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Caldeirão da Bolsa

Factura da luz (Portugueses subsidiam renovaveis)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Blue Epsilon » 19/3/2012 18:35

MiamiBlueHeart Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Mais uma noticia que passou ao lado aqui no caldeirao:

O propio Ministro disse que para o ano a continha da luz sobre entre 4,5% a 5,5% !

os 2% reais mais a inflação. Que para a maioria são 5% reias porque os salarios andam congelados.


As empresas têm que despedir trabalhadores para conseguirem pagar a conta da luz.

O Governo anda muito preocupado com os custos laborais, por causa da competitividade, mas depois aumenta a energia..

Viva a competitividade!!!



Onde foi que o governo diminuiu os custo laborais para as empresas?

Se te referias à reforma laboral, será para aumentar a competitividade só em teoria, porque parece-me que é apenas para tornar o investimento em Portugal mais atractivo.

Na verdade, os impostos aumentaram para todos, empresas inclusivé.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
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por escada1 » 19/3/2012 15:02

Só um facto:
Para reaver a energia gasta na construção de uma barragem (produção de cimento, ferro, transporte, etc), são necessários alguns anos (em função da potência instalada).

A forma mais ecológica de produzir energia/rendimento é com a utilização de gás natural.

As renováveis, têm a desvantagem, de ter de garantir-se que essa potência existe mesmo.Por isso tem de construir-se centrais termicas.

Para mim, a aposta forte será na economização e alteração de habitos.

Uma central nuclear tem muitos custos, manutenção, etc, etc.Além do perigo.
Muitos já esqueceram, mas na catastrofe de Chernobil a europa esteva a um passo de tornar-se inabitável.
Assim teria acontecido de os dois reactores tivessem explodido.Mas pior, se o reactor 4 tivesse entrado em contacto com um eneorme reservatório de água que estava por baixo do reactor.
A água sobre certas condições, decompoem-se em H e O e geraria uma gigantesca explosão.Isso podia fazer com que o combustivel nuclear que estava no reactor, entrasse todo ele em combustão...seria o fim...

A solução está em alterar os habitos de consumo, e claro, eficiencia energética.

Por exemplo, uma casa bem isolada permite uma poupança de energia de mais de 30%.
 
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por MiamiBlue » 19/3/2012 12:52

Lion_Heart Escreveu:Mais uma noticia que passou ao lado aqui no caldeirao:

O propio Ministro disse que para o ano a continha da luz sobre entre 4,5% a 5,5% !

os 2% reais mais a inflação. Que para a maioria são 5% reias porque os salarios andam congelados.


As empresas têm que despedir trabalhadores para conseguirem pagar a conta da luz.

O Governo anda muito preocupado com os custos laborais, por causa da competitividade, mas depois aumenta a energia..

Viva a competitividade!!!
 
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por Lion_Heart » 19/3/2012 11:51

Mais uma noticia que passou ao lado aqui no caldeirao:

O propio Ministro disse que para o ano a continha da luz sobre entre 4,5% a 5,5% !

os 2% reais mais a inflação. Que para a maioria são 5% reias porque os salarios andam congelados.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por mais_um » 2/9/2010 1:42

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Sim sou, até porque os valores dos subsidios tem vindo a diminuir e essa é a tendencia.


podes quantificar?



Não tenho tempo para fazer contas por isso deixo-te algumas noticias.

Energia Solar começa a se aproximar da viabilidade comercial na Europa
A Ministra da Economia da França, Christine Lagarde, anunciou hoje que os subsídios à geração de energia a partir de fonte solar fotovoltaica sofrerão uma redução de 12% no preço de venda à EdF, garantido pelo Governo. A medida acompanha um movimento iniciado pela Alemanha e pela Espanha, que recentemente também reduziram as tarifas de venda de energia solar ao "grid", procurando mantê-las ainda atrativas ao investimento mas incorporando os ganhos econômicos que já derivam dos aprimoramentos tecnológicos e do mercado, cada vez mais disposto a comprar energia limpa. A medida não atinge a micro-geração, ou seja, aquelas instalações que aproveitam telhados residenciais, por exemplo.

