Auto-estrada do BES e da Mota em Madrid declara falência
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Visitante57 Escreveu:Um pormenor caricato nas PPP's rodoviárias é que a sua maioria recebeu financiamento da UE, tendo algumas delas recebido mais de 50% do seu valor e há muitos anos (Por ex. a AE que liga Porto a Viana).
Neste contexto, eu nunca entendi bem como é que fazem as contas quanto aos valores que têm de ser pagos às concessionárias. Nunca entendi bem os valores milionários para pagar um valor residual de 100km de via.
Tens de considerar o custo das expropriaçãoes dos terrenos, o custo de capital (financiamento) e o custo de operação/manutenção durante o período da concessão.
Na Brisa 30% das receitas são comidas pela operação; rácio EBITDA de 70%.
Com uma taxa de juro de 10% o teu capital duplica em 7 anos.
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Um pormenor caricato nas PPP's rodoviárias é que a sua maioria recebeu financiamento da UE, tendo algumas delas recebido mais de 50% do seu valor e há muitos anos (Por ex. a AE que liga Porto a Viana).
Neste contexto, eu nunca entendi bem como é que fazem as contas quanto aos valores que têm de ser pagos às concessionárias. Nunca entendi bem os valores milionários para pagar um valor residual de 100km de via.
Neste contexto, eu nunca entendi bem como é que fazem as contas quanto aos valores que têm de ser pagos às concessionárias. Nunca entendi bem os valores milionários para pagar um valor residual de 100km de via.
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PIKAS Escreveu:.Pelo contrário, no país vizinho os contratos de concessão incluem uma figura jurídica designada responsabilidade patrimonial da Administração (RPA), segundo a qual caso o contrato seja dissolvido por qualquer motivo, inclusivamente por falência da concessão, o Estado, que entra na posse da infra-estrutura mais cedo do que o previsto, tem de pagar os montantes em falta de dívida e capital
Eu não percebo nada de PPP's e afins. Aliás acho que quanto mais procuro esclarecer-me menos percebo.
Mas digam-me lá:
Se cá é mau, em Espanha ainda é pior, não?
Tanto quanto sei, boa parte destas obras recebem à cabeça verbas importantes dos fundos da UE. A partir de determinado momento, ainda antes de chegar a prejuízo, e se estiver a correr mal declara falência e o estado espanhol vai arcar com os montantes em falta.
Se a coisa estiver a correr bem, deixa andar.
Não é assim?
Cumprimentos,
Pela noticia...É!

Esse foi o motivo para os concursos não ficarem "desertos".
Os governos inventam mil e uma maneiras para fazer "obra" sem ir ao defice (pelo menos na altura em que a obra é feita

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Eu não percebo nada de PPP's e afins. Aliás acho que quanto mais procuro esclarecer-me menos percebo.
Mas digam-me lá:
Se cá é mau, em Espanha ainda é pior, não?
Tanto quanto sei, boa parte destas obras recebem à cabeça verbas importantes dos fundos da UE. A partir de determinado momento, ainda antes de chegar a prejuízo, e se estiver a correr mal declara falência e o estado espanhol vai arcar com os montantes em falta.
Se a coisa estiver a correr bem, deixa andar.
Não é assim?
Cumprimentos,
Pelo contrário, no país vizinho os contratos de concessão incluem uma figura jurídica designada responsabilidade patrimonial da Administração (RPA), segundo a qual caso o contrato seja dissolvido por qualquer motivo, inclusivamente por falência da concessão, o Estado, que entra na posse da infra-estrutura mais cedo do que o previsto, tem de pagar os montantes em falta de dívida e capital
Eu não percebo nada de PPP's e afins. Aliás acho que quanto mais procuro esclarecer-me menos percebo.
Mas digam-me lá:
Se cá é mau, em Espanha ainda é pior, não?
Tanto quanto sei, boa parte destas obras recebem à cabeça verbas importantes dos fundos da UE. A partir de determinado momento, ainda antes de chegar a prejuízo, e se estiver a correr mal declara falência e o estado espanhol vai arcar com os montantes em falta.
Se a coisa estiver a correr bem, deixa andar.
Não é assim?
Cumprimentos,
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silva74 Escreveu:Qual o impacto nos lucros da MOTA? Alguêm sabe qual a percentagem que a MOTA nesta concessionária?
A estrutura accionista da concessionária é composta por grandes construtoras espanholas, como a Isolux, a Comsa, a Sando e a Azvi, assim como o português BES, que foi também quem liderou o consórcio bancário que financiou a construção da obra. Na exploração, a participação do Espírito Santo é de 15% e está em processo de transferência para a Ascendi, joint venture entre a Mota-Engil (60%) e o BES (40%) que detém uma vasta rede de concessões de infra-estruturas de transporte em Portugal e em vários mercados internacionais.É uma das duas concessões [em Espanha] que estão ainda na titularidade da ES Concessões [do BES], mas trata-se apenas de um formalismo, já que, na prática, integram o universo final da Ascendi, pelo que é aqui que irão reflectir-se as consequências económicas [da falência da Autopista Madrid-Toledo], explicou ao Negócios fonte próxima da joint venture formada pelos grupo Mota-Engil e BES
Transcrito da noticia
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Celsius Escreveu:Só mesmo num País civilizando é que as PPP dão prejuízos...aos privados!
Não é bem assim.....


