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Caldeirão da Bolsa

Cavacadas das boas

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Tridion » 24/1/2011 16:50

Eu também não tenho falado muito sobre mercados e economia, porque ainda estou a aprender e depois não tenho tido liquidez para investir, e assim prefiro não tecer comentários.

Mas o caro Visitante também não é muito de expressar qualquer tipo de opinião, afinal só tem 19 comentários... :wink:
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por artista_ » 24/1/2011 16:31

Visitante Escreveu:Ha uns anos que tenho notado que estas discussões tem uma enorme participação no forum.
Alias, arrisco a dizer que as pessoas tem mais opiniao sobre isto do que sobre mercados financeiros e investimento.


Tens alguma razão, no meu caso, nos últimos tempos, o forum transformou-se bastante num local onde venho trocar opiniões sobre os mais diversos assuntos embora preferencialmente relacionados com os mercados e economia/finanças...

Isso deve-te também ao facto de ter investido muito pouco ultimamente, sobretudo por os mercados estarem "deprimidos" :|

De qualquer forma não acho isso um aspecto negativo, antes pelo contrário, tanto para mim como para o forum parece-me um valor acrescentado! :wink:

abraço

artista
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por SJR_inv » 24/1/2011 16:15

Ha uns anos que tenho notado que estas discussões tem uma enorme participação no forum.
Alias, arrisco a dizer que as pessoas tem mais opiniao sobre isto do que sobre mercados financeiros e investimento.
 
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por artista_ » 23/1/2011 17:43

mais_um Escreveu:A questão é só no 1º ciclo, porque não há escolas do 2º ciclo com menos de 20 alunos...
:mrgreen: :mrgreen:


Claro :)

Induzi-me a mim próprio em erro porque conheço alguns casos (na aldeia onde os meus pais nasceram e onde ainda vão com regularidade) de alunos do 2º e 3º ciclo que também têm de fazer essas viagens. O que me esqueci é que esses sempre as fizeram porque a escola da aldeia sempre foi apenas do 1º Ciclo! :)

mais_um Escreveu:Do meu ponto de vista (pai e encarregado de educação) as vantagens não tem a ver com a gestão de recursos mas com as condições em que o meu filho tem aulas. Talvez por isso só em casos muito pontuais é que houve queixas por parte dos pais e EE com o encerramento das escolas.


Sim, mas só estás a falar das vantagens, não abordaste a questão do desgaste das viagens a que alguns miúdos são sujeitos. Aliás esta é talvez a única situação que me parece problemática... embora o número de alunos afectados possa não ser significativo, sinceramente não sei, apenas ouvi falar de alguns casos de alunos que demoram cerca de uma hora (ou até mais) na viagem, que os obriga também a levantar-se a horas pouco recomendáveis...

Não sei se os protestos foram só pontuais, lembro-me de haver alguns significativos em escolas de todo país... de qualquer forma é sempre subjectivo dizer-se que houve muitos ou poucos protestos, para isso tinhamos de definir o qué uma coisa e outra!

Além disto ainda temos a parte da avaliação das razões dos protestos, também com algum grau de subjectividade...

Enfim, tanto num caso como no outro, não me parece valha a pena uma avaliação muito aprofundada da coisa. Acho que já todos perceberam que as mudanças justificam-se e mesmo aqueles que poderão não estar muito satisfeitos já se conformaram que tem de ser assim!
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por mais_um » 23/1/2011 17:14

artista Escreveu:O problema é maior no primeiro ciclo porque estamos a falar de crianças com idades entre os 6 e os 9/10 anos de idade...


A questão é só no 1º ciclo, porque não há escolas do 2º ciclo com menos de 20 alunos...
:mrgreen: :mrgreen:

artista Escreveu:
Mas concordo que as vantagens são claramente maiores, até porque permitem fazer uma melhor gestão dos recursos que permitem que se gaste menos...


Do meu ponto de vista (pai e encarregado de educação) as vantagens não tem a ver com a gestão de recursos mas com as condições em que o meu filho tem aulas. Talvez por isso só em casos muito pontuais é que houve queixas por parte dos pais e EE com o encerramento das escolas.

Agora como contribuinte, a gestão de recursos é importante.
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por artista_ » 23/1/2011 16:53

mais_um Escreveu:Os pais não tem custos adicionais com a medida, já que compete à autarquia assegurar o transporte dos alunos até à escola e não estamos a falar de distancias de 100 km!


Eu concordo com estas alterações mas convém ter em conta que raramente há algo que traz só vantagens, há quase sempre algumas desvantantes por pouco significativas que sejam...

