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Caldeirão da Bolsa

[off topic] - Otelo admite novo golpe militar em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Texano Bill » 12/11/2012 0:52

Marco Martins Escreveu:É uma coisa que tenho curiosidade de saber como reagiriam "militarmente" os europeus, na eventualidade de acontecer um golpe de estado em Portugal ou mesmo uma guerra civil!!! Será que inteviriam com a justificação de manter o euro saudável?


Os europeus não sei, a NATO interveio nos conflitos da na Jugoslávia nos anos 90 e na Líbia ainda recentemente. De qualquer modo, a ocorrência de um conflito nos países intervencionados é uma utopia. No limite dos limites dos limites poderia haver um ultimato das forças armadas para o governo não pagar a dívida. Mas sem mais dinheirinho dos credores tinhamos de equilibrar o orçamento a zero défice às nossas custas e rapidamente (à Salazar). :P
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Este senhor devia se preso... ou tomar uma caixa de xanax!!!

por jpauloff » 12/11/2012 0:46

Este senhor devia se preso... ou tomar uma caixa de xanax!!!
 
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por Marco Martins » 12/11/2012 0:23

É uma coisa que tenho curiosidade de saber como reagiriam "militarmente" os europeus, na eventualidade de acontecer um golpe de estado em Portugal ou mesmo uma guerra civil!!! Será que inteviriam com a justificação de manter o euro saudável?
 
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por Dom_Quixote » 11/11/2012 21:38

Espero que Otelo não seja o piloto de um dos F16 que vão escoltar Merkel amanhã (dia em que vem almoçar a Portugal)!
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por EuroVerde » 11/11/2012 0:01

correia1978 Escreveu:Tal como na bolsa, os grandes grupos económicos não anunciam antecipadamente interesse em grandes posições numa empresa, as tentativas de golpe de estado também não se revelam antecipadamente.


Pois! É que a diferença do agora para o 25 Abril de 1974 é que nessa altura o Estado estava cheio de dinheiro, tinha uma dívida de menos de 30% do PIB e agora a divida é de 120%
O material está velho e podre, não há balas nem munições. Os regimentos queixam-se dos cortes e não há treinos há meses.
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por C0rr3i4 » 10/11/2012 21:59

Tal como na bolsa, os grandes grupos económicos não anunciam antecipadamente interesse em grandes posições numa empresa, as tentativas de golpe de estado também não se revelam antecipadamente.
C0rr3i4

"Compound interest is the 8th wonder of the world."
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por mcarvalho » 10/11/2012 21:38

http://expresso.sapo.pt/otelo-alerta-go ... ao=f766046



Otelo alerta Governo para apoio dos militares a eventual revolução
Otelo Saraiva de Carvalho avisa o Governo que está na hora de "recuar nas medidas brutais de austeridade", no dia em que milhares de militares saíram à rua em protesto, em Lisboa. Veja as fotografias da 'manif'.
16:49 Sábado, 10 de novembro de 2012
89 7

40 comentários

Otelo está contra a austeridade
António Pedro Ferreira
O coronel Otelo Saraiva de Carvalho alertou hoje em Peniche que o protesto dos militares é "um aviso para o Governo recuar na austeridade", sob pena de poder haver uma revolução popular apoiada pelas forças de segurança e militares.

O capitão de Abril afirmou aos jornalistas que a manifestação militar de hoje "é um aviso para que, ou através da renegociação da dívida ou de qualquer outro meio, o Governo possa recuar nas medidas brutais de austeridade".

Se não for tido em conta, o militar, que comandou o golpe de 25 de Abril de 1974, defendeu que, perante o descontentamento popular, o Governo pode-se ver confrontado com "uma revolução a sério por parte do povo, incontrolável, em que as forças armadas e de segurança podem vir a não dar apoio ao Governo e só intervir para evitar um surto de violência extremo".

Para Otelo Saraiva de Carvalho, as razões do protesto de hoje "são perfeitamente justificadas", tendo em conta "a retirada de receitas" que "está a prejudicar e a violentar as garantidas de contrato" dadas aos militares, como são exemplos a redução das pensões e subsídios e a alteração dos limites de idade para passarem à reserva.

Otelo Saraiva de Carvalho falava à margem de um almoço de ex-combatentes, promovido pela Associação de Ex-Combatentes de Peniche. As três associações sócio-profissionais de militares, Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), Associação Nacional de Sargentos (ANS) e Associação de Praças (AP), estão a promover uma concentração junto à Praça do Município de Lisboa, seguindo-se um desfile de protesto até aos Restauradores.

As associações dizem que há um sentimento de "desacordo e revolta" nas Forças Armadas e que estão a ser "empurradas para um beco" pelo poder político, tendo em conta os cortes aplicados pelo Governo.

