Quem pode imprimir dinheiro?
Reserva Federal Americana?
O que tem em comum a Reserva Federal Americana, os atentados de 11 de Setembro de 2001 e a Nova Ordem Mundial?!
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hmaavv Escreveu:O desenvolvimento do papel moeda teve a sua origem nos desenvolvimento dos bancos privados , momentos houve em que num mesmo país havia moedas de variados bancos, o sistema assentava na confiança de que o valor impresso poderia ser trocado por um valor real ( ouro ou outra moeda )junto do banco emitente , só mais tarde é que os estados passaram a conceder o privilégio da emissão de moeda a um único banco normalmente o banco central do país.
Actualmente podemos todos pegar nos eventuais dolares que detivermos e trocar por "thin air" acho que é a expressão que está na moda agora, e qualquer dia já nem para isso vai servir, não digo amanhã nem me atrevo a dizer uma data, pois já não é de agora que se fala da hemorragia imparável que é o défice Americano, mas nunca esteve tão mal, digo eu...
Edit: Actualmente as economias mundias(não todas claro está) são como que toxicodependente, a toxina chama-se dolar. Os toxicodependentes quando querem deixar a droga, fazem uma coisa que se chama "desmame" para não custar tanto, é exactamente disso que o mundo precisa um desmame atravez de politicas reformistas responsáveis e progressivas, caso contrario é recessão depressão what ever you name it. Nós já estamos a soro!
Boas noites
Choco time!
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O desenvolvimento do papel moeda teve a sua origem nos desenvolvimento dos bancos privados , momentos houve em que num mesmo país havia moedas de variados bancos, o sistema assentava na confiança de que o valor impresso poderia ser trocado por um valor real ( ouro ou outra moeda )junto do banco emitente , só mais tarde é que os estados passaram a conceder o privilégio da emissão de moeda a um único banco normalmente o banco central do país.
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Atomez Escreveu:bmiguelmf Escreveu:De cada vez que penso neste sistema economico Americano, mais repugnante me parece.
Bom, então será melhor mudares de planeta porque esse sistema é o americano e o do resto do mundo todo!
Excetuando talvez a Coreia do Norte e Cuba...
Parece uma ideia razoável, vou já à nasa amanhã comprar o bilhete.
Da maneira como falas parece impossivel evoluir mudar ou aperfeiçoar. Aliás acho que sempre vivemos neste sistema não foi?
É obvio que as coisas precisam de mudar, quando digo "repugnante" refiro-me à politica irresponsável que os EUA têm imposto ao mundo devido ao facto de todo o mundo estar de mãos e pés atados por causa de uma coisa que se chama dolar.
Mas se calhar devemos todos calarmo-nos e aceitar de bom grado que nos metam constantemente o dedo no #$
Vá lá... É preciso mesmo ser assim???
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bmiguelmf Escreveu:De cada vez que penso neste sistema economico Americano, mais repugnante me parece.
Bom, então será melhor mudares de planeta porque esse sistema é o americano e o do resto do mundo todo!
Excetuando talvez a Coreia do Norte e Cuba...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Pelo facto de pertencerem ao Sistema Europeu de Bancos Centrais, os 10 BCN da UE não participantes na área do euro devem contribuir para os custos operacionais incorridos pelo BCE mediante o pagamento de uma percentagem mínima da respectiva participação no capital do BCE. Desde 29 de Dezembro de 2010, essas contribuições correspondem a 3,75% da respectiva participação, totalizando 121 176 379,25 euros, como especificado a seguir:
A informação estava toda no site do BCE.
Permanece a pergunta, por exemplo, o Banco de Inglaterra tem poder de decisão no BCE?
Obrigado
A informação estava toda no site do BCE.
Permanece a pergunta, por exemplo, o Banco de Inglaterra tem poder de decisão no BCE?
Obrigado
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Porque é que os bancos centrais de fora da zona euro têm posições no BCE mas não recebem nada com isso?
Só para terem poder de decisão sobre eventuais politicas monetárias? Não faz sentido acho eu!
The non-euro area NCBs are not entitled to receive any share of the distributable profits of the ECB, nor are they liable to fund any losses of the ECB.
