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Caldeirão da Bolsa

Falar em idades de reforma de 67 ou 70 anos é incontornável

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Ja temos trabalho feito.

por bboniek33 » 27/6/2011 22:44

Elias Escreveu:Espanha: Parlamento aprova aumento da idade da reforma
Económico com Lusa
27/06/11 18:00

A câmara baixa do Parlamento espanhol aprovou hoje a reforma das pensões, que sobe de 65 para 67 anos a idade de aposentação.

O Executivo espanhol aprovou a 25 de Março a nova lei, que tinha sido anteriormente acordada com os sindicatos e com as organizações patronais e empresariais.

A legislação, que integra o Regime Geral de Segurança Social para empregados domésticos e que melhora as prestações em caso de viuvez e orfandade, sobe agora para aprovação no Senado, a câmara alta to Parlamento.

O texto do projecto de lei mereceu, na Comissão de Trabalho e Imigração do Congresso, o apoio do Partido Socialista, no governo, bem como dos nacionalistas catalães, com a abstenção do partido nacionalista basco e com os votos contra do Partido Popular, o principal partido da oposição.

O diploma tem como principal medida o aumento da idade da reforma para os 67 anos -- ou depois de 38 anos e meio de desconto - para as gerações mais novas a entrar no mercado de trabalho e é parte das medidas de austeridade que Madrid tem vindo a tentar aprovar para lutar contra a crise da dívida pública.

A medida tinha sido exigida pela União Europeia e por organismos como o Fundo Monetário Internacional, que consideravam insustentável o actual sistema de pensões.

Em 2010, no âmbito do programa de redução do défice público, o governo espanhol já tinha sido obrigado a aplicar um plano de congelamento das pensões e de redução dos salários dos funcionários públicos.


Vieira da Silva deixou uma Reforma da SS que lhe garante a sustentabilidade.
Aumentar o numero de anos de actividade implica mais desemprego nos mais jovens.

Criem ee mais empregos em vez de os destruir.
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por Elias » 27/6/2011 22:34

Espanha: Parlamento aprova aumento da idade da reforma
Económico com Lusa
27/06/11 18:00

A câmara baixa do Parlamento espanhol aprovou hoje a reforma das pensões, que sobe de 65 para 67 anos a idade de aposentação.

O Executivo espanhol aprovou a 25 de Março a nova lei, que tinha sido anteriormente acordada com os sindicatos e com as organizações patronais e empresariais.

A legislação, que integra o Regime Geral de Segurança Social para empregados domésticos e que melhora as prestações em caso de viuvez e orfandade, sobe agora para aprovação no Senado, a câmara alta to Parlamento.

O texto do projecto de lei mereceu, na Comissão de Trabalho e Imigração do Congresso, o apoio do Partido Socialista, no governo, bem como dos nacionalistas catalães, com a abstenção do partido nacionalista basco e com os votos contra do Partido Popular, o principal partido da oposição.

O diploma tem como principal medida o aumento da idade da reforma para os 67 anos -- ou depois de 38 anos e meio de desconto - para as gerações mais novas a entrar no mercado de trabalho e é parte das medidas de austeridade que Madrid tem vindo a tentar aprovar para lutar contra a crise da dívida pública.

A medida tinha sido exigida pela União Europeia e por organismos como o Fundo Monetário Internacional, que consideravam insustentável o actual sistema de pensões.

Em 2010, no âmbito do programa de redução do défice público, o governo espanhol já tinha sido obrigado a aplicar um plano de congelamento das pensões e de redução dos salários dos funcionários públicos.
 
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por Pata-Hari » 22/5/2011 20:41

De facto a conclusão que retiro desta discussão é que só mesmo um sistema em que o reformado recebe o que descontou para a SUA reforma é que mudará a vontade que as pessoas têm de trabalhar até mais tarde.... Ou isso ou mesmo quando começarem a receber o seu quinhão do bolo que não existe, tipo, 10% do seu ordenado na altura de reforma...
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por jama59 » 22/5/2011 16:33

MiamiBlueHeart Escreveu:Reformas aos 70 anos??!!
Que produtividade vai ter uma pessoa nessa idade?? Que mercado se deixa para os mais novos??

Haja coragem de falar a verdade às pessoas.

É preciso definir uma idade de reforma aceitável, definir tectos máximos de reformas (2000euros)e aceitar que as pessoas têm que durante a sua vida activa poupar para as suas reformas.

