo? Tirar músicas da Internet é que é mau para a sociedade, e os perigosos somos nós, não?
7º - Recentemente em França foi aberto um processo pelas indústrias e editoras similar a este, e até foi feita uma petição em tribunal para ser criada uma lei que punisse quem fizesse downloads da Internet. No entanto, o Juiz recusou-se alegando que se estaria a violar a divulgação cultural. Temos o direito de experimentar o produto antes de o comprar, ou não?
8º - Quem acham que perde com isto tudo? O terror instala-se, as pessoas começam a parar de fazer downloads, e a Internet em casa passa a ser usada para ver páginas e ler o e-mail. Quem precisa de grandes velocidade para isso? Ninguém...assim os consumidores começam a cancelar a Internet, ou a passar para uma mais barata. E quem sofre? O fornecedor de Internet.
9º - Há vários cantores e grupos de música nacionais que culpam a "pirataria" das baixas vendas que os seus álbuns conseguem no mercado. Esta é a lista de vários artistas que lutam contra a pirataria: Ágata, Agrupamento Musical Diapasão, Aldina, Alfredo Vieira de Sousa, Ana Moura, António Cunha (Uguru), António Manuel Ribeiro, António Manuel Guimarães (Magic Music), Banda Lusa, Blasted Mechanism, Blind Zero, Bonga, Boss AC, Camané, CantaBahia, Carlos do Carmo, Carlos Maria Trindade, Carlos Tê, Clã, Cristina Branco, Da Weasel, Danae, David Fonseca, Dealema, Delfins, DJ Vibe, Dulce Pontes, Emanuel, Expensive Soul, Fernando Rocha, Filipa Pais, Fingertrips, FNAC, GNR, Gutto, Iran Costa, Íris, Jaguar Band, João Afonso, João Gil, João Monge, João Pedro Pais, João Portugal, Jorge Cruz, Jorge Palma, José Mário Branco, Liliana, Lúcia Moniz, Luís Cília, Luís Represas, Luísa Amaro, Mafalda Veiga, Manuel Faria, Manuel Freire, Manuel Paulo, Mão Morta, Marante, Maria João&Mário Laginha, Mário Fernandes, Mariza, Ménito Ramos, Mesa, Miguel&André, Miguel Guedes (em nome individual), Mind da Gap, Místicos, Mónica Sintra, Paula Teixeira, Paulo Ribeiro, Pedro Abrunhosa, Pedro Ayres Magalhães, Pedro Oliveira, Pedro Osório, Quatro Cantos, Quim Barreiros, Quinta do Bill, Rádio Macau, Rita Guerra, Rodrigo Leão, Rosita, Rui Bandeira, Rui Veloso, Santamaria, Sérgio Godinho, Teresa Tapadas, The Gift, Toranja, Toy, Tozé Brito, UHF, Vitorino, Wraygunn, Xutos e Pntapés, X-Wife e Zé Peixoto.
Por favor, e peço-vos que metam a mão na consciência: Quem é a pessoa com com alguma inteligência que se vai a meter a fazer download de músicas da Ágata? Ou da Rosita? Ou do Agrupamento Musical Diapasão? Ou pior, do Iran Costa?
10º - Ora vejamos:
Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Choque Tecnológico por água abaixo –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Menos lucros dos ISP's –> PT apresenta prejuízo -> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> Aumento dos Processos que se acumulam nos tribunais –> Justiça mais lenta –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> As pessoas não vão comprar Cd's só porque a pirataria "acaba" ou diminui podendo mesmo criar uma certa "revolta" contra as editoras e afins –> O povo começa a cagar para os artistas –> Menos lucros para editoras e artistas –> Mundo da música e não só com dificuldades –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Continuamos...?
11º - Ok, concordo que os direitos de autor têm que ser protegidos. Mas não concordo que um simples CD de música cujo custo de fabrico ronda 1 euro, seja vendido por 15/20 euros, em que apenas cerca de 2 euros vão para os artistas. E ainda têm a lata de chamar piratas a nós?
12º - Concluindo, não se deixem vencer pelo medo. Não digo para olharem para o lado caso recebam essas cartas, mas sim que se informem e que pesquisem as maneiras legais de se fazer o correcto. Informem e mantenham-se informados, pois basta haver um decréscimo dos utilizadores deste tipo para essas empresas pensarem que podem fazer tudo e que podem ganhar.