Só para terem poder de decisão sobre eventuais politicas monetárias? Não faz sentido acho eu!
The non-euro area NCBs are not entitled to receive any share of the distributable profits of the ECB, nor are they liable to fund any losses of the ECB.
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richardj Escreveu:entao quem é que sao os principais accionistas do BCE ?
é que eu pensava que os bancos centrais pertenciam ao governo de cada pais. o banco de portugal é 100% ou tambem tem privados? nunca ouvi falar disto...
Os donos do BCE são os Bancos Centrais de cada país. No caso Português, o dono do banco central é a República Portuguesa, mas no caso Italiano, 93% do Banco d'Italia são propriedade dos bancos privados italianos. O Bundesbank é detido pelos bancos regionais que são semi-privados. O Banco de Inglaterra só foi nacionalizado em 1946, em pleno pós-guerra. Com um bocadinho de pesquisa e com acesso à lista abaixo disponibilizada, conseguirás perceber quem manda no BCE.
Estes são os accionistas do BCE:
http://en.wikipedia.org/wiki/European_C ... ganization
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fooman Escreveu:Os [b]USA não têm emitido dinheiro nenhum. Quem emite é a Reserva Federal, que depois adquire dívida pública americana usando esse capital, ou seja, torna-se credor de todos os americanos.
Eu sei que é assim que funciona, mas esta frase soa-me a uma falsa verdade.
De cada vez que penso neste sistema economico Americano, mais repugnante me parece.
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Ora já vi aqui muita coisa escrita, mas faltam uns detalhes interessantes para rematar a coisa:
A emissão de moeda está restrita a determinadas entidades que podem ser públicas ou privadas, que detêm a exclusividade da emissão da mesma, negociada normalmente em tempos de terrível dificuldade que determinados governos tinham no controlo da sua dívida.
Um bom exemplo é o Português. O Banco de Portugal detinha o direito exclusivo de emissão e controlo de moeda dentro do território nacional, até à introdução do euro e era, até 1974, uma entidade PRIVADA, detida por pessoas físicas PRIVADAS, que obtinham os seus lucros emprestando ao estado e cobrando juros.
É exactamente isso que a Reserva Federal Americana faz nos dias de hoje. Nos ultimos 2 anos, a FED emprestou (e todos os dias empresta) triliões de USD ao governo americano e cobra juros. O Lucro da FED nos ultimos 2 anos atingiu os 125 mil milhões de USD, que são distribuidos via dividendos aos seus accionistas, que ninguém sabe quem são, mas que nada têm que ver com o estado americano.
Outro exemplo mais normal é o Banco de Itália, que é detido em 93% por entidades PRIVADAS, nomeadamente bancos (que por sua vez são detidos a 100% por outras entidades privadas).
Os USA não têm emitido dinheiro nenhum. Quem emite é a Reserva Federal, que depois adquire dívida pública americana usando esse capital, ou seja, torna-se credor de todos os americanos.
Há mais coisas para falar sobre isto. Nomeadamente o controlo do Banco Central Europeu por entidades privadas. O Banco de Portugal é das poucas entidades públicas que existem no Banco Central Europeu.
A emissão de moeda está restrita a determinadas entidades que podem ser públicas ou privadas, que detêm a exclusividade da emissão da mesma, negociada normalmente em tempos de terrível dificuldade que determinados governos tinham no controlo da sua dívida.
Um bom exemplo é o Português. O Banco de Portugal detinha o direito exclusivo de emissão e controlo de moeda dentro do território nacional, até à introdução do euro e era, até 1974, uma entidade PRIVADA, detida por pessoas físicas PRIVADAS, que obtinham os seus lucros emprestando ao estado e cobrando juros.
É exactamente isso que a Reserva Federal Americana faz nos dias de hoje. Nos ultimos 2 anos, a FED emprestou (e todos os dias empresta) triliões de USD ao governo americano e cobra juros. O Lucro da FED nos ultimos 2 anos atingiu os 125 mil milhões de USD, que são distribuidos via dividendos aos seus accionistas, que ninguém sabe quem são, mas que nada têm que ver com o estado americano.
