off topic-Guerra na Libia
Adeus às armas
Por Luciano Amaral
(Publicado no jornal Metro, 30/6/2011)
As democracias ocidentais nem sempre são bons parceiros militares. Oscilando entre o espírito de missão, que durante algum tempo as faz não pensar em mais nada, e a passividade de quem gosta muito de chorar a desgraça do outro mas à distância, de preferência pela televisão, nunca se sabe muito bem o que vão fazer. A semana passada, o presidente Obama anunciou o princípio da retirada do Afeganistão, apenas dois anos depois de ter lançado mais 30.000 soldados no terreno, para uma arrancada final vitoriosa. Como toda a gente se lembra, o Afeganistão era a “guerra necessária”, por oposição à “guerra de escolha” (uma má escolha) do Iraque. Passou o tempo e a arrancada não resultou. Mas Obama quer-nos fazer crer que sim (talvez querendo convencer-se a si próprio). Ao contrário do que disse (acentuando a presumível derrota da al-Qaeda), os soldados americanos vão deixar atrás de si um país pronto para a guerra civil. Coisa que se juntará ao lamentável episódio líbio, onde as tribos se encontram já em plena guerra civil. No outro dia, o secretário da Defesa americano queixou-se de que os países europeus, ao fim de apenas onze semanas de combates, já não tinham munições para continuar a ajudar os seus amigos “rebeldes”. Entretanto, a coligação é um saco de gatos. Ou consegue um avanço final e rápido, ou certamente abandonará a Líbia em pleno banho de sangue.
No meio disto, sobra uma intervenção bem sucedida, a do Iraque. Curiosamente, aquela que toda a gente detestou, que envenenou as relações internacionais na última década, que determinou a desgraça do anterior presidente americano e em parte elegeu Obama. E aquela de que, ainda hoje, ninguém fala. O Iraque está longe de ser a perfeição, mas expulsou um dos mais horríveis ditadores do mundo e mantém uma interessante funcionalidade democrática. Porque não se alegram os países ocidentais com este seu contributo? As democracias do ocidente devem parecer muito estranhas vistas a partir do deserto da Líbia.
http://gatodocheshire.wordpress.com/201 ... -as-armas/
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Centenas de pessoas desaparecem nos ultimos meses, aparentemente khadafi tratou deles.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/12332950.html
Nato vai assumir o comando das operacoes
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/12332305.html
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/12332950.html
Nato vai assumir o comando das operacoes
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/12332305.html
Entretanto caiu um F 15 Americano em territorio Libio com problemas mecanicos ,os pilotos foram recuperados um pela marinha dos Estados Unidos outro pelos rebeldes a khadafi.
As CSAR (Combat Search and Rescue), são executdas por forças especiais, normalmente por elementos da Delta Force e/ou dos "PJ's" (Pararescue Jumpers), que é uma unidade especial composta apenas por pessoal médico.
Sempre que um "vaivem" vai ou volta do espaço, duas equipas dos "PJ's" são colocados no ar, em pontos destintos.
No filme "Black Hawk Down" há uma parte que retrata uma acção conjunta da Delta e dos PJ's, quando são abatidos dois Black Hawks.
Pedro
O plano traçado continua, tiraram foi o coiso e meteram um intelectual.
The Grand Plan of Imperialism Unmasked
The future of Libya will not be determined by a few thousand mercenaries recruited from abroad to serve the Great Plan which has existed in Washington/Tel Aviv for over a decade, namely the control of "Iraq, and then Syria, Lebanon, Libya, Somalia, Sudan and, finishing off, Iran." These are not Pravda's words. They are the words of General Wesley Clark in an interview with DemocracyNow!, March 2, 2007.
The Grand Plan of Imperialism Unmasked
The future of Libya will not be determined by a few thousand mercenaries recruited from abroad to serve the Great Plan which has existed in Washington/Tel Aviv for over a decade, namely the control of "Iraq, and then Syria, Lebanon, Libya, Somalia, Sudan and, finishing off, Iran." These are not Pravda's words. They are the words of General Wesley Clark in an interview with DemocracyNow!, March 2, 2007.
Plan the trade and trade the plan
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newtrade Escreveu:Não se ouve falar muito no assunto (...)
Não convém... Estivesse lá o Bush nem imagino a histeria "anti-imperialista"!