Milhares de militares protestam silenciosamente em Lisboa contra "malfeitorias"

Milhares de militares iniciaram esta tarde, em Lisboa, uma marcha silenciosa, saindo da Praça do Município até aos Restauradores, em protesto contra "as malfeitorias" de que dizem ser alvo.

Por volta das 15h, milhares de militares concentraram-se na Praça do Município, num encontro que pretendia chamar a atenção para "as preocupações dos militares e de todas as forças armadas", explicou à agência Lusa o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas, Manuel Carcel.

O coronel lembrou que "os militares estão sujeitos a todas as malfeitorias que têm recaído sobre a população em geral". Manuel Carcel contou que "há muitos que estão a recorrer a penhoras", outros que "deixaram de poder enviar os seus filhos para a universidade" e ainda casos de "militares que ficam nos quartéis porque não têm capacidade [financeira] para irem visitar a família".

Entre muitas bandeiras das três associações que convocaram a marcha encontravam-se cartazes feitos à mão, com dizeres como "Revolução com cravos não foi a solução", e faixas com apelos: "Estas políticas destroem a condição militar - combate-as." Os militares queixam-se dos consecutivos cortes salariais e do aumento dos impostos, mas também dos problemas de funcionamento dos serviços, como a falta de dinheiro para a manutenção dos equipamentos ou a quase inexistência de treinos.

"Estamos todos aqui por causa da grande degradação a que chegou a situação dos militares"

Apesar de estarem presentes muitos militares no ativo, as queixas ouvem-se pela voz dos que já estão na reforma, o que não impede que se peça "amnistia aos militares castigados por delito de opinião".

"Estamos todos aqui por causa da grande degradação a que chegou a situação dos militares. Ficámos sem subsídios de natal e de férias, a assistência na doença foi cortada em mais de 50%, foram feitos cortes nos transportes e isto para não falar nos equipamentos que estão parados, porque não há dinheiro para os reparar", enumerou Luís Dias, que há 17 anos deixou o cargo de sargento-chefe da Armada.

Revoltada, a mulher do sargento na reforma, Conceição Dias, realçou que a falta de condições é tal que nem há dinheiro para o combustível. "Se hoje houvesse outro 25 de Abril, não havia forma de os militares aqui chegarem", compara.

Às 16h, o cortejo de militares ocupava toda a Rua do Ouro e chegava já ao Rossio.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/otelo-alerta-go ... z2Br1oj1vD
mcarvalho
 
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10 Novembro

por EuroVerde » 10/11/2012 20:53

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Otelo volta a falar

por EuroVerde » 20/10/2012 23:59

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por mapaman » 25/4/2012 10:25

Quico Escreveu:http://blasfemias.net/2012/04/24/como-e-que-se-muda-isto-4-2/

Como é que se muda isto?

Quem lê a imprensa portuguesa, ouve as nossas rádios e vê as nossas televisões vive num mundo paralelo onde se choira, a cada segundo, a falta de mais socialismo.

É por isso que é interessante ler quem pode ir lá fora respirar outros ares. Como sucede neste texto de João Carlos Espada, ontem, no Público (sem link). Leiam e depois pensem em como se poderá mudar isto:


Surpresa no Brasil, choque em Portugal

Quando se chega a uma certa idade, pensamos que já nada nos vai surpreender. Esse era certamente o meu estado de espírito quando há precisamente duas semanas aterrei em Porto Alegre, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Não era a primeira vez que visitava o Brasil, embora fosse a primeira visita a Porto Alegre, e não havia motivo para esperar grandes surpresas. Mas enganei-me redondamente e, ainda agora, no rescaldo da viagem, tenho dificuldade em ordenar o turbilhão de impressões que esta viagem me deixou.

Não foi o samba, nem o Carnaval, nem as praias de que habitualmente se fala – e que, aliás, não vi. Foi uma sociedade civil vibrante, em perpétuo movimento, com uma energia empreendedora que só tem paralelo nos EUA (e talvez na China e na Índia, mas devo admitir que não senti aí a mesma energia).

Assisti a um congresso de dois dias com 5200 pessoas. Era a 25.ª edição do Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais, e que teve lugar na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Parecia que estávamos em Nova Iorque ou Washington. Uma organização ultraprofissional, amaciada pela incrível simpatia brasileira. Milhares de pessoas aprumadas, devidamente vestidas, pontuais, alegres e bem-educadas. Uma universidade com 30 mil alunos, num único campus, uma verdadeira cidade, que não recebe um real do Estado.

