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Caldeirão da Bolsa

É hora do bom aluno dar um passo em frente

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por altrio » 16/10/2012 16:48

Ulisses Pereira Escreveu:Alladin,

O dinheiro não sumiu. Foi sendo investido e gasto. Falar de auto-estradas paralelas é demasiado óbvio.

Mas vou dar um exemplo mais chocante: Portugal tem muito bons cuidados médicos. Queixamo-nos mas todas as avaliações externas mostram um excelente nível dos cuidados médicos em Portugal. É triste mas não podemos ter um nível de cuidados médicos tão bons... É triste de o dizer e triste ainda mais de o sentir, mas enquanto não aumentarmos a nossa produtividade, vamos todos ter que viver pior. E o Estado vai ter que gastar menos. Em tudo. Fazer a gestão desses cortes é o mais difícil. Porque qualquer corte parece dramático.

Um abraço,
Ulisses


Nós temos dinheiro mais do que suficiente para pagar os cuidados médicos que temos. O Estado não tem nada que gastar menos (já gasta bem menos, relativamente à sua produtividade, do que qualquer país decente), nem temos todos que viver pior. Temos é que obrigar quem nos rouba diariamente (os que não pagam os impostos que lhes cabem) a pagar a sua parte. Basta isso.

Agora, desistir, dizendo "já que não temos dinheiro (que nos está a ser roubado), temos que viver pior", parece-me anti-patriótico.
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por gorgo » 16/10/2012 10:20

alexandre7ias Escreveu:
gorgol Escreveu:
intraric Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:tavaverquenao, qual é a alternativa? Isso é que é importante.

Eu não acredito em rupturas com a troika. Aí sim, temos o país condenado nos próximos 20 ou 30 anos. Acredito em pequenos passos na tentativa de renegociar algumas coisas.

Achar que podemos governar Portugal como queremos é utópico. Quem manda em Portugal não somos nós. E a culpa não é de quem lá está.

Um abraço,
Ulisses


1. Renegociar prazos de cumprimento do déficit (já está feito);

2. Renegociar prazos de pagamento da dívida;

3. Renegociar juros da dívida;

4. Renegociar juros do empréstimo da Troika;

5. Colocar 60% da dívida num pacote autónomo de longo prazo garantido pelo BCE;

6. Cortar a sério nas PPP's;

7. Regular o mercado de energia, porque o mercado liberalizado mantém estes custos de produção acima da média europeia há demasiado tempo;

8. Cortes a sério na despesa:

8.1 Concentração de município;
8.2 Encerramento de empresas municipais;
8.3 Controlo efectivo sobre a despesa municipal;
8.4 Encerramento efectivo de Institutos públicos, e corte a benefícios fiscais a fundações (tipo Fundação PSD da Madeira);

9. Pensar o Estado e reorganizar o papel deste na sociedade e na economia;

10. Facilitar o "encontro" de contas no IVA a devolver/reembolsar pelas Empresas com facturas por liquidar do Estado, dívidas à SS, etc.

11. Acções executivas de dívidas mais rápidas e menos burocráticas;

12. Rever e consolidar tudo o que sejam licenciamentos, acabar com licenças para justificar hierarquias e poleiros;

13. Controlo muito rigoroso de apoios estatais e comunitários!!!

14. Cortar nos carros e outras mordomias, porque sem moralizar e mostrar que é para todos, não me apetece que seja para mim!

15. Negociar uma moratória de um imposto alfandegário, para que o consumo interno seja direccionada para a produção nacional;

16. etc.... nem escrevo mais, porque há tanto que fazer.

Os que lá estão podem não ser responsáveis pelo estado a que isto chegou, mas não se vê grande vontade de actuar onde é realmente necessário.


Renegociar significa eu decidir pela outra parte?

Se a outra parte disser: quem manda sou eu, ou pagas ou vai dar uma volta.

Ficas a falar sozinho, entretanto deixas de ter dinheiro para pagar e lá vem o básico:

Retruturação
Desvalorização,
Isolamento,
Pobreza forçada
Balanço receitas menos despesas igual a zero. É uma fórmula tão simples e ninguém a compreende ou pratica.
.

Achas mesmo que nos mandam dar uma volta?

