Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Ulrch quer desempregados a trabalhar de borla no BPI?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 19/10/2012 11:56

JPinela Escreveu:
elreidom Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Todas estas medidas distorcem o mercado e são perversas.

Dou-vos só dois exemplos do que aconteceu recentemente com amigos meus: Um desempregado recente tinha todas as condições (menos uma) para integrar um vaga em aberto, que até estava publicada pelo IEFP. Liga para o IEFP e diz que quer concorrer a essa vaga. O próprio IEFP diz-lhe que não pode concorrer, porque aquela vaga era só para desempregados acima de 6 meses! Qual era o objectivo? Na contratação de desempregados acima de 6 meses, as empresas têm acesso a subsídios/isenções do Estado; Uma amiga minha foi a uma entrevista, onde o próprio entrevistador admitiu que despediu uma pessoa, para contratar outra através deste género de incentivos, e assim ter menos custos.


Esse segundo caso é mais do que um efeito perverso, é uma ilegalidade por parte da empresa: não podia despedir para colocar outra pessoa com as mesmas funções, a não ser que houvesse justa causa. Agora era preciso que o despedido protestasse.

O primeiro caso é de facto um efeito perverso e nem percebo a lógica da medida. Qual é o interesse do estado em incentivar 6 meses de desemprego ao invés de 4 ou 5?


possivelmente, prioridade a quem está há mais tempo, e com o subsidio quase a acabar (e ficando numa situação perigosa).
talvez.

abr,
pinela.


Não é questão de estar a acabar, é mais uma questão de dar prioridade a pessoas que estão à mais tempo desempregadas... ainda assim esse programa tem alguns problemas em situações específicas. Na verdade se calhar é só no caso dos professores, mas não sei se existem mais. Para aceder a esse programa a entidade patronal tem de contratar o empregado por um mínimo de 3 meses, acontece que os contratos que o Ministério da Educação faz ao longo do ano são todos mensais, mesmo que durem até final do ano, são "mensais renováveis", enquanto o professor for preciso, normalmente por estar a substituir alguém que está doente ou de licença de parto, amamentação, ou outra situação qualquer. Há alguns horários destes que são muito pequenos, ganha-se muito pouco, mas para quem estiver à mais de 6 meses desempregado serviriam, uma vez que não perderiam por aceitar um vencimento muito mais baixo do que o subsídio. Mas como o contrato é mensal, não dá! :|
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

por JPinela » 19/10/2012 11:46

elreidom Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Todas estas medidas distorcem o mercado e são perversas.

Dou-vos só dois exemplos do que aconteceu recentemente com amigos meus: Um desempregado recente tinha todas as condições (menos uma) para integrar um vaga em aberto, que até estava publicada pelo IEFP. Liga para o IEFP e diz que quer concorrer a essa vaga. O próprio IEFP diz-lhe que não pode concorrer, porque aquela vaga era só para desempregados acima de 6 meses! Qual era o objectivo? Na contratação de desempregados acima de 6 meses, as empresas têm acesso a subsídios/isenções do Estado; Uma amiga minha foi a uma entrevista, onde o próprio entrevistador admitiu que despediu uma pessoa, para contratar outra através deste género de incentivos, e assim ter menos custos.


Esse segundo caso é mais do que um efeito perverso, é uma ilegalidade por parte da empresa: não podia despedir para colocar outra pessoa com as mesmas funções, a não ser que houvesse justa causa. Agora era preciso que o despedido protestasse.

O primeiro caso é de facto um efeito perverso e nem percebo a lógica da medida. Qual é o interesse do estado em incentivar 6 meses de desemprego ao invés de 4 ou 5?


possivelmente, prioridade a quem está há mais tempo, e com o subsidio quase a acabar (e ficando numa situação perigosa).
talvez.

abr,
pinela.
"quando sentires o impulso de reforçar posições ganhadoras, abre uma gaveta, mete a mão lá dentro e fecha a gaveta o número de vezes necessário para a vontade desaparecer" - Alguém! (frase válida principalmente em BearMarket)
"A pior coisa que pode acontecer a um investidor principiante é começar a ganhar logo de inicio" - Ulisses (e concordo perfeitamente)

http://pinelasgarden.blogspot.com/
 
Mensagens: 221
Registado: 29/5/2009 18:22
Localização: Portugal

por Heisenberg » 19/10/2012 11:14

PT_Trader Escreveu:Todas estas medidas distorcem o mercado e são perversas.

