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Caldeirão da Bolsa

Jerónimo Martins versus Sonae SGPS

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Jerónimo Martins versus Sonae SGPS

por Reislb » 25/1/2011 12:08

A Jerónimo Martins foi a "estrela" da bolsa nacional no ano passado, tocando máximos históricos consecutivos e chegando mesmo a superar os 12 euros por acção. Fechou 2010 com uma valorização de 63,2%. Já a Sonae SGPS terminou o ano do lado das perdas, depreciando mais de 10%.

E assim tem sido nos últimos quatro anos. Uma tendência que permitiu à retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos subir vários lugares no "ranking" das cotadas nacionais mais valiosas, ao passo que a Sonae SGPS foi perdendo posições. Hoje uma é a quarta maior empresa da bolsa nacional, a outra é a 11ª.

O que explica este rumo distinto de empresas do mesmo sector? "As acções da Jerónimo Martins beneficiaram da capacidade de execução da empresa, das elevadas taxas de crescimento e do plano de investimentos que se revelou acertado", explica ao Negócios João Flores. Por outro lado, o analista do Millennium IB sublinha que "no caso da Sonae SGPS, há dois anos houve uma inversão de estratégia, com a empresa a deixar de querer ser vista como 'holding' e a preferir ser vista como uma retalhista"

A actividade da Jerónimo Martins concentra-se no retalho alimentar, o menos penalizado mesmo em conjunturas de abrandamento da economia. "É uma empresa menos cíclica, mais conservadora, defende-se melhor", sublinha João Flores. Por outro lado, o mercado internacional tem mais peso do que o doméstico, o que a protege mais do abrandamento em Portugal.

Já a companhia liderada por Paulo Azevedo move-se em áreas distintas dentro do retalho, operando no segmento alimentar e não-alimentar e tendo duas parcerias ao nível dos centros comerciais, Sonae Sierra, e telecomunicações, Sonaecom. Esta operadora de telecomunicações tem sido regularmente apontada como um dos potenciais protagonistas de um movimento de consolidação, que muitos analistas acreditam fazer sentido. A concretização de uma transacção deste tipo poderia também beneficiar a Sonae SGPS.

No caso da Sonae SGPS, "a fonte de crescimento está no retalho não-alimentar", onde tem uma aposta forte em Espanha. Esta exposição representa, actualmente, um dos riscos que a empresa enfrenta, a manterem-se as condições difíceis enfrentadas pela economia espanhola.

A forte subida das acções da dona dos supermercados Pingo Doce diminuiu a sua margem de progressão. Face ao preço-alvo médio atribuído pelos analistas, as acções da Jerónimo Martins apresentam um potencial de valorização de 4%. Este potencial de subida justifica, aliás, as cinco recomendações de "manter" e os seis "ratings" de "vender" que os analistas conferem ao título. Já a Sonae SGPS pode subir quase 40%, tendo em conta o "target" médio de 1,14 euros. Dos nove bancos de investimento que acompanham a empresa, sete recomendam "comprar".

Apesar das diferenças, "o crescimento de ambas passa por conquistar quota de mercado" em Portugal, conclui o analista do Millennium IB.

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=464757

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