Neste caso sei que há situações complicadas para alguns alunos, que perdem muito tempo em viagens longas que os obrigam a levantar-se bem mais cedo e a ter um desgaste diário que não pode deixar de ser tido em conta... por vezes as distâncias não são grandes, mas é preciso ir buscar crianças a várias aldeias e os primeiros têm de dar a volta toda, o que se torna moroso e desgastante! O problema é maior no primeiro ciclo porque estamos a falar de crianças com idades entre os 6 e os 9/10 anos de idade...

Mas concordo que as vantagens são claramente maiores, até porque permitem fazer uma melhor gestão dos recursos que permitem que se gaste menos...
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por mais_um » 23/1/2011 15:56

A-330 Escreveu:
mais_um Escreveu:
A-330 Escreveu:Acho um absurdo o número de escolas que se fecharam porque tinham poucos alunos. Alguns não voltarão a estudar por não terem condições de ir a uma escola mais longe.


A tua frase é a prova que não sabes nada do processo de encerramento de escolas nem como funciona o sistema de ensino português.


È capaz de ter razão...O que eu sei é aquilo que a comunicação social deixa passar cá para fora.E o que eles disseram é que escolas com menos de 20 alunos seriam fechadas se as autarquias concordassem.Ocorre que as autarquias não avaliam todos os casos .A minha opinião é de que se uma criança ficar sem estudar,por estas mudanças ,não valeu a economia(como sempre a economia) que se está a fazer.

Talvez vc esteja mais por dentro do assunto por estar ligado ao meio.Felizmente não faço parte deste meio , portanto não tenho obrigação de saber sobre este assunto.Limito-me a julgar aquilo que sai na imprensa.

Como vc está mais por dentro do assunto, provavelmente andou na escola e sabe ler , deixo aqui uns links para que veja que o meu comentário não foi assim tão descabido quanto a arrogância do seu post deixa transpareçer.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1580365

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/tvi24 ... -4071.html

http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3 ... os_1439515

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portuga ... id=1580003

Apesar do que diz a imprensa , não me importo de ouvir a sua opinião sobre o assunto , já que se esqueçeu de a escrever no seu histéril post anterior.

A330


Sim, andei na escola e sei ler, dai conseguir ler o teu comentário despropositado.

Como também sabes ler, se verificares nas noticas referidas por ti não vês referencia a um unico protesto de encarregados de educação ou pais, só dos que são de alguma forma afectados pela medida, como os sindicatos dos professores (escolas encerradas significa menos postos de trabalho para professores, porque deixa de existir turmas de meia duzia de alunos por professor e a preocupação deles não são os alunos mas sim os professores) e autarquias.

Os centros escolares são positivos por vários motivos, um pela optimização de recursos, entre ter 20 professores com turmas de 5 alunos e 4 professores com turmas de 25 alunos, é obvia a diferença.

Outro pelas condições do espaço, normalmente um centro escolar representa um ginásio, uma biblioteca, uma sala polivalente, uma sala de informatica, um refeitório, etc..algo que é impossivel de fazer em escolas com uma sala ou duas, que muitas vezes nem espaço tem para os alunos estarem nos intervalos quando chove (e não é preciso ir para o inteiror, aqui nas Caldas existem muitas assim, uma delas onde anda o meu filho mais novo).

Depois por questões pedagogicas, para uma criança entre os 6 e os 10 anos é muito diferente ter aulas com + 20 colegas do que ter apenas com mais 3 ou 4.

Os pais não tem custos adicionais com a medida, já que compete à autarquia assegurar o transporte dos alunos até à escola e não estamos a falar de distancias de 100 km!

Para terminar, em Portugal existe há muitos anos escolaridade obrigatória até o 9º ano (recentemente foi alargada até o 12º ano), o que quer dizer que há mecanismos para impedir que os pais tirem os filhos da escola com 8 anos por exemplo, no limite ficam sem a guarda dos filhos. Não sei há quanto tempo deixaste de viver em Portugal, mas situções que tu referiste de pais tirarem os filhos da escola obrigatória só existiam no tempo da velha senhora e na cabeça de pessoas que desconhecem a realidade do nosso pais.

Já agora, não se escreve histéril mas sim estéril.

Cumprimentos,

Alexandre Santos
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por A330-300 » 23/1/2011 14:55

Ok ,
Obrigado pelo esclareçimento.

A330
 
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por artista_ » 23/1/2011 14:52

A-330 Escreveu:Sobre as realocações , temos que nos lembrar que as distancias maiores não tem só a ver com motivação , mas também com custos.
Em aldeias onde as pessoas são pobres , estes custos que nós nem nos lembramos que existem podem ser a diferença entre uma criança continuar a estudar ou não.