Não se pode trabalhar 35 anos e receber 25 anos. Nem se pode trabalhar infinitamente..


ha aqui um pormenor importante a idade da reforma aos 70 anos, nao é mau de todo , isto porque o desemprego vai baixar e muito, porque depois vao abrir muitas fabricas de bengalas e cadeiras de rodas para o pessoal poder trabalhar, e concerteza que essas fabricas vao empregar muita gente.
 
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Só para quem rabalha......

por ocart » 20/5/2011 23:15

O melhor mesmo é ir para deputado e............Já está com reforma vitalícia em dois mandatos!!!!!!!!
 
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As horas a mais...

por ocart » 20/5/2011 23:09

Sempre foram a MAMA de quem não trabalhava no horário normal e que com esse comportamento iludiam a incompetência das chefias que eram tão idiotas e mamões como esses funcionários. Nos relatórios de produtividade constata-se sempre que esse factor e a satisfação de trabalhar na Empresa caminham de mãos dadas e são o caminho para o sucesso. Chefias incompetentes é que produzem maus resultados!!!!!Quanto aos Nórdicos não se acumulam reformas e na Suécia não há reformas superiores a 1700 euros. Aqui dão-se reformas VERGONHOSAS e uma que me surpreendeu foi a de 6 mil e tal euros ao Padre Milicias que petence a uma congregação em que fazem voto de pobreza!!!!!!!!!Não quero discutir o valôr do Sr., mas há cá gente com muito valor que ganha o ordenado minimo e tem reformas de miséria perante a passividade de todos estes NABABOS que vivem na opulência, apregoam democracia e olham para o lado!!!!
 
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por rmachado » 20/5/2011 12:01

Pata-Hari Escreveu:
rmachado Escreveu:
Pata.. esta questão até podia ser usada para harmonizar.. mas usas a Alemanha como padrão ou a França?

E que tal harmonizar o IVA? Ou os apoios aos agricultores? Ou a Maternidade (aqui alguns podiam usar Portugal como exemplo)...

E que tal o horário de trabalho... seguir a França?

Enfim, eu já me dava por contente se conseguissem por a Europa a ter uma politica externa comum... seria um sinal de esperança...


Rmachado,sim, no limite harmonizar tudo por modo a que sejamos mais eficientes. Use-se como termo de comparação ou de medida de base quem tem as melhores práticas: no ensino é a Finlândia, na produtividade será a alemanha (?), nos serviços sociais será... (não sei bem em quê que a França será modelo, talvez na produção agrícola, e certamente na qualidade da comida!). O exemplo do horário laboral da França é fraco porque deu um péssimo resultado. Eu preferiria seguir o dos países escandinavos que são bem mais produtivos per capita e trabalham menos horas.


Ok, assim percebo a tua ideia.
Eu diria para se seguirem os exemplos nórdicos que como sabemos estiveram mais ou menos como nós 1 uns 20-30 anos.

Mas olha que o Horário laboral em França é de 35 horas.
De qq maneira a discussão das horas de trabalho são falaciosas pois o problema não são as horas de trabalho é o que se faz dela, e tenho para mim que o problema da nossa produtividade é a nossa mentalidade face ao trabalho especialmente de quem gere.

Usem a Auto-Europa como exemplo e temos uma produtividade maravilhosa. :)

Mesmo na Alemanha não há cá trabalhar fora de horas.. tive colegas a trabalhar lá e as sextas eram "chutados" pelos seguranças pois ng devia estar a trabalhar.
Mais.. o dia 1 de Maio é religiosamente cumprido..
 
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por MarcoAntonio » 19/5/2011 22:21

Outra forma de olhar para esta questão é ver quanto gasta o país em pensões em percentagem do PIB (isto é, quanto recebem os pensionistas face ao "bolo total produzido") e que podemos ver nesta tabela do Eurostat:

http://epp.eurostat.ec.europa.eu/tgm/ta ... 3&plugin=1


Em 2008 estavamos assim...

Portugal - 13.2%
Média EU27 - 11.7%
Média Zona Euro - 12.4%


O nosso valor é superado apenas pela França (13.6%), Áustria (13.9%) e Itália (15.0%).


Naturalmente, a percentagem de pensionistas na população não é o único factor, mas é um deles e é neste contexto geral de um país subprodutivo e endividado mas que gasta imenso com a parte da população que (já) não trabalha que a questão deve ser vista, na minha opinião.