Dou-vos só dois exemplos do que aconteceu recentemente com amigos meus: Um desempregado recente tinha todas as condições (menos uma) para integrar um vaga em aberto, que até estava publicada pelo IEFP. Liga para o IEFP e diz que quer concorrer a essa vaga. O próprio IEFP diz-lhe que não pode concorrer, porque aquela vaga era só para desempregados acima de 6 meses! Qual era o objectivo? Na contratação de desempregados acima de 6 meses, as empresas têm acesso a subsídios/isenções do Estado; Uma amiga minha foi a uma entrevista, onde o próprio entrevistador admitiu que despediu uma pessoa, para contratar outra através deste género de incentivos, e assim ter menos custos.


Esse segundo caso é mais do que um efeito perverso, é uma ilegalidade por parte da empresa: não podia despedir para colocar outra pessoa com as mesmas funções, a não ser que houvesse justa causa. Agora era preciso que o despedido protestasse.

O primeiro caso é de facto um efeito perverso e nem percebo a lógica da medida. Qual é o interesse do estado em incentivar 6 meses de desemprego ao invés de 4 ou 5?
 
Mensagens: 357
Registado: 2/9/2011 12:01
Localização: 14

por Jolly Roger » 19/10/2012 3:29

finveste Escreveu:
Jolly Roger Escreveu:Parece que hoje está na moda subverter-se tudo para depois se vir dizer que o sistema falhou.

...

Os espertos de serviço vieram logo a correr dizer que o capitalismo falhou e que tínhamos de voltar ao marxismo socialista. Esqueceram-se foi de dizer que o capitalismo falhou porque o subverteram e o fizeram falhar tornando-o naquilo que ele nunca devia ser


Pareces os comunas da velha guarda.

Os espertos de serviço vieram logo a correr dizer que o SOCIALISMO falhou e que tínhamos de voltar ao CAPITALISMO. Esqueceram-se foi de dizer que o SOCIALISMO falhou porque o subverteram e o fizeram falhar tornando-o naquilo que ele nunca devia ser



Eu próprio não gostei muito da forma que usei... mas saiu assim. Coisas da vida...
Em todo o caso o socialismo nem precisa de ser subvertido para falhar. Ele falha que é um mimo por mais direitinho que seja o corte e costura. É apenas uma questão de tempo.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 421
Registado: 22/7/2009 12:55
Localização: Algures no meio do mundo

por fernandoinveste » 19/10/2012 0:30

Jolly Roger Escreveu:Parece que hoje está na moda subverter-se tudo para depois se vir dizer que o sistema falhou.

...

Os espertos de serviço vieram logo a correr dizer que o capitalismo falhou e que tínhamos de voltar ao marxismo socialista. Esqueceram-se foi de dizer que o capitalismo falhou porque o subverteram e o fizeram falhar tornando-o naquilo que ele nunca devia ser


Pareces os comunas da velha guarda.

Os espertos de serviço vieram logo a correr dizer que o SOCIALISMO falhou e que tínhamos de voltar ao CAPITALISMO. Esqueceram-se foi de dizer que o SOCIALISMO falhou porque o subverteram e o fizeram falhar tornando-o naquilo que ele nunca devia ser
 
Mensagens: 152
Registado: 27/5/2011 15:57
Localização: 1

por AikyFriu » 18/10/2012 23:30

pocoyo Escreveu:Acho, que se essa gente for trabalhar, deve ir trabalhar ao serviço do estado (de quem lhes paga).

Podendo o estado com essa medida baixar o numero de funcionários publicos. Ou seja os reformados seriam substituidos por desempregados. Quando não houvesse desempregados suficientes para substituir os reformados, começava a contratar desempregados.

Os desempregados que arranjassem emprego, deixavam aquele serviço e eram substituidos por outros.

PS. O estado teria que lhes pagar subsidio de alimentação e de transporte. Para um desempregado era indiferente estar em casa ou estar a trabalhar (isto a nivel de custos).


