Artigo de Braga de Matos na Revista Carteira
O repor 1000 Euros não tem inteiramente a ver com o ter ou não rendimento para os repor facilmente (em um único mês). Repara que já investir implica uma série de coisas ao nível de rendimento e posses, dando muitas oportunidades de trocar consumo por investimento. Não necessariamente num mês, mas em vários.
Concordo que a partir de determinado nível, perder 100% é perder 100%. E de que esse nível é relativamente baixo, daí que eu diga que rapidamente se tem que alterar a filosofia suicida.
Isto é algo genérico, podemos sempre criar cenários em que uma pessoa perder 1000 Euros é uma desgraça (mas essa pessoa dificilmente estaria com eles a especular no mercado), ou cenários em que perder 10 000 000 não é nada de mais.
Concordo que a partir de determinado nível, perder 100% é perder 100%. E de que esse nível é relativamente baixo, daí que eu diga que rapidamente se tem que alterar a filosofia suicida.
Isto é algo genérico, podemos sempre criar cenários em que uma pessoa perder 1000 Euros é uma desgraça (mas essa pessoa dificilmente estaria com eles a especular no mercado), ou cenários em que perder 10 000 000 não é nada de mais.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein
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Concordo que €1.000 são mais fáceis de repor do que €100.000. Nada a objectar ao teu raciocínio.
Mas repara que, se €1.000 são assim tão fáceis de repor por quem parte com esse capital, então é porque provavelmente não está a partir com 100% da sua disponibilidade financeira.
Consideremos o exemplo de alguém que tem €50.000 e parte com €10.000. Esse alguém pode, de facto, correr mais riscos do que se entrasse com todo o capital. Não sei é se é mais rentável colocar €10.000 no mercado e optar por uma estratégia mais arriscada ou entrar com os €50.000 e optar por uma estratégia mais conservadora.
Dando-se o caso (que, provavelmente era o que tinhas em mente) de alguém que ganha o suficiente para colocar de lado €1.000 por mês, então, embora entre a 100% no primeiro mês (com os €1.000), pode escolher uma estratégia bem arriscada, pois, embora não tenha nesse momento mais capital, pode repô-lo no mês seguinte.
No entanto, para esta pessoa, já não me parece que haja qualquer diferença entre perder €1.000.000 ou €100.000.000. Em qualquer dos casos perde 100% e não os pode repor. A única diferença é de ordem psicológica. Com €100.000.000 pode, na prática, fazer o que quiser e perder essa quantia é perder essa liberdade imensa.
Abraço
Fernando dos Aidos
Mas repara que, se €1.000 são assim tão fáceis de repor por quem parte com esse capital, então é porque provavelmente não está a partir com 100% da sua disponibilidade financeira.
Consideremos o exemplo de alguém que tem €50.000 e parte com €10.000. Esse alguém pode, de facto, correr mais riscos do que se entrasse com todo o capital. Não sei é se é mais rentável colocar €10.000 no mercado e optar por uma estratégia mais arriscada ou entrar com os €50.000 e optar por uma estratégia mais conservadora.
Dando-se o caso (que, provavelmente era o que tinhas em mente) de alguém que ganha o suficiente para colocar de lado €1.000 por mês, então, embora entre a 100% no primeiro mês (com os €1.000), pode escolher uma estratégia bem arriscada, pois, embora não tenha nesse momento mais capital, pode repô-lo no mês seguinte.
No entanto, para esta pessoa, já não me parece que haja qualquer diferença entre perder €1.000.000 ou €100.000.000. Em qualquer dos casos perde 100% e não os pode repor. A única diferença é de ordem psicológica. Com €100.000.000 pode, na prática, fazer o que quiser e perder essa quantia é perder essa liberdade imensa.
Abraço
Fernando dos Aidos
Fernando, 1000 Eur de carteira podem ser repostos muito mais facilmente a partir de rendimento corrente (do trabalho), do que 100 000. Daí, a perda é muito diferente mesmo que seja de 100% do portfolio em ambos os casos.
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Porquê?
Queres elaborar Incognitus?
Abraço
Fernando dos Aidos
Abraço
Fernando dos Aidos
Não é assim tão psicológico. É objectivamente diferente perder 1000 Euros de perder 10 000 ou 100 000.
Logo, com 1000 pode-se arriscar muito mais.
Isto é verdade mesmo que os 1000 sejam 100% do portfolio, e os 100 000 também sejam 100% do portfolio.
Logo, com 1000 pode-se arriscar muito mais.
Isto é verdade mesmo que os 1000 sejam 100% do portfolio, e os 100 000 também sejam 100% do portfolio.
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Abraço
Este "thread" é engraçado: tem várias conversas paralelas...
Em primeiro lugar um grande abraço para ti, Cem.
Obrigado pela referência do Ralph Vince. Imagina que fui à Amazon para encomendar e vi que vai sair um novo livro dele chamado "The Encyclopedia of Portfolio Management Mathematics" em 24 de Janeiro de 2007 (achei piada ao 24 de Janeiro... só não dizem a hora de lançamento
)
Quanto à questão de ir diminuindo o risco, é como dizes: é muito pessoal e diferentes pessoas tomam diferentes opções. O melhor motivo que eu vejo para essa opção não é de origem lógica mas psicológica. Arriscar durante um primeiro período e depois relaxar e jogar pelo seguro.
Um grande abraço
Fernando dos Aidos
Em primeiro lugar um grande abraço para ti, Cem.