Outro exemplo mais normal é o Banco de Itália, que é detido em 93% por entidades PRIVADAS, nomeadamente bancos (que por sua vez são detidos a 100% por outras entidades privadas).
Os USA não têm emitido dinheiro nenhum. Quem emite é a Reserva Federal, que depois adquire dívida pública americana usando esse capital, ou seja, torna-se credor de todos os americanos.
Há mais coisas para falar sobre isto. Nomeadamente o controlo do Banco Central Europeu por entidades privadas. O Banco de Portugal é das poucas entidades públicas que existem no Banco Central Europeu.
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Também nunca entendi muito bem este tema, mas ao contrário do que aqui alguns referem tenho ideia que os EUA estão fartos de imprimir dinheiro como se não houvesse amanhã. Se pesquisarem no google:
http://www.google.com/search?q=US+printing+money
O que lhes tem permitido todos os estímulos e pacotes de ajuda sem se darem à "chatice" de terem austeridade. E a ideia que tenho é que os EUA se podem dar a esse luxo porque o dólar é a tal moeda global, a inflação gerada pela impressão de dinheiro é parte dela exportada (o que pode até estar relacionada com a alta de preços nos produtos alimentares por exemplo) e a desvalorização aqui mencionada é muito minimizada por ser uma moeda de procura global.
Julgo que até é por isso que há tantas pessoas a afirmar existir uma guerra contra o euro, pois deixando o dólar de ser a moeda global, ou pelo menos perder parte dessa função, os EUA simplesmente não conseguiriam pagar o que devem porque já não poderiam imprimir notas desta forma, teriam desvalorizações e inflação galopante.
Em relação à Europa, julgo que se tem resistido a isso, mas com estes últimos acordos penso que a coisa também passará por imprimir muito dinheiro, e se calhar andam todos a cozinhar o pior estoiro económico e social da história humana para os próximos anos.
Mas confesso a minha ignorância sobre o assunto, é apenas a ideia que tenho.
Um artigo recente:
http://www.businessinsider.com/why-its- ... ebt-2011-8
http://www.google.com/search?q=US+printing+money
O que lhes tem permitido todos os estímulos e pacotes de ajuda sem se darem à "chatice" de terem austeridade. E a ideia que tenho é que os EUA se podem dar a esse luxo porque o dólar é a tal moeda global, a inflação gerada pela impressão de dinheiro é parte dela exportada (o que pode até estar relacionada com a alta de preços nos produtos alimentares por exemplo) e a desvalorização aqui mencionada é muito minimizada por ser uma moeda de procura global.
Julgo que até é por isso que há tantas pessoas a afirmar existir uma guerra contra o euro, pois deixando o dólar de ser a moeda global, ou pelo menos perder parte dessa função, os EUA simplesmente não conseguiriam pagar o que devem porque já não poderiam imprimir notas desta forma, teriam desvalorizações e inflação galopante.
Em relação à Europa, julgo que se tem resistido a isso, mas com estes últimos acordos penso que a coisa também passará por imprimir muito dinheiro, e se calhar andam todos a cozinhar o pior estoiro económico e social da história humana para os próximos anos.
Mas confesso a minha ignorância sobre o assunto, é apenas a ideia que tenho.
Um artigo recente:
http://www.businessinsider.com/why-its- ... ebt-2011-8
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Muffin Escreveu:FilRib Escreveu:Agora a minha pergunta é outra: quais são os países que podem imprimir? Se imprimir desvaloriza a moeda isso é bom para países exportadores em massa...
Quem regula?
Muito perguntas tu
Pensa sempre a partir de uma situação de equilibrio, em que um país está em sintonia com o exterior.
Se aumentares a massa monetária, em condições normais, o dinheiro vai ser gasto na compra de bens e/ou serviços (seja por gasto directo ou indirecto - investimento).
Isso vai aumentar a procura interna com alguns efeitos imediatos, o aumento do Gasto agregado leva ao aumento do Produto Interno no curto prazo, ao aumento das importações e o aumento dos preços (por via do aumento da Procura). Numa segunda fase irá levar ao aumento dos saláios para repôr o poder de compra que a inflação vai "comendo".