O estado já faz isso!
Nas escolas (não sei se todas, mas na minha é assim), quase metade dos "funcionários" vêm do Centro de Emprego, exatamente nessa condições. Não têm direito ao subsidio de transporte e a escola paga o subsidio de alimentação.

O problemas é que isso não contribui nada para o bom funcionamento da escola, embora permita o funcionamento da mesma.

PS: acreditas mesmo que os funcionário públicos têm direito a subsidio de transporte??
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 437
Registado: 23/2/2008 20:24
Localização: Algures entre o aqui e o acolá

Re: Todo o trabalho ee Digno.

por e-finance » 18/10/2012 23:29

HLopes4 Escreveu:Limpar matas é um trabalho tão bom como qualquer outro.

Se o estado fiscalizasse e punisse a lei que criou, se calhar não faltava quem pagasse a Limpadores de Matas profissionais.


Se em vez de moinhos de vento existissem centrais para queimar os resíduos florestais resolviam-se 3 problemas. Energia limpa, desemprego e limpeza das matas(incêndios). Mas é mais fácil e dá mais nas vistas uns moinhos de vento no cimo da serras.

Quanto ao idiota do Ulrich, custa-me que em Portugal até os banqueiros sejam socialista quando toca a CFN. Em vez de defender um mercado aberto e concorrencial, quer é aproveitar a desgraça alheia. Tem obrigação de saber que os empregos não se criam de forma artificial, criam-se quando a economia cresce. Um verdadeiro oportunista.
Don't run a race that doesn't have a finish line.
Turney Duff
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 666
Registado: 20/8/2010 21:23

Re: Todo o trabalho ee Digno.

por Hramos3 » 18/10/2012 22:39

Limpar matas é um trabalho tão bom como qualquer outro.

Se o estado fiscalizasse e punisse a lei que criou, se calhar não faltava quem pagasse a Limpadores de Matas profissionais.
 
Mensagens: 410
Registado: 14/6/2011 16:43
Localização: 20

Todo o trabalho ee Digno.

por bboniek33 » 18/10/2012 20:49

Claro ! Limpar matas ee trabalho digno. Os desempregados que estao em casa e longe das matas podiam levar os velhinhos ao cinema e empurrar cadeirinhas e coiso. Isso era trabalho de ambito comunitaario de alto valor. Mas voltando aas matas, aquilo ee um trabalho que exige alguns conhecimentos e que apresenta alguns riscos, nao ee assim para largar os desempregados na savana munidos de catanas e toca a rapar. Mas voltando aos velhinhos, eu soo falei nisso porque atee para empurrar uma cadeirinha ee preciso um miinimo de treino, estas coisas nao sao assim ponta-pee-para-a-frente... eu aas vezes leio coisas que me deixam estarrecido e antevejo matas em que ee limpo o que deve ficar e deixado ao restolho a mateeria que devia ser removida, eu vejo cadeirinhas a escorregar por escadinhas iingremes e os velhinhos, coitadinhos, estatelados no chao.

Eu acho que ee assim.
Imagem
 
Mensagens: 2713
Registado: 22/4/2003 23:12

por artista_ » 18/10/2012 20:15

lfhm Escreveu:
kuppka Escreveu:
Limpar matas é, sentir o planeta e ... Portugal ( este conceito, tá mesmo, + fora do mercado q o BPI )....
Curriculum, curriculum,curriculum .


Porque achas que limpar a mata é um trabalho pouco digno?


Nem percebi o comentário do kuppka, não sei se ele disse que era pouco digno... dos trabalhos comunitários que me estava mais a ver a fazer esse seria certamente um dos que mais me atrairia! :)
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

por BearManBull » 18/10/2012 19:53

kuppka Escreveu:
Limpar matas é, sentir o planeta e ... Portugal ( este conceito, tá mesmo, + fora do mercado q o BPI )....
Curriculum, curriculum,curriculum .