Apesar de considerar que o preço dos painéis fotovoltaicos baixou consideravelmente nos últimos anos, a energia solar ainda tem um caminho a percorrer rumo à convergência tarifária com outras fontes renováveis como a eólica. Na Europa, o preço de compra praticado pelos programas de incentivo, com subsídio estatal para amortizar o custo dos equipamentos, é da ordem de 414 a 580 euros por MWh, enquanto o preço de mercado da energia oscila em torno de 56 euros por MWh. Na França, a diferença é paga através de uma contribuição fiscal. Na verdade, o que o Governo fez foi um ajuste no ônus estatal realtivo a este subsídio, acertadamente. A França tem como objetivo chegar a 2020 com 23% de sua matriz energética baseada em fontes renováveis. A capacidade instalada de geração solar dobrou em 2009, no país.

http://oglobo.globo.com/blogs/petroleo/ ... 318519.asp



Espanha: energia solar e eólica poderão receber menos subsídios
Data para acontecer às mudanças ainda não está definida, mas o governo espanhol quer publicar um novo marco antes de agosto


O governo espanhol disse que estuda reduzir os subsídios dados as empresas que investem em energia solar e eólica. A medida é retroativa, portanto, diminuirá o retorno dos projetos já em funcionamento. A notícia dada pelo jornal espanhol “El Confidencial”.

"Houve excessos nesse setor e o governo não foi capaz de os travar", explicou ao jornal uma fonte no Ministério da Indústria da Espanha. Segundo dados da Comissão Nacional de Energia do país, foram aplicados 6,2 bilhões de euros em subsídios somente em 2009, contra a previsão inicial de desembolsos de 4 bilhões. A data para acontecer às mudanças ainda não está definida, mas o governo espanhol quer publicar um novo marco antes de agosto.

O jornal espanhol publicou ainda uma análise recente feita pelo banco japonês Nomura, que afirma que os subsídios levaram a um mau uso dos recursos. Ainda, segundo o banco, investidores chineses compraram painéis fotovoltaicos de má qualidade que precisaram ser trocados

http://www.smartenergyonline.com.br/article.php?a=69


O Governo espanhol estima poupanças de 1,2 mil milhões de euros até 2013 com os cortes que vai efectuar nos subsídios que concede para a produção de energia eólica e solar, noticiou a Bloomberg.

Segundo a mesma fonte, que cita fontes próximas da análise feita pelo Governo, o corte nos subsídios pode chegar a 1,3 mil milhões de euros.

O objectivo do Governo liderado por Zapatero passa por reduzir o diferencial entre o que os consumidores de energia pagam e o que esta efectivamente custa no mercado grossista.

Os vencedores desta medida do Governo espanhol são as empresas que produzem energia eléctrica através de fontes convencionais e que menos tem apostado na energia eólica e solar, onde vão surgir os cortes nos subsídios.

A Endesa e a Gás Natural tem pressionado o Governo para avançar com estes cortes, que penalizam empresas como a ACS, EDP Renováveis e Iberdrola Renovables.

No ano passado, as produtoras de energia renovável receberam subsídios de 5 mil milhões de euros, isto apesar de os preços da electricidade cobrados aos consumidores não terem sido suficientes para cobrir os custos de produção geral, o que provocou um aumento no défice tarifário.

O Governo espanhol, no âmbito da alteração à regulação no sector, pretendem eliminar o défice tarifário até 2013. Actualmente o défice totaliza 16 mil milhões.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=434187



Sucesso da energia solar leva Alemanha a cortar 15% nos subsídios
O sucesso do crescimento da energia solar na Alemanha levou o governo federal a decidir cortar os subsídios às tarifas em 15% a partir de Abril

http://aeiou.expresso.pt/sucesso-da-ene ... os=f560096


No caso português, tenho que ir procurar os concursos para verificar os valores que estão a ser pagos. Mas no que diz respeito aos paineis solares o Estado já eliminou o subsidio, de +/-1500€ para os paineis solares de AQS, mantendo a dedução no IRS.

No meu caso, que ainda coloquei com subsido, tenho o retorno em 3 anos, sem subsido teria o retorno em 6 anos e sem dedução e sem subsidio teria o retorno em 7 anos.
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por mais_um » 2/9/2010 1:13

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Sim sou, até porque os valores dos subsidios tem vindo a diminuir e essa é a tendencia.


podes quantificar?

mais_um Escreveu:Não sei em que te baseias para dizeres que a precipitação não diminuiu, mas até prova em contrario para mim estás enganado.


Baseio-me no que escrevi neste post.

mais_um Escreveu:Isto são factos:


3. Análise da Precipitação
A evolução da precipitação observada em Portugal
Continental apresenta grande irregularidade no
entanto verifica-se uma tendência não significativa a
partir da década de 70 para uma diminuição em
relação ao valor médio anual (1971-2000)


Uma tendência não significativa é o mesmo que uma não tendência por isso isto é um não facto. Não prova coisa nenhuma.

sendo também de salientar:
 a redução estatisticamente significativa na
Primavera


Também aqui não existe uma redução da precipitação. Existe quando muito uma redistribuição da mesma ao longo do ciclo anual.

a intensificação da frequência e intensidade
de situações de seca em Portugal
Continental nas duas últimas décadas do
século XX.


