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Caldeirão da Bolsa

Os colapsos recessivos da história económica mundial

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por poseidon635 » 26/3/2012 11:31

Aqui está um artigo que sumariza o que foi a governação dos últimos anos.... Lamentávele Triste!!!

ul Escreveu:Mais que ganância de Wall Street, há comportamentos no mundo Ocidental que nos estão a empurrar para o fundo, este artigo pode estar mais proximo da realidade

"Defender o futuro

Quando um dia se escrever a história deste tempo, a primeira década do século surgirá como uma era de desorientação e decadência. Alguns elementos que justificarão esse severo juízo são hoje já visíveis. Por muito que o PS queira esconder ou iludir, a linha económica e social dos últimos anos foi desastrosa. Os nossos problemas sócio-económicos são terríveis mas, quando se escrever essa história, pouco mais restará que a sua memória, pois empresas e comunidades costumam recuperar bem, mesmo de crises sérias. Esta triste década deixará cicatrizes fundas e duradouras no ânimo nacional, mas será noutras áreas. Como de costume, os problemas realmente importantes passam despercebidos à actualidade.

Do delírio dos últimos anos, que poderá ser tão decisivo que deixe marcas sociais que durem décadas? Que é que atinge a estrutura mais nuclear de Portugal? Não é difícil encontrar agressões recentes a esse nível, gerando chagas nacionais. Com a taxa de fertilidade das mais baixas do mundo, o casamento em vias de extinção, o divórcio em níveis nunca vistos e a educação na quinta década sucessiva de crise, não admira que as próximas gerações acusem este tempo dos seus males. As poucas crianças a quem hoje é permitido nascer serão educadas numa precariedade familiar e escolar difícil de imaginar. Isto gerará efeitos muito depois de esquecida a crise económica.

Esta evolução tem muitas causas e origens, mas os dirigentes políticos, quando em vez de a combaterem insistem em agravá-la, assumem terrível responsabilidade. Os dois últimos governos, enquanto arruinavam financeiramente o país, aumentavam a desigualdade social e distorciam o tecido produtivo, dedicaram-se nas horas vagas a desmantelar algumas das leis mais básicas da família, vida e educação.

A alucinante cavalgada regulamentar incluiu mais de um diploma radical por ano durante duas legislaturas: Lei 32/2006 de 26 de Julho (reprodução artificial), Lei 16/2007 de 17 de Abril e Portaria 741-A/2007 de 21 de Junho (liberalização do aborto), Lei 61/2008 de 31 de Outubro (banalização do divórcio), Lei 60/2009 de 6 de Agosto (educação sexual laxista), Lei 9/2010 de 31 de maio (casamento entre pessoas do mesmo sexo), Decreto-Lei 138-C/2010 de 28 de Dezembro (estrangulamento do ensino privado) e Lei n.º 7/2011 de 15 de Março (mudança do sexo).

Em todos os casos foi imposta uma regulamentação extremista e culturalmente agressiva, distorcendo e invertendo atitudes e instituições multisseculares. Em questões justamente chamadas fracturantes, que geram intensos debates por todo o mundo civilizado, de uma penada Portugal saltou de uma posição equilibrada para o extremo do espectro. Em todos os casos um punhado de deputados, auto-erigidos defensores da modernidade, achavam-se com mandato sobre a tradição nacional e impunham a sua visão irresponsável.

Os vetos do Presidente da República, as críticas da Igreja e de muitas forças sociais, a elementar prudência, foram simplesmente ignorados. Como parolos arvorados em modernaços, ao desplante juntavam a cegueira, no mais puro autismo político. No único caso em que a população foi consultada fez-se magna fraude política. Depois da rejeição do aborto no referendo de 1998, a votação foi repetida em 2007, com uma subtil mudança na argumentação. A segunda campanha não falou de embriões, partos e hospitais, mas de mulheres presas (que de facto não existiam). Aprovada a despenalização, o Governo legislou coisa muito diferente, a liberalização e subsidiação do aborto. Isto chega para mostrar a má-fé.

Como entretanto o país entrou em emergência financeira devido aos outros erros conjunturais, pretende-se agora que estas agressões caiam no esquecimento. Está em assinatura pública a petição "Defender o Futuro" (www.peticaopublica.com/? pi=P2012N22192), que solicita à Assembleia da República que reconsidere os atentados e reponha o equilíbrio. Talvez a nova maioria entenda que por aqui passam as verdadeiras reformas estruturais, determinantes do futuro nacional.