E já agora achas mesmo que vamos pagar?

Se sim com que dinheiro?

E já agora em € ou $?


Claro que nos mandam à fava. É o que eu faço quando não forneço clientes, devido a não pagarem. Tribunal com eles, posso não receber nada mas vão à falência e ganham juizo.

Olha para a Grécia. Perceberam que do outro lado não havia cedências. Queda do PIB em 20%. Por cá ainda estamos com 6%. Ainda muita indignação vai aparecer, mas no final resignação e corte nas despesas, sejam individuais ou do Estado.

Agora, mesmo que não paguemos nada ainda precisamos desta austeridade, visto que o primeiro passo para respirar é o défice primário positivo.

Há tantos povos mais pobres e a passar pior que nós. Um pouco de razoabilidade e humildade precisa-se.
 
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por alexandre7ias » 16/10/2012 4:11

Aguiar Branco: "Maior Ministério de Portugal é o da dívida"
Ana Filipa Rego
15/10/2012 21:09

O ministro da Defesa relembrou que, em 2013, Portugal terá de pagar mais de oito mil milhões de euros só em juros de dívida e explicou que o Governo esgotou as alternativas à despesa a partir do momento em que o Tribunal Constitucional chumbou o corte de subsídios. Quanto ao mau estar no seio do Governo disse: "discordar, conversar é completamente diferente de ter conflitos".

“Era um Orçamento muito difícil, uma situação de emergência extraordinária. Era preciso minimizar os impactos que teria sobre a população que mais sofre. Sabíamos que era um orçamento duro e por isso era preciso trabalhar ao máximo”, respondeu Aguiar Branco em entrevista à SIC quando confrontado com o facto de o Governo ter reunido várias vezes para a preparação desta proposta.

“Não há nenhum ministro irredutível” no CM

E quando questionado sobre os eventuais conflitos com o CDS e até alguns ministros do próprio partido, o governante foi peremptório: “discordar, conversar é completamente diferente de ter conflitos. Houve trocas de opiniões para se chegar a um resultado”.

“Não há nenhum ministro irredutível no Conselho de Ministros. Nós tentámos todos trabalhar uma solução para a situação difícil que o Pais atravessa”, acrescentou.

Chumbo do TC determinou mais austeridade pelo lado da receita

E relembrou que a “solução [do lado da despesa] foi considerada inconstitucional num momento crítico”. E, por isso, “a medida alternativa ao corte dos subsídios foi forçada a ir para o lado da receita”

O jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho insistiu na ideia de o Governo ter ido pelo lado da receita quando sempre falaram em cortar na despesa. Aguiar Branco respondeu assim: “Acha que o Governo tinha um prazer mórbido de ir para o lado da receita. Nós também temos família! Se não estivesse esgotado alternativas não tinha ido para este lado.”

“Para 2013 esgotaram-se todas as possibilidades no lado da despesa”, assegurou.

“Portugal há um ano estava na antecâmara da bancarrota”

Aguiar Branco explicou que “o maior Ministério de Portugal é o da dívida”, já que “em 2013 Portugal vai ter de pagar mais de 8 mil milhões de euros só em juros de dívida”.

E disse acreditar que “daqui a 20 meses possamos resgatar a soberania que nos foi cortada há um ano. Portugal há um ano estava na antecâmara da bancarrota”.

À questão, “a fiscalidade e finanças poderão matar a economia portuguesa?",o responsável limitou-se a responder: “o desejo e é convicção do Governo que não”.
.

Fonte: Negócios

Para o ano vamos trabalhar 12 meses mas só recebemos 10!
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por atomez » 16/10/2012 4:03

Ulisses Pereira Escreveu:Atomez, eu não esto ua apelar ao bom comportamento. O bom comportamento foi uma característica nossa desde o acordo da troika.

Ou percebeste mal o meu artigo ou eu não o escrevi da melhor forma.

Talvez.

Por vezes as metáforas ironizam-se a si próprias.
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por Lion_Heart » 16/10/2012 4:02

Ulisses Pereira Escreveu:Alladin,

O dinheiro não sumiu. Foi sendo investido e gasto. Falar de auto-estradas paralelas é demasiado óbvio.