Obrigado pela referência do Ralph Vince. Imagina que fui à Amazon para encomendar e vi que vai sair um novo livro dele chamado "The Encyclopedia of Portfolio Management Mathematics" em 24 de Janeiro de 2007 (achei piada ao 24 de Janeiro... só não dizem a hora de lançamento
Quanto à questão de ir diminuindo o risco, é como dizes: é muito pessoal e diferentes pessoas tomam diferentes opções. O melhor motivo que eu vejo para essa opção não é de origem lógica mas psicológica. Arriscar durante um primeiro período e depois relaxar e jogar pelo seguro.
Um grande abraço
Fernando dos Aidos
SaR Escreveu:Grande fproença, essa é de facto uma estratégia de se lhe tirar o chapéu, se por exemplo considerarmos que "...ganhar 1% ou mais sem correr muitos riscos (ao mês)..." se situa no intervalo entre o 1,25% e o 1,75%, isso em termos anuais leva-nos a rentabilidades na ordem dos 16,08% a 23,14% ao ano.
Muito bom...muito bom mesmo.
O que quer dizer que se utilizares um capital inicial de € 25.000,00 daqui a 20 anos tens perto de meio milhão de Euros, isto na pior das hipóteses. Na melhor, o resultado explode para valores mais interessantes, próximos de: 1 milhão e seiscentos mil Euros!![]()
Estás a ser irónico, para fazeres essas contas por um lado partes do prencipio que reeinvisto o meu capital, por outro acho que não percebestes ou não lestes bem o meu comentário acima.
Para já digo-te que o meu capital é fixo, quer ganhe quer perca num trade, o valor a investir foi estipulado no inicio deste ano é sempre o mesmo, não faço valores médios quando estou a perder, gosto de coisas certinhas e não me chatear muito até no titulo que é sempre QQQQ, além disso não estou interessado em ser rico e famoso, neste negocio tão arriscado quanto maior for o capital mais infernal se torna a nossa vida, tudo tem um preço que não estou interessado em pagar ...
Quanto ao esclarecimento do meu comentário imagina que começas com os tais 25.000 e a reinvestir o ganho, irias gerir da mesma forma os 25.000 que se fosse 250.000 ou 2.500.000 ? O mal nesta discussão é precisamente não se ter em conta o rácio capital/risco, faz-se as contas tendo em conta o reinvestimento do lucro e com a mesma perfomance, acho que ninguém com o minimo de consciência que reinvista os ganhos mantém o mesmo perfil de investimento ao longo dos anos, vamos ser realistas e não entrar em sonhos ou fazer contas como se isto fosse apenas carregar num botão ...
Que tal dar uma vista de olhos para a constituição das carteiras de grandes casas de investimento e comparar com as nossas ? Já não falo em valor mas em variadade e quantidade de titulos.
Para terminar deixo uma questão a propósito do rácio capital/risco, quem realmente investe em futuros, que tipo de investidor ?
"Os simples conselhos, recomendações ou informações não responsabilizam quem os dá, ainda que haja negligência da sua parte" (Art. 485º do Código Civil)
Bom, acho que é mais do que tempo de esclarecer que - como estava bem de ver - o Fernando Braga de Matos nem sequer insinuou algo parecido com o que o Valves sugeriu em termos de valorização mensal consistente de poupanças...
Ora boas noites eu não referi valorização mensal de poupanças referi sim valorização anual de poupanças na casa dos 30% que são coisas perfeitamente distintas já que uma valorização mensal de 30% daria uma valorização anual fantasiosa de mais de 400% ao ano e outra questão ainda há medida que os montantes sob gestão forem se tornando demasiado elevados é obvio que será mais dificil obter os 30% a questão será impossivel ?
Cumpts
Vasco
Ora boas noites eu não referi valorização mensal de poupanças referi sim valorização anual de poupanças na casa dos 30% que são coisas perfeitamente distintas já que uma valorização mensal de 30% daria uma valorização anual fantasiosa de mais de 400% ao ano e outra questão ainda há medida que os montantes sob gestão forem se tornando demasiado elevados é obvio que será mais dificil obter os 30% a questão será impossivel ?
Cumpts
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
fproenca Escreveu:...Ao contrário do que pensava antes, a conclusão que chego é que não vale a pena estar muito tempo investido (se fosse gande investidor era diferente), basta apanhar uma ou duas vezes o "comboio" num mês para poder ganhar 1% ou mais sem correr muitos riscos, fica a ideia para os "pobres" como eu que não querem arriscar muito e ganhar algum icon_mrgreen.gif ...
Grande fproença, essa é de facto uma estratégia de se lhe tirar o chapéu, se por exemplo considerarmos que "...ganhar 1% ou mais sem correr muitos riscos (ao mês)..." se situa no intervalo entre o 1,25% e o 1,75%, isso em termos anuais leva-nos a rentabilidades na ordem dos 16,08% a 23,14% ao ano.
Muito bom...muito bom mesmo.
O que quer dizer que se utilizares um capital inicial de € 25.000,00 daqui a 20 anos tens perto de meio milhão de Euros, isto na pior das hipóteses. Na melhor, o resultado explode para valores mais interessantes, próximos de: 1 milhão e seiscentos mil Euros!
É obra! É de trader!
Por onde andará o Jack D. Schwager, que não se lembra de fazer por cá, um série de entrevistas...
