off topic: “políticos vivem num "mundo à parte"
1 Mensagem
|Página 1 de 1
off topic: “políticos vivem num "mundo à parte"
Manuela Ferreira Leite: políticos vivem num "mundo à parte" (act.)
A antiga ministra das Finanças acusou hoje os agentes políticos de viverem num "mundo à parte" e falarem "em circuito fechado".
Manuela Ferreira Leite disse hoje, no Porto, que os políticos vivem num mundo à parte.
Essa situação “é tão grave que a representatividade pode ser posta em causa”, acrescentou a ex-ministra, citada pela Lusa.
“As medidas tomadas e o proclamado objectivo de credibilizar a classe política têm sido marcados por demagogia; e de demagogia em demagogia, a classe política tornou-se num mundo à parte em que os cidadãos não se revêem” e com o qual não comunicam, salientou a antiga ministra das Finanças durante a cerimónia comemorativa dos nove anos de Rui Rio frente à Câmara do Porto.
A ex-líder social democrática acredita mesmo que "a situação é tão grave que a representatividade pode ser posta em causa" até porque "nenhum país se desenvolve com base em incompetência de dirigentes".
Para Manuela Ferreira Leite a classe política está mesmo "completamente desacreditada", "não existe para mobilizar cidadãos" e tem líderes que "infelizmente se habituaram a sobreviver com promessas que nunca cumpriram".
A deputada começou o seu discurso lamentando a actual situação vivida em Portugal e os "sacrifícios" pedidos ao portugueses pelo governo, questionando: "como foi possível conduzir o País a uma situação tal que tornou essas medidas necessárias"? "Há anos que se vêm a cometer erros de política" que já estão "escalpelizados de modo a que a sua identificação não origina grande discussão", afirmou.
Destacou que "não é possível viver indefinidamente à custa de crédito sem ficar dependente de credores", referindo-se a um país "com baixa competitividade", que "vai empobrecendo", tem "taxas de poupança baixíssimas", um "sistema de justiça que não garante segurança", um "sistema económico desajustado".
Manuela Ferreira Leite lembrou a contínua perda de competitividade do País, uma situação que se deve ao "privilégio, durante muito tempo, a bens não transacionáveis" e "o acesso fácil a fundos comunitários" que "não tiveram apenas efeitos benéficos" tendo mesmo sido uma "fonte de facilitismo".
A antiga líder laranja comparou mesmo Portugal a "um doente em estado terminal" e "é isso que justifica o tratamento de choque".
Uma das áreas que Ferreira Leite mais criticou foi a da educação, sublinhando a "falta de confiança na qualidade do ensino". Mas o erro de fundo em todas as políticas "consiste na defeituosa compreensão do uso do poder por parte dos governantes", disse.
"Governar é prever", salientou a ex-ministra das Finanças e da Educação, para quem o governo "tem de saber prever para planear intervenções em vez de tomar medidas de emergência porque foi apanhado desprevenido".
Para Manuela Ferreira Leite, o actual poder político "está reduzido a alteração de leis", o que "é próprio de um governo fraco" e demonstra um "profundo desrespeito pelos cidadãos". Defende mesmo que o futuro terá de passar pelo "reencontro entre política e cidadãos". Manuela Ferreira escusou-se a prestar declarações aos jornalistas no final da cerimónia.
fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=461927
A antiga ministra das Finanças acusou hoje os agentes políticos de viverem num "mundo à parte" e falarem "em circuito fechado".
Manuela Ferreira Leite disse hoje, no Porto, que os políticos vivem num mundo à parte.
Essa situação “é tão grave que a representatividade pode ser posta em causa”, acrescentou a ex-ministra, citada pela Lusa.
“As medidas tomadas e o proclamado objectivo de credibilizar a classe política têm sido marcados por demagogia; e de demagogia em demagogia, a classe política tornou-se num mundo à parte em que os cidadãos não se revêem” e com o qual não comunicam, salientou a antiga ministra das Finanças durante a cerimónia comemorativa dos nove anos de Rui Rio frente à Câmara do Porto.
A ex-líder social democrática acredita mesmo que "a situação é tão grave que a representatividade pode ser posta em causa" até porque "nenhum país se desenvolve com base em incompetência de dirigentes".
Para Manuela Ferreira Leite a classe política está mesmo "completamente desacreditada", "não existe para mobilizar cidadãos" e tem líderes que "infelizmente se habituaram a sobreviver com promessas que nunca cumpriram".
A deputada começou o seu discurso lamentando a actual situação vivida em Portugal e os "sacrifícios" pedidos ao portugueses pelo governo, questionando: "como foi possível conduzir o País a uma situação tal que tornou essas medidas necessárias"? "Há anos que se vêm a cometer erros de política" que já estão "escalpelizados de modo a que a sua identificação não origina grande discussão", afirmou.
Destacou que "não é possível viver indefinidamente à custa de crédito sem ficar dependente de credores", referindo-se a um país "com baixa competitividade", que "vai empobrecendo", tem "taxas de poupança baixíssimas", um "sistema de justiça que não garante segurança", um "sistema económico desajustado".
Manuela Ferreira Leite lembrou a contínua perda de competitividade do País, uma situação que se deve ao "privilégio, durante muito tempo, a bens não transacionáveis" e "o acesso fácil a fundos comunitários" que "não tiveram apenas efeitos benéficos" tendo mesmo sido uma "fonte de facilitismo".
A antiga líder laranja comparou mesmo Portugal a "um doente em estado terminal" e "é isso que justifica o tratamento de choque".
Uma das áreas que Ferreira Leite mais criticou foi a da educação, sublinhando a "falta de confiança na qualidade do ensino". Mas o erro de fundo em todas as políticas "consiste na defeituosa compreensão do uso do poder por parte dos governantes", disse.
"Governar é prever", salientou a ex-ministra das Finanças e da Educação, para quem o governo "tem de saber prever para planear intervenções em vez de tomar medidas de emergência porque foi apanhado desprevenido".
Para Manuela Ferreira Leite, o actual poder político "está reduzido a alteração de leis", o que "é próprio de um governo fraco" e demonstra um "profundo desrespeito pelos cidadãos". Defende mesmo que o futuro terá de passar pelo "reencontro entre política e cidadãos". Manuela Ferreira escusou-se a prestar declarações aos jornalistas no final da cerimónia.
fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=461927
1 Mensagem
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot], Google [Bot] e 143 visitantes