E, sobretudo, o que diziam, era inacreditável o que diziam. Celebravam a democracia e a liberdade, os direitos da pessoa humana e, por essas razões, o livre empreendimento, a limitação do Estado, o combate à corrupção e ao compadrio promovido por dinheiros públicos. Enalteciam a livre concorrência, não pediam subsídios ao Estado, combatiam os subsídios do Estado e o favorecimento pelo Estado de umas empresas em detrimento de outras. Exigiam impostos baixos e concorrência no fornecimento dos serviços públicos, sobretudo na educação e na saúde.


Era bom de mais para ser verdade. Mas era verdade. Simultaneamente, estas pessoas não mostravam qualquer sinal de arrogância. Exprimiam o maior apreço por Portugal, embora os seus antepassados não fossem apenas portugueses, mas também polacos, italianos, alemães e japoneses, além de índios e africanos, entre muitos outros. Um verdadeiro melting pot, com uma matriz portuguesa que todos enfatizavam. Ouvi vibrantes elogios aos descobridores portugueses, ao seu espirito de tolerância, maior do que o dos anglo-saxónicos, disseram-me, e sempre, repetidamente, à língua de Portugal.

Estas pessoas, ou algumas delas com quem falei demoradamente, querem reforçar a competitividade do Brasil no mundo e regulam os seus padrões pelos da América do Norte. Mas querem reforçar os laços com Portugal. Surpreendem-se por ser mais fácil obter dupla cidadania com Itália do que com Portugal. Gostariam que houvesse um mercado único entre Brasil e Portugal, semelhante ao que existe na União Europeia. Preconizam o mútuo reconhecimento imediato de diplomas escolares e de empresas. Gostariam de ter mais facilidade em investir aqui e de trabalhar aqui. “Há 190 milhões de falantes de português no Brasil”, explicaram-me, “que têm apreço por Portugal. Muitos gostariam de educar os filhos em Portugal, de investir em Portugal, de passar parte das suas reformas em Portugal. Não será este um mercado excitante para os portugueses?”

Parece-me que sim, eu pelo menos saí do Brasil contagiado pela energia criativa e empresarial do Rio Grande do Sul. Mas, quando aterrei em Lisboa, tive o primeiro choque lusitano, depois da agradável surpresa brasileira. Na primeira banca de jornais, uma revista de grande circulação titulava na capa: “Precisamos de um novo 25 de Abril?” Não pude acreditar. Temos uma democracia e perguntam se precisamos de um golpe de Estado? Terei chegado por engano à Guiné?

Não foi engano. Passa-se os olhos pelos jornais e vê-se uma cacofonia de reclamações igualitárias, reclamações de mais Estado, mais subsídios, mais garantias. O pobre Governo debaixo de fogo pelas tímidas medidas reformadoras que tem tomado – em vez de lhe reclamarem uma drástica descida dos impostos e um vigoroso convite ao investimento externo. Os nossos jovens fogem para o estrangeiro em busca de oportunidades, e os que ficam querem enterrar ainda mais o país, atacando os mercados, um inexistente neoliberalismo, os alemães e outros europeus empreendedores que viraram bodes expiatórios da nossa paralisia.

Pobre país, receio ter de dizer. Mas amanhã regresso à Polónia, cujo Presidente, aliás, nos acaba de visitar com grande sucesso. Lá reencontrarei a confiança na livre iniciativa que me surpreendeu no Brasil – e cuja ausência é simplesmente chocante em Portugal.


Puro deslumbramento bacoco.

É pena que o escriba não tenha viajado para o Brasil à 10 anos que a escrita era outra de certeza,e a Polónia,ui, á um bom par de anos atrás então era cá uma coisa nunca vista.

É este um dos problemas dos Portugueses: Quase tudo o que vislumbram fora de portas é que é bom e evoluido.

É pena que não vá a Angola para o extase ser total.
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
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por mcarvalho » 25/4/2012 9:22

No Porto já começou a revolução

saraiva de car(v)alho e... já está tudo inundado

:mrgreen:

só espero que chegue ao Tua :(
mcarvalho
 
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por Quico » 24/4/2012 23:37

Pelos vistos os que emigram sabem, mas querem passar a deixar de saber. :roll:
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por alexandre7ias » 24/4/2012 22:32

Quico Escreveu:http://blasfemias.net/2012/04/24/como-e-que-se-muda-isto-4-2/

Como é que se muda isto?

Quem lê a imprensa portuguesa, ouve as nossas rádios e vê as nossas televisões vive num mundo paralelo onde se choira, a cada segundo, a falta de mais socialismo.