É verdade que corremos o risco de "crash" a qualquer momento, numa situação dessas o elevado grau de alavancagem até pode fazer com que o investidor além de perde o capital ainda fique a dever à corretora, a questão é quantos "crash" tivemos nos últimos anos ? para já só temos a memória como último após ataque de 11 de setembro, nem o ataque em Londres provocou um "crash", aliás recordo um tópico escrito pelo nosso "mestre" Cem intitulado de "Algum plano secreto da FED para segurar os mercados?" em http://www.caldeiraodebolsa.com/forum/v ... highlight=
Quero eu dizer com isto que os riscos de "crash" estão a diminuir de ano para ano, a rapidez das informações, as ordens ao sabor do click do rato do computador repõem mais depressa o equilibrio dos mercados, acho que já não há muito mais noticias tão más que provoquem "crash" como antigamente, pode haver numa ou duas situações isolados como foi o caso da Worldcom, mas essa situação pouco afectou os indices
A única coisa que vejo nos tempos de hoje poder abalar fortemente os indices que até fico a tremer só de pensar, é a possibilidade de uma guerra ou ataque com armas de destruição maciça, já me ocorreu essa posibilidade porque se pensarmos com lógica se os terroristas verifiram que não tiveram muita atenção do mundo no ataque de Londres há que fazer algo mais forte do que o 11 de setembro, e nesse caso só me lembro daquela possibilidade.
Conclusão, acho que só há uma forma possivel de conseguir ganhar dinheiro na bolsa consistentemente, no inicio com pouco capital alavanca-se para um valor aceitável como é obvio correndo o risco de falência, sendo o capital pequeno o investidor não tem muito a perder, se o investidor tiver sucesso no arranque há medida que os lucros aumentam dimui o risco a percentagem diminui mas o capital aumenta até chegar a um ponto que não usa alavancagem, o risco a partir desta altura depende unicamente da variação directa dos activos investidos.
Por sua vez há medida que o capital/lucros aumentam, o investidor começa a diversificar os investimentos, quer por sectores como por Empresas mais sólidas, com o tempo o seu leque de investimentos está tão diversificado que o risco é diminuto, a partir dessa altura o investidor limita-se a gerir os activos cada vez mais com base nas expectativas do sector e não directamente das Empresas.
Aproveito o que escrevi para chamar atenção a outro assunto que já discutimos aqui uma vez que vem a propósito, AT ou AF ? Eu sempre disse e digo que a explicação pelo facto da maioria dos grandes investidores usarema AF e não a AT tem muito a ver com o capital.
Um investidor "pobre" que aspira um dia ser rico, só tem uma forma de investir agressivamente (futuros, warrants, alavancagem, etc.) como expliquei acima nesse caso não lhe interessa se a Empresa é boa ou má, usa a AT directa ou indirecta (sistemas) e cutissimos prazos muitas vezes em daytrade, há medida que o capital aumenta e diversifica os investimentos começa a olhar para os fundamentais e alarga os prazos de investimento, quando chega a um nível tipo Warren Buffet práticamente já não usa a AT porque está a gerir Sectores e expectativas individuais de cada Empresa.
A nível de estratégias há uma coisa que ainda não vi muito debatido que é o facto valer a pena ou não de estar quase sempre investido, mesmo no longo prazo. Ando nisto desde 1989/90, mas a partir de 2000 é que comecei a tomar consciencia do que andava a fazer, ao contrário da maioria comecei com longo prazo e ao longo dos anos fui reduzindo-o, hoje chego apenas a fazer um ou dois trades num mês e alguns deles estou apenas 2 ou 3 dias, o que é curioso que é a taxa de lucro aumentou e como é obvio o risco diminuiu.
Passei a entrar apenas quando tenho forte convicção (nunca há certezas) respeitando a minha opinião, a propósito de respeitar a minha opinião tomo como exemplo o facro de desde fins de abril que estou bear em relação ao mercado no entanto tem subido, mas os únicos trades que fiz para cá foram "short",
Ao contrário do que pensava antes, a conclusão que chego é que não vale a pena estar muito tempo investido (se fosse gande investidor era diferente), basta apanhar uma ou duas vezes o "comboio" num mês para poder ganhar 1% ou mais sem correr muitos riscos, fica a ideia para os "pobres" como eu que não querem arriscar muito e ganhar algum
Abraço
Quero eu dizer com isto que os riscos de "crash" estão a diminuir de ano para ano, a rapidez das informações, as ordens ao sabor do click do rato do computador repõem mais depressa o equilibrio dos mercados, acho que já não há muito mais noticias tão más que provoquem "crash" como antigamente, pode haver numa ou duas situações isolados como foi o caso da Worldcom, mas essa situação pouco afectou os indices
A única coisa que vejo nos tempos de hoje poder abalar fortemente os indices que até fico a tremer só de pensar, é a possibilidade de uma guerra ou ataque com armas de destruição maciça, já me ocorreu essa posibilidade porque se pensarmos com lógica se os terroristas verifiram que não tiveram muita atenção do mundo no ataque de Londres há que fazer algo mais forte do que o 11 de setembro, e nesse caso só me lembro daquela possibilidade.
Conclusão, acho que só há uma forma possivel de conseguir ganhar dinheiro na bolsa consistentemente, no inicio com pouco capital alavanca-se para um valor aceitável como é obvio correndo o risco de falência, sendo o capital pequeno o investidor não tem muito a perder, se o investidor tiver sucesso no arranque há medida que os lucros aumentam dimui o risco a percentagem diminui mas o capital aumenta até chegar a um ponto que não usa alavancagem, o risco a partir desta altura depende unicamente da variação directa dos activos investidos.