Isso não se coloca, os transportes são garantidos pelo ME... na maior parte dos casos (ou todos) são as autraquias locais a tratar do assunto. O único problema é mesmo o incómodo das deslocações que obrigam os alunos a acordar mais cedo e a perder batante tempo em viagens que por, em muitos casos, serão bastante desgastantes!
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por A330-300 » 23/1/2011 14:47

artista Escreveu:
Não éverdade, mas não é totalmente mentira... há situações em que muitos alunos têm de se deslocar todos dias muitos quilómetros para irem à escola e esse incómodo pode prejudicar as aprendizagens e a motivação desses alunos e encarregados de educação para o ensino... por outro lado, o ME defende que desta forma os alunos estão integrados num ambiente escolar melhor, e isto também faz algum sentido!


Olá Artista,

Entendi agora o seu ponto de vista , mas acho que há tanta porcaria onde cortar(podíamos começar já pelo TGV) que educação e saúde deviam ser intocáveis.Para mim , isto é cortar os dedos e salvar os anéis.

Sobre as realocações , temos que nos lembrar que as distancias maiores não tem só a ver com motivação , mas também com custos.
Em aldeias onde as pessoas são pobres , estes custos que nós nem nos lembramos que existem podem ser a diferença entre uma criança continuar a estudar ou não.

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por artista_ » 23/1/2011 14:21

A-330 Escreveu:Só aqui vim para dizer que discordo do Artista quando este diz que se devia fazer cortes na educação.Acho o contrário.Reduzir ainda mais na educação é , no longo prazo , aumentar a massa de ignorantes que temos neste país.


Não sei se não me expliquei bem?! Eu não acho que se devam fazer cortes na educação, acho que neste momento não temos alternativa porque é preciso poupar...

Se aprofundasse um bocado o assunto diria que se deveriam fazer algumas reformulações que poderiam incluir alguns cortes, mas obviamente não acho que se deva desinvestir na educação, antes pelo contrário... mas neste momento acho que não temos outra hipótese se não cortar, talvez daqui a uns anos consigamos voltar a investir mais, mas agora acho difícil não cortar!

A-330 Escreveu:Acho um absurdo o número de escolas que se fecharam porque tinham poucos alunos. Alguns não voltarão a estudar por não terem condições de ir a uma escola mais longe.

Acho isto crimminoso.


Não éverdade, mas não é totalmente mentira... há situações em que muitos alunos têm de se deslocar todos dias muitos quilómetros para irem à escola e esse incómodo pode prejudicar as aprendizagens e a motivação desses alunos e encarregados de educação para o ensino... por outro lado, o ME defende que desta forma os alunos estão integrados num ambiente escolar melhor, e isto também faz algum sentido!
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por A330-300 » 23/1/2011 3:52

mais_um Escreveu:
A-330 Escreveu:Acho um absurdo o número de escolas que se fecharam porque tinham poucos alunos. Alguns não voltarão a estudar por não terem condições de ir a uma escola mais longe.


A tua frase é a prova que não sabes nada do processo de encerramento de escolas nem como funciona o sistema de ensino português.


È capaz de ter razão...O que eu sei é aquilo que a comunicação social deixa passar cá para fora.E o que eles disseram é que escolas com menos de 20 alunos seriam fechadas se as autarquias concordassem.Ocorre que as autarquias não avaliam todos os casos .A minha opinião é de que se uma criança ficar sem estudar,por estas mudanças ,não valeu a economia(como sempre a economia) que se está a fazer.

Talvez vc esteja mais por dentro do assunto por estar ligado ao meio.Felizmente não faço parte deste meio , portanto não tenho obrigação de saber sobre este assunto.Limito-me a julgar aquilo que sai na imprensa.

Como vc está mais por dentro do assunto, provavelmente andou na escola e sabe ler , deixo aqui uns links para que veja que o meu comentário não foi assim tão descabido quanto a arrogância do seu post deixa transpareçer.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1580365

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/tvi24 ... -4071.html

http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3 ... os_1439515

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portuga ... id=1580003

Apesar do que diz a imprensa , não me importo de ouvir a sua opinião sobre o assunto , já que se esqueçeu de a escrever no seu histéril post anterior.

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por mais_um » 23/1/2011 1:43

A-330 Escreveu:Acho um absurdo o número de escolas que se fecharam porque tinham poucos alunos. Alguns não voltarão a estudar por não terem condições de ir a uma escola mais longe.


A tua frase é a prova que não sabes nada do processo de encerramento de escolas nem como funciona o sistema de ensino português.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por A330-300 » 23/1/2011 1:23

Não acho que temos candidatos decentes. tenho ouvido muita gente falar bem do Coelho , mas ainda nem vi a cara do homem.