Eu posso considerar-me culpado, mas sou culpado, não por fazer downloads de musicas e filmes mas pelo facto de fazer parte da classe média que mal tem dinheiro para pagar a renda de casa, e ainda faz um sacrifício enorme em pagar 60€ pela Internet, mais não sei quantos euros pela tvcabo, mais não sei quantos euros pelo telefone, mais não sei quantos euros pela assinatura mensal do telefone, e de trabalhar de sol a sol. Mas NÃO SOU CULPADO, pelos roubos de ministros, deputados, e administradores de empresas estatais, pelos buracos financeiros que causaram a empresas estatais. NÃO SOU CULPADO, pelo buraco financeiro em que o pais se encontra, e muito menos pelo valor do défice 6,8.
Agora só vos peço para levarem a vossa vida atrás do computador calmamente, não castiguem os vossos filhos por algo que não estão a fazer, e acima de tudo, divulguem toda esta informação, para que essas empresas que vêm do estrangeiro, não pensem que somos uma cambada de saloios e que nos podem meter medo!
Ia publicar mesmo isso agora....
Para quem quiser ver no site....http://clientes.netvisao.pt/pintosaa/Manifesto.htm
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Quem já não ouviu isto nas noticias? As multas poderão ir até aos 5000 euros, quem for "apanhado" a roubar músicas da Internet...
Pois bem, é altura de acalmar o pânico de milhares de pessoas e de pais preocupados com o que os filhos fazem no computador.
1º - Os chamados "processos" vão ser criados pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) e/ou pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). Neste ponto, há uma coisa que deve ser clara: nenhuma destas instituições tem autoridade para passar multas a quem quer que seja. O objectivo (imoral) é assustar os utilizadores de Internet e levá-los a pagar uma indemnização até 5000 euros, ou será levado a tribunal. Isto pode ser visto como chantagem, uma vez que ou pagamos, ou levamos com um processo. Estas empresas que vão enviar as tais cartas, não estão a agir através de um processo judicial (pois seria muito dispendioso processar individualmente milhares de pessoas) mas sim através de um processo civil. Que relevância jurídica tem isto? Nenhuma! Simplesmente ameaçam as pessoas e metem medo. Se alguma pagar, melhor. Se ninguém pagar, encolhem os ombros e passam ao próximo. De facto há leis em Portugal, mas não são estas empresas que as escrevem.
2º - Onde está essa informação, e quem decide que valor é que se vai pagar? Em Portugal só há uma maneira de obrigar as pessoas a pagar multas ou indemnizações: o tribunal! Como o Bill Gates disse: "O nosso computador é tão confidencial como a nossa conta bancária". Sem processo em tribunal, ninguém (nem mesmo estas entidades) podem acusar, vigiar, espiar, exigir, passar multas, pedir indemnização, ter acesso ao vosso computador, ou "consultar" que downloads fazem.
3º - Para os menos entendidos, quem tem ligação à Internet, liga-se através de um IP (ex. 255.255.255.255) e mais nenhuma informação é transmitida (e atenção a isto).
Quem mantém o registo a quem pertence cada IP ligado, é apenas a empresa de Internet a quem contraram o serviço (ex. Netcabo, Cabovisão, Sapo, Clix, etc.). Neste caso, só com um processo judicial é que a vossa informação confidencial é disponibilizada. Ou seja: receberam uma carta a pedir uma indemnização. Muito bem, há processo judicial a decorrer em tribunal? Não? Então a carta não vale nada. E se quiserem ir mais além, contactem o vosso fornecedor de Internet e perguntem como é que a determinada instituição obteve os vossos dados, sem autorização do tribunal. E se ainda quiserem ir mais além, iniciem um processo contra o vosso fornecedor de Internet, ou contra a instituição que vos "ameaçou".
4º - Quem faz download de qualquer tipo de ficheiros da Internet (seja musica, filmes, fotografias) é apelidado de "pirata informático" pela comunicação social. Mas há uma grande diferença entre fazer download e desfrutar desse mesmo download no conforto da vossa casa, e de fazer download de filmes e música e ir vender para a feira da ladra, ou qualquer outro local. Quem lucra com estes negócios de downloads para vender posteriormente, é que deve ser apelidado de pirata informático. Ou será que quando se gravava as telenovelas e os filmes da televisão em cassetes, também era chamado de pirata da televisão? É exactamente a mesma coisa. Em vez de copiarem da televisão, copiam da Internet.