Por sua vez há medida que o capital/lucros aumentam, o investidor começa a diversificar os investimentos, quer por sectores como por Empresas mais sólidas, com o tempo o seu leque de investimentos está tão diversificado que o risco é diminuto, a partir dessa altura o investidor limita-se a gerir os activos cada vez mais com base nas expectativas do sector e não directamente das Empresas.
Aproveito o que escrevi para chamar atenção a outro assunto que já discutimos aqui uma vez que vem a propósito, AT ou AF ? Eu sempre disse e digo que a explicação pelo facto da maioria dos grandes investidores usarema AF e não a AT tem muito a ver com o capital.
Um investidor "pobre" que aspira um dia ser rico, só tem uma forma de investir agressivamente (futuros, warrants, alavancagem, etc.) como expliquei acima nesse caso não lhe interessa se a Empresa é boa ou má, usa a AT directa ou indirecta (sistemas) e cutissimos prazos muitas vezes em daytrade, há medida que o capital aumenta e diversifica os investimentos começa a olhar para os fundamentais e alarga os prazos de investimento, quando chega a um nível tipo Warren Buffet práticamente já não usa a AT porque está a gerir Sectores e expectativas individuais de cada Empresa.
A nível de estratégias há uma coisa que ainda não vi muito debatido que é o facto valer a pena ou não de estar quase sempre investido, mesmo no longo prazo. Ando nisto desde 1989/90, mas a partir de 2000 é que comecei a tomar consciencia do que andava a fazer, ao contrário da maioria comecei com longo prazo e ao longo dos anos fui reduzindo-o, hoje chego apenas a fazer um ou dois trades num mês e alguns deles estou apenas 2 ou 3 dias, o que é curioso que é a taxa de lucro aumentou e como é obvio o risco diminuiu.
Passei a entrar apenas quando tenho forte convicção (nunca há certezas) respeitando a minha opinião, a propósito de respeitar a minha opinião tomo como exemplo o facro de desde fins de abril que estou bear em relação ao mercado no entanto tem subido, mas os únicos trades que fiz para cá foram "short",
Ao contrário do que pensava antes, a conclusão que chego é que não vale a pena estar muito tempo investido (se fosse gande investidor era diferente), basta apanhar uma ou duas vezes o "comboio" num mês para poder ganhar 1% ou mais sem correr muitos riscos, fica a ideia para os "pobres" como eu que não querem arriscar muito e ganhar algum
Abraço
"Os simples conselhos, recomendações ou informações não responsabilizam quem os dá, ainda que haja negligência da sua parte" (Art. 485º do Código Civil)
Resposta ao Fernando dos Aidos
Caro Fernando:
Em primeiro lugar e mais uma vez aqui fica um grande abraço para ti.
Como sempre colocas questões muito elaboradas e vindas de quem vem são sempre um desafio à inteligência dos questionados, certamente esse será um defeito profissional que nunca te abandonará!
Quanto aos 2 pontos que colocas:
1) Estou 100% de acordo contigo que o método criado para escalonamento temporal do risco vem do trabalho do Ryan Jones.
No entanto existem algumas referências muito breves feitas pelo Ralph Vince, o pai do conhecido método de money management que quase todos usamos, o "Fixed Fractional", a propósito de em teoria o risco poder vir a ser uma função não só do tempo como também da volatilidade histórica. Ele não desenvolve fórmulas para essas situações mas aborda apenas que poderia ser possível em teoria considerar essas possibilidades. Isto é, o risco de um crash é muito superior em períodos e activos onde se registam elevadas volatilidades, digamos que talvez por força da esmagadora maioria dos especuladores que em grande número pretendem sair ao mesmo tempo...
Eu não tenho presente o livro em causa mas creio que se trata do "Portfolio Management Formulas" , John Wiley & Sons, NY 1990.
Se não for, as minhas desculpas, mas creio que é este pois só tenho 2 livros dele, o que tu citaste e este que referi!
2) Quanto ao facto de se dever usar apenas um único factor de alavancagem ao longo de todo o período de actividade de trading, pois, há muitas teorias, como sabes eu também uso esse conceito pois guio-me pessoalmente pelo método do "fixed fractional", mas que há seguidores de ambas as escolas e até de outras que aparentemente têm tido sucesso parece ser um facto inegável.
Olha, em resumo, cada um sabe de si!
Grande abraço, com amizade,
Cem
Em primeiro lugar e mais uma vez aqui fica um grande abraço para ti.
Como sempre colocas questões muito elaboradas e vindas de quem vem são sempre um desafio à inteligência dos questionados, certamente esse será um defeito profissional que nunca te abandonará!
Quanto aos 2 pontos que colocas:
1) Estou 100% de acordo contigo que o método criado para escalonamento temporal do risco vem do trabalho do Ryan Jones.
No entanto existem algumas referências muito breves feitas pelo Ralph Vince, o pai do conhecido método de money management que quase todos usamos, o "Fixed Fractional", a propósito de em teoria o risco poder vir a ser uma função não só do tempo como também da volatilidade histórica. Ele não desenvolve fórmulas para essas situações mas aborda apenas que poderia ser possível em teoria considerar essas possibilidades. Isto é, o risco de um crash é muito superior em períodos e activos onde se registam elevadas volatilidades, digamos que talvez por força da esmagadora maioria dos especuladores que em grande número pretendem sair ao mesmo tempo...