Eu já tenho escrito sobre estas questões em vários tópicos e acho que o problema deve ser atacado em diversas frentes: reduzir o número de feriados, cortes/reformulações das pensões, eventualmente também ajustes nos dias de férias (que com a idade acabam por ir bem para lá dos 22 dias mínimos), aumento da idade mínima de reforma (está ou estava nos 55 anos), etc. Algumas destas coisas já estão a ser feitas e ajustadas mas outras não e mostramos sempre imensa resistência a querer mexer nelas.

O trabalho deve continuar e em vez de ficarmos "revoltados" com os alemães - que falam pela simples razão de somos nós que andamos a pedir dinheiro e eles são um dos credores - devemos é focar-nos no que devemos fazer e continuar o nosso trabalho interno de corrigir os problemas que efectivamente temos!
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Pata-Hari » 19/5/2011 22:02

rmachado Escreveu:
Pata.. esta questão até podia ser usada para harmonizar.. mas usas a Alemanha como padrão ou a França?

E que tal harmonizar o IVA? Ou os apoios aos agricultores? Ou a Maternidade (aqui alguns podiam usar Portugal como exemplo)...

E que tal o horário de trabalho... seguir a França?

Enfim, eu já me dava por contente se conseguissem por a Europa a ter uma politica externa comum... seria um sinal de esperança...


Rmachado,sim, no limite harmonizar tudo por modo a que sejamos mais eficientes. Use-se como termo de comparação ou de medida de base quem tem as melhores práticas: no ensino é a Finlândia, na produtividade será a alemanha (?), nos serviços sociais será... (não sei bem em quê que a França será modelo, talvez na produção agrícola, e certamente na qualidade da comida!). O exemplo do horário laboral da França é fraco porque deu um péssimo resultado. Eu preferiria seguir o dos países escandinavos que são bem mais produtivos per capita e trabalham menos horas.
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por MarcoAntonio » 19/5/2011 21:49

AutoMech Escreveu:Agora não tenho tempo de ir procurar, mas lembro-me de ter lido uma comparação SS vs CGA e havia uma discrepância assinalável (fruto das antigas regras muito mais favoráveis da CGA).


Bem, desses nem é bom falar. Pode-se ver por exemplo na Pordata (dados da GGA/MFAP) que os valores anuais são inferiores a 60 anos (o valor disponível mais recente é de 2009).


http://www.pordata.pt/azap_runtime/?n=4

Ver em:

Pordata > Portugal > Protecção Social


Também estão lá os valores da Segurança Social, geral e separados por sexo (vão até 2010). Já agora, diferem ligeiramente dos valores referidos pela notícia:

Média geral (2010) - 62.5
Masculino - 62.3
Feminino - 62.8

Dados: CNP/MTSS
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por Automech » 19/5/2011 21:40

Agora não tenho tempo de ir procurar, mas lembro-me de ter lido uma comparação SS vs CGA e havia uma discrepância assinalável (fruto das antigas regras muito mais favoráveis da CGA).
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por MarcoAntonio » 19/5/2011 21:27

MarcoAntonio Escreveu:
rmachado Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:A parte da idade da reforma também está incompleta, não tendo as reformas antecipadas (em Portugal, a partir dos 55 anos e é um dos valores mais baixos dos países desse quadro, tanto quanto sei).

A idade média de reforma em Portugal está abaixo dos 65 anos...


Parece que nossa média está no 67 (homens) 63.1 (mulheres)

http://economico.sapo.pt/noticias/merke ... 18416.html


Esses números são os números da OCDE para a idade de reforma efectiva (a idade em que as pessoas deixam efectivamente de trabalhar).

Não é a mesma coisa da idade da reforma em que as pessoas passam a receber da segurança social a sua reforma. É que muitas dessas pessoas continuam a trabalhar quando já estão a receber a reforma e deixam o trabalho anterior mas não abandonam o mercado de trabalho e esses números da OCDE reflectem isso, questão que em si de resto é também um problema e que aliás já está a ser atacado ao obrigar as pessoas, quando o trabalho é declarado e se tratam de funções públicas, a terem de optar por um dos vencimentos... mas isso não só é recente como só ataca parte dos praticantes.



Portanto: uma coisa é quando as pessoas deixam de descontar e passam a receber do sistema da segurança social (passando a estatuto de reformados/pensionistas); outra coisa é quando se reformam efectivamente deixando de trabalhar (e é a este segundo número que esses 63.1 e 67 anos avançados pela OCDE dizem respeito, como eles explicitam).




