Se não fosse politica, recomendação seria de strong buy
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Se não fosse politica, recomendação seria de strong buy
As tácticas da Goldman para animar os mercados
Rui Barroso e Luís Leitão
02/03/12 00:05
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Banco de investimento apresentou as suas perspectivas para os mercados. Crise do euro continua a ser a incógnita.
O Goldman Sachs trouxe a Portugal alguns dos seus melhores especialistas para apresentarem a investidores portugueses a estratégia para abordar os mercados em 2012.
A crise de dívida na Europa continua, na perspectiva dos especialistas do Goldman, a assombrar os mercados.
O economista-chefe do banco de investimento para a Europa, Andrew Benito, estima mesmo que a economia da zona euro tombe 0,8% este ano, o que contrasta com o consenso do mercado que aponta para um deslize de 0,1%. A indecisão e a incerteza em torno da evolução da crise de dívida leva o estratega de acções europeias, Christian Mueller-Glissman, a estar cauteloso. "No curto prazo o mercado estará dependente de decisões políticas e isso pode facilmente ofuscar a melhoria que temos observado nos indicadores. Se não fosse a crise de dívida teríamos neste momento uma recomendação de ‘forte compra'. Mas pensamos que, no curto prazo, a situação política vai piorar antes de melhorar e os mercados estão a reagir a isso. Temos de ser cautelosos", referiu o especialista em entrevista ao Diário Económico.
Acções com boas perspectivas a 12 meses
Apesar da incerteza em torno da situação na zona euro, Mueller-Glissman está optimista para o desempenho das bolsas num prazo a 12 meses. "Se a situação actual da zona euro não existisse e tivéssemos um cenário normal de recuperação, esta seria a altura ideal para comprar acções", referiu, tendo em conta os indicadores que utiliza para analisar os mercados. O problema, reconhece Mueller-Glissman, é que "precisamos de uma estabilização da zona euro e isso implica uma neutralização da dívida. Isso implica um tipo de mecanismo que permita a partilha do risco de crédito na zona euro".
Para isso suceder, Andrew Benito referiu, na sua apresentação, que é necessário que a Alemanha aceite a neutralização da dívida e que Berlim precisa de estar segura que existe disciplina e controlo orçamental. Também o BCE só deverá avançar para medidas mais proactivas para conter a crise após os países se comprometerem com o ‘fiscal compact'.
Apesar da incerteza em torno da crise do euro, o estratega de acções acredita que entre o dilema de fraco crescimento da economia e de avaliações atractivas das acções, os investidores irão optar pela segunda alternativa. "No último ano foi tudo sobre factores negativos que vão acontecer este ano, mas agora é sobre a recuperação e o facto das avaliações estarem já a descontar muitas notícias negativas", defende.
Petróleo é a grande aposta para as matérias-primas
Além da recessão na Europa, os economistas do Goldman Sachs antecipam uma desaceleração do crescimento económico mundial. Estimam que o mundo cresça 3,3% este ano, menos 0,5 pontos percentuais que em 2011. Apesar disto, o abrandamento não torna o estratega de ‘commodities' do banco menos optimista para a evolução dos preços do ‘ouro negro. "Não vejo grande potencial de descida para o preço do petróleo, mesmo num cenário de crescimento da economia global mais controlado. Mas tudo vai depender de como é que esse esfriamento irá suceder", explicou o estratega de commodities, Stefan Wieler, ao Diário Económico. Já para o ouro, o especialista reconhece que há uma bolha no metal amarelo e que a dado ponto os preços terão de corrigir. No entanto, não antevê que isso aconteça enquanto as taxas de juro reais não subirem, algo que não se perspectiva para os próximos 12 meses.
Nota: Trabalho publicado na edição de 2 de Fevereiro de 2012 do Diário Económico
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