Mas vou dar um exemplo mais chocante: Portugal tem muito bons cuidados médicos. Queixamo-nos mas todas as avaliações externas mostram um excelente nível dos cuidados médicos em Portugal. É triste mas não podemos ter um nível de cuidados médicos tão bons... É triste de o dizer e triste ainda mais de o sentir, mas enquanto não aumentarmos a nossa produtividade, vamos todos ter que viver pior. E o Estado vai ter que gastar menos. Em tudo. Fazer a gestão desses cortes é o mais difícil. Porque qualquer corte parece dramático.

Um abraço,
Ulisses


Essa é uma questão pertinente e que merece ser discutida. Para onde foram os Milhões da CEE e depois da UE?
Onde foi investido? Quem foi beneficiado?(ex: as auto estradas Não são do Estado)
Não esquecer que os Portugueses sempre pagaram impostos! E esses impostos supostamente dão acesso a vários benefícios (ex: saúde, transportes,educação)
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por Ulisses Pereira » 16/10/2012 3:44

Atomez, eu não esto ua apelar ao bom comportamento. O bom comportamento foi uma característica nossa desde o acordo da troika.

Ou percebeste mal o meu artigo ou eu não o escrevi da melhor forma.

Um abraço,
Ulisses
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por alexandre7ias » 16/10/2012 3:44

gorgol Escreveu:
intraric Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:tavaverquenao, qual é a alternativa? Isso é que é importante.

Eu não acredito em rupturas com a troika. Aí sim, temos o país condenado nos próximos 20 ou 30 anos. Acredito em pequenos passos na tentativa de renegociar algumas coisas.

Achar que podemos governar Portugal como queremos é utópico. Quem manda em Portugal não somos nós. E a culpa não é de quem lá está.

Um abraço,
Ulisses


1. Renegociar prazos de cumprimento do déficit (já está feito);

2. Renegociar prazos de pagamento da dívida;

3. Renegociar juros da dívida;

4. Renegociar juros do empréstimo da Troika;

5. Colocar 60% da dívida num pacote autónomo de longo prazo garantido pelo BCE;

6. Cortar a sério nas PPP's;

7. Regular o mercado de energia, porque o mercado liberalizado mantém estes custos de produção acima da média europeia há demasiado tempo;

8. Cortes a sério na despesa:

8.1 Concentração de município;
8.2 Encerramento de empresas municipais;
8.3 Controlo efectivo sobre a despesa municipal;
8.4 Encerramento efectivo de Institutos públicos, e corte a benefícios fiscais a fundações (tipo Fundação PSD da Madeira);

9. Pensar o Estado e reorganizar o papel deste na sociedade e na economia;

10. Facilitar o "encontro" de contas no IVA a devolver/reembolsar pelas Empresas com facturas por liquidar do Estado, dívidas à SS, etc.

11. Acções executivas de dívidas mais rápidas e menos burocráticas;

12. Rever e consolidar tudo o que sejam licenciamentos, acabar com licenças para justificar hierarquias e poleiros;

13. Controlo muito rigoroso de apoios estatais e comunitários!!!

14. Cortar nos carros e outras mordomias, porque sem moralizar e mostrar que é para todos, não me apetece que seja para mim!

15. Negociar uma moratória de um imposto alfandegário, para que o consumo interno seja direccionada para a produção nacional;

16. etc.... nem escrevo mais, porque há tanto que fazer.

Os que lá estão podem não ser responsáveis pelo estado a que isto chegou, mas não se vê grande vontade de actuar onde é realmente necessário.


Renegociar significa eu decidir pela outra parte?

Se a outra parte disser: quem manda sou eu, ou pagas ou vai dar uma volta.

Ficas a falar sozinho, entretanto deixas de ter dinheiro para pagar e lá vem o básico:

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.

Achas mesmo que nos mandam dar uma volta?

E já agora achas mesmo que vamos pagar?

Se sim com que dinheiro?

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por Lion_Heart » 16/10/2012 3:37

Eu acho que Portugal não é bom aluno, Nunca foi , sempre foi um vendido ,os políticos aceitaram destruir o País por dinheiro.