João César das Neves

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por Opcard » 26/3/2012 11:12

http://oporcocapitalista.blogspot.com/2 ... uerda.html

Las_Vegas Escreveu:
ul Escreveu:Mais que ganância de Wall Street, há comportamentos no mundo Ocidental que nos estão a empurrar para o fundo, este artigo pode estar mais proximo da realidade

"Defender o futuro

Quando um dia se escrever a história deste tempo, a primeira década do século surgirá como uma era de desorientação e decadência. Alguns elementos que justificarão esse severo juízo são hoje já visíveis. Por muito que o PS queira esconder ou iludir, a linha económica e social dos últimos anos foi desastrosa. Os nossos problemas sócio-económicos são terríveis mas, quando se escrever essa história, pouco mais restará que a sua memória, pois empresas e comunidades costumam recuperar bem, mesmo de crises sérias. Esta triste década deixará cicatrizes fundas e duradouras no ânimo nacional, mas será noutras áreas. Como de costume, os problemas realmente importantes passam despercebidos à actualidade.

Do delírio dos últimos anos, que poderá ser tão decisivo que deixe marcas sociais que durem décadas? Que é que atinge a estrutura mais nuclear de Portugal? Não é difícil encontrar agressões recentes a esse nível, gerando chagas nacionais. Com a taxa de fertilidade das mais baixas do mundo, o casamento em vias de extinção, o divórcio em níveis nunca vistos e a educação na quinta década sucessiva de crise, não admira que as próximas gerações acusem este tempo dos seus males. As poucas crianças a quem hoje é permitido nascer serão educadas numa precariedade familiar e escolar difícil de imaginar. Isto gerará efeitos muito depois de esquecida a crise económica.

Esta evolução tem muitas causas e origens, mas os dirigentes políticos, quando em vez de a combaterem insistem em agravá-la, assumem terrível responsabilidade. Os dois últimos governos, enquanto arruinavam financeiramente o país, aumentavam a desigualdade social e distorciam o tecido produtivo, dedicaram-se nas horas vagas a desmantelar algumas das leis mais básicas da família, vida e educação.

A alucinante cavalgada regulamentar incluiu mais de um diploma radical por ano durante duas legislaturas: Lei 32/2006 de 26 de Julho (reprodução artificial), Lei 16/2007 de 17 de Abril e Portaria 741-A/2007 de 21 de Junho (liberalização do aborto), Lei 61/2008 de 31 de Outubro (banalização do divórcio), Lei 60/2009 de 6 de Agosto (educação sexual laxista), Lei 9/2010 de 31 de maio (casamento entre pessoas do mesmo sexo), Decreto-Lei 138-C/2010 de 28 de Dezembro (estrangulamento do ensino privado) e Lei n.º 7/2011 de 15 de Março (mudança do sexo).

Em todos os casos foi imposta uma regulamentação extremista e culturalmente agressiva, distorcendo e invertendo atitudes e instituições multisseculares. Em questões justamente chamadas fracturantes, que geram intensos debates por todo o mundo civilizado, de uma penada Portugal saltou de uma posição equilibrada para o extremo do espectro. Em todos os casos um punhado de deputados, auto-erigidos defensores da modernidade, achavam-se com mandato sobre a tradição nacional e impunham a sua visão irresponsável.

Os vetos do Presidente da República, as críticas da Igreja e de muitas forças sociais, a elementar prudência, foram simplesmente ignorados. Como parolos arvorados em modernaços, ao desplante juntavam a cegueira, no mais puro autismo político. No único caso em que a população foi consultada fez-se magna fraude política. Depois da rejeição do aborto no referendo de 1998, a votação foi repetida em 2007, com uma subtil mudança na argumentação. A segunda campanha não falou de embriões, partos e hospitais, mas de mulheres presas (que de facto não existiam). Aprovada a despenalização, o Governo legislou coisa muito diferente, a liberalização e subsidiação do aborto. Isto chega para mostrar a má-fé.

Como entretanto o país entrou em emergência financeira devido aos outros erros conjunturais, pretende-se agora que estas agressões caiam no esquecimento. Está em assinatura pública a petição "Defender o Futuro" (www.peticaopublica.com/? pi=P2012N22192), que solicita à Assembleia da República que reconsidere os atentados e reponha o equilíbrio. Talvez a nova maioria entenda que por aqui passam as verdadeiras reformas estruturais, determinantes do futuro nacional.