Porque achas que limpar a mata é um trabalho pouco digno?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 10410
Registado: 15/2/2011 11:59
Localização: 22

por artista_ » 18/10/2012 19:50

Eu não sei se viram a entrevista?! (se quiserem vir cá a casa tenho-a gravada na Box) ele às tantas dizia que não percebia porque é que ninguém no governo tinha vindo falar com ele sobre o problema do desemprego, uma vez que o BPI é um grande empregador em Portugal! E depois saiu-se com aquela idéia iluminada... queria ajudar a resolver o problema do desemprego, mas às custas do estado! :roll:
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

por carrancho » 18/10/2012 19:42

MarcoAntonio Escreveu:
carrancho Escreveu:Penso que a ideia é fantástica... foi assim que se construiram grandes obras, p.e. as pirâmides do Egipto!


Não tem muito que ver com o tópico mas ao que parece e ao contrário da concepção popular, parece que as pirâmides não foram construídas com trabalho escravo mas com trabalhadores profissionais de acordo com as evidências arqueológicas disponíveis.

A utilização de trabalho escravo não está totalmente colocada de lado mas não parece que tenha sido a principal força de trabalho na construção das piramides.


Talvez, mas aqui o trabalho profissional, pago a preço de excepcional, não resultou, nem o dos bancários nem o dos políticos, se calhar é altura de o fazer de outra forma... sem mexer nos previlégios das classes referidas, claro! Aliás, eu já me sinto bastante dos outros, aqueles que trabalham para pagar impostos que servem para manter esses.
Abraço,
Carrancho
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4363
Registado: 10/8/2006 19:44
Localização: Aveiro

por kuppka » 18/10/2012 19:40

MPC_finance Escreveu:Esta medida tem sempre o seu lado preverso.
Contudo, é sem dúvida muito melhor que muitas do género: os beneficiários do RSI ou do subsídio dde desemprego deveriam ir limpar matas e coisas do género.

Eu pessoalmente não vejo esta medida como uma forma de dar trabalho grátis às empresas. Já que seria facultativa.
Depois se fosse orientada às caracteristicas de cada candidato melhor. Ou seja desde que pudesse trazer valor acrescentado à carreira não vejo porque não...
E claro poderia haver outra medidas conjugadas com esta, por exemplo sair do local de trabalho para ir a entrevistas etc..

Eu pessoalmente preferia valorizar o meu curriculum


Limpar matas é, sentir o planeta e ... Portugal ( este conceito, tá mesmo, + fora do mercado q o BPI )....
Curriculum, curriculum,curriculum .
 
Mensagens: 331
Registado: 31/5/2009 15:22
Localização: 20

por BearManBull » 18/10/2012 19:38

MarcoAntonio Escreveu:lfhm, só reparei depois nesta parte do teu post que aparentemente editaste:

lfhm Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Como é que se separa uma situação da outra: a situação em que a empresa está a fazer o "favor" de colocar mais um trabalhador de que não precisa tanto quanto isso; da situação em que está a utilizar o mecanismo para colocar alguém de que precisa mesmo e provavelmente ia empregar de qualquer das formas?


Fácil a partir do momento que demitissem alguém perdiam o direito aos desempregados (tem lógica se estão a meter mais gente é porque precisam) e teriam de integrar uma % nos quadros.



Não, infelizmente não é fácil e a regra das demissões que sugeres seria quanto muito uma regra coxa que apenas previne uma fraude em concreto pois ela:

a) não garante que não se esteja a meter alguém de que se necessita mesmo que não se tenha demitido/despedido ninguém; a empresa pode estar em expansão (crescimento, novas áreas de negócios) nomeadamente ou o elemento pode vir substituir um recém-aposentado por exemplo (nas grandes empresas todos os anos há gente a se aposentar);

b) não garante que a empresa não esteja de facto a meter alguém que não previa ou de que necessita realmente (a pessoa demitida/despedida pode não ser alguém da mesma área/função; a pessoa demitida/despedida podia não ser de facto precisa e a nova pessoa metida também pode não ser realmente necessária (no sentido dde que a empresa no caso de não dispor deste [proposto] mecanismo, também não iria contratar um trabalhador para esse lugar).

Essa medida/restrição apenas garantia uma coisa: que ninguém ia despedir propositadamente para a seguir substituir o trabalhador por alguém através deste mecanismo, só isso.