5º - Neste momento, em Portugal não há nenhuma lei relativamente à pirataria informática (pelo menos explícita) e em que base se suporta, ou que diferenças existem entre consumo próprio ou para venda. Da mesma maneira que não há qualquer precedente de tal situação. Todos aqueles anúncios no cinema, nunca deram em nada nem nunca ninguém foi preso. Eram só campanhas!
6º - Se estivessem a infringir alguma lei, acham que seriam enviadas cartas para pararem com os downloads e a serem convidados a pagarem de livre vontade? Também ninguém manda cartas a um ladrão para parar de roubar no metro e entregar-se na esquadra mais próxima, ou a um assassino para parar de matar os vizinhos com a caçadeira, e para se dedicar à agricultura. É absurdo! Se neste país nem uma pessoa que viola crianças vai presa, quanto mais nós que nos recusamos a pagar multas! Tirar músicas da Internet dá multa até 5000 euros. E andar a 120km/h dentro de uma localidade dá 500 euros? Passar um sinal vermelho menos que isso? Desencadear um acidente em cadeia na auto-estrada porque se bebeu demais fica-se sem carta? Acham justo? Tirar músicas da Internet é que é mau para a sociedade, e os perigosos somos nós, não?
7º - Recentemente em França foi aberto um processo pelas indústrias e editoras similar a este, e até foi feita uma petição em tribunal para ser criada uma lei que punisse quem fizesse downloads da Internet. No entanto, o Juiz recusou-se alegando que se estaria a violar a divulgação cultural. Temos o direito de experimentar o produto antes de o comprar, ou não?
8º - Quem acham que perde com isto tudo? O terror instala-se, as pessoas começam a parar de fazer downloads, e a Internet em casa passa a ser usada para ver páginas e ler o e-mail. Quem precisa de grandes velocidade para isso? Ninguém...assim os consumidores começam a cancelar a Internet, ou a passar para uma mais barata. E quem sofre? O fornecedor de Internet.
9º - Há vários cantores e grupos de música nacionais que culpam a "pirataria" das baixas vendas que os seus álbuns conseguem no mercado. Esta é a lista de vários artistas que lutam contra a pirataria: Ágata, Agrupamento Musical Diapasão, Aldina, Alfredo Vieira de Sousa, Ana Moura, António Cunha (Uguru), António Manuel Ribeiro, António Manuel Guimarães (Magic Music), Banda Lusa, Blasted Mechanism, Blind Zero, Bonga, Boss AC, Camané, CantaBahia, Carlos do Carmo, Carlos Maria Trindade, Carlos Tê, Clã, Cristina Branco, Da Weasel, Danae, David Fonseca, Dealema, Delfins, DJ Vibe, Dulce Pontes, Emanuel, Expensive Soul, Fernando Rocha, Filipa Pais, Fingertrips, FNAC, GNR, Gutto, Iran Costa, Íris, Jaguar Band, João Afonso, João Gil, João Monge, João Pedro Pais, João Portugal, Jorge Cruz, Jorge Palma, José Mário Branco, Liliana, Lúcia Moniz, Luís Cília, Luís Represas, Luísa Amaro, Mafalda Veiga, Manuel Faria, Manuel Freire, Manuel Paulo, Mão Morta, Marante, Maria João&Mário Laginha, Mário Fernandes, Mariza, Ménito Ramos, Mesa, Miguel&André, Miguel Guedes (em nome individual), Mind da Gap, Místicos, Mónica Sintra, Paula Teixeira, Paulo Ribeiro, Pedro Abrunhosa, Pedro Ayres Magalhães, Pedro Oliveira, Pedro Osório, Quatro Cantos, Quim Barreiros, Quinta do Bill, Rádio Macau, Rita Guerra, Rodrigo Leão, Rosita, Rui Bandeira, Rui Veloso, Santamaria, Sérgio Godinho, Teresa Tapadas, The Gift, Toranja, Toy, Tozé Brito, UHF, Vitorino, Wraygunn, Xutos e Pntapés, X-Wife e Zé Peixoto.
Por favor, e peço-vos que metam a mão na consciência: Quem é a pessoa com com alguma inteligência que se vai a meter a fazer download de músicas da Ágata? Ou da Rosita? Ou do Agrupamento Musical Diapasão? Ou pior, do Iran Costa?