É por isso que é interessante ler quem pode ir lá fora respirar outros ares. Como sucede neste texto de João Carlos Espada, ontem, no Público (sem link). Leiam e depois pensem em como se poderá mudar isto:


Surpresa no Brasil, choque em Portugal

Quando se chega a uma certa idade, pensamos que já nada nos vai surpreender. Esse era certamente o meu estado de espírito quando há precisamente duas semanas aterrei em Porto Alegre, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Não era a primeira vez que visitava o Brasil, embora fosse a primeira visita a Porto Alegre, e não havia motivo para esperar grandes surpresas. Mas enganei-me redondamente e, ainda agora, no rescaldo da viagem, tenho dificuldade em ordenar o turbilhão de impressões que esta viagem me deixou.

Não foi o samba, nem o Carnaval, nem as praias de que habitualmente se fala – e que, aliás, não vi. Foi uma sociedade civil vibrante, em perpétuo movimento, com uma energia empreendedora que só tem paralelo nos EUA (e talvez na China e na Índia, mas devo admitir que não senti aí a mesma energia).

Assisti a um congresso de dois dias com 5200 pessoas. Era a 25.ª edição do Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais, e que teve lugar na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Parecia que estávamos em Nova Iorque ou Washington. Uma organização ultraprofissional, amaciada pela incrível simpatia brasileira. Milhares de pessoas aprumadas, devidamente vestidas, pontuais, alegres e bem-educadas. Uma universidade com 30 mil alunos, num único campus, uma verdadeira cidade, que não recebe um real do Estado.

E, sobretudo, o que diziam, era inacreditável o que diziam. Celebravam a democracia e a liberdade, os direitos da pessoa humana e, por essas razões, o livre empreendimento, a limitação do Estado, o combate à corrupção e ao compadrio promovido por dinheiros públicos. Enalteciam a livre concorrência, não pediam subsídios ao Estado, combatiam os subsídios do Estado e o favorecimento pelo Estado de umas empresas em detrimento de outras. Exigiam impostos baixos e concorrência no fornecimento dos serviços públicos, sobretudo na educação e na saúde.


Era bom de mais para ser verdade. Mas era verdade. Simultaneamente, estas pessoas não mostravam qualquer sinal de arrogância. Exprimiam o maior apreço por Portugal, embora os seus antepassados não fossem apenas portugueses, mas também polacos, italianos, alemães e japoneses, além de índios e africanos, entre muitos outros. Um verdadeiro melting pot, com uma matriz portuguesa que todos enfatizavam. Ouvi vibrantes elogios aos descobridores portugueses, ao seu espirito de tolerância, maior do que o dos anglo-saxónicos, disseram-me, e sempre, repetidamente, à língua de Portugal.

Estas pessoas, ou algumas delas com quem falei demoradamente, querem reforçar a competitividade do Brasil no mundo e regulam os seus padrões pelos da América do Norte. Mas querem reforçar os laços com Portugal. Surpreendem-se por ser mais fácil obter dupla cidadania com Itália do que com Portugal. Gostariam que houvesse um mercado único entre Brasil e Portugal, semelhante ao que existe na União Europeia. Preconizam o mútuo reconhecimento imediato de diplomas escolares e de empresas. Gostariam de ter mais facilidade em investir aqui e de trabalhar aqui. “Há 190 milhões de falantes de português no Brasil”, explicaram-me, “que têm apreço por Portugal. Muitos gostariam de educar os filhos em Portugal, de investir em Portugal, de passar parte das suas reformas em Portugal. Não será este um mercado excitante para os portugueses?”

Parece-me que sim, eu pelo menos saí do Brasil contagiado pela energia criativa e empresarial do Rio Grande do Sul. Mas, quando aterrei em Lisboa, tive o primeiro choque lusitano, depois da agradável surpresa brasileira. Na primeira banca de jornais, uma revista de grande circulação titulava na capa: “Precisamos de um novo 25 de Abril?” Não pude acreditar. Temos uma democracia e perguntam se precisamos de um golpe de Estado? Terei chegado por engano à Guiné?

Não foi engano. Passa-se os olhos pelos jornais e vê-se uma cacofonia de reclamações igualitárias, reclamações de mais Estado, mais subsídios, mais garantias. O pobre Governo debaixo de fogo pelas tímidas medidas reformadoras que tem tomado – em vez de lhe reclamarem uma drástica descida dos impostos e um vigoroso convite ao investimento externo. Os nossos jovens fogem para o estrangeiro em busca de oportunidades, e os que ficam querem enterrar ainda mais o país, atacando os mercados, um inexistente neoliberalismo, os alemães e outros europeus empreendedores que viraram bodes expiatórios da nossa paralisia.

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De certeza que o homem que escreve não ganha 500€, era tão bom ele passar o que os outros( os tais que querem um novo 25 de Abril ) passam. Falar e escrever de boca cheia é tão fácil.

Mas como esta sempre em viagem as tantas nem sabe o que se passa em Portugal.
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por Quico » 24/4/2012 18:39

http://blasfemias.net/2012/04/24/como-e ... -isto-4-2/

Como é que se muda isto?