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por Las_Vegas » 26/3/2012 11:03

ul Escreveu:Mais que ganância de Wall Street, há comportamentos no mundo Ocidental que nos estão a empurrar para o fundo, este artigo pode estar mais proximo da realidade

"Defender o futuro

Quando um dia se escrever a história deste tempo, a primeira década do século surgirá como uma era de desorientação e decadência. Alguns elementos que justificarão esse severo juízo são hoje já visíveis. Por muito que o PS queira esconder ou iludir, a linha económica e social dos últimos anos foi desastrosa. Os nossos problemas sócio-económicos são terríveis mas, quando se escrever essa história, pouco mais restará que a sua memória, pois empresas e comunidades costumam recuperar bem, mesmo de crises sérias. Esta triste década deixará cicatrizes fundas e duradouras no ânimo nacional, mas será noutras áreas. Como de costume, os problemas realmente importantes passam despercebidos à actualidade.

Do delírio dos últimos anos, que poderá ser tão decisivo que deixe marcas sociais que durem décadas? Que é que atinge a estrutura mais nuclear de Portugal? Não é difícil encontrar agressões recentes a esse nível, gerando chagas nacionais. Com a taxa de fertilidade das mais baixas do mundo, o casamento em vias de extinção, o divórcio em níveis nunca vistos e a educação na quinta década sucessiva de crise, não admira que as próximas gerações acusem este tempo dos seus males. As poucas crianças a quem hoje é permitido nascer serão educadas numa precariedade familiar e escolar difícil de imaginar. Isto gerará efeitos muito depois de esquecida a crise económica.

Esta evolução tem muitas causas e origens, mas os dirigentes políticos, quando em vez de a combaterem insistem em agravá-la, assumem terrível responsabilidade. Os dois últimos governos, enquanto arruinavam financeiramente o país, aumentavam a desigualdade social e distorciam o tecido produtivo, dedicaram-se nas horas vagas a desmantelar algumas das leis mais básicas da família, vida e educação.

A alucinante cavalgada regulamentar incluiu mais de um diploma radical por ano durante duas legislaturas: Lei 32/2006 de 26 de Julho (reprodução artificial), Lei 16/2007 de 17 de Abril e Portaria 741-A/2007 de 21 de Junho (liberalização do aborto), Lei 61/2008 de 31 de Outubro (banalização do divórcio), Lei 60/2009 de 6 de Agosto (educação sexual laxista), Lei 9/2010 de 31 de maio (casamento entre pessoas do mesmo sexo), Decreto-Lei 138-C/2010 de 28 de Dezembro (estrangulamento do ensino privado) e Lei n.º 7/2011 de 15 de Março (mudança do sexo).

Em todos os casos foi imposta uma regulamentação extremista e culturalmente agressiva, distorcendo e invertendo atitudes e instituições multisseculares. Em questões justamente chamadas fracturantes, que geram intensos debates por todo o mundo civilizado, de uma penada Portugal saltou de uma posição equilibrada para o extremo do espectro. Em todos os casos um punhado de deputados, auto-erigidos defensores da modernidade, achavam-se com mandato sobre a tradição nacional e impunham a sua visão irresponsável.

Os vetos do Presidente da República, as críticas da Igreja e de muitas forças sociais, a elementar prudência, foram simplesmente ignorados. Como parolos arvorados em modernaços, ao desplante juntavam a cegueira, no mais puro autismo político. No único caso em que a população foi consultada fez-se magna fraude política. Depois da rejeição do aborto no referendo de 1998, a votação foi repetida em 2007, com uma subtil mudança na argumentação. A segunda campanha não falou de embriões, partos e hospitais, mas de mulheres presas (que de facto não existiam). Aprovada a despenalização, o Governo legislou coisa muito diferente, a liberalização e subsidiação do aborto. Isto chega para mostrar a má-fé.

Como entretanto o país entrou em emergência financeira devido aos outros erros conjunturais, pretende-se agora que estas agressões caiam no esquecimento. Está em assinatura pública a petição "Defender o Futuro" (www.peticaopublica.com/? pi=P2012N22192), que solicita à Assembleia da República que reconsidere os atentados e reponha o equilíbrio. Talvez a nova maioria entenda que por aqui passam as verdadeiras reformas estruturais, determinantes do futuro nacional.

