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Caldeirão da Bolsa

Gaspar ja pensa no corte Subs. de Natal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 1/7/2012 12:48

migluso Escreveu:
artista Escreveu:Mas a ideia que quis passar é que não se pode em algum caso imaginar que tiram às pessoas uma série de regalias estipuladas em contratos e que as pessoas vão aceitar isso com agrado! :)


A palavra chave no meu post era "sistematicamente".

Só há 2 anos é que se tiraram regalias estipuladas em contratos.

Em todos os anos anteriores, o bloqueio sistemático à actividade económica era justificado por reivindicações de mais aumentos e mais regalias.

Portanto, parece-me óbvio e indesmentível, que os empregados da empresa X têm nos seus genes esta forma de luta - bloquear a actividade económica - seja por que motivo for.

Seja por acharem que têm "direito" a mais...
Seja por a empresa X ter atingido um tal nível de insustentabilidade que não lhe resta alternativa senão retirar os "direitos" que deu irresponsavelmente no passado.


A forma de luta é igual às de outras empresas, não me parece que seja diferente. Os trabalhadores de uma empresa quando fazem greve lesam os interesses económicos e financeiros da empresa, não é isso que faz com que a greve seja uma forma de pressão?

O que acontece é que muitos setores (ou empresas) têm formas de pressão muito mais eficazes que outros, exatamente pelos naiores ou menores danos que as greves causam...

Podemos não concordar com os motivos da greve de alguns, eu também não concordo, acho que muitos deviam ceder mais do que aquilo que fazem, mas o governo tem a última palavra, e em última análise deverá fazer o que tem de fazer... ou para garantir o cumprimento daquilo a que se comprometeu!

E depois, há muitos setores onde o estado tem estado a explorar os trabalhadores, aqueles que têm menos formas de pressão e situações contratuais precárias... isto está longe de ser justo, quem pode manda, quem pode pressiona, o que é que vamos fazer? O estado devia ser sobretudo mais justo... neste momento o conceito de "justiça social" está a atingir níveis os níveís mais baixos que alguma vez vi...
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por Automech » 30/6/2012 21:30

mapaman Escreveu:Olá AM,

Achas que um pré aviso de greve qualquer faria sentido entre a meia noite e as 6 da manhã?


Não percebi esta pergunta Mapaman.


mapaman Escreveu:A verdade é que só abrem os olhos à bruta e tenho a opinião que estas greves podiam à muito estar resolvidas entre as partes (TAP e NAV).

Gostava de lembrar que o Governo têm a requisição civil como forma de evitar uma greve,o problema é quando contesta os serviços minimos acordados para tribunal arbitral e este,por unanimidade dá razão ao sindicato :wink:

abraço


O conceito de 'abrir os olhos à bruta' podia ser usado por todas as classes de FPs (e SEE) que viram a sua remuneração diminuída para convocar greves a toda a hora (passe o exagero). Uns têm-no feito e outros não.

Eu disse que não vou fazer juízos de valor sobre as greves e não o faço. Aquilo que é factual é que tem havido diferentes posturas perante o mesmo cenário de cortes (sendo que a NAV tem uma particularidade que já falámos).
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por alexandre7ias » 30/6/2012 20:41

mapaman Escreveu:
AutoMech Escreveu:Migluso, aqui também há que não meter tudo no mesmo saco. Repara como a CP, a NAV ou a TAP anunciaram greves para esta altura, em que sabem que prejudicam muitas pessoas e negócios (mesmo que não se concretizem), ao passo que os professores, pelos mesmíssimos motivos (perda de remuneração), podiam ter facilmente ter feito greves aos exames nacionais e não o fizeram (e bem na minha opinião).

Eu não faço juízos de valor sobre as greves mas constato, porque é factual, posturas muito diferentes em várias classes de FPs e no sector empresarial do estado.


Olá AM,

Achas que um pré aviso de greve qualquer faria sentido entre a meia noite e as 6 da manhã?

A verdade é que só abrem os olhos à bruta e tenho a opinião que estas greves podiam à muito estar resolvidas entre as partes (TAP e NAV).

Gostava de lembrar que o Governo têm a requisição civil como forma de evitar uma greve,o problema é quando contesta os serviços minimos acordados para tribunal arbitral e este,por unanimidade dá razão ao sindicato :wink:

abraço
.