Eu não tenho presente o livro em causa mas creio que se trata do "Portfolio Management Formulas" , John Wiley & Sons, NY 1990.
Se não for, as minhas desculpas, mas creio que é este pois só tenho 2 livros dele, o que tu citaste e este que referi!
2) Quanto ao facto de se dever usar apenas um único factor de alavancagem ao longo de todo o período de actividade de trading, pois, há muitas teorias, como sabes eu também uso esse conceito pois guio-me pessoalmente pelo método do "fixed fractional", mas que há seguidores de ambas as escolas e até de outras que aparentemente têm tido sucesso parece ser um facto inegável.
Olha, em resumo, cada um sabe de si!
Grande abraço, com amizade,
Cem
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- Registado: 18/4/2003 1:58
Re: Opinião
Caro Cem,
Já uma vez trocámos impressões acerca deste assunto.
Claro que, uma coisa é o funcionamento do sistema com um capital pequeno (sem problemas de entrada e saída) e outra com um capital grande (onde "slippage" é um problema sério e pode ser impossível sair da posição em caso de "crash" contra as nossas posições). Mas não é isso que tu estás a discutir e eu tenho uma ou duas questões para te colocar:
Eu sei que Ryan Jones defende esse conceito mas não sabia que Ralph Vince tinha uma posição parecida. Dele, apenas conheço o "The mathematics of money management". Podes-me dar referências onde ele desenvolva esse conceito do escalonamento do risco?
Outra questão: dizes que não se deve usar uma alavancagem de 4 ao longo de 20 anos, mas que num ano é aceitável. O meu problema é este: supõe 20 "traders" que seguem esse raciocínio. No entanto, um começa no ano 2006, outro no ano 2007, e assim sucessivamente até o último, que começa no ano 2025. Se ocorrer um "crash" nesses 20 anos (e estamos a admitir que a probabilidade para isso não é desprezável), então um dos "traders" vai à falência logo no início. Isto é, não podemos dizer que a probabilidade do "crash" em 20 anos é elevada e num ano é desprezável.
A minha conclusão é que não encontro argumentos lógicos a favor de uma variação do risco ao longo do período de investimento.
É verdade que o risco de "crash" ao longo de um período de 20 anos é superior ao risco de "crash" num dia; mas não é por estarmos no mercado há 20 anos que o risco de "crash" amanhã vai ser superior ao risco de "crash" no primeiro dia em que começámos, há 20 anos. O dia de amanhã é estatisticamente equivalente a qualquer outro.
Um abraço
Fernando dos Aidos
Já uma vez trocámos impressões acerca deste assunto.
Claro que, uma coisa é o funcionamento do sistema com um capital pequeno (sem problemas de entrada e saída) e outra com um capital grande (onde "slippage" é um problema sério e pode ser impossível sair da posição em caso de "crash" contra as nossas posições). Mas não é isso que tu estás a discutir e eu tenho uma ou duas questões para te colocar:
Cem Escreveu:... Este escalonamento de risco decrescente é um conceito que é bem explicado por dois dos gurus do money management, Ralph Vince e Ryan Jones...
Eu sei que Ryan Jones defende esse conceito mas não sabia que Ralph Vince tinha uma posição parecida. Dele, apenas conheço o "The mathematics of money management". Podes-me dar referências onde ele desenvolva esse conceito do escalonamento do risco?
Outra questão: dizes que não se deve usar uma alavancagem de 4 ao longo de 20 anos, mas que num ano é aceitável. O meu problema é este: supõe 20 "traders" que seguem esse raciocínio. No entanto, um começa no ano 2006, outro no ano 2007, e assim sucessivamente até o último, que começa no ano 2025. Se ocorrer um "crash" nesses 20 anos (e estamos a admitir que a probabilidade para isso não é desprezável), então um dos "traders" vai à falência logo no início. Isto é, não podemos dizer que a probabilidade do "crash" em 20 anos é elevada e num ano é desprezável.
A minha conclusão é que não encontro argumentos lógicos a favor de uma variação do risco ao longo do período de investimento.
É verdade que o risco de "crash" ao longo de um período de 20 anos é superior ao risco de "crash" num dia; mas não é por estarmos no mercado há 20 anos que o risco de "crash" amanhã vai ser superior ao risco de "crash" no primeiro dia em que começámos, há 20 anos. O dia de amanhã é estatisticamente equivalente a qualquer outro.
Um abraço
Fernando dos Aidos
Re: comentário
jotabil Escreveu:Estive a ler as diversas intervenções havidas sobre o assunto em aprêço.
Restou-me a impressão de que existe um conjunto de interventores que jogam no valor marginal de variação da cotação dos activos......e outro que pondera o o valor médio dessa variação tendo, ainda, em atenção a dimensão dos valores em jogo.
Uns alavancam os eventuais lucros e/ou perdas numa acção de curto prazo ou intraday e outros jogam a prazo médio ou longo.
Por mim julgo que a constituição de uma boa carteira (Acções ..CFD's), visitada periodicamente e "ajardinada" em face dos movimentos do mercado é o melhor método para, progressivamente, nos irmos tornando quase orgânicos com a realidade dos mercados. Só vivendo todos os ecos em que gastamos a nossa atenção e resolução, é que, começamos a tomar decisões consequentes com os objectivos desde sempre definidos e constatemente readaptados ao desenrolar do mercado que o necessário controlo informa.