Dito isto passámos a uma situação de desequilibrio, uma vez que os bens internos ficaram mais caros e os externos estarão ao mesmo preço (para além de termos um buraco nas contas externas).
O mercado regula estes desequilibrios através da desvalorizaçñao da moeda, até se voltar a ter uma taxa de equilibrio que reponha a competitividade perdida (mas desta vez com uma inflação que antes não existia, derivada do aumento das expectativas internas e do aumento do custo na aquisiçñao dos produtos externos). Todos os ingredientes para uma recessão (ou pior se este ciclo se autoalimentar) e um "comer" do aumento provocado anteriormente. Ou seja, uma grande trapalhada... Existem muitos exemplos.
Respondendo à tua pergunta, pode emitir moeda qualquer Estado / Banco Central que detenha moeda própria, mas pelos seus resultados, não o faz.
Agora, passemos às situaçoes não "normais", como por exemplo a do japão ou dos EUA (e em grande parte a Europa).
Quando a taxa de juro é zero ou próximo dela, a política monetária não funciona. na prática, aumentar a moeda em circulação será como deitar uns baldes de água numa piscina.
Isto acontece porque se vive uma situação em que o dinheiro existente já não circula para Gastos ou investimento, ou seja, quem detém capital, não o gasta (e.g. porque não quer aumentar capacidade produtiva uma vez que a Procura não o justifica), apenas o deixa no Banco ou o aplica em activos "seguros" como depósitos Bancários, ou produtos mais ou menos estruturados.
O famoso QE2 por exemplo, o que fez na prática foi moneratizar a dívida, mais ou menos como imprimir dinheiro sem o fazer. Muitos, baseados na análise descrita acima previram o Armagedon e a descida de Cristo à Terra, no entanto as taxas de juro não subiram, a inflação não subiu, e o produto não subiu. o único que subiu foram as Bolsas de Valores.
Outro exemplo sobre o que provoca o excesso de liquidez existente nos EUA foi citado o outro dia em que um Banco Americano passou a cobrar uma taxa para depósito acima de xxx.xxx.xxx dólares, o que na prática torna o juro negativo.
Espero não ter sido pouco preciso e mais ou menos claro.
E muito respondes tu! Grande abraço e obrigado. Boas explicaçoes.

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FilRib Escreveu:Quais são as regras definidas? Se por exemplo os EUA imprimissem agora uns bons maços à revelia ...?
Os chineses passavam-se da carola e invadiam os States.
(a China tem as poupanças de 3 décadas denominadas em USD, até ficavam com os olhos em bico )
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Se circula por aí que o tal do "Strauss-Kahn" estava nos EUA numa missão do FMI para se inteirar se no "Fort Knox" existe o ouro que os americanos dizem ter lá armazenados para pagar a sua dívida ao FMI e verificar se o mesmo é mesmo ouro ou aquilo que os chinokas devolveram por nem eles terem imitações tão reles,,,, também podemos esperar que parte dos $(dólares) que circulam não terem cobertura, isto é emitidos pela porta do cavalo.
É melhor não ligarmos muito a isso, os países que emitem moeda estão sempre à vontade.
Se há tanta moeda falsa a circular, emitida por particulares, porque é que eles (os bancos centrais) haviam de estar inibidos de o fazer.
É melhor não ligarmos muito a isso, os países que emitem moeda estão sempre à vontade.
Se há tanta moeda falsa a circular, emitida por particulares, porque é que eles (os bancos centrais) haviam de estar inibidos de o fazer.
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.
Nem mais. Esta notícia desta tarde ajuda um pouco:
in: http://economico.sapo.pt/noticias/kr...ha_115721.html
Cumprimentos,
.
Nem mais. Esta notícia desta tarde ajuda um pouco:
Krugman acusa BCE de castigar periféricos em favor da Alemanha
Rui Barroso
11/04/11 17:20
O Nobel da economia defende que o BCE está a procurar acabar com os desequilíbrios à custa dos países do sul da Europa.