 

A faculdade conferida ao Estado pela Requisição Civil fundamenta-se e justifica-se na ocorrência de situações de extrema gravidade cujos efeitos urge superar.

Tais situações podem resultar, designadamente, de catástrofes ou outras calamidades públicas bem como da necessidade de assegurar ou regular o funcionamento de empresas ou serviços de interesse público essencial.

Assim, a requisição civil pressupõe a emergência extrema gravidade das situações a que se destina, a necessidade imperiosa de fazer face aos seus efeitos mais perversos e consequentemente, a excepcionalidade das medidas a executar.

Pelo presente diploma regula-se, de forma sequencial, os requisitos da decisão, o âmbito geográfico, o seu processo e modo de execução, a requisição civil com intervenção das Forças Armadas e as indemnizações devidas pelos prejuízos provocados bem como a remuneração dos requisitados.

Assim, a Assembleia Nacional Popular decreta nos termos do nº4 do artigo 56º da Constituição, o seguinte:

 

ARTIGO 1º

(Noção)

A requisição civil tem carácter excepcional e compreende o conjunto de medidas determinadas pelo Governo para, em condições de particular gravidade, fazer face a situações de emergência ou quando se torne imperioso assegurar o regular funcionamento de empresas ou serviços de interesse público essencial.

 

ARTIGO 2º

(Objecto)

1. A requisição civil pode ter por objecto a utilização temporária de serviços públicos, empresas ou estabelecimentos, a prestação individual ou colectiva de serviços, a cedência de bens móveis ou se moventes e a utilização de quaisquer bens.

2. A requisição civil pode implicar o exercício de uma actividade de natureza diferente da normal, bem como a prestação prioritária de serviços ou bens.

 

ARTIGO 3º

(Âmbito)

1. Sem prejuízo das convenções internacionais, a requisição civil pode ser exercida em todo o território nacional, no mar interior e territorial, nos seus leitos e subsolos, na plataforma continental, e no espaço aéreo supra jacente ao território nacional.

2. A requisição civil dos navios e aeronaves nacionais pode executar-se fora do território nacional efectivando-se por notificação da requisição na sede da empresa proprietária ou exploradora.

 

ARTIGO 4º

(Decisão)

1. A requisição civil depende do prévio reconhecimento da sua necessidade por parte do Conselho de ministros.

2. A requisição civil efectiva-se por ordem do Governo.

3. Quando a requisição civil implique a intervenção das Forças Armadas a ordem do Governo será referendada pelo Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas Revolucionárias do Povo.

 

ARTIGO 5º

(Processo)

A ordem que efectivar a requisição civil deve indicar:

a)             As razões determinadas do recurso a esta medida excepcional;

b)             O seu objecto e duração;

c)             A entidade responsável pela sua execução;

d)             O regime de prestação de trabalho dos requisitados;

e)             A modalidade de intervenção das forças armadas, quando ela tenha lugar;

f)             O comando militar a que fica afecto o pessoal, quando sujeito a foro militar.

 

ARTIGO 6º

(Comunicação)

1. A ordem de requisição dispensa a publicação oficial prévia e é levada ao conhecimento dos interessados através dos meios de comunicação social, designadamente a rádio, produzindo efeitos a partir do dia seguinte ao do seu anúncio.

2. Nos casos individuais pode ser notificada través de documento escrito assinado e autenticado pelos Ministros interessados.

 

ARTIGO 7º

(Execução da requisição)

1. A execução da requisição pode ser assegurada pela direcção da empresa ou serviço ou por uma Comissão Directiva se essa medida for prevista na ordem que decide a requisição.

2. A composição e o âmbito das atribuições da comissão directiva serão objecto do acto do Governo que criar essa comissão.

3. A comissão directiva, no desempenho das suas funções ficará na dependência dos Ministros interessados ou do Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas Revolucionárias do Povo, quando houver intervenção dessas forças.

4. Quando a execução da requisição for assegurada por uma comissão directiva, a criar nos termos dos nºs 1 e 2 deste artigo, os Ministros interessados podem, por documento escrito por todos e autenticado, agregar indivíduos que pelas suas qualificações técnicas sejam necessárias à boa execução das decisões tomadas.

 

ARTIGO 8º

(Requisição de pessoas)

1. A requisição civil de pessoas pode abranger todos os indivíduos de idade compreendida entre os 18 e 60 anos.

2. A afectação das pessoas requisitadas terá, sempre que possível, em atenção as respectivas profissões, aptidões físicas e intelectuais, idade, sexo e situação familiar.