Agora o Cavaco?? È o típico candidato inútil.È um banana.Não presta para nada.

Uma pessoa que tem poder de veto , diz publicamente não estar de acordo com um monte de decisões e depois deixa passar tudo...ou é um banana, ou não está bem da cabeça.

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por A330-300 » 23/1/2011 1:19

Não entro na discussão públicos X privados , apesar de ter uma opinião bem formada sobre o assunto.

Só aqui vim para dizer que discordo do Artista quando este diz que se devia fazer cortes na educação.Acho o contrário.Reduzir ainda mais na educação é , no longo prazo , aumentar a massa de ignorantes que temos neste país.

Acho um absurdo o número de escolas que se fecharam porque tinham poucos alunos. Alguns não voltarão a estudar por não terem condições de ir a uma escola mais longe.

Acho isto crimminoso.

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por pepi » 22/1/2011 14:22

Fernando Braga de Matos Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=464389

Um presidente fiável para um mandato complexo
21 Janeiro2011 | 16:48
Fernando Braga de Matos

(Onde o autor que, tal como o candidato que apoia, raramente se engana, propõe que, para as eleições de domingo, não há que enganar votando-se em Cavaco, considerando os poderes presidenciais, a época altamente delicada que se avizinha e a competição que enfrenta).
Ninguém tem uma sombra de uma dúvida que 2011 vai ser um ano muito complicado e que desafios complexos virão nos subsequentes. As presidenciais, desde a mudança constitucional que retirou poder ao chefe de Estado, são eleições cuja apetência ao voto depende muito do tempo que faz e do modo como correu o sábado anterior, a puxar mais ou menos à bendita sorna. Este ano não dá para essas elocubrações sibaritas, pois a existência de um governo minoritário exangue de forças e de ideias e fora do prazo de validade dificilmente se compatibiliza com os desafios da economia, das finanças e da sociedade. Actualmente, o governo não passa de um conjunto de espectros deficitários sem actividade visível, a não ser as fantásticas viagens de José Sócrates , de expositor na mala e sorriso Pepsodent, a vender obrigações do Estado português, a líbios e outros petroárabes, chineses, venezuelanos e outros democratas (eu sei, que se lixe a cor política), enquanto T Santos puxa o fado de uma nota só, o dó. E ainda faltam 40 mil milhões… O Guardian já foi noticiando que o homem não sabe o que fazer e pediu conselhos e auxílio à Merkl (claro que lá veio o desmentido, mas, em questão de credibilidade, Sócrates não tem “rating” mesmo numa agência venezuelana, se existisse).Já se sabe qual é a saída, é mesmo o auxílio do fundo europeu e do FMI. Ora, em política internacional, na medida da competência e influência do presidente da república, não é seguramente Alegre que pode dar a credibilidade, o apaziguamento nacional e o apoio sólido ao governo, este ou outro. Com Alegre, é contra os canhões marchar, marchar, tendo ao lado Defensor Moura a tocar a corneta do rebate, enquanto no “public adress” nacional se ouve poesia empolgante em voz de barítono. Nesta perspectiva, é claramente melhor quem afirma não valer a pena insultar os credores que alguém insinuando uma sinistra conspiração em que “os especuladores atacam a dívida para obrigar à intervenção do FMI” (sim, é verdade, eu ouvi).

Em campanha vazia de ideias, as mais relevantes e substantivas que ouvi foram mesmo as de Cavaco Silva que prometeu uma maior intervenção no segundo mandato, mas, igualmente, defesa da estabilidade, desagrado por governos de gestão na conjuntura e relutância quanto às “bombas atómicas”. Parece-me bem, quando em exercício comparado houve um presidente que fazia campanha contra o governo em “presidências abertas” e outro que derrubou um governo maioritário com apenas meia dúzia de meses de vida. A gestão difícil de metodologias com cores contraditórias julgo que só um candidato experiente, sensato e fiável pode consegui-la. É que não existe percurso claro para o tempo e o modo da actividade presidencial em futuro próximo, esta ponderação de variáveis mutantes e voláteis necessita de um tratamento pelos silêncios e pela abrangência possível. Note-se que estamos a referir-nos a um tempo em vão jogar em pleno não só a política parlamentar, em jogo duro de partidos, em que evitar rotas de colisão é determinante, mas também as forças sociais que importa evitarem o rumo do tumulto e da expressão de rua, à grega e à francesa. Este tipo de concertação social não é um Manuel Alegre, de permanente sobrolho franzido, que a vai fazer, mesmo tendo o apoio ou simpatia da esquerda mais vociferante, pois as medidas e os impactes serão os promovidos pelo governo, o presidente “apenas” exerce o poder de moderação e de influência que uma eleição directa lhe confere, estendendo uma rede de segurança.