Toda a análise que é feita no documento que colocaste me parece bastante enviesada, mas vou ver o doc com mais atenção para sustentar melhor o que escrevo.

Assim de memória lembro-me de um ano particularmente chuvoso que foi 1989 (o que penalizou muito a década de 1980) com níveis de precipitação anormais em meados de Outubro, do tipo 400 mm em apenas uma semana no sul do país, repara que só esses 400 mm aumentaram a média dessa década em 40 mm e fizeram com que essa média superasse a da década seguinte. Se fizesses a análise de 1979 a 1988 e de 1989 a 1998 as conclusões teriam sido opostas.

Da mesma forma os anos 1992 a 1995 foram muito secos mas de 1996 para a frente foram muito chuvosos. Se comparares períodos de 5 anos em vez de 10 os resultados são outros.

Como ouvi uma vez alguém dizer, quando não se podem manipular dados, manipulam-se amostras para dar o resultado que queres.

:lol:


Apresentei-te um estudo baseado em dados desde 1931 até 2009, feito por 5 meteorologistas e não por estudantes, os numeros estão lá e são claros, chove menos. 1 ainda não é mais que 2, pelo menos na aritmetica que aprendi na 1ª classe.

Na análise às últimas 4 décadas verifica-se que a
década 2000-2009 foi mais seca que a década
1990-1999, que por sua vez já tinha sido mais seca
que a década 1980-1989 e esta mais seca que a
década 1970-1979. Verifica-se assim desde 1970
um decréscimo da precipitação, de 939mm na
década de 70 para 779mm na década de 2000,
correspondendo a uma perda de precipitação
média anual de cerca de -160mm.
Os últimos 30 anos foram particularmente pouco
chuvosos em Portugal Continental, em
comparação com os valores médios do período
1971-2000. De referir ainda que o ano de 2005 foi o
mais seco dos últimos 79 anos, seguido de 2007 e
2004.
Nas últimas 4 décadas verificou-se uma redução
significativa da precipitação no fim do Inverno e
início da Primavera, especialmente no mês de
Março, acompanhada por aumentos muito ligeiros
nas outras estações do ano.
No Inverno a variabilidade interanual da
precipitação aumentou nos últimos 30 anos,
alternando-se a ocorrência de Invernos mais
secos com mais chuvosos. O Inverno de 2000/2001
foi particularmente chuvoso (o 3º mais chuvoso dos
últimos 30 anos), sendo o Inverno 2004/2005 o mais
seco dos últimos 79 anos.
Como episódios climáticos extremos nas 4 últimas
décadas destaca-se uma intensificação da
frequência e intensidade de situações de seca em
Portugal Continental, com uma particularmente
gravosa pela sua extensão territorial e duração
ocorrida nos anos de 2004 a 2006.
Por seu lado, a onda de calor com maior significado
na década 2000-2009 ocorreu em 2003, em Julho-
Agosto, sendo considerada um evento excepcional
deste tipo, com a maior duração registada desde
1941, originando numerosas vítimas e fogos
florestais destrutivos; Em 2006 registaram-se 5
ondas de calor entre Maio e Setembro, sendo a de
Julho a mais significativa desde 1941 (maior
extensão espacial e temporal). São de destacar ainda
+0.44ºC/Década
-0.08ºC/Década
+0.66ºC/Década
+0.61ºC/Década
2 ondas de calor em 2005, nos messes de Maio e
Junho.
Os valores extremos na década 2000-2009 foram
registados em Amareleja (Temperatura Máxima
de 47.4ºC, em 1 de Agosto de 2003), em Penhas
Douradas (temperatura mínima de -12.7ºC, em 1
de Março de 2005) e em Cabril (precipitação
diária, das 09 às 09 UTC, de 143.0 mm, em 21 de
Março de 2001).
Finalmente há a realçar que se verificaram nesta
década, no prolongamento das décadas anteriores, de
tendências significativas para o aumento no
número anual de noites tropicais (temperatura
mínima do ar superior a 20°C), assim como no
número anual de dias de Verão (temperatura
máxima superior a 25 °C).


Já agora se olhares para a fig. 3, verificas que desde o fim da decada de 80, que os maximos vão sendo sempre mais baixos e os minimos também, ou seja consegues traçar um canal descendente com 20 anos. Se mesmo assim consideras que a precipitação não tem diminuido, não vale a pena continuarmos a falar do tema, tu ficas com a tua (a precipitação não tem diminuido nos ultimos anos) e eu fico com a minha (a precipitação tem vindo a diminuir de uma forma constante).
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por Elias » 2/9/2010 0:15

mais_um Escreveu:Sim sou, até porque os valores dos subsidios tem vindo a diminuir e essa é a tendencia.


podes quantificar?

mais_um Escreveu:Não sei em que te baseias para dizeres que a precipitação não diminuiu, mas até prova em contrario para mim estás enganado.