3. O serviço prestado nos termos do presente diploma não é contado para efeitos de serviço militar efectivo.

4. O Governo pode determinar a substituição de indivíduos de nacionalidade estrangeira em serviço nas empresas requisitadas, por cidadãos nacionais durante o tempo de requisição.

 

ARTIGO 9º

(Não acatamento de trabalhadores em greve)

1. Os trabalhadores em greve cometem crime de desobediência qualificada, punido nos termos da lei penal, quando não se apresentem ao serviço ou se recusem a exercer as tarefas de que sejam incumbidos, logo que seja dada a conhecer a ordem de requisição.

2. O disposto no número anterior é aplicável, sem prejuízo da sanção disciplinar, para o caso prevista, na lei da greve.

3. Quando se verificar intervenção das forças armadas no processo de requisição civil, os trabalhadores em greve que assumam as condutas previstas no nº1 deste artigo, ficam sujeitos ao regime disciplinar e foro militar.

 

ARTIGO 10º

(Intervenção das Forças Armadas)

1. A intervenção das forças armadas no processo de requisição civil tema carácter de progressividade e, consoante as circunstancias, pode revestir-se das seguintes modalidades:

a)             Enquadramento militar da empresa ou serviço de interesse público;

b)             Controlo da gestão da empresa ou serviço ainda que utilizando o respectivo pessoal civil;

c)             Utilização do pessoal militar para, total ou parcialmente, substituir o pessoal civil.

2. A partir do momento em que for dado a conhecer a intervenção das forças armadas no processo de requisição civil cometem crime de desobediência qualificada, punido nos termos da lei penal os indivíduos que abandonem o serviço, estando ausentes não se apresentem nos prazos para o efeito afixados ou, se recusem ao desempenho das tarefas que lhes sejam destinadas.

3. O pessoal que se encontra na situação militar de disponibilidade ou licenciado pode ser chamado ao serviço efectivo durante o tempo em que se mantiver a requisição e para efeitos desta, cometendo o crime de deserção em caso de não acatamento.

4. Para efeitos de procedimento no foro militar os indivíduos abrangidos no número anterior ficam, consoante a área onde se desenvolve a actividade, sujeitos ao comando militar correspondente.

5. Os indivíduos abrangidos pelo nº2 deste artigo serão julgados pelos tribunais comuns sem prejuízo de procedimento disciplinar.

 

ARTIGO 11º

(Indemnizações)

1. A indemnização devida aos particulares por efeito de requisição civil será determinada por acto do Governo.

2. Na determinação administrativa da indemnização atender-se-á aos preços tabelados ou correntes, quando os houver.

3. A requisição civil de pessoal não confere direito a outra indemnização que não seja remuneração do contrato de trabalho ou de emprego público a que se encontrem vinculados, sem prejuízo dos direitos e regalias correspondentes ao exercício do cargo ou desempenho da função que não sejam compatíveis coma situação de requisitados.

4. Quando se trate de trabalhadores em greve beneficiam de um abono de valor igual ao da remuneração que vinham auferindo, não contando para efeitos de antiguidade o tempo de serviço prestado durante a requisição.
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por alexandre7ias » 30/6/2012 20:34

O turismo nacional vai perder, nas próximas semanas, mais de 100 milhões de euros de receitas por causa das greves dos trabalhadores da NAV e da TAP, uma já desmarcada e outra que continua prevista.

São hotéis, são restaurantes, são museus, é a própria companhia aérea portuguesa, enfim, é um País que não está apenas sob intervenção da ‘troika', está também refém destas duas classes profissionais.

Os pilotos e os controladores aéreos têm, obviamente, direito à greve e a reclamarem os seus direitos, mas têm também a obrigação de usar respostas proporcionais às suas próprias reivindicações. E é isso que está em causa.

Senão, vejamos: O sindicato da NAV exigiam um reenquadramento da situação da empresa no quadro do Sector Empresarial do Estado, isto é, por palavras simples e directas, querem também ser uma excepção a juntar-se a outras excepções, nos cortes salariais. E, para isso, agendam uma greve, que iria bloquear o espaço aéreo português e não só os voos da TAP durante o mês de Julho. O sindicato dos pilotos vai mais longe, tem várias exigências, salariais, claro, mas também o afastamento de directores de operações de voo e de piloto-chefe, isto é, o sindicato quer substituir-se à administração na gestão da empresa. E, para isso, agenda greves para Julho e Agosto.