Quem lê a imprensa portuguesa, ouve as nossas rádios e vê as nossas televisões vive num mundo paralelo onde se choira, a cada segundo, a falta de mais socialismo.

É por isso que é interessante ler quem pode ir lá fora respirar outros ares. Como sucede neste texto de João Carlos Espada, ontem, no Público (sem link). Leiam e depois pensem em como se poderá mudar isto:


Surpresa no Brasil, choque em Portugal

Quando se chega a uma certa idade, pensamos que já nada nos vai surpreender. Esse era certamente o meu estado de espírito quando há precisamente duas semanas aterrei em Porto Alegre, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Não era a primeira vez que visitava o Brasil, embora fosse a primeira visita a Porto Alegre, e não havia motivo para esperar grandes surpresas. Mas enganei-me redondamente e, ainda agora, no rescaldo da viagem, tenho dificuldade em ordenar o turbilhão de impressões que esta viagem me deixou.

Não foi o samba, nem o Carnaval, nem as praias de que habitualmente se fala – e que, aliás, não vi. Foi uma sociedade civil vibrante, em perpétuo movimento, com uma energia empreendedora que só tem paralelo nos EUA (e talvez na China e na Índia, mas devo admitir que não senti aí a mesma energia).

Assisti a um congresso de dois dias com 5200 pessoas. Era a 25.ª edição do Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais, e que teve lugar na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Parecia que estávamos em Nova Iorque ou Washington. Uma organização ultraprofissional, amaciada pela incrível simpatia brasileira. Milhares de pessoas aprumadas, devidamente vestidas, pontuais, alegres e bem-educadas. Uma universidade com 30 mil alunos, num único campus, uma verdadeira cidade, que não recebe um real do Estado.

E, sobretudo, o que diziam, era inacreditável o que diziam. Celebravam a democracia e a liberdade, os direitos da pessoa humana e, por essas razões, o livre empreendimento, a limitação do Estado, o combate à corrupção e ao compadrio promovido por dinheiros públicos. Enalteciam a livre concorrência, não pediam subsídios ao Estado, combatiam os subsídios do Estado e o favorecimento pelo Estado de umas empresas em detrimento de outras. Exigiam impostos baixos e concorrência no fornecimento dos serviços públicos, sobretudo na educação e na saúde.


Era bom de mais para ser verdade. Mas era verdade. Simultaneamente, estas pessoas não mostravam qualquer sinal de arrogância. Exprimiam o maior apreço por Portugal, embora os seus antepassados não fossem apenas portugueses, mas também polacos, italianos, alemães e japoneses, além de índios e africanos, entre muitos outros. Um verdadeiro melting pot, com uma matriz portuguesa que todos enfatizavam. Ouvi vibrantes elogios aos descobridores portugueses, ao seu espirito de tolerância, maior do que o dos anglo-saxónicos, disseram-me, e sempre, repetidamente, à língua de Portugal.

Estas pessoas, ou algumas delas com quem falei demoradamente, querem reforçar a competitividade do Brasil no mundo e regulam os seus padrões pelos da América do Norte. Mas querem reforçar os laços com Portugal. Surpreendem-se por ser mais fácil obter dupla cidadania com Itália do que com Portugal. Gostariam que houvesse um mercado único entre Brasil e Portugal, semelhante ao que existe na União Europeia. Preconizam o mútuo reconhecimento imediato de diplomas escolares e de empresas. Gostariam de ter mais facilidade em investir aqui e de trabalhar aqui. “Há 190 milhões de falantes de português no Brasil”, explicaram-me, “que têm apreço por Portugal. Muitos gostariam de educar os filhos em Portugal, de investir em Portugal, de passar parte das suas reformas em Portugal. Não será este um mercado excitante para os portugueses?”

Parece-me que sim, eu pelo menos saí do Brasil contagiado pela energia criativa e empresarial do Rio Grande do Sul. Mas, quando aterrei em Lisboa, tive o primeiro choque lusitano, depois da agradável surpresa brasileira. Na primeira banca de jornais, uma revista de grande circulação titulava na capa: “Precisamos de um novo 25 de Abril?” Não pude acreditar. Temos uma democracia e perguntam se precisamos de um golpe de Estado? Terei chegado por engano à Guiné?

Não foi engano. Passa-se os olhos pelos jornais e vê-se uma cacofonia de reclamações igualitárias, reclamações de mais Estado, mais subsídios, mais garantias. O pobre Governo debaixo de fogo pelas tímidas medidas reformadoras que tem tomado – em vez de lhe reclamarem uma drástica descida dos impostos e um vigoroso convite ao investimento externo. Os nossos jovens fogem para o estrangeiro em busca de oportunidades, e os que ficam querem enterrar ainda mais o país, atacando os mercados, um inexistente neoliberalismo, os alemães e outros europeus empreendedores que viraram bodes expiatórios da nossa paralisia.

