Como medir a saúde das cotadas
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Como medir a saúde das cotadas
De três em três meses os investidores têm de fazer um ‘chek up’ às empresas. Conheça os indicadores para avaliar a saúde das cotadas.
1. Resultados líquidos
Esta é a primeira rubrica de um balanço para o qual os investidores devem olhar, pois informarquanto conseguiu a empresa lucrar em determinado período. Estes números devem ser comparados com o período homólogo de anos anteriores para aferir a evolução real do negócio da empresa e evitar o efeito sazonal que possa ocorrer. Além disso, convém medir a qualidade dos resultados, isto é, se os lucros foram conseguidos com receitas extraordinárias, por exemplo.
2. EBIT e EBITDA
O lucro líquido pode não dar a ideia exacta de como a actividade da empresa se comportou. Para analisar mais minuciosamente o desempenho da companhia pode-se utilizar o EBIT (lucro operacional, o resultado antes de se descontarem os encargos com juros e impostos). Pode-se ainda descontar o valor das depreciações e das amortizações aos lucros para se encontrar o EBITDA, um indicador precioso para comparar a rentabilidade entre empresas do mesmo sector.
3. Receitas
Quanto dinheiro está a empresa a receber com o desenvolvimento do seu negócio? A resposta é encontrada no item receitas, que ajuda a perceber de onde vem e como é gerado o dinheiro que entra nos cofres da empresa. Deve-se analisar a evolução histórica das receitas e estar atento às declarações da gestão das cotadas sobre a evolução do negócio. Além disso, os investidores podem complementar esta análise com as perspectivas de negócio do sector onde a empresa está inserida.
4. Vendas
Nos relatórios das empresas é possível perceber a evolução das vendas. Mas para aferir a eficiência da empresa não basta ver apenas o volume das vendas. Podem-se utilizar rácios como o valor das vendas sobre o número de funcionários para perceber se a empresa é eficiente. Além disto, se, por exemplo, uma empresa vender bastante mas a preços baixos, o reflexo no lucro é menor. Pode-se medir a relação com o ‘cash flow' operacional, para perceber a capacidade da empresa em transformar as vendas em dinheiro.
5. Margens
A margem operacional serve para perceber quanto a empresa lucra antes de impostos e juros em cada euro de vendas. Este indicador é importante para se entender o ‘pricing power' da companhia: em teoria, quanto mais alto for a margem operacional, melhor é o seu desempenho. Este indicador deve ser analisado historicamente e comparado sectorialmente, dadas as especificidades de cada área de negócio.
6. Cash Flow
Os fluxos de caixa servem para perceber a liquidez da empresa. Medem o dinheiro que entra e sai da companhia ('cash flow' operacional), isto é, a quantia que a empresa gera através das suas principais actividades. Quando a rubrica de ‘cash flow' revela uma subida, significa que a empresa está a melhorar a sua solvência e a sua capacidade de pagar dívidas. Um ‘cash flow' elevado pode ainda dar pistas de que a empresa tem poder para investir mais.
7. CAPEX
O CAPEX representa o investimento feito pela empresa em comprar novas estruturas físicas para expandir os seu negócios ou para prolongar a vida útil das suas infra-estruturas. Sectores como os das telecomunicações e energia, por exemplo, precisam de empregar mais recursos em CAPEX. Este indicador serve para medir o grau de investimento de uma empresa. Um nível de CAPEX elevado pode indiciar que a empresa está a investir em projectos para melhorar a sua rentabilidade futura.
8. Liquidez
Se uma cotada tiver um nível elevado de ‘cash' (dinheiro em caixa) significa que tem capacidade para investir ou remunerar os accionistas a qualquer momento e pagar facilmente as suas dívidas. No entanto, uma subida neste indicador pode ainda indiciar que a empresa pode não estar a aproveitar oportunidades de investimento ou que está receosa sobre o futuro.
9. Dívida líquida
Este indicador mede o total da dívida da empresa face ao total da liquidez. Indica o grau de endividamento da cotada e, tal como os outros indicadores, deve ser comparado sectorialmente. Uma dívida líquida elevada pode significar que a empresa está a investir, mas também que tem muitas responsabilidades para cumprir. Um rácio que se pode utilizar é a dívida líquida sobre o EBITDA, para aferir quanto demora a empresa a pagar as suas dívidas face aos lucros da sua actividade.