A simples comunicação de pré-avisos de greve é, aliás, tão grave como a própria greve. Neste sector, como é óbvio, qualquer cidadão ou empresa anula as suas viagens à mínima suspeita de paragem de aviões ou do funcionamento de um aeroporto. Por isso mesmo, a suspensão da greve da NAV não adianta (quase) nada, mostra, pelo contrário, que o Governo foi obrigado a ceder a uma chantagem e aceitou negociar sob pressão. Dirão os trabalhadores da NAV que este Governo nunca os tinha ouvido, mas seria necessário bloquear o País para serem recebidos pelo secretário de Estado dos Transportes ou pelo ministro da Economia?

O caso dos sindicatos dos pilotos é ainda mais grave. O SPAC é repetente nestas operações e vai ganhando, a cada greve, alguma coisa. Os pilotos sabem, além disso, que pode bloquear o turismo do País em pleno Verão e sabem também que este ruído é um problema quando o Governo está a montar a operação de privatização da companhia. E usam este poder de forma absolutamente descarada, sem cuidar de saber o que são as consequências dos seus actos. Ao ponto de exigir a substituição de quadros da empresa.

O Governo, hoje, já não tem nada a perder. Como no caso da NAV, a TAP está a perder todos os dias viagens já marcadas e, por isso, não deve simplesmente negociar ou sequer sentar-se à mesa das negociações com o sindicato. Deve avançar já para a requisição civil.
.


Este sr precisa de ler a constituição Portuguesa o mais rápido possível!!

http://economico.sapo.pt/noticias/a-req ... 47462.html
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por mapaman » 30/6/2012 19:24

AutoMech Escreveu:Migluso, aqui também há que não meter tudo no mesmo saco. Repara como a CP, a NAV ou a TAP anunciaram greves para esta altura, em que sabem que prejudicam muitas pessoas e negócios (mesmo que não se concretizem), ao passo que os professores, pelos mesmíssimos motivos (perda de remuneração), podiam ter facilmente ter feito greves aos exames nacionais e não o fizeram (e bem na minha opinião).

Eu não faço juízos de valor sobre as greves mas constato, porque é factual, posturas muito diferentes em várias classes de FPs e no sector empresarial do estado.


Olá AM,

Achas que um pré aviso de greve qualquer faria sentido entre a meia noite e as 6 da manhã?

A verdade é que só abrem os olhos à bruta e tenho a opinião que estas greves podiam à muito estar resolvidas entre as partes (TAP e NAV).

Gostava de lembrar que o Governo têm a requisição civil como forma de evitar uma greve,o problema é quando contesta os serviços minimos acordados para tribunal arbitral e este,por unanimidade dá razão ao sindicato :wink:

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por migluso » 30/6/2012 18:32

AutoMech Escreveu:Eu não faço juízos de valor sobre as greves mas constato, porque é factual, posturas muito diferentes em várias classes de FPs e no sector empresarial do estado.


AM,

Eu não quero particularizar o debate, e comecei por dizer que não coloco todos os funcionários públicos no mesmo saco, mas no caso dos professores não seria a primeira vez que fariam greve em época de exames nacionais...
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por alexandre7ias » 30/6/2012 17:56

AutoMech Escreveu:Migluso, aqui também há que não meter tudo no mesmo saco. Repara como a CP, a NAV ou a TAP anunciaram greves para esta altura, em que sabem que prejudicam muitas pessoas e negócios (mesmo que não se concretizem), ao passo que os professores, pelos mesmíssimos motivos (perda de remuneração), podiam ter facilmente ter feito greves aos exames nacionais e não o fizeram (e bem na minha opinião).

Eu não faço juízos de valor sobre as greves mas constato, porque é factual, posturas muito diferentes em várias classes de FPs e no sector empresarial do estado.
.


Por isso mesmo a greve é um direito dos mais importantes que o cidadão tem.
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por Automech » 30/6/2012 16:49

Migluso, aqui também há que não meter tudo no mesmo saco. Repara como a CP, a NAV ou a TAP anunciaram greves para esta altura, em que sabem que prejudicam muitas pessoas e negócios (mesmo que não se concretizem), ao passo que os professores, pelos mesmíssimos motivos (perda de remuneração), podiam ter facilmente ter feito greves aos exames nacionais e não o fizeram (e bem na minha opinião).

