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[Elias]

Cepsa dispara mais de 24% para máximo de 2009 após OPA de empresa do Abu Dhabi
16 Fevereiro 2011 | 14:05
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt

Acções da petrolífera subiram até ontem mais de 25% desde o início do ano, enquanto o sector só valorizou 9%, o que levanta suspeitas de conhecimento interno da operação.

As acções da Cepsa disparam mais de 24% após o acordo sobre a compra da totalidade do seu capital privado pela IPIC, empresa de Abu Dhabi, à francesa Total. A subida desde o início de 2011 até ao dia de ontem foi de mais de 25%, o que pode levantar a ideia de que haveria conhecimento ilícito da operação, escreve o “El País”.

Os títulos da companhia espanhola, que já estiveram hoje suspensos, tocaram nos 28,39 euros, acima dos 28 euros, o valor que a OPA contempla como o preço de aquisição das ofertas da petrolífera, de acordo com dados da Bloomberg. Chegaram assim ao valor máximo que não era atingido desde 15 de Julho de 2009, quando a cotação foi de 28,15 euros. Seguem agora a subir 22,68% para os 27,97 euros.

Também o volume de acções transaccionadas representa um máximo de 31 de Julho de 2009, num dia em 808.656 acções já trocaram de mãos, o que compara com apenas 17.361 acções que ontem foram negociadas.

As acções não dispararam unicamente no dia de hoje e, já desde 1 de Janeiro, as mesmas têm subido substancialmente. No intervalo de tempo entre este dia e a sessão de ontem, as acções tinham apreciado 25,3%, muito acima da valorização de menos de 9% no sector petrolífero da Europa. O “El País” lança a questão num título de uma notícia: “Informação privilegiada?” A OPA da IPIC consiste na aquisição dos cerca de 53% de acções da Cepsa que ainda não detinha à Total, por uma soma de 3.700 milhões de euros, correspondente aos tais 28 euros por acção, escreve o “Expansión”.


Interesse da Total na Repsol não tem “lógica”

Além disso, a compra da Cepsa à Total está a conduzir a especulações sobre um possível interesse da francesa Total na Repsol, embora a primeira tenha negado esses rumores.

Um porta-voz da empresa disse à Reuters que “uma compra da Repsol não teria lógica”. “[Essa operação] iria completamente no caminho contrário ao nosso objectivo de reduzir as nossas capacidades de refinaria na Europa”, defendeu.