O Nobel da economia, Paul Krugman, tem lançado uma série de ataques à política do BCE. Em sucessivos ‘posts' no seu blogue, o economista defende que "o BCE está a exigir a remoção dos desequilíbrios de competitividade via deflação no sul, e nada através de inflação na Alemanha". Diz mesmo que a política monetária está a servir única e exclusivamente a Alemanha.
Krugman explica que "a introdução do euro levou a um período de baixas taxas de juro no sul da Europa, provocando um ‘boom' inflacionário; quando o ‘boom' acabou, estes países tornaram-se não competitivos em relação ao norte da Europa".
Estes desequilíbrios foram criados aquando da criação do euro, que permitiu a "países que anteriormente pagavam elevados prémios nos juros encontraram-se em condições para pedir emprestado nos mesmo termos da Alemanha, o que se traduziu numa grande queda nos seus custos de capital". Isto levou a bolhas e inflações e a consequência é a crise actual.
Para corrigir estes desequilíbrios, Krugman questiona: "Deverão ocorrer via inflação na Alemanha ou deflação na Espanha?". A resposta do economista é que "numa perspectiva pan-europeia, a resposta é seguramente através de ambos - e dado que a deflação é sempre mais dolorosa, a maior parte do ajustamento deve de facto tomar a forma de aumento de salários na Alemanha em vez de quedas nos salários em Espanha".
E é neste ponto que a visão de Krugman e de Jean-Claude Trichet divergem. Na semana passada, o BCE aumentou as taxas de referência em 25 pontos base para 1,25% e os economistas antecipam novas subidas. Para o Nobel da economia, "o BCE está a sinalizar que a inflação na Alemanha não será tolerada, colocando a totalidade do fardo na deflação na periferia".
As consequências desta política, alerta Krugman, são uma "prolongada e dolorosa queda na periferia e, quase seguramente, enormes ‘defaults". Refere ainda que isso aumenta as probabilidades de uma quebra do euro.
in: http://economico.sapo.pt/noticias/kr...ha_115721.html
Cumprimentos,
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FilRib Escreveu:Agora a minha pergunta é outra: quais são os países que podem imprimir? Se imprimir desvaloriza a moeda isso é bom para países exportadores em massa...
Quem regula?
Muito perguntas tu

Pensa sempre a partir de uma situação de equilibrio, em que um país está em sintonia com o exterior.
Se aumentares a massa monetária, em condições normais, o dinheiro vai ser gasto na compra de bens e/ou serviços (seja por gasto directo ou indirecto - investimento).
Isso vai aumentar a procura interna com alguns efeitos imediatos, o aumento do Gasto agregado leva ao aumento do Produto Interno no curto prazo, ao aumento das importações e o aumento dos preços (por via do aumento da Procura). Numa segunda fase irá levar ao aumento dos saláios para repôr o poder de compra que a inflação vai "comendo".
Dito isto passámos a uma situação de desequilibrio, uma vez que os bens internos ficaram mais caros e os externos estarão ao mesmo preço (para além de termos um buraco nas contas externas).
O mercado regula estes desequilibrios através da desvalorizaçñao da moeda, até se voltar a ter uma taxa de equilibrio que reponha a competitividade perdida (mas desta vez com uma inflação que antes não existia, derivada do aumento das expectativas internas e do aumento do custo na aquisiçñao dos produtos externos). Todos os ingredientes para uma recessão (ou pior se este ciclo se autoalimentar) e um "comer" do aumento provocado anteriormente. Ou seja, uma grande trapalhada... Existem muitos exemplos.
Respondendo à tua pergunta, pode emitir moeda qualquer Estado / Banco Central que detenha moeda própria, mas pelos seus resultados, não o faz.
Agora, passemos às situaçoes não "normais", como por exemplo a do japão ou dos EUA (e em grande parte a Europa).
Quando a taxa de juro é zero ou próximo dela, a política monetária não funciona. na prática, aumentar a moeda em circulação será como deitar uns baldes de água numa piscina.
Isto acontece porque se vive uma situação em que o dinheiro existente já não circula para Gastos ou investimento, ou seja, quem detém capital, não o gasta (e.g. porque não quer aumentar capacidade produtiva uma vez que a Procura não o justifica), apenas o deixa no Banco ou o aplica em activos "seguros" como depósitos Bancários, ou produtos mais ou menos estruturados.