As tarefas à vista não são coisa pouca e aqui apenas se traçaram por alto os escaldantes tópicos das relações com o(s) governo(s), eleições antecipadas, consensos de regime, tensão internacional e conflitualidade interna. Ora os portugueses vêm com justificada desconfiança a classe política e nem mesmo pessoas geralmente tidas como incólumes, como Cavaco Silva, saem ilesas aos olhos de muita gente. A exigência e autoridade política e moral que as tarefas adiante impõem obriga a que o candidato vencedor obtenha uma vitória clara. Em democracia, basta a maioria mais um voto, mas 50,01% ou 60% não são a mesma coisa. Eu, por mim, vou votar, mesmo tendo perdido o chapéu de chuva.
 
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Re: Cavacadas das boas

por habanero04 » 22/1/2011 14:13

artista Escreveu:
Valete Escreveu:Como ainda não assisti a nenhuma debandada dos funcionários públicos para o privado, presumo que ainda não está assim tão mal quanto isso.


E o contrário também é verdade... esse é um argumento demagógico! Por acaso os médicos fogem a 7 pés do público, tanto que ainda hoje ouvi na TSF que parece que vão ter que obrigar alguns a trabalhar nos hospitais públicos... mas não é isso sequer que está aqui em causa!

Valete Escreveu:Alem do mais, de certeza que grande parte desses funcionários públicos que ganham acima de 1500€, estão onde estão por cunha ou favor. Para mim, esses são criminosos e responsáveis pela degradação do Estado, por isso se tivessem pudor, nem abriam o bico.


Conheces bem como tudo funciona, de certeza que todos estão lá por cunha!! :shock: :shock:

Se queres que te diga acho que isso acontece mais no privado que no público... tenho muitos amigos e familiares que trabalham no sector privado e só me falam disso, cunhas e mais cunhas!!


Eu trabalho no privado e o que mais vejo é amigalhaços e cunhas... mas isso acontece para uma certa classe, para os meninos ricos que estudaram em colégios privados e com connections, normalmente ligados à política de direita, CDS/PSD.

Já pensaste que se calhar não se dá a debandada de funcionários públicos porque não anda fácil mudar de emprego?

Mas com certeza que os funcionários públicos ligados ao esquema organizado pelo sistema político não vão ter problemas nenhuns em "debandar"... há por aí tantas empresas de braços abertos para eles...
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por habanero04 » 22/1/2011 14:03

asrael Escreveu:
habanero04 Escreveu:
asrael Escreveu:Apesar de não sentir pouca vontade de ir votar e ainda não decidi se vou ou não. Penso que se tivermos de ir a uma segunda volta, ou o Cavacas não ganhar á primeira será mau para Portugal, e para os especuladores que somos todos nós.


Mas preferes que ele ganhe ou que perca?

Tinha muita piada era ele ir à 2ª volta e perder. Aí é que eu me ria com o "melão"...


Escolheria o mal menor que seria o cavacas.

E tu acharias piada ele ir á segunda volta e perder porquê?

Eu então penso que é melhor acabar isto á primeira para não levarmos com mais campanhas.
Para mim bolsa está a precisar é que se junte o Cavacas com o Passos, depois é sempre a subir :mrgreen: :)


Mal menor?! Porquê? Vai continuar é a ser mal do mesmo...

Principalmente porque ele faz parte da pandilha dos que nos enterrou. Além disso, não gostei da conversa dele de vir dizer que isto tem que ficar decidido à 1ª volta porque senão é mau para o país. Mau para o país é continuarem lá os mesmos incompetentes do costume que levaram o país para o fundo e não souberam sobrepor os interesses do país aos seus interesses pessoais.

O que menos me preocupa é para onde vai a bolsa. Se subir sobe, se cair cai. Quero lá saber. O futuro do país e de todos os portugueses é que está em causa. Quer dizer, quase todos porque alguns governam-se...
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por artista_ » 22/1/2011 12:53

vitcosta Escreveu:Para que se saiba os médicops são obrigados, a trabalhar até aos 32 anos (em média no público)
Pois desde a licenciatura têm de tirar ainda o:
-Internato COmum (1 ano)
-Internato Especialidade (4 a 6 anos)

Neste periodo ( de trabalho e formção), estão sujeitos à maior exploração seja dos hospitasi , seja dos colegas.

Pois além da componente (trabalho que nem escravos), têm avaliações (depdendem dos que lhes deixam fazer em termos curriculares)

Só após isto, ou seja, 30-32 anos podem ter a especialidade e ir trabalhar no privado (pelo menos com completa autonomia)

É neste periodo que euerem obrigar a aficar mais anos.