O tal, excelente, Braga de Matos.....numa das suas reflexões, considera a cosntituição progressiva de uma boa carteira,ainda é um dos bons métodos a seguir para a obtenção de uma rendibilidade do capital investido.
Entendo que o investimento feito à boca da aposta, alavancando lucros ou perdas é encurtar caminho ou proceder de emboscada e, sendo assim, com toda a incerteza somada à já aleatoriedade intrínseca dos mercados semoventes dos quais não sabemos bem a topgrafia e onde facilmente nos afundamos.
Só uma vivência orgânica com os mercados nos estrutura na decisão.
cumps.
Fiquei completamente esclarecido, mas também acho que era essa a intenção, se assim não fosse era gozo pela certa.
Continuo é sem saber, o nome dos 5 tipos que fizeram a tal coisa dos 30 anos a 30%, deve ter sido esquecimento de alguém.
Que eu saiba nem o Jim Simons com os seus míseros:
Since its inception in March 1988, Simons' flagship $ 3.3 billion Medallion fund, has amassed annual returns of 35.6 percent, compared with 17.9 percent for the Standard & Poor's 500 index
"Don't try to buy at the bottom and sell at the top. It can't be done except by liars." - Bernard Baruch
comentário
Estive a ler as diversas intervenções havidas sobre o assunto em aprêço.
Restou-me a impressão de que existe um conjunto de interventores que jogam no valor marginal de variação da cotação dos activos......e outro que pondera o o valor médio dessa variação tendo, ainda, em atenção a dimensão dos valores em jogo.
Uns alavancam os eventuais lucros e/ou perdas numa acção de curto prazo ou intraday e outros jogam a prazo médio ou longo.
Por mim julgo que a constituição de uma boa carteira (Acções ..CFD's), visitada periodicamente e "ajardinada" em face dos movimentos do mercado é o melhor método para, progressivamente, nos irmos tornando quase orgânicos com a realidade dos mercados. Só vivendo todos os ecos em que gastamos a nossa atenção e resolução, é que, começamos a tomar decisões consequentes com os objectivos desde sempre definidos e constatemente readaptados ao desenrolar do mercado que o necessário controlo informa.
O tal, excelente, Braga de Matos.....numa das suas reflexões, considera a cosntituição progressiva de uma boa carteira,ainda é um dos bons métodos a seguir para a obtenção de uma rendibilidade do capital investido.
Entendo que o investimento feito à boca da aposta, alavancando lucros ou perdas é encurtar caminho ou proceder de emboscada e, sendo assim, com toda a incerteza somada à já aleatoriedade intrínseca dos mercados semoventes dos quais não sabemos bem a topgrafia e onde facilmente nos afundamos.
Só uma vivência orgânica com os mercados nos estrutura na decisão.
cumps.
Restou-me a impressão de que existe um conjunto de interventores que jogam no valor marginal de variação da cotação dos activos......e outro que pondera o o valor médio dessa variação tendo, ainda, em atenção a dimensão dos valores em jogo.
Uns alavancam os eventuais lucros e/ou perdas numa acção de curto prazo ou intraday e outros jogam a prazo médio ou longo.
Por mim julgo que a constituição de uma boa carteira (Acções ..CFD's), visitada periodicamente e "ajardinada" em face dos movimentos do mercado é o melhor método para, progressivamente, nos irmos tornando quase orgânicos com a realidade dos mercados. Só vivendo todos os ecos em que gastamos a nossa atenção e resolução, é que, começamos a tomar decisões consequentes com os objectivos desde sempre definidos e constatemente readaptados ao desenrolar do mercado que o necessário controlo informa.
O tal, excelente, Braga de Matos.....numa das suas reflexões, considera a cosntituição progressiva de uma boa carteira,ainda é um dos bons métodos a seguir para a obtenção de uma rendibilidade do capital investido.
Entendo que o investimento feito à boca da aposta, alavancando lucros ou perdas é encurtar caminho ou proceder de emboscada e, sendo assim, com toda a incerteza somada à já aleatoriedade intrínseca dos mercados semoventes dos quais não sabemos bem a topgrafia e onde facilmente nos afundamos.
Só uma vivência orgânica com os mercados nos estrutura na decisão.
cumps.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
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... e convem nunca esquecer uma coisa : Warren Buffet não é um bom exemplo para qualquer comunidade de 'aprendizes de feiticeiro' como esta.
De uma forma simplista, nós nada mais podemos fazer do que confiar que o destino e a cotação das empresas se unam no sentido (ascendente ou descendente) em que nós apostámos as nossas economias.
Ele, no limite, já pode decidir o destino das empresas em que ele investiu as suas. Digamos que é outro 'á-vontade'.
De uma forma simplista, nós nada mais podemos fazer do que confiar que o destino e a cotação das empresas se unam no sentido (ascendente ou descendente) em que nós apostámos as nossas economias.
Ele, no limite, já pode decidir o destino das empresas em que ele investiu as suas. Digamos que é outro 'á-vontade'.
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Até porque nem são 30%, são "pelo menos 30%" ... eheh.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein
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Sim, todas as referências aos 30% parecem vir do valves. O valves é um optimista ... eheh.
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Bom, acho que é mais do que tempo de esclarecer que - como estava bem de ver - o Fernando Braga de Matos nem sequer insinuou algo parecido com o que o Valves sugeriu em termos de valorização mensal consistente de poupanças...