Pobre país, receio ter de dizer. Mas amanhã regresso à Polónia, cujo Presidente, aliás, nos acaba de visitar com grande sucesso. Lá reencontrarei a confiança na livre iniciativa que me surpreendeu no Brasil – e cuja ausência é simplesmente chocante em Portugal.
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
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por mcarvalho » 24/4/2012 13:30

Las_Vegas Escreveu:
BULIM123 Escreveu:Mas alguém duvida, que será uma questão de tempo, cá em Portugal, lembrem-se quando o 25 de Abril, ocorreu em Portugal, depois foram os outros Países..


E porque não um 25 de Dezembro?

Não é do Pai Natal que se está a falar?

Onde estavam estes valentes todos enquanto os subsídios caíam certinhos na conta?




segue a "tendencia"....e relê a opinião do meu amigo

Jorge Esteves... 3 ou 4 posts antes...
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por Las_Vegas » 24/4/2012 13:07

BULIM123 Escreveu:Mas alguém duvida, que será uma questão de tempo, cá em Portugal, lembrem-se quando o 25 de Abril, ocorreu em Portugal, depois foram os outros Países..


E porque não um 25 de Dezembro?

Não é do Pai Natal que se está a falar?

Onde estavam estes valentes todos enquanto os subsídios caíam certinhos na conta?
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por MERCW125 » 24/4/2012 12:44

Mas alguém duvida, que será uma questão de tempo, cá em Portugal, lembrem-se quando o 25 de Abril, ocorreu em Portugal, depois foram os outros Países..
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por mcarvalho » 23/4/2012 22:21

bem. mau. já começam a ser muitos


Protagonista do 25 de Novembro defende um novo 25 de Abril, de raiz popular
Publicado às 21.33
O general Pires Veloso, um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que naquela década ficou conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 25 de Abril, de raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados".


foto Alfredo Cunha/Global Imagens

Pires Veloso

"Vejo a situação atual com muita apreensão e muita tristeza. Porque sinto que temos uma mentira institucionalizada no país. Não há verdade. Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo", disse, em entrevista à Lusa.

Para o general, que enquanto governador militar do Norte foi um dos principais intervenientes no contra-golpe militar de 25 de Novembro que pôs fim ao "Verão Quente" de 1975, "dá a impressão de que seria preciso outro 25 de abril em todos os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".

Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de Abril: "Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a pátria está em perigo".

"Para mim, o povo é que tem a força toda. Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e pode ser que alguém surja" a liderar o processo.

E agora que "o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de entrar numa espiral de violência nas ruas, que é de acautelar", alertou, esperando que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com "uma imposição moral que leve os políticos a terem juízo".

Ler Artigo Completo (Pág.1/4)


http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica ... id=2437797
mcarvalho
 
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por mcarvalho » 23/4/2012 17:16

comentário de um amigo meu...

( da brigada do reumático e do tempo em que havia "tomates") :mrgreen:

com uma vénia ao Jorge Esteves e com o qual estou em perfeito acordo

abraço

mcarvalho

............

escrito em 2009 mas sempre actual

....

Fiquei espantado, para não dizer chocado com a intervenção inoportuna da Associação 25 de Abril.

Apesar de concordar com muitas das afirmações,
1º Não lhe reconheço legitimidade para, utilizando o nome dos Capitães de Abril, instigar a insurreição

2º Porque dá a Comunicação Social tanto protagonismo a uma Associação igual a milhares de outras e não dá espaço a portugueses legitimamente eleitos que, já há muito tempo detectou para onde caminhávamos?

Em 2009, era eu deputado municipal pelo PSD num município do interior e escrevi o que abaixo transcrevo e, nem nos jornais regionais teve eco.

Desiludido da política abandonei a politica mas, não posso deixar de pensar que já em 2009 eu tinha razão.

"24 de ABRIL DE 1974

Há 35 anos, o Capitão Salgueiro Maia preparava-se para arrancar para Lisboa com os militares que aderiram à revolução e, já na parada, fez este discurso:

… HÁ VÁRIOS ESTADOS: TOTALITÁRIO, DEMOCRÁTICO…. E HÁ

“O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU”

A frase que correu mundo, continua actual.

“O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU”

Nesse dia teve inicio um processo que levou ao encerramento de uma ditadura e à activação de uma democracia.

Mas, hoje, passados 35 anos, alguns tiques do 24 de Abril, ainda não morreram.

Tiques de uma cultura politica autocrática persistem diariamente.

Quem governa tende a governar com arrogância e a oposição continua a crer que a sua função democrática é apenas de “opor-se”.