A possibilidade de uma concessão rodoviária em Portugal falir é bastante mais reduzida do que em Espanha, designadamente porque caso essa situação se verificasse nem concessionária nem bancos financiadores receberiam qualquer compensação.Pelo contrário, no país vizinho os contratos de concessão incluem uma figura jurídica designada responsabilidade patrimonial da Administração (RPA), segundo a qual caso o contrato seja dissolvido por qualquer motivo, inclusivamente por falência da concessão, o Estado, que entra na posse da infra-estrutura mais cedo do que o previsto, tem de pagar os montantes em falta de dívida e capital. Um sistema que, quando o país decidiu avançar para o lançamento de um conjunto de projectos rodoviários, permitiu que nenhum ficasse sem investidores nem financiadores. O governo espanhol está, por isso, a procurar soluções para a situação que vivem algumas concessões, designadamente as radiais de Madrid, de forma que consiga dar estabilidade ao sector já que pretende continuar a investir neste modelo. Caso as seis concessões que estão neste momento em causa falissem ao mesmo tempo, só este ano o Estado espanhol teria de pagar 2800 milhões de euros. O problema financeiro que vivem concessionárias do país vizinho agravou-se com a crise. Além de falhas de planeamento, o tráfego, e consequentemente as receitas, está muito abaixo das projecções, além de que em muitos projectos houve desvios elevados dos custos de investimento, uma vez que as expropriações foram sobreavaliadas na altura em que se vivia a bolha imobiliária.
Trasncrito da noticia.
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Auto-estrada do BES e da Mota em Madrid declara falência
se me permitem.. abro este tópico para que se possa seguir o desenvolvimento deste processo
ab
mcarvalho
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 66027&pn=1
Concessões
Auto-estrada do BES e da Mota em Madrid declara falência
04 Julho 2012 | 00:01
Rui Neves - ruineves@negocios.pt
Concessionária foi a primeira de um sector em estado crítico a colapsar.
A concessionária da auto-estrada Madrid-Toledo, participada pelo BES e pela Mota-Engil, corporiza a primeira falência de um sector em estado de coma em Espanha. Com uma dívida bancária de 380 milhões de euros, a que acresce 150 milhões a cerca de um milhar de proprietários de terrenos expropriados para a construção da via, a concessionária decidiu solicitar voluntariamente a falência junto do Supremo Tribunal de Justiça de Albacete
ab
mcarvalho
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04 Julho 2012 | 00:01
Rui Neves - ruineves@negocios.pt
Concessionária foi a primeira de um sector em estado crítico a colapsar.
A concessionária da auto-estrada Madrid-Toledo, participada pelo BES e pela Mota-Engil, corporiza a primeira falência de um sector em estado de coma em Espanha. Com uma dívida bancária de 380 milhões de euros, a que acresce 150 milhões a cerca de um milhar de proprietários de terrenos expropriados para a construção da via, a concessionária decidiu solicitar voluntariamente a falência junto do Supremo Tribunal de Justiça de Albacete
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