Eu não faço juízos de valor sobre as greves mas constato, porque é factual, posturas muito diferentes em várias classes de FPs e no sector empresarial do estado.
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por migluso » 30/6/2012 15:36

artista Escreveu:Mas a ideia que quis passar é que não se pode em algum caso imaginar que tiram às pessoas uma série de regalias estipuladas em contratos e que as pessoas vão aceitar isso com agrado! :)


A palavra chave no meu post era "sistematicamente".

Só há 2 anos é que se tiraram regalias estipuladas em contratos.

Em todos os anos anteriores, o bloqueio sistemático à actividade económica era justificado por reivindicações de mais aumentos e mais regalias.

Portanto, parece-me óbvio e indesmentível, que os empregados da empresa X têm nos seus genes esta forma de luta - bloquear a actividade económica - seja por que motivo for.

Seja por acharem que têm "direito" a mais...
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por artista_ » 30/6/2012 12:13

migluso Escreveu:
artista Escreveu:Pois é uma opinião, nem estou de acordo nem em desacordo. Mas isso não tem nada a ver com a situação das pessoas que trabalham para o estado. Se considerares que quem gere a empresa X não tem qualquer competência e que a empresa devia ser gerida de outra forma, vais dizer que os trabalhadores dessa empresa são uma "corja que anda a coçar a micose"?! Pelo teu próprio raciocínio os empregados de todas as empresas falidas ou em dificuldades financeiras são uma "corja que anda a coçar a micose"! :shock:


artista,

Pegando na tua comparação: os trabalhadores do Estado seriam os trabalhadores da empresa X.

Quando a luta dos trabalhadores da empresa X, que está em má situação (seja por má gestão, por oferta inadequada de produtos, por procura insuficiente, etc...) e teve que cortar postos de trabalho e reduzir os vencimentos, passa sistematicamente pela exigência de impostos sobre os trabalhadores das empresas Y e Z para que possam manter os mesmos "direitos" do passado, e ainda por cima como atitude reivindicativa têm acções de bloqueio à actividade económicas daquelas empresas, como achas que se devem sentir os trabalhadores das empresas Y e Z ?!?!?


Obviamente que não podem gostar, não se podem sentir bem, mas o que é que isso tem a ver com o que eu disse?! Se trabalhasses para uma empresa do estado e te quisessem tirar regalias, aumentar as horas de trabalho, reduzir o salário, etc, não irias reclamar?!

E eu também disse, que estou muito mais de acordo com alguns protestos do que com outros´. Até te digo mais, em alguns casos tenho vergonha de como o estado português pode tratar assim as pessoas, e noutros custa-me a perceber como as pessoas só pensam no seu nariz. Pelo meio há muitos casos diferentes, uns com mais outros com menos argumentos válidos...

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por migluso » 30/6/2012 0:06

artista Escreveu:Pois é uma opinião, nem estou de acordo nem em desacordo. Mas isso não tem nada a ver com a situação das pessoas que trabalham para o estado. Se considerares que quem gere a empresa X não tem qualquer competência e que a empresa devia ser gerida de outra forma, vais dizer que os trabalhadores dessa empresa são uma "corja que anda a coçar a micose"?! Pelo teu próprio raciocínio os empregados de todas as empresas falidas ou em dificuldades financeiras são uma "corja que anda a coçar a micose"! :shock:


artista,

Pegando na tua comparação: os trabalhadores do Estado seriam os trabalhadores da empresa X.

Quando a luta dos trabalhadores da empresa X, que está em má situação (seja por má gestão, por oferta inadequada de produtos, por procura insuficiente, etc...) e teve que cortar postos de trabalho e reduzir os vencimentos, passa sistematicamente pela exigência de impostos sobre os trabalhadores das empresas Y e Z para que possam manter os mesmos "direitos" do passado, e ainda por cima como atitude reivindicativa têm acções de bloqueio à actividade económicas daquelas empresas, como achas que se devem sentir os trabalhadores das empresas Y e Z ?!?!?
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por Mcmad » 29/6/2012 23:41

Obviamente que os funcionários públicos não são os culpados da crise e sim quem os dirigiu... É necessário mais ajustamento também ninguém duvida, se nao nao estávamos com défice. O setor privado deve respeito aos funcionários do Estado, mas em abono da verdade inicio do processo de criação de riqueza começa no privado logo sem eles nao existiam funcionários públicos por muito competentes que sejam...
Confira as minhas opiniões

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por artista_ » 29/6/2012 23:09

mfsr1980 Escreveu:Caro Artista,
Considera a minha expressão como um grito de desespero quando percebo que o Estado não está a conseguir reformar-se!