O famoso QE2 por exemplo, o que fez na prática foi moneratizar a dívida, mais ou menos como imprimir dinheiro sem o fazer. Muitos, baseados na análise descrita acima previram o Armagedon e a descida de Cristo à Terra, no entanto as taxas de juro não subiram, a inflação não subiu, e o produto não subiu. o único que subiu foram as Bolsas de Valores.
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FilRib Escreveu:Agora a minha pergunta é outra: quais são os países que podem imprimir? Se imprimir desvaloriza a moeda isso é bom para países exportadores em massa...
Quem regula?
Os bancos centrais.
Nos EUA é o banco central lá do sitío, ou seja, a FED.
Na zona euro é o banco central europeu, BCE.
A crise da dívida europeia poderia ter a sua solução facilitada se o sr. Trichet e o conselho de governadores concordassem com a impressão de moeda.
Acontece que isso é criar inflação.
Acontece que a alemanha têm um ódio de morte à inflação ( talvez más recordações do reich mark de entre as duas guerras ) e, por outro lado, porque não tem problema de dívida esse não é o campeonato deles. Interessa-lhes o euro forte e inflação baixa porque são grandes exportadores de produtos com elevado valor acrescentado e tecnológicamente avançados.
Vai daí estamos lixados.
Estamos a jogar no mesmo campeonato da alemanha mas com uma equipa de coxos. Só podemos ir de cabazada em cabazada.
Cumprimentos,
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Curiosamente a inflação elevada ao exigir mais dólares para comprar a mesma coisa acaba por anular o efeito de se ter impresso "demasiado" pois esse "demasiado" já não o é pois o mundo necessita de mais massa monetária para a mesma actividade económica anterior ao período de inflação. O mundo está refém do dólar, os que têm as suas reservas em dólares têm todo o interesse em defender o dólar e os que não os tem tudo fazem para os possuir pois é a moeda de referência no comercio internacional, nomeadamente aquisição de matérias primas.
Repito: o mundo está refém do dólar e os EUA parasitam a economia mundial devido a essa circunstância.
Repito: o mundo está refém do dólar e os EUA parasitam a economia mundial devido a essa circunstância.

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FilRib Escreveu:Mas pelo que percebo, essa hipótese existe. E já foi usada, certo? Porque é que todas essas situações não sucedem...?
Ao imprimirem desenfreadamente dinheiro para pagar a dívida, os EUA estariam a 'assumir' que não conseguiriam pagar a dívida de outra forma.
Ora isso indicava que não conseguem controlar as contas públicas [défice] de outra forma e o Dólar, além de desvalorizar naturalmente derivado da impressão/maior quantidade de dólares no mercado, iria cair ainda mais devido à falta de capacidade dos EUA pagarem a sua dívida de outra forma.
Como a moeda americana [dólar] iria desvalorizar imenso [obviamente face a outras moedas] tudo o que os americanos importassem aumentaria de preços brutalmente.
E como os EUA não são auto-suficientes em muitas coisas, incluindo em produtos de base da cadeia económica [petróleo,....], mesmo em produtos fabricados internamente [dentro dos EUA] haveria uma inflação enormíssima..
Inflação muito elevada, como se sabe, não é nada positiva..
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Excesso de moeda a circular tem menos valor. O que abunda normalmente vale menos do que o que é "raro". Ao criarem (aos biliões por cada vez que carregam no " enter"
) estão a tornar a moeda abundante e a valer menos perdendo poder de compra. Teoricamente é isto... mas há muitos outros factores como a solidez da economia do país (que esta de rastos), taxas de juro (que sendo mais altas atraem mais capital), etc.
Perspectivas futuras. Enfim tudo acaba por ter o seu peso.
JCS

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---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Re: Quem pode imprimir dinheiro?
canteiro Escreveu:Eu posso imprimir dinheiro. Tenho uma boa impressora laser em minha casa. Com a vantagem de ter toners separados.
E depois vais brincar com essas notas para trás das grades

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