10. Custo da dívida
Numa altura em que as empresas portuguesas se ressentem da crise de dívida soberana, convém analisar os encargos financeiros das cotadas. Servem para aferir qual o nível de juros que as empresas estão a pagar para financiarem o seu investimento. Juros mais altos podem comprometer o crescimento da empresa. Caso o custo da dívida aumente, uma opção por parte da gestão passa por reduzir a dívida líquida.
http://economico.sapo.pt/noticias/como- ... 04370.html
1. Resultados líquidos
Esta é a primeira rubrica de um balanço para o qual os investidores devem olhar, pois informarquanto conseguiu a empresa lucrar em determinado período. Estes números devem ser comparados com o período homólogo de anos anteriores para aferir a evolução real do negócio da empresa e evitar o efeito sazonal que possa ocorrer. Além disso, convém medir a qualidade dos resultados, isto é, se os lucros foram conseguidos com receitas extraordinárias, por exemplo.
2. EBIT e EBITDA
O lucro líquido pode não dar a ideia exacta de como a actividade da empresa se comportou. Para analisar mais minuciosamente o desempenho da companhia pode-se utilizar o EBIT (lucro operacional, o resultado antes de se descontarem os encargos com juros e impostos). Pode-se ainda descontar o valor das depreciações e das amortizações aos lucros para se encontrar o EBITDA, um indicador precioso para comparar a rentabilidade entre empresas do mesmo sector.
3. Receitas
Quanto dinheiro está a empresa a receber com o desenvolvimento do seu negócio? A resposta é encontrada no item receitas, que ajuda a perceber de onde vem e como é gerado o dinheiro que entra nos cofres da empresa. Deve-se analisar a evolução histórica das receitas e estar atento às declarações da gestão das cotadas sobre a evolução do negócio. Além disso, os investidores podem complementar esta análise com as perspectivas de negócio do sector onde a empresa está inserida.
4. Vendas
Nos relatórios das empresas é possível perceber a evolução das vendas. Mas para aferir a eficiência da empresa não basta ver apenas o volume das vendas. Podem-se utilizar rácios como o valor das vendas sobre o número de funcionários para perceber se a empresa é eficiente. Além disto, se, por exemplo, uma empresa vender bastante mas a preços baixos, o reflexo no lucro é menor. Pode-se medir a relação com o ‘cash flow' operacional, para perceber a capacidade da empresa em transformar as vendas em dinheiro.
5. Margens
A margem operacional serve para perceber quanto a empresa lucra antes de impostos e juros em cada euro de vendas. Este indicador é importante para se entender o ‘pricing power' da companhia: em teoria, quanto mais alto for a margem operacional, melhor é o seu desempenho. Este indicador deve ser analisado historicamente e comparado sectorialmente, dadas as especificidades de cada área de negócio.
6. Cash Flow
Os fluxos de caixa servem para perceber a liquidez da empresa. Medem o dinheiro que entra e sai da companhia ('cash flow' operacional), isto é, a quantia que a empresa gera através das suas principais actividades. Quando a rubrica de ‘cash flow' revela uma subida, significa que a empresa está a melhorar a sua solvência e a sua capacidade de pagar dívidas. Um ‘cash flow' elevado pode ainda dar pistas de que a empresa tem poder para investir mais.
7. CAPEX
O CAPEX representa o investimento feito pela empresa em comprar novas estruturas físicas para expandir os seu negócios ou para prolongar a vida útil das suas infra-estruturas. Sectores como os das telecomunicações e energia, por exemplo, precisam de empregar mais recursos em CAPEX. Este indicador serve para medir o grau de investimento de uma empresa. Um nível de CAPEX elevado pode indiciar que a empresa está a investir em projectos para melhorar a sua rentabilidade futura.
8. Liquidez
Se uma cotada tiver um nível elevado de ‘cash' (dinheiro em caixa) significa que tem capacidade para investir ou remunerar os accionistas a qualquer momento e pagar facilmente as suas dívidas. No entanto, uma subida neste indicador pode ainda indiciar que a empresa pode não estar a aproveitar oportunidades de investimento ou que está receosa sobre o futuro.
9. Dívida líquida
Este indicador mede o total da dívida da empresa face ao total da liquidez. Indica o grau de endividamento da cotada e, tal como os outros indicadores, deve ser comparado sectorialmente. Uma dívida líquida elevada pode significar que a empresa está a investir, mas também que tem muitas responsabilidades para cumprir. Um rácio que se pode utilizar é a dívida líquida sobre o EBITDA, para aferir quanto demora a empresa a pagar as suas dívidas face aos lucros da sua actividade.
10. Custo da dívida
Numa altura em que as empresas portuguesas se ressentem da crise de dívida soberana, convém analisar os encargos financeiros das cotadas. Servem para aferir qual o nível de juros que as empresas estão a pagar para financiarem o seu investimento. Juros mais altos podem comprometer o crescimento da empresa. Caso o custo da dívida aumente, uma opção por parte da gestão passa por reduzir a dívida líquida.
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