Portanto aqui a logica é invertida, oe medicos já não querem ser FP (vão ter que ser obrigados)


Pois, lá estão as desiguldades de que falava, enfim mas são as leis do mercado, estamos também aqui a pagar o preço de algumas decisões políticas menos corretas... não deixa de ser caricato que nuns casos mantenham os funcionários com vínculos precários durtante anos e noutros os obriguem a trabalhar na função pública! :mrgreen:

Voltando ao início do tópico, tudo isto depende de decisões políticas que nos levarão à situação actual, e a situação actual deveria ser corrigida com o contributo de todos, independentemente dos cortes que no futuro teriam de ser feitos para o emagrecimento do estado!

abraços

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por artista_ » 22/1/2011 12:47

pepi Escreveu:Meus caros, não quero reacender esta eterna discussão entre Func. Publicos e Privados, quando bem vistas as coisas até me parece que são mais as coisas que nos une do que o que nos separa...


Ora finalmente...


pepi Escreveu:artista, no teu caso o Estado não cumpre as regras que obriga os privados a cumprir, que queres que te diga?!


Em primeiro lugar não é no "meu" caso é no caso de 30/35 mil professores, serão perto de 30% da classe!!

Quero é sobretudo que não me digas que quem trabalha para o estado só tem é regalias, quero sobretudo desmontar a tua visão (que é igual à de muitos outros) sobre a matéria, porque está desatualizada, já era... embora ainda seja mais ou menos verdade para uma parte de quem trabalha para o estado, já há muito que não é para quase ninguém, a não ser para alguns iluminados de nomeação política, mas aqui a problemática é outra!

pepi Escreveu:Obviamente não está certo, mas para mim revela uma enorme hipocrisia, pois essa gente que tanto criticou as propostas do PPC para flexibilizar o despedimento no sector privado, utiliza este expediente para alcançar essa flexibilidade porque agora já lhe interessa...


E para que conste, não é nada que usa há dois ou três anos por causa desta crise, é algo que já vem de há pelo menos uns 5 ou 6 (provavelmente serão um pouco mais), pelo menos no caso dos professores... e este método não só lhes permite uma flexibilidade maior como lhes permite pagar consideravelmente menos a estes professores.

Todos têm razão para se queixar quando são atingidos por cortes salariais, penso que os professores que estão nessas condições também têm o direito de o fazer. Mas, para os milhares de professores contratados, é um bocado caricato pensar que não se importariam de estar na situação deles e baixarem-lhe o vencimento 20% (e não apenas os 3,5%), ganhariam o mesmo ou mais, teriam mais regalias, estariam nos quadros da FP, teriam um horário completo garantido, não mudariam de escola permanentemente, etc... e, na prática, a grande diferença entre estes dois grupos de professores, é apenas o facto de os que estão no quadro terem começado a leccionar uns anos antes, quando se entrava para a carreira com relativa facilidade! :)


pepi Escreveu:Também não vou perder muito tempo a chover no molhado, apenas quero dizer que as garantias de manutenção do posto de trabalho entre o sector público e privado não são de todo comparáveis, e que no sector privado a remuneração dos funcionários está indexada à produtividade, aos resultados da empresa e da economia, à qualidade da gestão, ao facto de existir ou n concorrência, etc., e no sector público essa remuneração é definida por critérios, no mínimo, pouco transparentes...


Estás, mais uma vez, a falar do passado...como disse lá atrás, já "foi chão que deu uvas", embora ainda seja parcialmente verdade para alguns! O que cria injustiças ainda maiores...

pepi Escreveu: artista, o que ficou por responder?


Engano meu, não foste tu! :oops: :wink:


pepi Escreveu:Não ouvi ninguém falar em despedir sem pagar uma compensação correspondente ao tempo que esse trabalhador esteve ao serviço da empresa, como tal os funcionários públicos a dispensar obviamente que deverão ser indemnizados.


Mas não é isso que está a acontecer em muitos casos, e nem sequer estou só a falar dos professores, porque conheço outros casos, embora em menor número... e também não será isso que vai acontecer, porque certamente (mesmo que não me atinja a mim) em Setembro muitos professores vão ficar sem emprego, alguns já leccionam no ensino público há mais de 5 anos, alguns eventualmente há mais de 10!! E para estes, os "grandes" cortes salariais que se estão agora a fazer, serão "peanuts"... quero ver nessa altura se esses cortes, realmente a sério, terão tanto impacto na opinião pública como estes relativamente pequenos e que só atingem os salários mais altos, quero ver até que ponto a nossa sociedade é egoista e hipócrita para assobiar para o lado perante tamanha desigualdade!!