Em desespero está muita gente que não consegue arranjar dinheiro para pagar a casa, ou alimentar os filhos, a esses ainda lhes desculpava asneiras dessas...

Por estares desesperado não tens o direito de ofender uma carrada de gente que, na grande maioria, estão no grupo dos mais prejudicados com a crise...

Ao que tu chamas grito de desespero eu chamo outra coisa... felizmente eu sou diferente de ti e não me ponho a dar tiros para o ar por tudo e por nada!
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por mfsr1980 » 29/6/2012 22:51

Caro Artista,
Considera a minha expressão como um grito de desespero quando percebo que o Estado não está a conseguir reformar-se!
Abraço mfsr1980
 
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por artista_ » 29/6/2012 16:35

mfsr1980 Escreveu:Caro Artista,
Estou em total desacordo que se façam contratações precárias de uma maneira generalizada como o Estado está a fazer. Aceito que o faça em situações pontuais mas mesmo essas deveriam ser esclarecidas.
O Estado deveria ser uma "pessoa de bem" e agir em conformidade.


Não achas que as que está a fazer é porque precisa?

Mas eu não te perguntei sobre as que está a fazer, perguntei-te sobre as que fez, algumas desde há quase 20 anos?

mfsr1980 Escreveu:EDIT: Não sei porque me achas "fantasioso".
O Estado é o contrário do que deveria ser, nem os partidos nem o governo têm controle no "monstro".


Mas quem criou o monstro não foram os partidos, os governos, eleitos por todos?!

mfsr1980 Escreveu:Uma gestão privada era capaz de ser interessante implementar. O que diferência uma entidade pública de uma privada é que esta última têm de apresentar reultados enquanto a primeira para apresentar resultados basta aumentar os impostos


Pois é uma opinião, nem estou de acordo nem em desacordo. Mas isso não tem nada a ver com a situação das pessoas que trabalham para o estado. Se considerares que quem gere a empresa X não tem qualquer competência e que a empresa devia ser gerida de outra forma, vais dizer que os trabalhadores dessa empresa são uma "corja que anda a coçar a micose"?! Pelo teu próprio raciocínio os empregados de todas as empresas falidas ou em dificuldades financeiras são uma "corja que anda a coçar a micose"! :shock:
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por mfsr1980 » 29/6/2012 16:04

Caro Artista,
Estou em total desacordo que se façam contratações precárias de uma maneira generalizada como o Estado está a fazer. Aceito que o faça em situações pontuais mas mesmo essas deveriam ser esclarecidas.
O Estado deveria ser uma "pessoa de bem" e agir em conformidade.
Abraço mfsr1980

EDIT: Não sei porque me achas "fantasioso".
O Estado é o contrário do que deveria ser, nem os partidos nem o governo têm controle no "monstro". Uma gestão privada era capaz de ser interessante implementar. O que diferência uma entidade pública de uma privada é que esta última têm de apresentar reultados enquanto a primeira para apresentar resultados basta aumentar os impostos.
 
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por artista_ » 29/6/2012 15:49

artista Escreveu:Eu queria mesmo é que me respondesses se as situações que te indiquei te indignam ou te são indiferentes? se te sentes mal por o estado português tratar desta forma alguns dos seus trabalhadores?


Continuo à espera...

mfsr1980 Escreveu:O peso dos serviços centrais é o que se quiser dar Marco e não é preciso ser fantasioso.


"Fantasioso" é uma palavra interessante para definir os argumentos e raciocínios que aqui apresentas!
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por MarcoAntonio » 29/6/2012 15:41

mfsr1980 Escreveu:O peso dos serviços centrais é o que se quiser dar Marco e não é preciso ser fantasioso.


Sim, claro, o peso dos serviços centrais é aquele que tu quiseres fabricar e tu resolveste dizer que enchem os corredores do ministério da educação, onde possivelmente nunca na vida entraste, ao mesmo tempo que alegas que são suficientes para as eventuais necessidades de um parque de cerca de 10 mil estabelecimentos de ensino públicos que existem em Portugal, só até ao secundário (sem incluir ensino superior).