Mas não responde à questão que eu coloquei nem garante que a utilização do mecanismo seria efectivamente eficiente.


Em boa verdade seja dito seria um sistema muito complicado de implementar, talvez pudesse fazer algum sentido em trabalho sasonal (com as empresas a terem de suportar parte do ordenado e com descontos) mas depois de ler o post do Jolly Roger realmente iria sempre viciar o sistema de uma economia livre e aberta (que a nossa pouco tem...) e aumentar a mão do estado em assuntos que não se deve meter.

A solução poderia ser mesmo trabalho comunitário (por exemplo limpeza de biomassa das florestas, poderia-se gerar biocombustiveis e prevenir incendios, acho que a alternativa actual é por os militares a fazer o serviço).

O que a mim me incomoda é que o subsídio de desemprego é um seguro para o desemprego mas não existe nenhuma clausula que diga que o trabalhador na situação de desempregado pode passar o tempo sem fazer nada, i.e., é um seguro para se continuar a receber num é para se ficar parado.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 10410
Registado: 15/2/2011 11:59
Localização: 22

por artista_ » 18/10/2012 19:26

A-330 Escreveu:2.O que é que lhe garante que um desempregado está sem fazer nada? Muita gente está na economia paralela.É mau? É. Mas é como muita gente se está a safar. E se for obrigado a trabalhos comunitários pode não ter a chance de trabalhar em outras coisas.


Em relação à medida sugerida temos opiniões diferentes, ponto final, não vem dai nenhum mal ao mundo! :)

Em relação ao ponto que citei em cima, acho completamente descabido estar a pensar que alguém está a receber um subsídio de desemprego e não se lhe pode dar nada para fazer, porque ele se está a safar na economia paralela, ou seja, está a roubar os estado de duas maneiras, a receber subsídio quando até tem outra ocupação, e a não pagar impostos de uma outra atividade! Isto faz alguma sentido?! :shock: :shock:

Eu eu ainda percebo que se aceite em alguém que tem um subsidio de 300 ou 400 euros e faz uns biscates para conseguir pagar as despesas. De qualquer forma eu penso que 8/10 horas por semana não o impediria de o fazer na mesma, e o número de horas até podia ser ajustado em função do subsídio que se recebe... agora imagina um professor que tenha um subsídio de desemprego próximo dos 1000 euros e fique em casa a dar explicações todo o dia onde ganha mais 2000 euros! Realmente é uma chatice se o obrigarem a fazer umas horas semanais!E quem diz explicações pode dizer outra atividade paralela qualquer! :mrgreen:

Para que não haja dúvidas eu, se tiver direito a subsídio, será na casa dos 700/800 euros, e apenas tenho uma pequena coisa para fazer, algo que apenas faço porque a pessoa em causa precisa! Mas já ouvi falar de casos de professores (eu não conheço ouvi apenas falar) que davam aulas num ano e no seguinte concorriam de forma a não serem colocados, ficavam a receber subsídio de desemprego e trabalhavam noutras coisas que gostavam mais. Ainda por cima, até há pouco tempo, o subsídio era quase igual ao vencimento líquido! Eu quando ouvi isto fiquei estupefacto, até um bocado indignado, mas agora até mudei um bocado de opinião, eles não metem as pessoas no quadro, querem trabalho precário? mereciam era que todos fizessem o mesmo... se calhar fizeram, só eu é que não sabia! :mrgreen:
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

por MarcoAntonio » 18/10/2012 19:22

carrancho Escreveu:Penso que a ideia é fantástica... foi assim que se construiram grandes obras, p.e. as pirâmides do Egipto!


Não tem muito que ver com o tópico mas ao que parece e ao contrário da concepção popular, parece que as pirâmides não foram construídas com trabalho escravo mas com trabalhadores profissionais de acordo com as evidências arqueológicas disponíveis.