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por Opcard » 26/3/2012 9:01

Mais que ganância de Wall Street, há comportamentos no mundo Ocidental que nos estão a empurrar para o fundo, este artigo pode estar mais proximo da realidade

"Defender o futuro

Quando um dia se escrever a história deste tempo, a primeira década do século surgirá como uma era de desorientação e decadência. Alguns elementos que justificarão esse severo juízo são hoje já visíveis. Por muito que o PS queira esconder ou iludir, a linha económica e social dos últimos anos foi desastrosa. Os nossos problemas sócio-económicos são terríveis mas, quando se escrever essa história, pouco mais restará que a sua memória, pois empresas e comunidades costumam recuperar bem, mesmo de crises sérias. Esta triste década deixará cicatrizes fundas e duradouras no ânimo nacional, mas será noutras áreas. Como de costume, os problemas realmente importantes passam despercebidos à actualidade.

Do delírio dos últimos anos, que poderá ser tão decisivo que deixe marcas sociais que durem décadas? Que é que atinge a estrutura mais nuclear de Portugal? Não é difícil encontrar agressões recentes a esse nível, gerando chagas nacionais. Com a taxa de fertilidade das mais baixas do mundo, o casamento em vias de extinção, o divórcio em níveis nunca vistos e a educação na quinta década sucessiva de crise, não admira que as próximas gerações acusem este tempo dos seus males. As poucas crianças a quem hoje é permitido nascer serão educadas numa precariedade familiar e escolar difícil de imaginar. Isto gerará efeitos muito depois de esquecida a crise económica.

Esta evolução tem muitas causas e origens, mas os dirigentes políticos, quando em vez de a combaterem insistem em agravá-la, assumem terrível responsabilidade. Os dois últimos governos, enquanto arruinavam financeiramente o país, aumentavam a desigualdade social e distorciam o tecido produtivo, dedicaram-se nas horas vagas a desmantelar algumas das leis mais básicas da família, vida e educação.

A alucinante cavalgada regulamentar incluiu mais de um diploma radical por ano durante duas legislaturas: Lei 32/2006 de 26 de Julho (reprodução artificial), Lei 16/2007 de 17 de Abril e Portaria 741-A/2007 de 21 de Junho (liberalização do aborto), Lei 61/2008 de 31 de Outubro (banalização do divórcio), Lei 60/2009 de 6 de Agosto (educação sexual laxista), Lei 9/2010 de 31 de maio (casamento entre pessoas do mesmo sexo), Decreto-Lei 138-C/2010 de 28 de Dezembro (estrangulamento do ensino privado) e Lei n.º 7/2011 de 15 de Março (mudança do sexo).

Em todos os casos foi imposta uma regulamentação extremista e culturalmente agressiva, distorcendo e invertendo atitudes e instituições multisseculares. Em questões justamente chamadas fracturantes, que geram intensos debates por todo o mundo civilizado, de uma penada Portugal saltou de uma posição equilibrada para o extremo do espectro. Em todos os casos um punhado de deputados, auto-erigidos defensores da modernidade, achavam-se com mandato sobre a tradição nacional e impunham a sua visão irresponsável.

Os vetos do Presidente da República, as críticas da Igreja e de muitas forças sociais, a elementar prudência, foram simplesmente ignorados. Como parolos arvorados em modernaços, ao desplante juntavam a cegueira, no mais puro autismo político. No único caso em que a população foi consultada fez-se magna fraude política. Depois da rejeição do aborto no referendo de 1998, a votação foi repetida em 2007, com uma subtil mudança na argumentação. A segunda campanha não falou de embriões, partos e hospitais, mas de mulheres presas (que de facto não existiam). Aprovada a despenalização, o Governo legislou coisa muito diferente, a liberalização e subsidiação do aborto. Isto chega para mostrar a má-fé.

Como entretanto o país entrou em emergência financeira devido aos outros erros conjunturais, pretende-se agora que estas agressões caiam no esquecimento. Está em assinatura pública a petição "Defender o Futuro" (www.peticaopublica.com/? pi=P2012N22192), que solicita à Assembleia da República que reconsidere os atentados e reponha o equilíbrio. Talvez a nova maioria entenda que por aqui passam as verdadeiras reformas estruturais, determinantes do futuro nacional.