Baseio-me no que escrevi neste post.

mais_um Escreveu:Isto são factos:


3. Análise da Precipitação
A evolução da precipitação observada em Portugal
Continental apresenta grande irregularidade no
entanto verifica-se uma tendência não significativa a
partir da década de 70 para uma diminuição em
relação ao valor médio anual (1971-2000)


Uma tendência não significativa é o mesmo que uma não tendência por isso isto é um não facto. Não prova coisa nenhuma.

sendo também de salientar:
 a redução estatisticamente significativa na
Primavera


Também aqui não existe uma redução da precipitação. Existe quando muito uma redistribuição da mesma ao longo do ciclo anual.

a intensificação da frequência e intensidade
de situações de seca em Portugal
Continental nas duas últimas décadas do
século XX.


Toda a análise que é feita no documento que colocaste me parece bastante enviesada, mas vou ver o doc com mais atenção para sustentar melhor o que escrevo.

Assim de memória lembro-me de um ano particularmente chuvoso que foi 1989 (o que penalizou muito a década de 1980) com níveis de precipitação anormais em meados de Outubro, do tipo 400 mm em apenas uma semana no sul do país, repara que só esses 400 mm aumentaram a média dessa década em 40 mm e fizeram com que essa média superasse a da década seguinte. Se fizesses a análise de 1979 a 1988 e de 1989 a 1998 as conclusões teriam sido opostas.

Da mesma forma os anos 1992 a 1995 foram muito secos mas de 1996 para a frente foram muito chuvosos. Se comparares períodos de 5 anos em vez de 10 os resultados são outros.

Como ouvi uma vez alguém dizer, quando não se podem manipular dados, manipulam-se amostras para dar o resultado que queres.

:lol:
 
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por mais_um » 1/9/2010 23:55

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Assim parece-me que é prematuro as criticas aos subsidios às renovaveis (eolica e solar) já que se o mesmo principio tivesse sido aplicado ao nuclear esta nunca teria tido a expansão que teve.


Devo depreender que és favorável à manutenção dos subsídios?


Sim sou, até porque os valores dos subsidios tem vindo a diminuir e essa é a tendencia.

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:O estudo alerta para uma subida generalizada das temperaturas médias, mas acrescenta que também a chuva será mais escassa, sendo que deverá diminuir 30 por cento até 2070.


Pois, de vez em quando surgem estudos a dizer isto, o mais engraçado é que a precipitação não diminui.


Não sei em que te baseias para dizeres que a precipitação não diminuiu, mas até prova em contrario para mim estás enganado.

Isto são factos:


3. Análise da Precipitação
A evolução da precipitação observada em Portugal
Continental apresenta grande irregularidade no
entanto verifica-se uma tendência não significativa a
partir da década de 70 para uma diminuição em
relação ao valor médio anual (1971-2000), sendo
também de salientar:
 a redução estatisticamente significativa na
Primavera
 a intensificação da frequência e intensidade
de situações de seca em Portugal
Continental nas duas últimas décadas do
século XX
.


A evolução sazonal dos valores médios da
quantidade de precipitação desde 1931 (Figura 4)
apresenta uma redução sistemática da precipitação
na Primavera nas últimas 4 décadas, estatisticamente
significativa, acompanhada por aumentos muito
ligeiros nas outras estações do ano.

http://www.ame-web.org/JORNADAS_SEVILLA/1B_Pires.pdf

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por MarcoAntonio » 1/9/2010 23:47

mais_um Escreveu:Referir-me a ti?? Deves achar-te muito importante ou então andas com a mania da perseguição....


Mais_um, quem mais falou e escreveu sobre a Nuclear neste tópico, fui eu. A minha questão (uma vez que não precisaste a quem te referias e fora eu não se falou muito mais da Nuclear / a não ser quem estava a debater comigo e esses estavam mais no contra), a minha questão/suposição era, no mínimo, bastante natural.

Como de uma nota minha em tom de esclarecimento passas a falar de manias da perseguição, é algo que não só acho desnecessariamente desagradável como mesmo bastante despropositado.

Mas ok, tu é que sabes em que é que queres centrar os debates, se na substância, se no divã de psicanalista...


mais_um Escreveu:já escrevi que a ti só respondo quando me citas, por uma questão de educação, já não há pachorra!