Espero que a revista Carteira e a Administração do Caldeirão me relevem a quebra dos direitos de copyright, mas acho que a reposição das coisas no seu devido lugar se impõe. De qualquer forma, se assim não entenderem por favor apaguem o post.
Um abraço
FT
Espero que a revista Carteira e a Administração do Caldeirão me relevem a quebra dos direitos de copyright, mas acho que a reposição das coisas no seu devido lugar se impõe. De qualquer forma, se assim não entenderem por favor apaguem o post.
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"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Opinião
Eu acho muito difícil mas possível obter 30% ao ano durante um período de umas boas dezenas de anos.
Também acho que a estratégia de arriscar mais no início do período, face a muitos argumentos que apresentei ao discutir muitas vezes o tema do money management, faz algum sentido mas tem de ser visto numa óptica diferente da do tipo "suicida" do género tudo ou nada.
Explico-me melhor: se eu estiver sempre no mercado comprado ou vendido em futuros sobre determinados índices accionistas, sei que durante um período de, digamos, 20 anos poderá haver uma elevada probabilidde de haver um crash contra as nossas posições.
Suponhamos que esse crash seria de 25% entre um fecho e a abertura da sessão seguinte, tornando inefectivos quaisquer stops existentes. Isso significa que, qualquer que fosse a quantia que tivessemos em carteira, se estivessemos a usar uma alavancagem igual ou superior a 4 sobre o activo subjacente, estaríamos falidos!
Conclusão óbvia: jamais usar alavancagens superiores a 4 durante o período de 20 anos de trading, senão ainda devíamos mais do que aquilo com que começámos. De preferência, se estabelecermos um drawdown máximo de 50% para a curva de crescimento de capital, a alavancagem deveria ser teoricamente de 2, ou seja, estabelecer que nunca perderemos mais de metade do que aquilo que já amealhámos para trás.
No entanto, se estiver só a pensar no primeiro ano de trading, a probabilidade de existir um crash na mesma situação superior a 10% seria provavelmente de tal ocorrência poder vir a acontecer em 1 ano em cada 4, pelo que no início da actividade de trading poderia ser utilizada uma alavancagem próxima dos 4 e, à medida que o tempo vai passando, ir reduzindo gradualmente essa alavancagem de acordo com o risco de ocorrência de uma fatalidade capaz de arruinar a carteira.
Este escalonamento de risco decrescente é um conceito que é bem explicado por dois dos gurus do money management, Ralph Vince e Ryan Jones.
No caso do exemplo poderia ser usado no final do primeiro ano o uso de uma alavancagem de 3,6 , no 2º ano de 3,3 , no 3º ano de 3,1 , no 4º ano de 2,9 , no 5º ano de 2,8 , no 6º ano de 2,7 e assim sucessivamente até se atingir a meta de 2,0 de alavancagem no 20º ano.
Normalmente esta função é directamente proporcional a uma raiz cúbica do período de trading, não me perguntem porquê mas há muitas teorias que chegaram teoricamente a essa conclusão.
Como consequência, faz sentido usar no início com muita cautela um factor ligeiramente mais "agressivo".
À medida que o tempo for passando, deve-se então ajustar essa alavancagem de acordo com a probabilidade de ocorrência do tal grande factor adverso (neste caso um grande crash).
Deve-se contudo ter sempre em conta, para nunca ir à falência, a limitação de uma alavancagem "proibitiva" durante a totalidade do período de trading.
É claro que neste tipo de exemplo esta teoria tem algumas falhas porque se vamos fazer trading durante 20 anos então da mesma forma que formos agressivos no início também o poderemos ser nos últimos anos de trading se verificarmos que as probabilidades de ocorrência de um crash não se modificaram.
Este tipo de raciocínio aponta para o uso de um factor de alavancagem mínimo exactamente a meio do período de trading, no caso do exemplo os 10 anos.
Isto é, a 3 anos do final do período de 20 anos poderíamos usar o factor de alavancagem de 3,1 , a dois anos do final poderíamos subir para 3,3 e à entrada do último ano subir para 3,6 , subindo gradualmente dia a dia umas milésimas até que no último dia dos 20 anos poderíamos usar o factor 4, ou seja, a probabilidade de ocorrência do super-crash no último dia do período seria praticamente de 0 mas, mesmo assim, haveria que levar em conta que poderia vir a acontecer e portanto nunca ultrapassar a barreira do factor 4!
Aí então, passados os 20 anos, já poderíamos ir para uma suite de luxo nas Caraíbas, mas provavelmente de bengala, desdentados e de cadeirinha de rodas puxado por uma massagista, deixando-lhe se calhar a fortuna em testamento...
Já não tinha certamente piada nenhuma; podíamos pensar: "Porque é que eu não vim para cá gozar umas boas férias divertido há 20 qanos atrás que me iriam deixar cetamente umas boas saudades"?
A vida tem destas coisas! O dinheiro não é tudo...
Cem
Também acho que a estratégia de arriscar mais no início do período, face a muitos argumentos que apresentei ao discutir muitas vezes o tema do money management, faz algum sentido mas tem de ser visto numa óptica diferente da do tipo "suicida" do género tudo ou nada.
Explico-me melhor: se eu estiver sempre no mercado comprado ou vendido em futuros sobre determinados índices accionistas, sei que durante um período de, digamos, 20 anos poderá haver uma elevada probabilidde de haver um crash contra as nossas posições.