Portugal Nunca discutiu "*ordens" da UE sempre foi aceitando em troca do dinheirinho (que deu jeito aos donos do poder) acabar com a sua industria , a sua agricultura as suas pescas com actividades milenares e etc. e tornou-se um País de serviços e "ricos" consumidores.

Portanto Portugal vendeu a sua Soberania em troco de dinheiro.

E a quem é vendido não lhe dão hipotese.

E quem diz que Portugal é bom aluno esta a dizer coisas erradas, os Portugueses sim são bons alunos, são obedientes, mansos (anos de ditadura que ainda hoje se mantém, mas disfarçada como é óbvio) levaram a isso. Os Portugueses aceitaram os erros dos políticos e estiveram dispostos a ajudar pois tinham a noção que parte da culpa também era deles. Os políticos não , não são bons alunos, Não conseguem ter um Orçamento em ordem, Nunca cumpriram as metas , e pior não tem a noção da realidade onde estão (casos de quem se diz "pobre" , de dizer que andar de clio é desprestigiante e por ai fora).

Portugal não é bom alunos, os Portugueses sim foram.

Mas agora acabou, passo seguinte negociar e reestruturar a divida pois o próximo OE13 Nunca mas Nunca será cumprido como alias nenhum foi até agora.

* ordens refiro-me a decisões politicas que sempre beneficiaram os países do Norte e onde Portugal nunca fez finca pé.
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por atomez » 16/10/2012 3:22

Ulisses Pereira Escreveu:Atomez, achas então que Portugal será penalizado se incluir a concessão da ANA na redução do défice deste ano?

Não sei, nem faço ideia.

No ponto em que estamos é de tentar qualquer coisa e depois logo se vê. Nestes casos é preferível pedir desculpa do que pedir licença.

Agora estar a apelar para o "bom comportamento" para nos darem uma abébia... quando muito dá para um leve sorriso condescendente. Tipo "coitados"...
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por Ulisses Pereira » 16/10/2012 2:54

Atomez, achas então que Portugal será penalizado se incluir a concessão da ANA na redução do défice deste ano?

Um abraço,
Ulisses
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por atomez » 16/10/2012 0:38

Ulisses Pereira Escreveu:A única coisa que defendi neste artigo (sim, as pessoas lêem mais do que aquilo que eu escrevo) é que podemos usar a nossa boa imagem para conquistar esta pequeníssima vitória. Que não nos serve de muito, mas que não nos penaliza mais. Para já.

Desculpem lá, mas isto é um visão muito ingénua...

Isso de "boa imagem" ou boa intenção ou bem comportados são coisas que no mundo financeiro valem rigorosamente... zero!
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por Hramos3 » 15/10/2012 22:46

Trisquel Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:...mas eu disse que tinha um plano? Por eu não ter um plano e por ainda não ter visto ninguém que apresente um minimamente credível é que não critico por criticar.

...Um abraço,
Ulisses



A questão é pertinente mas como podemos ter um plano para Portugal se somos "governados por estrangeiros".

O problema Português têm de ser resolvido de dentro para fora e não de fora para dentro, mas como a meta deste governo é conseguirmos ter crédito estrangeiro e não dar crédito ao estrangeiro, ou seja lutamos para ter as mesmas condições que nos trouxeram aqui.

Achas que não devemos "romper" com a Troika, porquê?

N.B. - Acho que o artigo possa ser bem intencionado, mas não é a tua praia, o que eu gosto mesmo de ler é os teus artigos sobre mercados mesmo com todo o pragmatismo que os mesmos têm! Uma opinião pessoal nada mais!!! :)


Até parece que quando somos governados por nacionais não "temos que ser como a irlanda" ou "ter a escola sueca" ou outra merd* qualquer...
 
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por mfsr1980 » 15/10/2012 22:43

Caros Forenses,
Infelizmente não há solução democrática possível!
O poder político está completamente divorciado da realidade do País!
De cima a baixo, o poder politico só está preocupado com os "ordenaditos" que não dão para a despesa. Os deputados continuam a gastar sem controle e o Vitor Gaspar que me parecia capaz de cortar a despesa pública e pôr as contas em dia, acabou por demonstrar impotência ao elaborar um orçamento totalmente assente na angariação de mais receita.
A solução passa por "espevitar neurónio" de deputado e para isso impõe-se que a população se desloque à Assembleia da República para lhes fazer ver que assim não dá!
Abraço mfsr1980
 
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Re: Pois.

por bboniek33 » 15/10/2012 22:27

Trisquel Escreveu:
bboniek00 Escreveu:Eu noto com preocupac,ao que vocees estao muito confusos.