Voltando ao tema, os números da segurança social mostram que a idade média de reforma em 2010 foi de 63 anos (e 62.7 em 2007) como menciona esta notícia do DN de Dezembro passado:

http://www.dn.pt/bolsa/emprego/interior ... id=1743268
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Pata-Hari » 19/5/2011 20:51

Mares Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:KPT, claro que têm o direito. Pagam, mandam. Se não queremos aceitas as condições, não aceitamos o empréstimo. Têm que começar em algum lado a harmonização. E este pode se um deles.


Pata-hari,

não vês que não interessa nada a harmonização...

Os países perifericos são somente "peões" no jogo do câmbio, onde a "Rainha" é a Alemanha e o "Rei" é a França.

Quanto maior fôr a desarmonia na Europa, mais o Euro se desvaloriza e mais a Alemanha exporta (é a segunda maior exportadora mundial, a seguir à China).

Então, o que a Alemanha "empresta" a Portugal (com juros mais altos que o próprio FMI), ela facilmente recupera via exportações.

Alemanha tem todo interesse em "ofereçer" os peões para assim ganhar posições estratégicas na Europa e no mundo

"Ou os perifericos deixam de serem peões ou então serão os primeiros a serem comidos..."


(ps-Os atrasos nos empréstimos à Grécia, as críticas aos perífericos, as brincadeiras com as ilhas gregas,...etc, etc.... é tudo menos harmonizar)


Mares, a ideia é termos muitos ricos a consumir muito e não muitos pobres a não consumir nada.
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por Mares » 19/5/2011 20:45

JMHP Escreveu:
Mares Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:KPT, claro que têm o direito. Pagam, mandam. Se não queremos aceitas as condições, não aceitamos o empréstimo. Têm que começar em algum lado a harmonização. E este pode se um deles.


Pata-hari,

não vês que não interessa nada a harmonização...

Os países perifericos são somente "peões" no jogo do câmbio, onde a "Rainha" é a Alemanha e o "Rei" é a França.

Quanto maior fôr a desarmonia na Europa, mais o Euro se desvaloriza e mais a Alemanha exporta (é a segunda maior exportadora mundial, a seguir à China).

Então, o que a Alemanha "empresta" a Portugal (com juros mais altos que o próprio FMI), ela facilmente recupera via exportações.

Alemanha tem todo interesse em "ofereçer" os peões para assim ganhar posições estratégicas na Europa e no mundo

"Ou os perifericos deixam de serem peões ou então serão os primeiros a serem comidos..."


(ps-Os atrasos nos empréstimos à Grécia, as críticas aos perífericos, as brincadeiras com as ilhas gregas,...etc, etc.... é tudo menos harmonizar)


Que grande "filme" ai vai.... Á Alemanha interessa um Euro forte e não um Euro fraco a desvalorizar. Por ter uma balança comercial equilibrada a seu favor com excedente uma moeda forte valoriza as suas exportações, algo completamente contrário ás necessidades e estado da nossa economia.


Alemanha e China estão no mesmo barco (maiores exportadores mundiais).

Pq achas que exista tanta pressão externa para que a China deixe valorizar a sua moeda (algo que os chineses não querem...)?
Editado pela última vez por Mares em 19/5/2011 22:11, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 19/5/2011 16:23

rmachado Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:A parte da idade da reforma também está incompleta, não tendo as reformas antecipadas (em Portugal, a partir dos 55 anos e é um dos valores mais baixos dos países desse quadro, tanto quanto sei).

A idade média de reforma em Portugal está abaixo dos 65 anos...


Parece que nossa média está no 67 (homens) 63.1 (mulheres)

http://economico.sapo.pt/noticias/merke ... 18416.html


Esses números são os números da OCDE para a idade de reforma efectiva (a idade em que as pessoas deixam efectivamente de trabalhar).

Não é a mesma coisa da idade da reforma em que as pessoas passam a receber da segurança social a sua reforma. É que muitas dessas pessoas continuam a trabalhar quando já estão a receber a reforma e deixam o trabalho anterior mas não abandonam o mercado de trabalho e esses números da OCDE reflectem isso, questão que em si de resto é também um problema e que aliás já está a ser atacado ao obrigar as pessoas, quando o trabalho é declarado e se tratam de funções públicas, a terem de optar por um dos vencimentos... mas isso não só é recente como só ataca parte dos praticantes.