10º - Ora vejamos:
Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Choque Tecnológico por água abaixo –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Menos lucros dos ISP's –> PT apresenta prejuízo -> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> Aumento dos Processos que se acumulam nos tribunais –> Justiça mais lenta –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> As pessoas não vão comprar Cd's só porque a pirataria "acaba" ou diminui podendo mesmo criar uma certa "revolta" contra as editoras e afins –> O povo começa a cagar para os artistas –> Menos lucros para editoras e artistas –> Mundo da música e não só com dificuldades –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Continuamos...?
11º - Ok, concordo que os direitos de autor têm que ser protegidos. Mas não concordo que um simples CD de música cujo custo de fabrico ronda 1 euro, seja vendido por 15/20 euros, em que apenas cerca de 2 euros vão para os artistas. E ainda têm a lata de chamar piratas a nós?
12º - Concluindo, não se deixem vencer pelo medo. Não digo para olharem para o lado caso recebam essas cartas, mas sim que se informem e que pesquisem as maneiras legais de se fazer o correcto. Informem e mantenham-se informados, pois basta haver um decréscimo dos utilizadores deste tipo para essas empresas pensarem que podem fazer tudo e que podem ganhar.
Eu posso considerar-me culpado, mas sou culpado, não por fazer downloads de musicas e filmes mas pelo facto de fazer parte da classe média que mal tem dinheiro para pagar a renda de casa, e ainda faz um sacrifício enorme em pagar 60€ pela Internet, mais não sei quantos euros pela tvcabo, mais não sei quantos euros pelo telefone, mais não sei quantos euros pela assinatura mensal do telefone, e de trabalhar de sol a sol. Mas NÃO SOU CULPADO, pelos roubos de ministros, deputados, e administradores de empresas estatais, pelos buracos financeiros que causaram a empresas estatais. NÃO SOU CULPADO, pelo buraco financeiro em que o pais se encontra, e muito menos pelo valor do défice 6,8.
Agora só vos peço para levarem a vossa vida atrás do computador calmamente, não castiguem os vossos filhos por algo que não estão a fazer, e acima de tudo, divulguem toda esta informação, para que essas empresas que vêm do estrangeiro, não pensem que somos uma cambada de saloios e que nos podem meter medo!
Pois bem, é altura de acalmar o pânico de milhares de pessoas e de pais preocupados com o que os filhos fazem no computador.
1º - Os chamados "processos" vão ser criados pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) e/ou pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). Neste ponto, há uma coisa que deve ser clara: nenhuma destas instituições tem autoridade para passar multas a quem quer que seja. O objectivo (imoral) é assustar os utilizadores de Internet e levá-los a pagar uma indemnização até 5000 euros, ou será levado a tribunal. Isto pode ser visto como chantagem, uma vez que ou pagamos, ou levamos com um processo. Estas empresas que vão enviar as tais cartas, não estão a agir através de um processo judicial (pois seria muito dispendioso processar individualmente milhares de pessoas) mas sim através de um processo civil. Que relevância jurídica tem isto? Nenhuma! Simplesmente ameaçam as pessoas e metem medo. Se alguma pagar, melhor. Se ninguém pagar, encolhem os ombros e passam ao próximo. De facto há leis em Portugal, mas não são estas empresas que as escrevem.
2º - Onde está essa informação, e quem decide que valor é que se vai pagar? Em Portugal só há uma maneira de obrigar as pessoas a pagar multas ou indemnizações: o tribunal! Como o Bill Gates disse: "O nosso computador é tão confidencial como a nossa conta bancária". Sem processo em tribunal, ninguém (nem mesmo estas entidades) podem acusar, vigiar, espiar, exigir, passar multas, pedir indemnização, ter acesso ao vosso computador, ou "consultar" que downloads fazem.
3º - Para os menos entendidos, quem tem ligação à Internet, liga-se através de um IP (ex. 255.255.255.255) e mais nenhuma informação é transmitida (e atenção a isto).
Quem mantém o registo a quem pertence cada IP ligado, é apenas a empresa de Internet a quem contraram o serviço (ex. Netcabo, Cabovisão, Sapo, Clix, etc.). Neste caso, só com um processo judicial é que a vossa informação confidencial é disponibilizada. Ou seja: receberam uma carta a pedir uma indemnização. Muito bem, há processo judicial a decorrer em tribunal? Não? Então a carta não vale nada. E se quiserem ir mais além, contactem o vosso fornecedor de Internet e perguntem como é que a determinada instituição obteve os vossos dados, sem autorização do tribunal. E se ainda quiserem ir mais além, iniciem um processo contra o vosso fornecedor de Internet, ou contra a instituição que vos "ameaçou".