A utilização de trabalho escravo não está totalmente colocada de lado mas não parece que tenha sido a principal força de trabalho na construção das piramides.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40919
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por carrancho » 18/10/2012 19:16

Penso que a ideia é fantástica... foi assim que se construiram grandes obras, p.e. as pirâmides do Egipto!
Abraço,
Carrancho
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4363
Registado: 10/8/2006 19:44
Localização: Aveiro

por A330-300 » 18/10/2012 19:11

MarcoAntonio Escreveu:Vejo que as pessoas continuam a insistir na "bondade" da medida: nos moldes em que foi sugerido, o que ocorreria é que com "desempregados" para trabalhar à borla (suportados pelo Estado) e sem uma forma inequívoca de separar o trigo do joio, haveria sempre situações em que o Banco ou a empresa em questão estaria a evitar de empregar/contratar pessoas que estavam no desemprego (e que iria noutras circunstâncias contratar, sendo que nesse momento deixariam de ser um encargo para o Estado) para ter uma série de individuos "desempregados" a trabalhar de borla (sendo estado a ser suportados ou maioritariamente suportados) pelo Estado.


Por favor...


É Marco ,

Por isso é que as pessoas são comidas à força toda em tudo.
Perdem direitos sem nem sequer os negociarem , votam duas vezes no Sócrates,uma infinidade de coisas etc.
Acreditam em tudo , não pensam.

O pior de tudo é que mesmo depois de explicado continuam a teimar. Aí já deixa de ser distração para ser burrice.

Junto a isso , mistura-se a resignação e temos o povo que temos.

Esta gente nem Deus consegue ajudar.Se Cristo baixasse aqui não conseguiria fazer milagre nenhum.

A330
 
Mensagens: 1503
Registado: 30/1/2005 12:51
Localização: Lx

por capbr » 18/10/2012 18:44

Sinceramente so quem nunca trabalhou numa grande empresa é que pode acreditar nas palavras e na boa vontade deste iluminado!!

Porque é que ele á medida que vai despedindo e enviado para a reforma pessoal do quadro não dá um contrato de trabalho aos que la estão a 3 e 4 anos por empresas de trabalho temporario??

No BPI, BES, PT.... estao centenas de trabalhadores em regime de trabalho temporario a fazer as mesmas funcoes a varios anos. Nao os mandam embora porque sabem que precisam deles, mas tb nao lhes dao um contrato de trabalho!!

Aqui esta a boa vontade destes iluminados!!!

E reparem como ele se contradiz!! ate lhe dava jeito 300 ou 500 trablhadores, mas mais a frente diz que os numeros e resultados sao tudo, logo as empresas tem de despedir para manter as rentabilidades!!!!

Este iluminado ja mais coloca se quer a possibilidade de haver má gestao na empresa que dirige, ele é o iluminado da gestao os outros é que sao maus na execuçao!! Logo os que executam, mesmo que precisem deles, tem de sair, pois é a forma de garantir rentabilidade!!!

Viva o trabalho temporario e gratuito!!!
O temporario faz milagres no balanço das empresas, nao é um custo fixo, é uma prestaçao de serviços ( mesmo que sai o dobro do preço nos casos de 3 e 4 anos ) e agora venha o gratuito, esse ainda é melhor pois quem paga é o estado!!!!

Tenho cada vez mais vergonha da classe politica e empresarial deste pais!!!

Gostava que um dia houvesse alguem com coragem de publicar os inqueritos anonimos feitos aos funcionarios desta grandes empresas o indice de satisfaçao global dos mesmos é de pasmar!!

Atençao estou a referir me a grandes empresas nacionais!!
 
Mensagens: 122
Registado: 29/11/2007 2:25
Localização: lisboa

por MPC_finance » 18/10/2012 18:30

Esta medida tem sempre o seu lado preverso.
Contudo, é sem dúvida muito melhor que muitas do género: os beneficiários do RSI ou do subsídio dde desemprego deveriam ir limpar matas e coisas do género.

Eu pessoalmente não vejo esta medida como uma forma de dar trabalho grátis às empresas. Já que seria facultativa.
Depois se fosse orientada às caracteristicas de cada candidato melhor. Ou seja desde que pudesse trazer valor acrescentado à carreira não vejo porque não...
E claro poderia haver outra medidas conjugadas com esta, por exemplo sair do local de trabalho para ir a entrevistas etc..