Hmm, se escreveste isso eu nem tinha reparado (lol). Há desse lado então um problema qualquer entendo agora e acaba por ficar implícito. Bem, por mim confesso que é igual ao litro...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por mais_um » 1/9/2010 23:41

MarcoAntonio Escreveu:
mais_um Escreveu:Fiquei com a ideia que as pessoas pensam que a energia electrica produzida através de energia nuclear é "barata" (menos dispendiosa que a hidroelectrica, petroleo, carvão ou gás), mas se pensam assim estão enganados.


Se te referias a mim, não. E nunca disse tal coisa como ser "barata" e muito menos, menos dispendiosa do que a lista que disseste (dessa lista a mais barata é o carvão). E o preço é só um dos factores entre vários, nem percebo muito bem como tiraste essa conclusão porque não está escrita em lado nenhum do tópico (acho) nem é o que se deduz do que realmente está escrito...

Se bem que não me apetece nem estou com paciência para ir rever o tópico todo para ler linha por linha o que foi escrito por todos os intervenientes.


Referir-me a ti?? Deves achar-te muito importante ou então andas com a mania da perseguição....já escrevi que a ti só respondo quando me citas, por uma questão de educação, já não há pachorra!

Elias Escreveu:Nem me chocaria que houvesse preços diferenciados consoante as fontes da energia e que cada consumidor pudesse escolher a origem da energia que pretendia consoante o respectivo preço de venda; logo veríamos o que diriam os defensores das energias verdes e os opositores do nuclear

Já estou a imaginar os tarifários dos particulares:

"Solar = 45 centimos / kWh
Carvão = 12 cêntimos / kWh
Nuclear = 3 cêntimos / kWh
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por Elias » 1/9/2010 23:36

mais_um Escreveu:Assim parece-me que é prematuro as criticas aos subsidios às renovaveis (eolica e solar) já que se o mesmo principio tivesse sido aplicado ao nuclear esta nunca teria tido a expansão que teve.


Devo depreender que és favorável à manutenção dos subsídios?

mais_um Escreveu:O estudo alerta para uma subida generalizada das temperaturas médias, mas acrescenta que também a chuva será mais escassa, sendo que deverá diminuir 30 por cento até 2070.


Pois, de vez em quando surgem estudos a dizer isto, o mais engraçado é que a precipitação não diminui.
 
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 23:11

mais_um Escreveu:Fiquei com a ideia que as pessoas pensam que a energia electrica produzida através de energia nuclear é "barata" (menos dispendiosa que a hidroelectrica, petroleo, carvão ou gás), mas se pensam assim estão enganados.


Se te referias a mim, não. E nunca disse tal coisa como ser "barata" e muito menos, menos dispendiosa do que a lista que disseste (dessa lista a mais barata é o carvão). E o preço é só um dos factores entre vários, nem percebo muito bem como tiraste essa conclusão porque não está escrita em lado nenhum do tópico (acho) nem é o que se deduz do que realmente está escrito...

Se bem que não me apetece nem estou com paciência para ir rever o tópico todo para ler linha por linha o que foi escrito por todos os intervenientes.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por mais_um » 1/9/2010 23:07

Fiquei com a ideia que as pessoas pensam que a energia electrica produzida através de energia nuclear é "barata" (menos dispendiosa que a hidroelectrica, petroleo, carvão ou gás), mas se pensam assim estão enganados.

Existiram vários motivos para produzir energia electrica através de energia nuclear mas nenhum deles foi o custo, desde necessidade de produzir matéria prima em quantidade para construir armas nucleares (Ex-URSS e EUA )até acabar com a dependencia do petroleo (França).

Assim parece-me que é prematuro as criticas aos subsidios às renovaveis (eolica e solar) já que se o mesmo principio tivesse sido aplicado ao nuclear esta nunca teria tido a expansão que teve.

Deixo aqui uma parte de uma tese de mestrado sobre os custos de energia eolica versus centrais termicas:


Para a análise económica foram determinados custos uniformes de produção para o tempo
de vida de cada instalação, incluindo custos de investimento, de operação e manutenção, de
combustível e ambientais. Numa primeira fase não foram consideradas taxas de crescimento dos
custos de O&M nem de combustível e utilizaram-se taxas de desconto de 5 e 10% e factores de
carga de 22 e 85% para a energia eólica e para a central de CCGN, respectivamente. Posteriormente
foram estudados os efeitos decorrentes da introdução de taxas de crescimento e da variação das
taxas de desconto e dos factores de carga.
No cálculo dos custos do ciclo de vida das duas tecnologias, sem custos ambientais,
obtiveram-se valores iguais a 55,51 €/MWh para uma taxa de desconto de 5% e 77,72 €/MWh para
uma taxa de desconto de 10%, na produção de electricidade a partir de um parque eólico. Numa
central de ciclo combinado a gás natural os valores foram de 32,09 €/MWh e 34,68 €/MWh para taxas
de desconto de 5% e 10%, respectivamente. As diferenças verificadas entre os dois sistemas devemse,
essencialmente, ao elevado custo de investimento de um parque eólico e ao baixo factor de carga
da tecnologia eólica quando comparado com o que é possível atingir numa CCGN.
Quando são considerados os custos ambientais, os custos de produção de energia a partir de
um parque eólico aproximam-se dos da tecnologia a gás, chegando a atingir valores mais baixos para
estimativas altas, isto é, quando se considera um período de tempo superior dos efeitos das
emissões atmosféricas. Mesmo incluindo os custos ambientais, na energia eólica são os custos de investimento que mais contribuem para o valor total. Na CCGN grande parte dos custos resulta do
consumo de gás, mas para estimativas altas dos custos ambientais estes apresentam maior peso.
Este cenário obteve-se para valores constantes. Contudo, prevê-se que os custos dos
sistemas convencionais aumentem em resultado da delapidação dos recursos, assim como das
políticas ambientais (quando considerados custos ambientais). Embora o estudo realizado pela
Agência Internacional de Energia (IEA, 2005) tenha considerado um preço constante para o gás
natural nos próximos anos, não parece ser essa a tendência dos últimos anos em Portugal.
Ao mesmo tempo, os sistemas renováveis deverão reduzir os seus custos decorrentes do
desenvolvimento e difusão das tecnologias. No exemplo em análise, os custos uniformes das duas
tecnologias (sem custos ambientais) aproximavam-se se os custos de investimento reduzissem para
metade do valor actual (situação esperada por alguns autores).

http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/6731


É facil encontrar na net blogs, textos, etc..a apoiar todos os tipos de energia, com estudos para todos os gostos, não é mais do que os lobbies a funcionar.

Mas para mim, neste momento parece-me que os efeitos provocados no ambiente justificam uma opção pelo verde, não só na produção de energia electrica como em outras areas.

Lisboa – O Ministério do Ambiente espanhol chegou à conclusão que Espanha e Portugal são dois dos países mais afectados pelas alterações climáticas.

O estudo efectuado pelo ministério espanhol revela que em três décadas, de 1975 a 2005, a temperatura na Península Ibérica aumentou a uma velocidade três vezes superior ao resto do planeta, com uma subida de 0,5 graus por década. Em comparação com o restante hemisfério Norte, o aquecimento da Península Ibérica esteve 50 por cento acima da média.

De acordo com o relatório «Clima em Espanha: passado, presente e futuro», apresentado esta semana pelo Ministério do Ambiente espanhol, a Primavera e o Verão são as estações que mais têm sentido o aumento da temperatura

O estudo alerta para uma subida generalizada das temperaturas médias, mas acrescenta que também a chuva será mais escassa, sendo que deverá diminuir 30 por cento até 2070.

http://jornaldigital.com/noticias.php?noticia=21754





Ainda sobre a energia nuclear:


Assumindo um ambiente político estável, estruturas legislativas claras quanto à gestão do local de instalação, regulamentação de desmantelamento e outros aspectos, estes custos podem chegar aos 40€/MWh. Contudo, em circunstâncias específicas, podem baixar significativamente para cerca de 30€/MWh, para taxas de juro mais baixas e/ou para grandes efeitos de escala/serie, ou, por outro lado, podem aumentar até aos 55€/MWh, para encomenda de uma única unidade ou uma taxa de juro mais elevada.
Estas estimativas incluem despesas futuras, associadas ao desmantelamento e deposição de resíduos. A incerteza relativa a estes valores não terá impacto significativo no custo total do kWh. Independentemente do grau de competitividade actual da tecnologia nuclear, ela não terá futuro se não se tornar competitiva em termos de mercado. Para alcançar uma forte performance económica no futuro, o aumento do ciclo de vida e de capacidade geradora das centrais têm de ser fomentados.

http://www.worldenergy.org/documents/th ... _final.pdf
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por Elias » 1/9/2010 21:00

MarcoAntonio Escreveu:E começou isto com a factura da luz e os subsídios (lol... não é uma crítica a nada nem ninguém).


Bem.vindo ao mundo do pensamento divergente :)
 
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 20:54

E começou isto com a factura da luz e os subsídios (lol... não é uma crítica a nada nem ninguém).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 20:50

Elias Escreveu:Não estou muito convencido.