Já na Grécia Antiga se chamava a isto primitivismo político, ignorância sobre a democracia e desrespeito pelos cidadãos.

Em alguns casos a democracia raia a ditadura mais cínica que é aquela que deixa que todos falem sem que se ligue minimamente aquilo que dizem.

Em alguns casos que a imprensa nos relata diariamente, nem cínica consegue ser porque, o verniz estala e ficam incomodados porque alguém tem uma opinião diferente.

Kant dizia que o ser humano nasce mau. A parte biológica é coberta pela cultura adquirida permitindo-lhe criar a diferenciação com os outros animais mas, alguns, volta e meia revelam-se tal e qual como nasceram.

Teremos de reconhecer que Kant tinha razão.

“O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU”

A verdade é que, ao fim de 35 anos, temos um défice democrático, um clientelismo que nos empobrece e nos asfixia e uma erosão de valores própria do subdesenvolvimento cultural.

A mediocridade e o despudor são premiados desde que se tenha uma fidelidade canina.

Actualmente, em Portugal, o compadrio talvez seja maior que no tempo do Marcelismo.

Quem tem ideias fora das fileiras dos obedientes é visto pelo poder não como um potencial de inovação mas como uma ameaça.

O 25 de Abril não pretendeu construir um país com esta profusão de falta de vergonha e de oportunismo.

Enquanto eu souber que há uma elevada percentagem de universitários que chumbam porque não têm dinheiro para pagar as propinas

Que há estudantes que abandonaram os estudos para ir trabalhar e aumentar o rendimento familiar

Enquanto eu não souber se alguém fez um levantamento dessas (e de outras) necessidades gritantes não contem comigo para comemorar este 25 de Abril.

Não foi para isto que eu vim para a rua, nem em 74, nem em Novembro de 75

Quando todos temos consciência dos problemas sociais que hoje, mais do que nunca, devem ter prioridade ao económico e financeiro, fazer passeios onde não há casas, prometer TGVS ou inaugurar azulejos mexe com a minha capacidade de cidadão.

É por isso que, provavelmente para satisfação de alguns, amanhã não estarei presente.

É necessário um 26 de Abril construído na vivência democrática,

pelos cidadãos que têm de decidir, crescer e viver de pé

Disse
J E
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Re: A

por mfsr1980 » 23/4/2012 15:58

mcarvalho Escreveu:http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2436632


25 Abril: Associação não participará pela primeira vez nas celebrações oficiais
Publicado hoje às 12:12A Associação 25 de Abril não participará este ano, pela primeira vez, nas celebrações oficiais da Revolução dos Cravos por considerar que «a linha política seguida pelo atual poder político deixou de refletir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril


Vá lá, haja algo positivo com a crise!
Já não conseguia olhar para brigada do reumático! :mrgreen:
 
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por mcarvalho » 23/4/2012 15:53

A voz ponderada e indignada de um corajoso de Abril.

Link: http://sicnoticias.sapo.pt/programas/po ... 500438.ece (via shareaholic.com)
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A

por mcarvalho » 23/4/2012 13:18

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portuga ... id=2436632


25 Abril: Associação não participará pela primeira vez nas celebrações oficiais
Publicado hoje às 12:12A Associação 25 de Abril não participará este ano, pela primeira vez, nas celebrações oficiais da Revolução dos Cravos por considerar que «a linha política seguida pelo atual poder político deixou de refletir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril
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por alexandre7ias » 12/4/2012 17:34

MP arquiva inquérito sobre declarações de Otelo
Publicado hoje às 17:24
Lusa

Foto: Pedro Aperta/Global Imagens
O Ministério Público arquivou o inquérito instaurado a Otelo Saraiva de Carvalho depois de este ter admitido a possibilidade de um "golpe militar" caso fossem "ultrapassados os limites" em Portugal.
A decisão do Ministério Público foi divulgada hoje no sítio da Internet da procuradoria-geral Distrital de Lisboa (PGDL).

A queixa foi apresentada pelo Movimento de Oposição Nacional que entendeu que as declarações proferidas por Otelo Saraiva de Carvalho constituíam "crime de alteração violenta do Estado de Direito, de incitamento à guerra civil e à desobediência coletiva".

Para o Ministério Público, as afirmações de Otelo Saraiva de Carvalho, numa entrevista à agência Lusa, "não preenchiam nenhum tipo de crime no essencial porque, as palavras ditas (...) naquela entrevista e naquele contexto, só representam a expressão das suas ideias, meras opiniões e não ultrapassam os limites da liberdade de expressão constitucionalmente permitidos no nº 2 do art. 37 da Constituição da República Portuguesa".