Suponhamos que esse crash seria de 25% entre um fecho e a abertura da sessão seguinte, tornando inefectivos quaisquer stops existentes. Isso significa que, qualquer que fosse a quantia que tivessemos em carteira, se estivessemos a usar uma alavancagem igual ou superior a 4 sobre o activo subjacente, estaríamos falidos!
Conclusão óbvia: jamais usar alavancagens superiores a 4 durante o período de 20 anos de trading, senão ainda devíamos mais do que aquilo com que começámos. De preferência, se estabelecermos um drawdown máximo de 50% para a curva de crescimento de capital, a alavancagem deveria ser teoricamente de 2, ou seja, estabelecer que nunca perderemos mais de metade do que aquilo que já amealhámos para trás.
No entanto, se estiver só a pensar no primeiro ano de trading, a probabilidade de existir um crash na mesma situação superior a 10% seria provavelmente de tal ocorrência poder vir a acontecer em 1 ano em cada 4, pelo que no início da actividade de trading poderia ser utilizada uma alavancagem próxima dos 4 e, à medida que o tempo vai passando, ir reduzindo gradualmente essa alavancagem de acordo com o risco de ocorrência de uma fatalidade capaz de arruinar a carteira.
Este escalonamento de risco decrescente é um conceito que é bem explicado por dois dos gurus do money management, Ralph Vince e Ryan Jones.
No caso do exemplo poderia ser usado no final do primeiro ano o uso de uma alavancagem de 3,6 , no 2º ano de 3,3 , no 3º ano de 3,1 , no 4º ano de 2,9 , no 5º ano de 2,8 , no 6º ano de 2,7 e assim sucessivamente até se atingir a meta de 2,0 de alavancagem no 20º ano.
Normalmente esta função é directamente proporcional a uma raiz cúbica do período de trading, não me perguntem porquê mas há muitas teorias que chegaram teoricamente a essa conclusão.
Como consequência, faz sentido usar no início com muita cautela um factor ligeiramente mais "agressivo".
À medida que o tempo for passando, deve-se então ajustar essa alavancagem de acordo com a probabilidade de ocorrência do tal grande factor adverso (neste caso um grande crash).
Deve-se contudo ter sempre em conta, para nunca ir à falência, a limitação de uma alavancagem "proibitiva" durante a totalidade do período de trading.
É claro que neste tipo de exemplo esta teoria tem algumas falhas porque se vamos fazer trading durante 20 anos então da mesma forma que formos agressivos no início também o poderemos ser nos últimos anos de trading se verificarmos que as probabilidades de ocorrência de um crash não se modificaram.
Este tipo de raciocínio aponta para o uso de um factor de alavancagem mínimo exactamente a meio do período de trading, no caso do exemplo os 10 anos.
Isto é, a 3 anos do final do período de 20 anos poderíamos usar o factor de alavancagem de 3,1 , a dois anos do final poderíamos subir para 3,3 e à entrada do último ano subir para 3,6 , subindo gradualmente dia a dia umas milésimas até que no último dia dos 20 anos poderíamos usar o factor 4, ou seja, a probabilidade de ocorrência do super-crash no último dia do período seria praticamente de 0 mas, mesmo assim, haveria que levar em conta que poderia vir a acontecer e portanto nunca ultrapassar a barreira do factor 4!
Aí então, passados os 20 anos, já poderíamos ir para uma suite de luxo nas Caraíbas, mas provavelmente de bengala, desdentados e de cadeirinha de rodas puxado por uma massagista, deixando-lhe se calhar a fortuna em testamento...
Já não tinha certamente piada nenhuma; podíamos pensar: "Porque é que eu não vim para cá gozar umas boas férias divertido há 20 qanos atrás que me iriam deixar cetamente umas boas saudades"?
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Cem
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- Registado: 18/4/2003 1:58
- faria sentido incluir nas contas das rentabilidades o montante investido e estoirado. Se fosse possível infinitamente inventar contas de 1000 euros, seria também provavel a dada altura conseguir resultados estrondosos.
Faria sentido se o objectivo fosse determinar a rendibilidade da Estragégia.
Mas se o objectivo é atestar da possibilidade ou impossibilidade, ou da facilidade, em atingir os 30% em 30 anos a partir de 1000 Eur, a única coisa que faz sentido é contar o número de pessoas que o conseguiram, face ao número de pessoas que o tentaram (isto para a facilidade), ou constatar se esse número é maior que 0 (para a possibioidade).
- rentabilidade elevada ( e acho que já concordámos todos que 30% ao ano durante 30 anos é fabulástico) vem sempre associada com risco. Não existe nada como "rentabilidade 30% durante 30 anos com riscos moderados para uma pessoa "normal"". Um fabuloso trader terá criação de alfa diminuindo portanto esse risco mas fica como sendo a excepção e não a regra aplicável a todo e a qualquer um.
Pois, concordo. O tópico inicial é optimista em relação a isso, mas realista no facto de que consumir em vez de poupar pode ser uma opção errada.
Ainda assim, mais uma conclusão. Quanto mais baixos os juros reais são, mais sentido faz consumir. Os juros neste momento são baixíssimos, pelo que o timing é mau para comparar investimento a consumo ... eheh.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein
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- Registado: 6/11/2002 19:27
Incognitus Escreveu:Como corolário, poupar o dinheiro para o manter no banco neste momento NÃO faz sentido, linearmente (excepto numa lógica de seguro, ou de procura de oportunidades que hoje não existem mas se adivinham no futuro).
Não podiamos estar mais de acordo. Mas isso é independente do tópico e tema originais.
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