Imagina, por um momento, que não havia qualquer aquecimento de longo prazo, isto é, que o clima era muito estável. A tendência de longo prazo era clara e previsível ("lateral", por assim dizer).


Não basta que digas que o clima é muito estável para passar a afirmar que é previsível. Ter um histórico estável e ser previsível não é o mesmo.

Isso é dizer: "vai ser assim". Porquê: "porque sempre foi assim".

Ora, estás a descarnar a questão da sua dimensão cognitiva, para chegar a uma conclusão à qual eu nem sequer estou a discordar em absoluto (ver respostas anteriores): mas tu tens um modelo que te garanta que vai ser sempre assim estável ou a basear-te meramente no histórico que tens disponível?

Elias Escreveu:Contudo, tal não impediria que o tempo continuasse a ser muito variável, dificultando as previsões de curto prazo, como actualmente se verifica.

O que eu quero dizer é que vejo as variações de curto prazo e as de longo prazo como independentes (mesmo sabendo que existe algum grau de dependência, ainda que pequeno)


Eu não introduzi as questões pelo grau de dependência mas pelo facto do tipo de sistema físico ser o mesmo (mais do que o tipo de sistema ser o mesmo, é efectivamente o mesmo, epá, desde que não queiramos estar aqui com mega-preciosismo de separar a meteorologia da hidrologia de não sei que mais). Qual queiras considerar, o tipo de sistema e física envolvida é a mesma (fluxos, sistemas caóticos e toda essa coisa).
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por Elias » 1/9/2010 20:40

MarcoAntonio Escreveu:Este caso contudo não é uma delas (vide por exemplo a questão sobre os modelos climatológicos e a discordância sobre as previsões a longo-prazo - escala climatológica - entre os peritos).


Não estou muito convencido.

Imagina, por um momento, que não havia qualquer aquecimento de longo prazo, isto é, que o clima era muito estável. A tendência de longo prazo era clara e previsível ("lateral", por assim dizer).

Contudo, tal não impediria que o tempo continuasse a ser muito variável, dificultando as previsões de curto prazo, como actualmente se verifica.

O que eu quero dizer é que vejo as variações de curto prazo e as de longo prazo como independentes (mesmo sabendo que existe algum grau de dependência, ainda que pequeno)
 
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 20:36

Elias Escreveu:Não necessariamente.


Sim, é verdade que não é (absolutamente) necessário que haja (uma coisa é meramente indicador, tende a implicar, a outra). Mas podem existir excepções...

Este caso contudo não é uma delas (vide por exemplo a questão sobre os modelos climatológicos e a discordância sobre as previsões a longo-prazo - escala climatológica - entre os peritos).


Elias Escreveu:Acho que de uma coisa não se pode extrapolar a outra.


Em sentido estrito, não.
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por Elias » 1/9/2010 20:34

MarcoAntonio Escreveu:E tu tens dificuldades com o problema em escalas menores. Que fará em escalas maiores...


Não necessariamente.

Compara com os mercados: podes ter dificuldades em detectar a tendência de curto prazo mas conseguir descortinar de forma clara a tendência de longo prazo.

Acho que de uma coisa não se pode extrapolar a outra.
 
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 20:33

Sim, são distintos mas inequivocamente relacionados. A diferença é (essencialmente) de escala, o sistema físico que estás a estudar é o mesmo. E tu tens dificuldades com o problema em escalas menores. Que fará em escalas maiores...
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por Elias » 1/9/2010 20:24

MarcoAntonio Escreveu:E o facto dos mais proeminentes climatologistas (nós mal conseguimos prever a temperatura daqui a dez dias com um grau de acerto razoável - pelo menos que seja muito distinguível do bom senso)


Marco estás a misturar meteorologia com climatologia mas são domínios bastante distintos...
 
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 20:12

E já agora, um cheirinho dos modelos climatológicos que existem:

http://en.wikipedia.org/wiki/Climate_model


Como é que se pode ter certezas absolutas e como que chamar idiotas aos outros (ao nível de estarem a dizer que a Terra é plana) se ainda nem um sólido, quase perfeito, modelo climatológico existe?

Ok, agora apresenta-me aí uma série de diferentes formatos da Terra que sejam actualmente considerados e discutidos e trabalhados para discutirmos se a esfericidade da terra e as implicações da emissão do CO2 estão ao mesmo nível e se os posicionamento dos diversos individuos em relação às duas matérias são directamente realmente comparáveis (equivalentes) cientifica e filosoficamente falando...
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por TheTraveler » 1/9/2010 20:05

pdcarrico Escreveu:A influência do homem no ambiente é mais do apenas provável


Não tenho dúvidas que o homem tenha bastante influência no meio ambiente, tudo o que fazemos tem consequências cá em baixo. isso é um facto! Rios poluídos, poluição nas cidades,etc, etc.
Agora dai a influenciar o aquecimento global... a distância ainda é grande.


pdcarrico Escreveu:Também têm todo o direito de achar que podemos inundar a atmosfera de CO2 sem qualquer tipo de consequência.