Portanto: uma coisa é quando as pessoas deixam de descontar e passam a receber do sistema da segurança social (passando a estatuto de reformados/pensionistas); outra coisa é quando se reformam efectivamente deixando de trabalhar (e é a este segundo número que esses 63.1 e 67 anos avançados pela OCDE dizem respeito, como eles explicitam).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por kpt » 19/5/2011 15:44

Pata-Hari Escreveu:KPT, claro que têm o direito. Pagam, mandam. Se não queremos aceitas as condições, não aceitamos o empréstimo. Têm que começar em algum lado a harmonização. E este pode se um deles.


O direito não têm com certeza, quanto muito poderiam ter a moral mas nem isso podem ter e passo a explicar porquê:

- Tiveste um Europa que ao longos dos últimos anos abriu as suas fronteiras comerciais aos países asiáticos e da américa do sul, sempre, mas sempre, em prejuízo dos países periféricos e em benefício apenas de Alemanha, França e pouco mais, para promover as suas exportações mas nunca as dos periféricos.

- Tiveste uma Europa cujas políticas agrícolas e piscatórias revelaram-se um desastre para o nosso país.

- Tiveste uma Europa desconcertada em quase todos os níveis.

- Tiveste uma Europa que não tem visão global comum mas que pretende servir apenas os interesses de 2 ou 3 países.

- Tiveste um Banco Central cego às necessidades dos países, obssecado apenas com a inflação e sempre a mando da França e Alemanha.

- Tiveste uma Alemanha que beneficiou muito das exportações em Euros, pois o Euro em relação ao Marco é mais fraco. Por contrapartida tiveste os periféricos com as suas exportações cada vez mais caras e menos competitivas.

- Tiveste em Banco Central criado de início com regras que o proibiam de emprestar directamente aos países membros.

- E agora parece que tens uma Merkel a mandar postas de pescada quando no próprio país dela têm tantas ou mais férias que nós.

Não é hostilizando os países periféricos, quando estes têm sido muito prejudicados pelas políticas da UE/BCE, que se devem alcançar consensos.
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por ferradura » 19/5/2011 15:17

Eu proponho que se "acabe" com as reformas.

O que se deveria fazer seria, nas condições salariais, os descontos feitos para a SEG, fossem para um deposito especial gerido pelo estado (como se de um seguro se tratasse).

O valor a descontar deveria ser independente do salário.

Obrigava-se assim a uma maior poupança.

Aos mais pobres, atribuia plafons razoaveis para bens e serviços.

=Vejamos
200€*12*30=72000 (isto não contando com a capitalização de juros)

Isto sem contar com as economias que as pessoas vão sendo obrigadas a fazer.


Condições:
Saude deve ter de ser um serviço gratuito, pois como sabemos, na velhiçe, são os problemas de saúde que mais pesam na carteira.
 
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por MiamiBlue » 19/5/2011 12:33

Reformas aos 70 anos??!!
Que produtividade vai ter uma pessoa nessa idade?? Que mercado se deixa para os mais novos??

Haja coragem de falar a verdade às pessoas.

É preciso definir uma idade de reforma aceitável, definir tectos máximos de reformas (2000euros)e aceitar que as pessoas têm que durante a sua vida activa poupar para as suas reformas.

Não se pode trabalhar 35 anos e receber 25 anos. Nem se pode trabalhar infinitamente..
 
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por rmachado » 19/5/2011 12:09

Pata-Hari Escreveu:E eu estou de acordo com ela. Tal como acho que deveria haver harmonização noutros domínios e que isso são condições fundamentais e de base para a convergência económica: harmonização fiscal, garantia de acesso à justiça de modo célere ou pelo menos tão célere e eficiente quanto noutros países, convergência na educação dos padrões usados nos "melhores países", harmonização em termos de segurança social e benefícios sociais, etc, etc. A solução dos periféricos passa por aumentar o produto e conseguir chegar aos níveis dos melhores da Europa, a solução passa por sermos todos mais ricos, produzindo mais e, sobretudo, melhor.


Pata.. esta questão até podia ser usada para harmonizar.. mas usas a Alemanha como padrão ou a França?

E que tal harmonizar o IVA? Ou os apoios aos agricultores? Ou a Maternidade (aqui alguns podiam usar Portugal como exemplo)...

E que tal o horário de trabalho... seguir a França?

Enfim, eu já me dava por contente se conseguissem por a Europa a ter uma politica externa comum... seria um sinal de esperança...
 
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por rmachado » 19/5/2011 12:01

MarcoAntonio Escreveu:A parte da idade da reforma também está incompleta, não tendo as reformas antecipadas (em Portugal, a partir dos 55 anos e é um dos valores mais baixos dos países desse quadro, tanto quanto sei).