4º - Quem faz download de qualquer tipo de ficheiros da Internet (seja musica, filmes, fotografias) é apelidado de "pirata informático" pela comunicação social. Mas há uma grande diferença entre fazer download e desfrutar desse mesmo download no conforto da vossa casa, e de fazer download de filmes e música e ir vender para a feira da ladra, ou qualquer outro local. Quem lucra com estes negócios de downloads para vender posteriormente, é que deve ser apelidado de pirata informático. Ou será que quando se gravava as telenovelas e os filmes da televisão em cassetes, também era chamado de pirata da televisão? É exactamente a mesma coisa. Em vez de copiarem da televisão, copiam da Internet.
5º - Neste momento, em Portugal não há nenhuma lei relativamente à pirataria informática (pelo menos explícita) e em que base se suporta, ou que diferenças existem entre consumo próprio ou para venda. Da mesma maneira que não há qualquer precedente de tal situação. Todos aqueles anúncios no cinema, nunca deram em nada nem nunca ninguém foi preso. Eram só campanhas!
6º - Se estivessem a infringir alguma lei, acham que seriam enviadas cartas para pararem com os downloads e a serem convidados a pagarem de livre vontade? Também ninguém manda cartas a um ladrão para parar de roubar no metro e entregar-se na esquadra mais próxima, ou a um assassino para parar de matar os vizinhos com a caçadeira, e para se dedicar à agricultura. É absurdo! Se neste país nem uma pessoa que viola crianças vai presa, quanto mais nós que nos recusamos a pagar multas! Tirar músicas da Internet dá multa até 5000 euros. E andar a 120km/h dentro de uma localidade dá 500 euros? Passar um sinal vermelho menos que isso? Desencadear um acidente em cadeia na auto-estrada porque se bebeu demais fica-se sem carta? Acham justo? Tirar músicas da Internet é que é mau para a sociedade, e os perigosos somos nós, não?
7º - Recentemente em França foi aberto um processo pelas indústrias e editoras similar a este, e até foi feita uma petição em tribunal para ser criada uma lei que punisse quem fizesse downloads da Internet. No entanto, o Juiz recusou-se alegando que se estaria a violar a divulgação cultural. Temos o direito de experimentar o produto antes de o comprar, ou não?
8º - Quem acham que perde com isto tudo? O terror instala-se, as pessoas começam a parar de fazer downloads, e a Internet em casa passa a ser usada para ver páginas e ler o e-mail. Quem precisa de grandes velocidade para isso? Ninguém...assim os consumidores começam a cancelar a Internet, ou a passar para uma mais barata. E quem sofre? O fornecedor de Internet.
9º - Há vários cantores e grupos de música nacionais que culpam a "pirataria" das baixas vendas que os seus álbuns conseguem no mercado. Esta é a lista de vários artistas que lutam contra a pirataria: Ágata, Agrupamento Musical Diapasão, Aldina, Alfredo Vieira de Sousa, Ana Moura, António Cunha (Uguru), António Manuel Ribeiro, António Manuel Guimarães (Magic Music), Banda Lusa, Blasted Mechanism, Blind Zero, Bonga, Boss AC, Camané, CantaBahia, Carlos do Carmo, Carlos Maria Trindade, Carlos Tê, Clã, Cristina Branco, Da Weasel, Danae, David Fonseca, Dealema, Delfins, DJ Vibe, Dulce Pontes, Emanuel, Expensive Soul, Fernando Rocha, Filipa Pais, Fingertrips, FNAC, GNR, Gutto, Iran Costa, Íris, Jaguar Band, João Afonso, João Gil, João Monge, João Pedro Pais, João Portugal, Jorge Cruz, Jorge Palma, José Mário Branco, Liliana, Lúcia Moniz, Luís Cília, Luís Represas, Luísa Amaro, Mafalda Veiga, Manuel Faria, Manuel Freire, Manuel Paulo, Mão Morta, Marante, Maria João&Mário Laginha, Mário Fernandes, Mariza, Ménito Ramos, Mesa, Miguel&André, Miguel Guedes (em nome individual), Mind da Gap, Místicos, Mónica Sintra, Paula Teixeira, Paulo Ribeiro, Pedro Abrunhosa, Pedro Ayres Magalhães, Pedro Oliveira, Pedro Osório, Quatro Cantos, Quim Barreiros, Quinta do Bill, Rádio Macau, Rita Guerra, Rodrigo Leão, Rosita, Rui Bandeira, Rui Veloso, Santamaria, Sérgio Godinho, Teresa Tapadas, The Gift, Toranja, Toy, Tozé Brito, UHF, Vitorino, Wraygunn, Xutos e Pntapés, X-Wife e Zé Peixoto.
