Default de dívida pública
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Haircuts, perdões e outras confusões.
Em relação aos certificados do tesouro, em caso de haircut da dívida portuguesa, eles também seriam "haircu(r)tados" ? É que isto torna-se muito confuso.
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Saiu hoje no económico,
Não percebi o alcance desta notícia... Haircut de mais de 5% nas OT´s Portuguesas??
Portugal foi forçado a aplicar descontos no valor de dívida soberana nos activos dos seus bancos.
Portugal, Espanha e Itália foram obrigados a ceder terreno nas negociações para um reforço do capital da banca europeia. Depois de mais de dez horas de reunião entre ministros das finanças em Bruxelas, um princípio de acordo aponta para uma recapitalização da banca europeia em quase 110 mil milhões de euros para cumprir um rácio de capital de 9%. Esta medida, vai impor um fardo ainda maior à banca portuguesa, que detém muita divida soberana do país, mas está ainda dependente do acordo de todos os líderes no dia de hoje para ser adoptada. O desconto, segundo os valores de referência nos mercados pode 60% na dívida grega a 5% na espanhola e italiana, enquanto Portugal e Irlanda estão no meio. A banca de Portugal já estava obrigada a atingir um rácio de 9% este ano e de 10% em 2012, mas não exactamente nestas condições.
Havia outra opção sobre a mesa que exclui os descontos de dívida mas exige um rácio de capital de 9,5% a toda a banca europeia, e por isso está afastada pela maioria dos países, num debate que foi marcado no final por uma oposição entre os periféricos do sul contra os outros 24, explicam fontes diplomáticas.
No caso da Grécia, o desconto - conhecido por haircut em inglês - de divida soberana será real nos balanços dos credores, e não apenas na avaliação do capital dos bancos. As duas opções de recorte na mesa são exigidas pelo deteriorar das condições económicas da Grécia nos últimos meses. Para o novo empréstimo à Grécia se manter em cerca de 110 mil milhões, como foi acordado em 21 de Julho, as perdas dos credores tem de se elevar a 60%, e para ficar em metade (50%), o novo resgate terá de subir a pelo menos 115 mil milhões. Talvez uma das partes mais dura do acordo passa agora por convencer a banca privada a subscrever o plano sem declarar um incumprimento, quando é disso que se trata.
Com valores destes, e tendo em conta que o fundo já só detém cerca de 250 mil milhões líquidos, a pressão para o reforçar é cada vez maior, sobretudo agora que terá novas funções, podendo comprar dívida pública e ajudar um país fora de um programa.
Os contornos desse reforço foram limados mas ainda não estão fechados. Uma solução passa pelo empenho do FMI (Fundo Monetário Internacional) nas operações de compra de divida soberana no mercado secundário, de recapitalização da banca ou de acção preventiva. Ou seja, caberia de novo ao FMI ajudar os europeus. A alternativa é fazer do FEEF - fundo de resgate - um seguro contra o risco de incumprimento de parte da dívida emitida pelos estados membros.
A chanceler Angela Merkel e o presidente Nicolas Sarkozy, jantaram ontem em Bruxelas com o presidente do BCE, Jean Claude Trichet, o presidente do Conselho, Van Rompuy e da Comissão, Durão Barroso, onde debateram estas linhas de acordo desenhado pelos ministros de finanças. A reunião é hoje alargada a 27 para ao fim da tarde voltar ao formato Eurogrupo de líderes. Contudo só na nova reunião extraordinária de quarta-feira será espera um acordo final entre os líderes
Não percebi o alcance desta notícia... Haircut de mais de 5% nas OT´s Portuguesas??
Portugal foi forçado a aplicar descontos no valor de dívida soberana nos activos dos seus bancos.
Portugal, Espanha e Itália foram obrigados a ceder terreno nas negociações para um reforço do capital da banca europeia. Depois de mais de dez horas de reunião entre ministros das finanças em Bruxelas, um princípio de acordo aponta para uma recapitalização da banca europeia em quase 110 mil milhões de euros para cumprir um rácio de capital de 9%. Esta medida, vai impor um fardo ainda maior à banca portuguesa, que detém muita divida soberana do país, mas está ainda dependente do acordo de todos os líderes no dia de hoje para ser adoptada. O desconto, segundo os valores de referência nos mercados pode 60% na dívida grega a 5% na espanhola e italiana, enquanto Portugal e Irlanda estão no meio. A banca de Portugal já estava obrigada a atingir um rácio de 9% este ano e de 10% em 2012, mas não exactamente nestas condições.