Ee natural: a coisa puxa muito pela cabec,a das pessoas.


"espernicate" sff!!! :wink:


Isto ee intangiivel, jaa se vee... um tanto especulativo e nunca comprovaavel. O que eu noto ee que as gentes estao em estado de confusao, algumas rasam as evideencias do choque: ficam estarrecidas, exibem uma desorientac,ao temporal, evidencia-se um estado de baralhac,ao confrangedor.

Seraa natural, quando tudo parece ir desabar, como quando o solo treme debaixo dos pees num sismo de Grau >7 R.

E, sabemos, o Povo ee Simples, na sua esseencia revela uma quasi-infantilidade revivida, ai minha-maizinha !, isto ee, o Povo estaa acordando dum longo sono em que foi entorpecido pelas Forc,as da alienac,ao.

Um Pavor !!! :shock:
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por pedrooa » 15/10/2012 22:24

gorgol Escreveu:Com salvaguardas para esses casos, todavia porquê ensino superior quase gratuito e o pré-escolar não existe. O Estado deve garantir mínimos e apoiar os mais necessitados. Deve cobrar mais no ensino superior, para o colocar em cocorrência com o privado.


Tens cada vez mais alunos a desistir do ensino privado pois os pais e alunos não conseguem suportar as despesas com as propinas e ainda as queres aumentar mais?

Faz sentido...
 
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Re: Pois.

por Trisquel » 15/10/2012 22:17

bboniek00 Escreveu:Eu noto com preocupac,ao que vocees estao muito confusos.

Ee natural: a coisa puxa muito pela cabec,a das pessoas.


"espernicate" sff!!! :wink:
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Pois.

por bboniek33 » 15/10/2012 22:14

Eu noto com preocupac,ao que vocees estao muito confusos.

Ee natural: a coisa puxa muito pela cabec,a das pessoas.
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por Trisquel » 15/10/2012 22:09

Ulisses Pereira Escreveu:...mas eu disse que tinha um plano? Por eu não ter um plano e por ainda não ter visto ninguém que apresente um minimamente credível é que não critico por criticar.

...Um abraço,
Ulisses



A questão é pertinente mas como podemos ter um plano para Portugal se somos "governados por estrangeiros".

O problema Português têm de ser resolvido de dentro para fora e não de fora para dentro, mas como a meta deste governo é conseguirmos ter crédito estrangeiro e não dar crédito ao estrangeiro, ou seja lutamos para ter as mesmas condições que nos trouxeram aqui.

Achas que não devemos "romper" com a Troika, porquê?

N.B. - Acho que o artigo possa ser bem intencionado, mas não é a tua praia, o que eu gosto mesmo de ler é os teus artigos sobre mercados mesmo com todo o pragmatismo que os mesmos têm! Uma opinião pessoal nada mais!!! :)
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por Ulisses Pereira » 15/10/2012 20:34

Alladin,

O dinheiro não sumiu. Foi sendo investido e gasto. Falar de auto-estradas paralelas é demasiado óbvio.

Mas vou dar um exemplo mais chocante: Portugal tem muito bons cuidados médicos. Queixamo-nos mas todas as avaliações externas mostram um excelente nível dos cuidados médicos em Portugal. É triste mas não podemos ter um nível de cuidados médicos tão bons... É triste de o dizer e triste ainda mais de o sentir, mas enquanto não aumentarmos a nossa produtividade, vamos todos ter que viver pior. E o Estado vai ter que gastar menos. Em tudo. Fazer a gestão desses cortes é o mais difícil. Porque qualquer corte parece dramático.

Um abraço,
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por Alladin Broker » 15/10/2012 20:04

A primeira definição que se aprende num curso de Gestão, é que, o dinheiro é um bem tangível e limitado, sendo assim, para onde foi o dinheiro do Estado, que sumiu?