Por favor, e peço-vos que metam a mão na consciência: Quem é a pessoa com com alguma inteligência que se vai a meter a fazer download de músicas da Ágata? Ou da Rosita? Ou do Agrupamento Musical Diapasão? Ou pior, do Iran Costa?
10º - Ora vejamos:
Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Choque Tecnológico por água abaixo –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Menos lucros dos ISP's –> PT apresenta prejuízo -> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> Aumento dos Processos que se acumulam nos tribunais –> Justiça mais lenta –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Fim da Pirataria –> As pessoas não vão comprar Cd's só porque a pirataria "acaba" ou diminui podendo mesmo criar uma certa "revolta" contra as editoras e afins –> O povo começa a cagar para os artistas –> Menos lucros para editoras e artistas –> Mundo da música e não só com dificuldades –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu
Continuamos...?
11º - Ok, concordo que os direitos de autor têm que ser protegidos. Mas não concordo que um simples CD de música cujo custo de fabrico ronda 1 euro, seja vendido por 15/20 euros, em que apenas cerca de 2 euros vão para os artistas. E ainda têm a lata de chamar piratas a nós?
12º - Concluindo, não se deixem vencer pelo medo. Não digo para olharem para o lado caso recebam essas cartas, mas sim que se informem e que pesquisem as maneiras legais de se fazer o correcto. Informem e mantenham-se informados, pois basta haver um decréscimo dos utilizadores deste tipo para essas empresas pensarem que podem fazer tudo e que podem ganhar.
Eu posso considerar-me culpado, mas sou culpado, não por fazer downloads de musicas e filmes mas pelo facto de fazer parte da classe média que mal tem dinheiro para pagar a renda de casa, e ainda faz um sacrifício enorme em pagar 60€ pela Internet, mais não sei quantos euros pela tvcabo, mais não sei quantos euros pelo telefone, mais não sei quantos euros pela assinatura mensal do telefone, e de trabalhar de sol a sol. Mas NÃO SOU CULPADO, pelos roubos de ministros, deputados, e administradores de empresas estatais, pelos buracos financeiros que causaram a empresas estatais. NÃO SOU CULPADO, pelo buraco financeiro em que o pais se encontra, e muito menos pelo valor do défice 6,8.
Agora só vos peço para levarem a vossa vida atrás do computador calmamente, não castiguem os vossos filhos por algo que não estão a fazer, e acima de tudo, divulguem toda esta informação, para que essas empresas que vêm do estrangeiro, não pensem que somos uma cambada de saloios e que nos podem meter medo!
é da natureza humana tentar arranjar um meio menos custoso para ter acesso a coisas, portanto, a pirataria nc vai acabar.. ainda me lembro:
apareceu o napster e acabaram por o conseguir fechar, dps foram programas cm o imesh e kazzaa k o substituiram, mas depressa os encheram de spy ware.. agora existe o emule, mas depressa irá-se arranjar cenas para sacar..
o meu irmao ta numa residencia na holanda e lá ta barrado o P2P; resultado.. agora saca em cenas k lhe garantem uma velocidade constante que em média são 10x superiores à dos P2P.. lol..
deviam era preocupar-se com o pedofilia.. um user no forum da mula alertou para o facto k se fizermos uma peskiza por um certo nome (já nao me recordo) iremos encontrar mt deste material.. e é verdade, eu tentei e em 5 segundos já tinha passado os 900 ficheiros..
bye
apareceu o napster e acabaram por o conseguir fechar, dps foram programas cm o imesh e kazzaa k o substituiram, mas depressa os encheram de spy ware.. agora existe o emule, mas depressa irá-se arranjar cenas para sacar..
o meu irmao ta numa residencia na holanda e lá ta barrado o P2P; resultado.. agora saca em cenas k lhe garantem uma velocidade constante que em média são 10x superiores à dos P2P.. lol..
deviam era preocupar-se com o pedofilia.. um user no forum da mula alertou para o facto k se fizermos uma peskiza por um certo nome (já nao me recordo) iremos encontrar mt deste material.. e é verdade, eu tentei e em 5 segundos já tinha passado os 900 ficheiros..
bye
umas postas de pescada e tal.. http://aminhacarteira.blogspot.com/
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