O vulcão Islandês foi mais uma prova de que o C02 produzido pelo homem é negligenciável. Não deves ter lido a parte em que esse vulcão produziu por dia o mesmo que Portugal produz em 2,5 a 5 anos.


pdcarrico Escreveu:O vosso direito de achar que o CO2 que nós mandamos não faz mal nenhum ao ambiente é o mesmo direito que têm as tais pessoas em acreditar que a Terra é plana.
Por muitas provas científicas que haja, haverá sempre quem não acredite no óbvio.


Tal como te posso pôr aqui provas científicas de que o Co2 que produzimos não está directamente relacionado com o aquecimento global e tu não vais acreditar nelas.

Conheces a FAO? Para ti devem ser mais uns que acham que a terra é plana...

http://www.fao.org/newsroom/en/news/200 ... index.html

29 November 2006, Rome - Which causes more greenhouse gas emissions, rearing cattle or driving cars?

Surprise!

According to a new report published by the United Nations Food and Agriculture Organization, the livestock sector generates more greenhouse gas emissions as measured in CO2 equivalent – 18 percent – than transport. It is also a major source of land and water degradation.


Sempre que se fala do Co2 atacam-se os carros e a produção eléctrica a partir de combustíveis fósseis. Não se vê ninguém a atacar a produção pecuária mundial, que só por acaso até produz mais gazes do que todos os transportes do mundo... Dados da FAO, aquela organização que acredita que a terra é plana... Mas não se vê ninguém a promover o consumo de menos carne da mesma maneira que promovem a ideia de que se devem consumir menos combustíveis fósseis.
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 20:03

pdcarrico Escreveu:Por muitas provas científicas que haja, haverá sempre quem não acredite no óbvio.


E só como remate, a alusão "à Terra plana" e retórica como esta, convém notar, pode sempre ser invertida...


Haverá sempre quem acredite que tem uma prova categórica e definitiva e que o que apresenta é "o óbvio" em que todo o ser inteligente tem de concordar, quando não a tem.


E sim, esses individuos podem ser cientistas e até podem convencer a comunidade científica a chegar a um consenso. Para mais tarde ser tudo refutado. Não é uma especulação, é simplesmente algo que já aconteceu n vezes!
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por MarcoAntonio » 1/9/2010 19:54

pdcarrico Escreveu:O vosso direito de achar que o CO2 que nós mandamos não faz mal nenhum ao ambiente é o mesmo direito que têm as tais pessoas em acreditar que a Terra é plana.
Por muitas provas científicas que haja, haverá sempre quem não acredite no óbvio.


Desculpa que não é.

Uma é uma certeza científica, verificável (a Terra não é plana).

A outra não é, embora possa haver quem a tome por certeza. Não está categoricamente provado que emitir CO2 para o ambiente faça mal (convém definir aqui de resto o que é o "mal") porque por exemplo, tens de provar - entre outras coisas - que a Terra não é capaz de contrariar e regerar equilibrios a partir do momento que tu a empurras numa direcção. E não é preciso assumir a Teoria de Gaia para aceitar algo como isto porque mecanismos simples de gerar re-equilibrio existem na natureza e são conhecidos.

Aqui a questão é que existe um enormíssimo consenso sobre uma coisa mas essa coisa não prova nem demonstra categoricamente, nem pouco mais ou menos, aquilo que tu estás a sugerir que todos devem aceitar que prova. E se sobre a relação entre a actividade Humana e a subida da Temperatura existe um enorme consenso, já sobre o que vem a seguir a isso não existe (nem deve existir só porque existe relativamente à primeira, porque uma não implica a outra).

E o facto dos mais proeminentes climatologistas (nós mal conseguimos prever a temperatura daqui a dez dias com um grau de acerto razoável - pelo menos que seja muito distinguível do bom senso) basear-se nesse tipo de lógica ou conjuga-la com o seu conhecimento e opinião, mesmo admitindo que é um tipo muito competente, não o impede de cair em falácias lógicas que ele toma por tautologias. Ou até na pura e simples arrogância...


Cientifica e filosoficamente falando, não é a mesma coisa...


E se tu não estás a ver a diferença, eu mostro-te o que é realmente equivalente: o equivalente a alguém questionar se a Terra é redonda, é alguém questionar se as temperaturas médias subiram nas últimas décadas!
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