Sendo o Obama, não nos passa pela cabeça outra coisa que não seja apoiar os galantes lutadores pela liberdade das "forças multinacionais"!
Assim são os nossos media...
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Actualizações:
Não se ouve falar muito no assunto ,mas na verdade a libia continua a ser fustigada com misseis,por parte da coligação.
Entretanto caiu um F 15 Americano em territorio Libio com problemas mecanicos ,os pilotos foram recuperados um pela marinha dos Estados Unidos outro pelos rebeldes a khadafi.
http://edition.cnn.com/2011/WORLD/afric ... tml?hpt=T1
Não se ouve falar muito no assunto ,mas na verdade a libia continua a ser fustigada com misseis,por parte da coligação.
Entretanto caiu um F 15 Americano em territorio Libio com problemas mecanicos ,os pilotos foram recuperados um pela marinha dos Estados Unidos outro pelos rebeldes a khadafi.
http://edition.cnn.com/2011/WORLD/afric ... tml?hpt=T1
Adamhedge Escreveu:kadafi no ano passado eras um tipo porreiro pá,e deverias comprar divida de um pais europeu que era um jardim á beira mar plantado,um ano depois és um ditador e tal,as coisas mudam pá,vamos esperar que nesse pais europeu as coisas mudem tambem...
blasfemias.net Escreveu:Os tempos vão estranhos
22 Março, 2011 – 09:25
a) Mário Soares defende que se bombardeie Kadhafi. Francamento não percebo porque acha o dr. Soares que se deve bombardear Kadhafi e não procurar falar com ele. Note-se que falar com Kadhafi é bem mais fácil do que com Bin Laden com quem Mário Soares defendeu que se conversasse após o 11 de Setembro. Recordo que Mário Soares e meio mundo activista pretendiam que Bush solicitasse à ONU que mandasse emissários à procura de Bin Laden. Para Kadhafi basta telefonar.
(...)
Por helenafmatos
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
kadafi no ano passado eras um tipo porreiro pá,e deverias comprar divida de um pais europeu que era um jardim á beira mar plantado,um ano depois és um ditador e tal,as coisas mudam pá,vamos esperar que nesse pais europeu as coisas mudem tambem...
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Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.
Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
ficarão para trás.
Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
http://blogs.aljazeera.net/live/africa/ ... march-21-0
aqui podem acompanhar os recentes acontecimentos em formato de live blog.
Acho que o grande objectivo aqui é mesmo tornar as batalhas mais equilibradas, é pena só se lembrarem de fazer isto quando lhes convém.
aqui podem acompanhar os recentes acontecimentos em formato de live blog.
Acho que o grande objectivo aqui é mesmo tornar as batalhas mais equilibradas, é pena só se lembrarem de fazer isto quando lhes convém.

varus Escreveu:A DEBKA , já há duas semanas fala de conselheiros ocidentais , apoiar os rebeldes , há petróleo de boa qualidade em jogo, como prémio .
Isso foi mais que demonstrado quando foram "apanhados" elementos de forças especiais holandesas com um heli e tudo e um grupo de 7 SAS e um diplomata inglês perto de Bangazi.
É óbvio que já há contactos e se sabe quem são os lideres rebeldes para se saber como que se conta no pós-Kadafi.
É assim que as coisas se fazem.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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carrancho Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Para se vencer uma guerra é preciso por homens no terreno.
Quero ver quem vai fazer isso
Andas mesmo com a cabeça no ar. Homens no terreno é que não falta, tropa de elite (ver apartir do min 1:50)
<iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/THnizfZP4x0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Segundo os russos são elementos da Blackwater sob comando da CIA.
Não seria de espantar, fizeram o mesmo no Afeganistão e no Iraque.
Pedro
Lion_Heart Escreveu:Para se vencer uma guerra é preciso por homens no terreno.
Quero ver quem vai fazer isso
Andas mesmo com a cabeça no ar. Homens no terreno é que não falta, tropa de elite (ver apartir do min 1:50)
<iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/THnizfZP4x0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Abraço,
Carrancho
Carrancho
Camisa Roxa Escreveu:artista1939 Escreveu:Dívida igual a escravatura.
pensei que dívida = obrigação de pagar a dívida, mas pelos vistos nestes tempos modernos e progressistas, dívida = não pagamos
Durante muito tempo acreditou-se que sim, até que agora estamos na situação em que estamos e temos mesmo de pagar, fazendo o que nos mandam.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh
* Fight club sem nódoas negras: http://artista1939.mybrute.com
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artista1939 Escreveu:Dívida igual a escravatura.
pensei que dívida = obrigação de pagar a dívida, mas pelos vistos nestes tempos modernos e progressistas, dívida = não pagamos

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Cardeal Escreveu:artista1939 Escreveu:O belo do petróleo é que está nas cabeças de todos os chefes de estado cujos países estão envolvidos no ataque à Líbia, e não o bem estar do povo Líbio, coitado. Que ninguém pense o contrário.