"O conteúdo das afirmações feitas não se mostra relevante no sentido de ameaçarem a ordem, a paz e a tranquilidade públicas ou o Estado de Direito", considerou o Ministério Público para quem as declarações proferidas pelo tenente-coronel "não continham virtualidade suficiente para ameaçar os bens jurídicos protegidos da paz pública e da estabilidade do Estado constitucional".

A investigação decorreu na 4.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, a propósito de uma manifestação de militares marcada para dia 12 de novembro de 2011, Otelo Saraiva de Carvalho afirmou ser contra essas manifestações, mas defendeu que, se fossem ultrapassados os limites, com perda de mais direitos, a resposta poderia ser um golpe militar, que a concretizar-se seria mais fácil do que em 1974.

"Para mim, a manifestação dos militares deve ser, ultrapassados os limites, fazer uma operação militar e derrubar o Governo", defendeu Otelo num comentário à "manifestação da família militar".

"Não gosto de militares fardados a manifestarem-se na rua. Os militares têm um poder e uma força e não é em manifestações coletivas que devem pedir e exigir coisas", disse em entrevista à Lusa.

Questionado sobre a real possibilidade dos militares tomarem o poder, como há 37 anos, Otelo responde perentório: "Não tenho dúvida nenhuma que sim".

"Os militares têm sempre essa capacidade, porque têm armas. É o último bastião do poder instituído", afirmou Otelo Saraiva de Carvalho em entrevista à Lusa em novembro de 2011.
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por alexandre7ias » 3/4/2012 22:31

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03.ABR.2012  19:49
Guerra civil em Portugal? Mentira correu mundo pelo Twitter e pode acabar no tribunal

Twitter (Foto: D.R.)
Rumores de um banho de sangue duraram algum tempo e subiram aos tópicos mundiais mais falados

Os espanhóis já pensavam em preparar uma conta para angariar fundos e ajuda para Portugal, que ontem viveu o início de uma falsa guerra civil, segundo notícias avançadas no Twitter. O falso golpe de estado espalhou-se rapidamente e subiu aos tópicos mais falados do mundo na rede social.

#PrayforPortugal apareceu na lista dos tópicos mais falados e foi então que os portugueses que circulavam pela rede àquela hora (de madrugada) começaram a perceber que algo estava errado. As notícias davam conta de um banho de sangue nas ruas e inclusive avançaram que a redacção de jornais como o Público tinham sido tomadas. Seria por isso que não havia notícias sobre o massacre.

Uma das contas que ajudou a espalhar o rumor foi a do utilizador @hate_maker, que chegou a dizer que as tropas portuguesas estavam a caminho da fronteira e queriam invadir Salamanca. Mas foram @FacuDiazT e @MikelNhao os responsáveis pela fraude.

O embuste envolveu os nomes de meios de comunicação reputados; @josetomorrow indicou que a CNN falava de uma intervenção da Guarda Nacional Republicana, enquanto @MikelNhao escreveu: "Em breves momentos a Televisión de Galicia dará un número de conta para ajudar as vítimas em Portugal".

@FacuDiazT denunciou a "censura" do diário El País, que teria retirado a notícia em menos de um minuto, enquanto outros twittavam a morte do presidente Cavaco Silva.

Por fim, @FacuDiazT e @MikelNhao acabaram com a brincadeira dizendo que agora também se podia inventar notícias no Twitter, tal como faz a imprensa tradicional. O El País avisou que enviou o sucedido para o departamente jurídico, já que o seu nome foi usado na burla.

@FacuDiazT rematou assim: "Amiguinhos, antes de ir dormir, uma coisinha: o Twitter não é a imprensa. Já está, era para acabar com as dúvidas que alguns têm". Despediu-se em catalão, "Bona nit".








Ana Rita Guerra
.

http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO040614


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por L.S.S » 3/4/2012 16:38

Milhões de utilizadores do Twitter queriam saber o que se estava a passar em Portugal. Alguns utilizadores contribuíam para o rumor e outros acusavam os media tradicionais portugueses de ocultar o que se estava a passar, pedindo aos espanhóis para tomarem conta do assunto.




Cambada de atrasados mentais alienados...

Estes burros acreditam em tudo o que lhes é dado a comer!

Vou fazer de conta que isto se passou no dia 1 de Abril para não ter que chamar mais os bois pelos nomes...

ocehcap (seguir utilizador), 1 ponto , hoje às 11:49


Alguém havia de investigar o palhaço espanhol que se armou em parvo e pregar-lhe uma multa valente para não brincar com coisas sérias!

Porque não lançou um boato de guerra civil em Espanha??

Eles, por lá, ainda há pouco sairam de uma...
Estão bem treinados!


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/golpe-de-estado ... z1qzcz2sRM
http://expresso.sapo.pt/gen.pl?p=users& ... 28&op=view
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
 
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