Abraço
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por gorgo » 15/10/2012 19:51

pedrooa Escreveu:
gorgol Escreveu:Devemos cortar nos serviços disponibilizados pelo Estado, até na saúde e educação, tornar os serviços mais utilizador pagador. Baixa logo a despesa, pois deixamos de adquirir os serviços ao preço real. Claro que aparecem logo os despedimentos nesses serviços insustentáveis.


Então explica como pretendes dar educação aos filhos de quem está desempregado ou ganha salário minimo nacional?


Com salvaguardas para esses casos, todavia porquê ensino superior quase gratuito e o pré-escolar não existe. O Estado deve garantir mínimos e apoiar os mais necessitados. Deve cobrar mais no ensino superior, para o colocar em cocorrência com o privado.

Deve colocar regras no secundário para os repetentes. Ou têm aproveitamento ou são orientados para ensino profissionalizante.
 
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por sergix » 15/10/2012 18:06

EuroVerde Escreveu:
Eu não sou anti-TROIKA e tenho pena que estragaram o meu país com construções sem planeamento nenhum.


Não estou nada em desacordo com o que tu dizes Euro Verde, mas planeamento até houve até de mais, e dou te um exemplo a tal 3ª e mesmo a 2ª autestrada Lisboa Norte está no plano rodoviario nacional de 1985

http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q= ... 0HFMLCvFrA

Não se pode dizer que foi falta de planeamente, pois se a 3ª e mesmo a 2ª autoestrada é um disparate agora, é um disparate deste 1985.

O planto até foi bom, não duvido da capacidade tecnica de quem o fez, agora, os timings que foram pressionados por politicos e outros interesses para mostrar obra feita é que deram cabo de tudo.

Planeou-se com uma visão muito futurista. Planeou-se para não pecarmos por defeito.
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por pedrooa » 15/10/2012 17:30

gorgol Escreveu:Devemos cortar nos serviços disponibilizados pelo Estado, até na saúde e educação, tornar os serviços mais utilizador pagador. Baixa logo a despesa, pois deixamos de adquirir os serviços ao preço real. Claro que aparecem logo os despedimentos nesses serviços insustentáveis.


Então explica como pretendes dar educação aos filhos de quem está desempregado ou ganha salário minimo nacional?
 
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por gorgo » 15/10/2012 17:14

altrio Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:Os responsáveis internacionais sabem que ainda recentemente os portugueses foram confrontados com medidas de austeridade muito duras e que é impossível, num curto espaço de tempo, pedir-lhes mais sacrifícios.


Isto do impossível tem muito que se lhe diga. A maior parte dos portugueses terá medidas de austeridades relativamente leves, da ordem dos 8% em sede de IRS. Se é "impossível" pedir-lhes mais sacrifícios, qual é o termo a utilizar para quem teve cortes de 15%, 20% e 25%?

Nem vou aqui discutir se o Governo o deveria fazer ou não, mas claramente é possível aplicar medidas de austeridade muito mais duras.


Estou no privado, sei que é discutível afirmar que é o privado a pagar, mas também acho que todos podemos cortar mais se formos obrigados. Devemos cortar nos serviços disponibilizados pelo Estado, até na saúde e educação, tornar os serviços mais utilizador pagador. Baixa logo a despesa, pois deixamos de adquirir os serviços ao preço real. Claro que aparecem logo os despedimentos nesses serviços insustentáveis.

O límite dos humanos está sempre muito longe, pensem numa guerra e depois falem em limites, basta ver a Síria, ou o que aconteceu na líbia.
 
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por altrio » 15/10/2012 15:59

Ulisses Pereira Escreveu:Os responsáveis internacionais sabem que ainda recentemente os portugueses foram confrontados com medidas de austeridade muito duras e que é impossível, num curto espaço de tempo, pedir-lhes mais sacrifícios.


Isto do impossível tem muito que se lhe diga. A maior parte dos portugueses terá medidas de austeridades relativamente leves, da ordem dos 8% em sede de IRS. Se é "impossível" pedir-lhes mais sacrifícios, qual é o termo a utilizar para quem teve cortes de 15%, 20% e 25%?

Nem vou aqui discutir se o Governo o deveria fazer ou não, mas claramente é possível aplicar medidas de austeridade muito mais duras.
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