E que tal desceres à terra?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por mfsr1980 » 29/6/2012 15:30

MarcoAntonio Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:É perfeitamente natural que mesmo que existam não aparecem os custos com os serviços centrais!


Estás a chamar aldrabão ao actual governo ou é mesmo só para insistir nas tuas fantasias?


A lista de estabelecimentos de ensino em Portugal:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:List ... m_Portugal


O Minitro Nuno Crato logo depois de ter sido empossado disse que o pessoal do ministério não fazia lá falta nenhuma, até porque competia aos estabelecimentos tomar a maior parte das decisões mas depois calou-se e não ouvi falar de mais nada.
O peso dos serviços centrais é o que se quiser dar Marco e não é preciso ser fantasioso.
 
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por artista_ » 29/6/2012 15:25

mfsr1980 Escreveu:O ministério da Educação têm montes de professores lá pelos corredores do edificio que para além de consumirem grande parte dos recursos do ministério só atrapalham a circulação. Para que é que eles precisam de requisitar precários?

As empresas faliram e continuam a falir porque Portugal está num mercado aberto e têm uma carga fiscal desmesurada.
A gestão privada tinha a finalidade de acabar com as "capelinhas" e os "grupelhos" que existem dentro da administração pública.


Eu queria mesmo é que me respondesses se as situações que te indiquei te indignam ou te são indiferentes? se te sentes mal por o estado português tratar desta forma alguns dos seus trabalhadores?
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por MarcoAntonio » 29/6/2012 15:20

mfsr1980 Escreveu:É perfeitamente natural que mesmo que existam não aparecem os custos com os serviços centrais!


Estás a chamar aldrabão ao actual governo ou é mesmo só para insistir nas tuas fantasias?


A lista de estabelecimentos de ensino em Portugal:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:List ... m_Portugal
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por mfsr1980 » 29/6/2012 15:19

É perfeitamente natural que mesmo que existam não aparecem os custos com os serviços centrais!
 
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por MarcoAntonio » 29/6/2012 14:54

mfsr1980 Escreveu:
O ministério da Educação têm montes de professores lá pelos corredores do edificio que para além de consumirem grande parte dos recursos do ministério só atrapalham a circulação. Para que é que eles precisam de requisitar precários?



As despesas dos serviços centrais são ridículas face ao total: entre o ensino básico e secundário, cerca de 98% da despesa vai para Estabelecimentos de Ensino.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por mfsr1980 » 29/6/2012 14:41

artista Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:EDIT1: Os contratos precários que o Estado efectua, não são trabalhadores que ele necessita, porque ele já os têm "a dar c'o pau" são apenas para maquilhar os números de desemprego.
Ponham os FP's a ser geridos por empresas privadas e vão ver como o problema desaparece!


Lá está a tua dificuldade com a língua portuguesa. Se não necessita porque é que os manteve tantos anos? Uma empresa privada já tinhs sido obrigada a colocá-los no quadro e agora pagava-lhes uma indemnização ou não os despedia...

A gestão privada resolve tudo não é?! Não sei é porque estão tantas a falir!?


O ministério da Educação têm montes de professores lá pelos corredores do edificio que para além de consumirem grande parte dos recursos do ministério só atrapalham a circulação. Para que é que eles precisam de requisitar precários?

As empresas faliram e continuam a falir porque Portugal está num mercado aberto e têm uma carga fiscal desmesurada.
A gestão privada tinha a finalidade de acabar com as "capelinhas" e os "grupelhos" que existem dentro da administração pública.

Abraço mfsr1980.

PS: Não tenho nada de pessoal contra ti.
 
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por artista_ » 29/6/2012 12:17

mfsr1980 Escreveu:EDIT1: Os contratos precários que o Estado efectua, não são trabalhadores que ele necessita, porque ele já os têm "a dar c'o pau" são apenas para maquilhar os números de desemprego.
Ponham os FP's a ser geridos por empresas privadas e vão ver como o problema desaparece!


Lá está a tua dificuldade com a língua portuguesa. Se não necessita porque é que os manteve tantos anos? Uma empresa privada já tinhs sido obrigada a colocá-los no quadro e agora pagava-lhes uma indemnização ou não os despedia...

A gestão privada resolve tudo não é?! Não sei é porque estão tantas a falir!?
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