Havia outra opção sobre a mesa que exclui os descontos de dívida mas exige um rácio de capital de 9,5% a toda a banca europeia, e por isso está afastada pela maioria dos países, num debate que foi marcado no final por uma oposição entre os periféricos do sul contra os outros 24, explicam fontes diplomáticas.
No caso da Grécia, o desconto - conhecido por haircut em inglês - de divida soberana será real nos balanços dos credores, e não apenas na avaliação do capital dos bancos. As duas opções de recorte na mesa são exigidas pelo deteriorar das condições económicas da Grécia nos últimos meses. Para o novo empréstimo à Grécia se manter em cerca de 110 mil milhões, como foi acordado em 21 de Julho, as perdas dos credores tem de se elevar a 60%, e para ficar em metade (50%), o novo resgate terá de subir a pelo menos 115 mil milhões. Talvez uma das partes mais dura do acordo passa agora por convencer a banca privada a subscrever o plano sem declarar um incumprimento, quando é disso que se trata.
Com valores destes, e tendo em conta que o fundo já só detém cerca de 250 mil milhões líquidos, a pressão para o reforçar é cada vez maior, sobretudo agora que terá novas funções, podendo comprar dívida pública e ajudar um país fora de um programa.
Os contornos desse reforço foram limados mas ainda não estão fechados. Uma solução passa pelo empenho do FMI (Fundo Monetário Internacional) nas operações de compra de divida soberana no mercado secundário, de recapitalização da banca ou de acção preventiva. Ou seja, caberia de novo ao FMI ajudar os europeus. A alternativa é fazer do FEEF - fundo de resgate - um seguro contra o risco de incumprimento de parte da dívida emitida pelos estados membros.
A chanceler Angela Merkel e o presidente Nicolas Sarkozy, jantaram ontem em Bruxelas com o presidente do BCE, Jean Claude Trichet, o presidente do Conselho, Van Rompuy e da Comissão, Durão Barroso, onde debateram estas linhas de acordo desenhado pelos ministros de finanças. A reunião é hoje alargada a 27 para ao fim da tarde voltar ao formato Eurogrupo de líderes. Contudo só na nova reunião extraordinária de quarta-feira será espera um acordo final entre os líderes
Lose your opinion, not your money
sqezer Escreveu:Outra questão relacionada, a partir do incumprimento da dívida de 2011 a divida com outros prazos não se considera vencida a partir desse primeiro incumprimento?
Outra questão, os bancos andam a negociar o haircut com a troika, e os investidores particulares serão forçados a aceitar esse haircut?
E em caso de prolongamento do prazo?
Exactamente a questão que "anda" comigo há uns dias!!
Alguém sabe se um particular tem que aceitar perdões dos bancos?
I love this game!
Outra questão relacionada, a partir do incumprimento da dívida de 2011 a divida com outros prazos não se considera vencida a partir desse primeiro incumprimento?
Outra questão, os bancos andam a negociar o haircut com a troika, e os investidores particulares serão forçados a aceitar esse haircut?
E em caso de prolongamento do prazo?
Outra questão, os bancos andam a negociar o haircut com a troika, e os investidores particulares serão forçados a aceitar esse haircut?
E em caso de prolongamento do prazo?
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Default de dívida pública
No caso de um default da divida pública todas as emissões de dívida sofrerão um haircut de igual percentagem ou poderá haver discriminação entre os diversos instrumentos de dívida e prazos?
Isto é, poderão os certificados do tesouro, por serem instrumentos preferencialmente orientados para as famílias, ter uma penalização inferior às obrigações do tesouro?
Os prazos mais longos serão beneficiados relativamente aos prazos mais curtos?
Obrigado
Isto é, poderão os certificados do tesouro, por serem instrumentos preferencialmente orientados para as famílias, ter uma penalização inferior às obrigações do tesouro?
Os prazos mais longos serão beneficiados relativamente aos prazos mais curtos?
Obrigado
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