Ainda assim, quero deixar bem claro (mais uma vez) que acho estes cortes inevitáveis. Talvez fosse possível poupar alguns cortes e, sobretudo, fazê-los de uma forma mais gradual e não tão abrupta, mas no essencial eles são necessários... e não é a eventualidade de ficar sem emprego que me fará mudar de opinião, embora fique com algum sentimento que se não fossem BPN's, Submarinos, Scut's e outros, isto poderia ser feito de outra forma!

Bom fim-de-semana para todos

artista
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por vitcosta » 22/1/2011 11:15

Para que se saiba os médicops são obrigados, a trabalhar até aos 32 anos (em média no público)
Pois desde a licenciatura têm de tirar ainda o:
-Internato COmum (1 ano)
-Internato Especialidade (4 a 6 anos)

Neste periodo ( de trabalho e formção), estão sujeitos à maior exploração seja dos hospitasi , seja dos colegas.

Pois além da componente (trabalho que nem escravos), têm avaliações (depdendem dos que lhes deixam fazer em termos curriculares)

Só após isto, ou seja, 30-32 anos podem ter a especialidade e ir trabalhar no privado (pelo menos com completa autonomia)

É neste periodo que euerem obrigar a aficar mais anos.

Portanto aqui a logica é invertida, oe medicos já não querem ser FP (vão ter que ser obrigados)
 
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por pepi » 22/1/2011 3:09

Meus caros, não quero reacender esta eterna discussão entre Func. Publicos e Privados, quando bem vistas as coisas até me parece que são mais as coisas que nos une do que o que nos separa...

artista Escreveu:Respondendo à tua pergunta, isso do não ser depedido já foi "chão que deu uvas" e, ainda assim, é uma questão marginal ao que estamos aqui a debater...dou-te o meu exemplo, eu sou professor, este é o 13º ou 14º ano (já lhes estou a perder a conta) que estou a lecionar. No dia 31 de Agosto acaba o meu contrato anual, se não houver lugar para mim no próximo ano (e há boas possibilidades de isso acontecer devido aos cortes previstos) fico sem emprego.


artista, no teu caso o Estado não cumpre as regras que obriga os privados a cumprir, que queres que te diga?!
Obviamente não está certo, mas para mim revela uma enorme hipocrisia, pois essa gente que tanto criticou as propostas do PPC para flexibilizar o despedimento no sector privado, utiliza este expediente para alcançar essa flexibilidade porque agora já lhe interessa...


artista Escreveu:Lá está, a conversa do que interessa, do que nos favorece e dá jeito. Porque é que pegas em 2009 e não vais buscar outro ano qualquer? Olha pega na última década... já tanto aqui se falou disso que nem vale a pena voltar a falar!


Também não vou perder muito tempo a chover no molhado, apenas quero dizer que as garantias de manutenção do posto de trabalho entre o sector público e privado não são de todo comparáveis, e que no sector privado a remuneração dos funcionários está indexada à produtividade, aos resultados da empresa e da economia, à qualidade da gestão, ao facto de existir ou n concorrência, etc., e no sector público essa remuneração é definida por critérios, no mínimo, pouco transparentes...

artista Escreveu:Antes de mais, se queres que te responda ás tuas perguntas, seria simpático da tua parte responderes às minhas também!


artista, o que ficou por responder?


Bakano Escreveu:Mensagem colocada em:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... 3&start=25

Atenção que alguns deste aumento foram só para funcionários que auferissem até 1.000 Euros.

Confessa lá Pepi contigo também foi assim


Bakano Escreveu:Ainda voltando ao assunto e para termina, o que se verifica com esta redução de ordenado e somando a inflação de 2010, o que é certo é que o sector publico perde poder de compra numa década de quase 15%.

Não pode haver subidas nas carreiras que estão congeladas, ou seja a experiência que deve ser sinonimo de maior rentabilidade não conta para nada.

Já agora Pepi na tua empresa também não há progressões na carreira ou coisa que o valha?


Infelizmente, nos últimos tempos as oportunidades de promoção na empresa onde trabalho não abundam... acho curioso a expressão "progressões na carreira", a qual associo a progressão automática por tempo de serviço, mas deverá ser preconceito meu... :oops:

Eu não me estou a lamentar, reconheço que a actual situação da empresa e do país (sobretudo as perspectivas para os próximos anos) não permitem estar aumentar a massa salarial e agravar os custos com o pessoal, e sendo assim, tenho que procurar reverter essa situação sendo mais produtivo... ou procurando dar novas perspectivas à minha carreira...


Bakano Escreveu:Fica só mais isto, eu já referi noutros tópicos que por mim deveria de despedir-se uma grande % de funcionários públicos, mas pagar as devidas indemnizações como se obriga as empresas privadas.
Eu por mim até posso sair nessas condições na boa...