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por Quico » 25/3/2012 21:10

Dá assim tanto trabalho citar as coisas devidamente? :roll:

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp ... ews=177699
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
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por alexandre7ias » 25/3/2012 20:23

A crise financeira foi em grande medida provocada pela "ganância" de Wall Street e os recentes protestos nos Estados Unidos não vão comprometer a reeleição de Barack Obama, considerou um histórico do Partido Democrata.
"As pessoas compreenderam que crise financeira foi provocada pela ganância sobretudo em Wall Street, entre os bancos e o que designamos por classe rica dominante nos Estados Unidos", disse Spencer Oliver, ex-líder da juventude do Partido Democrata norte-americano na década de 1970, e que entre outras funções integrou a direção da Comissão de Helsínquia para os direitos humanos do Congresso dos Estados Unidos, entre 1976 e 1985, e foi conselheiro principal do comité para os Assuntos Externos da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA até janeiro de 1993.

Atualmente, Spencer Oliver assume o cargo de secretário-geral da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, após três reconduções.

O movimento "Occupy Wall Street", uma ação de indignação política que alastrou pelos EUA desde meados de 2011, foi a consequência dessa sensação de mal-estar social, num país em crise económica.

"Apesar de existir uma enorme taxa de desemprego, ou das ameaças ao sistema de segurança social devido à crise financeira, existem executivos em Wall Street que se reformaram, mas garantindo milhões de dólares em bónus. As pessoas ficam zangadas com isso, e o movimento 'Occupy Wall Street' tem origem nesta situação", indica.

As críticas do movimento de protesto não terão sido no entanto dirigidas diretamente à administração da Casa Branca e ao Presidente Barack Obama, que desde sempre contou com o apoio incondicional de Spencer Oliver.

As críticas devem ser antes apontadas "ao sistema financeiro, aos resgates e aos estímulos" que canalizaram avultadas somas "para salvar a pele de muitos banqueiros que foram os primeiros responsáveis pela atual situação". E que motivou "o desapontamento e da revolta que existe numa parte considerável da nossa população", incluindo nos setores mais radicais da direita reunidos em torno do movimento "Tea Party".

Na perspetiva do veterano líder dos democratas, e apesar do "obstrucionismo" dos republicanos, Obama "fez um excelente trabalho" neste primeiro mandato, e decerto que será reeleito nas presidenciais de novembro.

"Esta atitude dos republicanos desacreditou-os largamente junto da população norte-americana. O facto de os republicanos terem bloqueado e obstruído os seus três primeiros anos de mandato, e continuarem a atacá-lo, permitiu que a população entendesse que Obama tinha razão. E também porque a economia está a melhorar", sintetiza.

Em paralelo, considera que a corrida à nomeação do candidato republicano não tem decorrido de forma positiva. "Estão a deslizar cada vez mais para a extrema-direita, o que ajuda imenso Obama".

Nas presidenciais de novembro, a situação económica será outro aspeto decisivo, com os dados mais recentes sobre o recuo do desemprego a favoreceram o líder da Casa Branca. No entanto, Spencer Oliver mostra-se reservado sobre a situação económica.

"O desemprego é ainda muito elevado, cerca de oito por cento... Poderá continuar a descer mas julgo que Obama não poderá contar com esse fator", argumenta.

"A economia ainda permanece com problemas, a crise financeira não terminou, ainda existe uma enorme dívida não apenas nos Estados Unidos mas pelo mundo, e uma situação na Europa que não foi resolvida. Se a situação na Europa piorar, decerto que terá um impacto negativo nos Estados Unidos", adverte.

As medidas adotadas nos últimos três anos e num contexto adverso -- "os republicanos controlam o Congresso, têm maioria na Câmara dos Representantes, uma minoria de bloqueio no Senado e nada passa pelo Congresso sem que os republicanos adotem uma posição, o que têm feito em 90 por cento das situações", recorda -- são outros argumentos fortes do candidato apoiado pelo Partido Democrata.

"O facto de 47 milhões de norte-americanos não terem acesso a um seguro de saúde tornou-se numa situação embaraçosa para os Estados Unidos. E Obama fez o melhor que pôde para tentar instituir um sistema onde todos tivessem algum tipo de segurança", enfatiza.

Spencer Oliver, com uma vasta experiência nesta área, sabe que nada é certo em política. Mas sublinha que Obama é "um grande candidato", elogia a equipa que o rodeia e que já dirigiu a primeira campanha presidencial, e que assegura estar preparada "para enfrentar a mais dispendiosa campanha da história dos EUA".
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Os colapsos recessivos da história económica mundial

por Automech » 20/3/2012 17:04

Uma infografia muito interessante desde a grande depressão, país a país.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=545675
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