A idade média de reforma em Portugal está abaixo dos 65 anos...


Parece que nossa média está no 67 (homens) 63.1 (mulheres)

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por JMHP » 19/5/2011 10:50

Mares Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:KPT, claro que têm o direito. Pagam, mandam. Se não queremos aceitas as condições, não aceitamos o empréstimo. Têm que começar em algum lado a harmonização. E este pode se um deles.


Pata-hari,

não vês que não interessa nada a harmonização...

Os países perifericos são somente "peões" no jogo do câmbio, onde a "Rainha" é a Alemanha e o "Rei" é a França.

Quanto maior fôr a desarmonia na Europa, mais o Euro se desvaloriza e mais a Alemanha exporta (é a segunda maior exportadora mundial, a seguir à China).

Então, o que a Alemanha "empresta" a Portugal (com juros mais altos que o próprio FMI), ela facilmente recupera via exportações.

Alemanha tem todo interesse em "ofereçer" os peões para assim ganhar posições estratégicas na Europa e no mundo

"Ou os perifericos deixam de serem peões ou então serão os primeiros a serem comidos..."


(ps-Os atrasos nos empréstimos à Grécia, as críticas aos perífericos, as brincadeiras com as ilhas gregas,...etc, etc.... é tudo menos harmonizar)


Que grande "filme" ai vai.... Á Alemanha interessa um Euro forte e não um Euro fraco a desvalorizar. Por ter uma balança comercial equilibrada a seu favor com excedente uma moeda forte valoriza as suas exportações, algo completamente contrário ás necessidades e estado da nossa economia.
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por mcarvalho » 19/5/2011 9:58

jneg


Europa começa a captar fundos para Portugal na próxima semana

19/05/2011

Segundo um comunicado emitido esta manhã pela Comissão Europeia, neste período vão ser realizadas várias operações pelos dois fundos europeus – o garantido pela Zona Euro (FEEF) e garantido pela globalidade da UE (o MEEF) – para cobrir as transferências para Portugal e Irlanda no valor de 15,3 mil milhões de euros.

A primeira fatia do empréstimo a Portugal será de 18 mil milhões de euros, segundo avançou esta semana o ministro das Finanças.
Neste valor estão verbas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que assegurará um terço do empréstimo de 78 mil milhões de euros que foi acordado para três anos. A expectativa de Teixeira dos Santos é que este primeiro cheque chegue ainda neste mês ou logo no início de Junho.


Sempre na expectativa.. senão ... não se pagam as reformas...nem o resto :(
 
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por Mares » 19/5/2011 9:14

Pata-Hari Escreveu:KPT, claro que têm o direito. Pagam, mandam. Se não queremos aceitas as condições, não aceitamos o empréstimo. Têm que começar em algum lado a harmonização. E este pode se um deles.


Pata-hari,

não vês que não interessa nada a harmonização...

Os países perifericos são somente "peões" no jogo do câmbio, onde a "Rainha" é a Alemanha e o "Rei" é a França.

Quanto maior fôr a desarmonia na Europa, mais o Euro se desvaloriza e mais a Alemanha exporta (é a segunda maior exportadora mundial, a seguir à China).

Então, o que a Alemanha "empresta" a Portugal (com juros mais altos que o próprio FMI), ela facilmente recupera via exportações.

Alemanha tem todo interesse em "ofereçer" os peões para assim ganhar posições estratégicas na Europa e no mundo

"Ou os perifericos deixam de serem peões ou então serão os primeiros a serem comidos..."


(ps-Os atrasos nos empréstimos à Grécia, as críticas aos perífericos, as brincadeiras com as ilhas gregas,...etc, etc.... é tudo menos harmonizar)
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por Pantone » 19/5/2011 8:53

Pata-Hari Escreveu:KPT, claro que têm o direito. Pagam, mandam. Se não queremos aceitas as condições, não aceitamos o empréstimo. Têm que começar em algum lado a harmonização. E este pode se um deles.

É nestes temas que se nota uma grande falta de liderança na Europa. Faltam figuras que, de vontades dispares, consigam criar consensos e promover o bem comum sobre alguns interesses particulares.

Nota-se particularmente em temas sociais e fiscais, potêncialmente fracturantes se nada fôr feito numa europa que se quer "unida".
 
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por Pata-Hari » 19/5/2011 8:03

KPT, claro que têm o direito. Pagam, mandam. Se não queremos aceitas as condições, não aceitamos o empréstimo. Têm que começar em algum lado a harmonização. E este pode se um deles.
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