Eu pessoalmente preferia valorizar o meu curriculum
 
Mensagens: 358
Registado: 23/12/2011 1:41

por MarcoAntonio » 18/10/2012 18:05

Vejo que as pessoas continuam a insistir na "bondade" da medida: nos moldes em que foi sugerido, o que ocorreria é que com "desempregados" para trabalhar à borla (suportados pelo Estado) e sem uma forma inequívoca de separar o trigo do joio, haveria sempre situações em que o Banco ou a empresa em questão estaria a evitar de empregar/contratar pessoas que estavam no desemprego (e que iria noutras circunstâncias contratar, sendo que nesse momento deixariam de ser um encargo para o Estado) para ter uma série de individuos "desempregados" a trabalhar de borla (sendo estado a ser suportados ou maioritariamente suportados) pelo Estado.

Pelo que o que se estaria a criar neste caso era um encargo para o Estado.

E não há nenhuma poupança ou nenhuma poupança significativa para colmatar este prejuízo para o Estado com impacto negativo na despesa e no déficit (o "benefício" era só para as empresas, que poderiam produzir mais com menos custos).

O mais caricato é que o Ulrich propõe isto para grandes empresas como Bancos e EDPs e afins. Bom, eu diria que estas são precisamente das empresas que menos precisariam deste tipo de benefício. Se ele ainda tivesse sugerido:

a) não os Bancos mas as empresas que estivessem em em stress, em risco de falência, devido à quebra de consumo interno (mas que poderiam ser viáveis uma vez que a economia retornasse à normalidade, isto é, uma vez passada a recessão);

b) não os Bancos mas as empresas voltadas para o mercado exportador (seria uma forma de desvalorização dos custos do trabalho para a economia exportadora, potenciando as nossas exportações);

ainda que vá, ainda conseguia ver um razoável grau de "utilidade nacional" ainda que continuasse a ter dúvidas sobre a eficácia na prática devido à forma como facilmente pode ser pervertido.

Agora trabalhadores de borla (à custa do Estado) para os Bancos e para a EDP e afins?

Por favor...
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40919
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por A330-300 » 18/10/2012 17:56

artista Escreveu:
A-330 Escreveu:
2. Artista, Acha que desempregados deviam fazer serviços comunitários?


Sim, obviamente que não seria a tempo inteiro, nem pouco mais ou menos, mas poderia cumprir algumas horas semanais!

A-330 Escreveu:A troco de que?


De nada, eu sei que o subsídio de desemprego é uma espécie de seguro, mas o serviço comunitário não faz mal a ninguém, ajuda todos e também ajuda as pessoas a estarem mais ativas e integradas na sociedade!

A-330 Escreveu:Com ou sem subsídio de transporte?


Já tinha pensado nisso, mas contornaria-se facilmente. Nos serviços perto da residência esse problema não existiria, nos mais distantes teriam direito a umas senhas (ou outro método qualquer) para usar os transportes públicos!

A-330 Escreveu: Não deveriam procurar emprego?


Sim, por isso defendo que teriam apenas de cumprir algumas horas semanais, por exemplo 8/10!

A-330 Escreveu:Você faria?


Podes, e deves, tratar-me por tu! :wink:

Como deves saber estou desempregado, há pouco mais de um mês e meio. Até hoje ainda nem sei se terei direito ao subsídio de desemprego, penso que sim, mas a realidade é que ainda não recebi uma carta a dizer-me a quanto e por quanto tempo terei direito!

Sim, estou perfeitamente disponível para o fazer. Dentro das minhas capacidades e vocação.

Eu já falei disto aqui, vou voltar a falar. No estado do Idaho, nos EUA, pelo menos em algumas cidades que conheço (não sei se o programa se estende a todo o território do país) os alunos do básico para transitarem de ano, têm de cumprir algumas horas de serviço comunitário! Acho muito bem! Acho que seria uma excelente medida para usar em Portugal!


1.Eu não acho que deveria ser obrigatório. Faz quem quer. Eu por exemplo , preferia trabalhar como voluntário em alguma instituição de caridade. À minha escolha, que trabalhe em uma causa na qual eu acredite.
Esse trabalho comunitário pode passar construir um centro de saúde.E aí já estaremos a trabalhar de graça e a tirar o emprego de um que lá esteja empregado ou alguém que esteja à procura desse trabalho

2.O que é que lhe garante que um desempregado está sem fazer nada? Muita gente está na economia paralela.É mau? É. Mas é como muita gente se está a safar. E se for obrigado a trabalhos comunitários pode não ter a chance de trabalhar em outras coisas.