Depois, a revolta na Líbia foi iniciada pelo povo. Discordo. A revolta na Líbia é uma consequência de um plano para refazer o mapa político do norte de África. Começou na Tunísia, foi ao Egipto (desculpem-me senhores que assinaram o acordo ortográfico, mas a minha professora primária, e muito bem, bater-me-ia com a régua se não escrevesse como ela me ensinou), mas estes não têm petróleo, pelo que não interessa "amandar uns misséles".
No Bahrein a coisa é também, para a ONU (ou quem manda nela) pouco "preocupante". Até porque a Casa de Saud está já muito bem controlada.
No final, contabilizados os mortos (danos colaterais, penso que é assim que se diz) e a destruição do país, o balanço final comparado com uma não intervenção, não parece animador.
Além disso a Europa não fica por certo mais segura face ao terrorismo.
Economica e militarmente a Europa subalterniza-se.
Economicamente, considerando os mercados, oxalá me engane, preferiria que não se fizessem ondas. (É com expectativa que se aguardo a 2ª feira.)
Militarmente, mais uma vez, os U.S.A. sempre conseguem manter o teatro de guerra longe das suas fronteiras.
Ao exportarem a guerra, exportam as suas armas. A Inglaterra a França e a Alemanha, colam-se para lucrar algum na mesma gamela!
Mas a Europa fortalece-se, ou fragiliza-se, com a desconfiança enerente à consciência da cada vez mais forte, da impúdica predominância daquelas três nações?
Francamente nunca pensei muito neste assunto sob esse prisma.
É claro que UK, França e Alemanha (ainda não vi este último a entrar em acção, nem li nada que pudesse indicar que fossem actuar militarmente, mas pode ter-me escapado qualquer coisa) são os top dogs aqui do burgo. Os outros obedecem e pouco mais; podem mandar umas "larachas" lá em Bruxelas, mas quem põe e dispõe são estes 3. Exemplo disto foi um discurso muito bem articulado pelo lado BE da família Portas, sobre os sacrifícios económico-financeiros pedidos aos povos das periferias em contraponto com as regalias dos funcionários da máquina politica e administrativa da UE. Lá se levantaram umas sobrancelhas, mas a dar o exemplo, que é bom, ainda não vi ninguém.
Internamente os países mais pequenos até podem ter a consciência que estão a ser dilacerados pelo G3 europeu, mas a verdade é que estão de tal forma endividados com eles que não podem fazer mais nada a não ser obedecer.
Dívida igual a escravatura. E nestes tempos isso é bem patente.
Para concluir, internamente por enquanto não haverá qualquer tipo de impacto político com esta intervenção na Líbia. Tens Portugal que já disse que não entrava, mas não está em condições de amuar com quem está a fazer a guerra. Existirão outros que por este ou aquele motivo não se deverão opor. Até porque, como já li por aí, a Europa precisa de todo o petróleo e gás que conseguir. E a Líbia ali tão perto...
O problema poderá vir de fora... e esse sim preocupa-me. Agora que comecei a pensar nesse impacto, apesar das incertezas, fico com alguns calafrios.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
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Lion_Heart Escreveu:Para se vencer uma guerra é preciso por homens no terreno.
Quero ver quem vai fazer isso
Fazem o mesmo que fizeram no Afeganistão, com a Aliança do Norte.
O EUA estão a preparar mais uma mudança de líder de um país, resta saber se vai ter o mesmo resultado do Iraque e Afeganistão.
Não defendo o Kadafi e os regimes similares, mas se querem tanto defender os cívis indefesos, porque é que ainda não se viraram para países que não respeitam a vonta do seu povo, como a China, Coreia do Norte, Síria .......
É mais um contrato para a Blackwater.
Pedro
a titulo de curiosidade Portugal foi o setimo pais que mais armamento exportou para a Libia.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=474413
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