Agora, saio com 17 anos de carreira sem nada...??


Não ouvi ninguém falar em despedir sem pagar uma compensação correspondente ao tempo que esse trabalhador esteve ao serviço da empresa, como tal os funcionários públicos a dispensar obviamente que deverão ser indemnizados.

Abraços
 
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por Bakano » 22/1/2011 1:52

Ainda voltando ao assunto e para termina, o que se verifica com esta redução de ordenado e somando a inflação de 2010, o que é certo é que o sector publico perde poder de compra numa década de quase 15%.

Não pode haver subidas nas carreiras que estão congeladas, ou seja a experiência que deve ser sinonimo de maior rentabilidade não conta para nada.

Já agora Pepi na tua empresa também não há progressões na carreira ou coisa que o valha?

Concordo com o mais_um, o que até não é muito frequente. :mrgreen:

Fica só mais isto, eu já referi noutros tópicos que por mim deveria de despedir-se uma grande % de funcionários públicos, mas pagar as devidas indemnizações como se obriga as empresas privadas.
Eu por mim até posso sair nessas condições na boa...

Agora, saio com 17 anos de carreira sem nada...??

Não, agora também tenho direito a dizer comeram a carne, agora terão de roer os ossos....


:?
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por artista_ » 22/1/2011 1:43

pepi Escreveu:Mas oh artista, os que trabalham no sector privado têm emprego garantido sem possibilidade de ser despedido?!


Antes de mais, se queres que te responda ás tuas perguntas, seria simpático da tua parte responderes às minhas também! :wink:

Respondendo à tua pergunta, isso do não ser depedido já foi "chão que deu uvas" e, ainda assim, é uma questão marginal ao que estamos aqui a debater...dou-te o meu exemplo, eu sou professor, este é o 13º ou 14º ano (já lhes estou a perder a conta) que estou a lecionar. No dia 31 de Agosto acaba o meu contrato anual, se não houver lugar para mim no próximo ano (e há boas possibilidades de isso acontecer devido aos cortes previstos) fico sem emprego. Na mesma situação que eu estão mais 30/35 mil professores. Não sou um entendido na matéria, mas parece-me difícil que uma empresa privada possa manter um funcionário 5, 10, 15 anos com contratos anuais, ainda para mais não sendo todos os anos a tempo inteiro (aliás raramente foram a tempo inteiro)! Se fosse no privado se calhar, todos os que estão nesta situação, teriam direito a uma indemnização, mas o estado pode fazer estas coisas!

Mas não me vês aqui a queixar-me, muito menos a atirar as culpas para os outros. Há muita coisa que está mal, há muitas injustiças mas eu não tenho uma opinião sobre um determinado assunto em função dos meus interesses, muitas das minhas opiniões vão até contra os meus interesses... por exemplo, eu acho que inevitavelmente terão de se fazer cortes na educação, sei que, de uma forma ou de outra serei prejudicado, mas isso não muda a minha opinião sobre o assunto!

pepi Escreveu:Sabes, em 2009 quando este Governo decidiu aumentar o FP em 2,9% sabes quanto foi o aumento salarial na empresa onde trabalho? 0,0%

É porreiro, não é pá?!


Lá está, a conversa do que interessa, do que nos favorece e dá jeito. Porque é que pegas em 2009 e não vais buscar outro ano qualquer? Olha pega na última década... já tanto aqui se falou disso que nem vale a pena voltar a falar!

Já agora, embora tenha sido beneficiado por esses aumentos tenho sido das pessoas que aqui mais os tem criticado... mais uma vez, eu não defendo o que me convém, defendo o que acho que está certo, até me provarem que estou enganado!
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por Bakano » 22/1/2011 1:31

MarcoAntonio Escreveu:Muito se fala do aumento 2.9% de 2009 quando foi o único ano da última década em que existiu um aumento real...

Aumentos na Função Pública entre 2000 e 2008 (inflação entre parentisis):

2000 2.5% (2.9%)
2001 3.71% (4.4%)
2002 2.75% (3.6%)
2003 0.0% (3.3%)
2004 0.0% (2.4%)
2005 2.2% (2.3%)
2006 1.5% (3.1%)
2007 1.5% (2.5%)
2008 2.1% (2.6%)



Só os congelamentos de 2002 e 2003 cobrem o aumento real de 2009 e ainda passa...

A perda acumulada entre 2000 e 2008 ronda os 10%.


Mensagem colocada em:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... 3&start=25

Atenção que alguns deste aumento foram só para funcionários que auferissem até 1.000 Euros.

Confessa lá Pepi contigo também foi assim :evil:
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