3.Uma coisa é obrigar-se os alunos a fazer esses trabalhos.Até acho bem porque ajuda a formar pessoas mais solidárias.Além disso é importante que as crianças , principalmente as bem nascidas tenham contacto com pessoas carenciadas para saberem que existem outras realidades.

Já os adultos tem outras responabilidades.Fazem voluntáriados se quiserem. Aliás é desses adultos , maioritariamente empregados, que as instituições de caridade sobrevivem.
Por isso não é preciso obrigar ninguém a não fazer aquilo que não quer.Ou não pode.

A330
 
Mensagens: 1503
Registado: 30/1/2005 12:51
Localização: Lx

por MarcoAntonio » 18/10/2012 17:54

lfhm, só reparei depois nesta parte do teu post que aparentemente editaste:

lfhm Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Como é que se separa uma situação da outra: a situação em que a empresa está a fazer o "favor" de colocar mais um trabalhador de que não precisa tanto quanto isso; da situação em que está a utilizar o mecanismo para colocar alguém de que precisa mesmo e provavelmente ia empregar de qualquer das formas?


Fácil a partir do momento que demitissem alguém perdiam o direito aos desempregados (tem lógica se estão a meter mais gente é porque precisam) e teriam de integrar uma % nos quadros.



Não, infelizmente não é fácil e a regra das demissões que sugeres seria quanto muito uma regra coxa que apenas previne uma fraude em concreto pois ela:

a) não garante que não se esteja a meter alguém de que se necessita mesmo que não se tenha demitido/despedido ninguém; a empresa pode estar em expansão (crescimento, novas áreas de negócios) nomeadamente ou o elemento pode vir substituir um recém-aposentado por exemplo (nas grandes empresas todos os anos há gente a se aposentar);

b) não garante que a empresa não esteja de facto a meter alguém que não previa ou de que necessita realmente (a pessoa demitida/despedida pode não ser alguém da mesma área/função; a pessoa demitida/despedida podia não ser de facto precisa e a nova pessoa metida também pode não ser realmente necessária (no sentido dde que a empresa no caso de não dispor deste [proposto] mecanismo, também não iria contratar um trabalhador para esse lugar).

Essa medida/restrição apenas garantia uma coisa: que ninguém ia despedir propositadamente para a seguir substituir o trabalhador por alguém através deste mecanismo, só isso.

Mas não responde à questão que eu coloquei nem garante que a utilização do mecanismo seria efectivamente eficiente.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 18/10/2012 18:29, num total de 2 vezes.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40919
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por MPC_finance » 18/10/2012 17:30

artista Escreveu:
MPC_finance Escreveu:Não vejo escândalo, até acho boa ideia.

Por exemplo a título facultativo. Dava a possibilidade de quem quisesse melhorar o seu curriculo.

Vamos imaginar, um licenciado e gestão ou economia com gosto pelos mercados, poderia tirar um "especie de estágio" dentro da sala de mercados do BPI.
Poderia abrir portas para uma nova vida.

Claro que este processo poderia ajudar um desempregado a voltar ao mercado de trabalho e ao mesmo tempo dentro da área que gosta.


Mas estágios já estão previstos, estamos a falar de desempregados que ele quer por um ou dois anos, à borla, pagos pelo estado! Enquanto que admite que o natural será reduzir pessoal, para aumentar a rentabilidade do banco! :roll:


Eu disse "espécie de estágios", chamem-lhe o que quiserem. E a título facultativo, só para quem quisesse. E este trabalhador, obviamente que não teria as mesmas obrigações que um colaborador da empresa. Assim que quisesse saía. A empresa por vezes ainda teria o custo de o estar a formar.
 
Mensagens: 358
Registado: 23/12/2011 1:41

Próximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: bigest, CORTIÇA, Denário, Google [Bot], Musus, navaldoc, niceboy, OCTAMA, PAULOJOAO, Phil2014, Shimazaki_2 e 435 visitantes