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Caldeirão da Bolsa

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Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 9/9/2010 13:13

Deixaram de estar disponiveis (no BIG)obrigações da Grécia, a procura deve ter sido imensa...

Assim já não tenho tentações.... :mrgreen: :mrgreen:
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por kpt » 9/9/2010 12:27

Eu comprei OTs para 2014 quando estas cotavam em mínimos nos 67%, o que, na altura, dava uma yield líquida superior à actual (a cotar nos 79%).
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por mais_um » 9/9/2010 12:21

Pata-Hari Escreveu:Só para info, pedi dados há dois dias e tinhamos:

20-3-2012: 7.37 de yield líquida
20-05-2013: 8.79% líquida
20-08-2014: 9.21 líquido


No BIG as de 20-08-2014 estão com 12% iliquidos, o que deve dar algo parecido com os 9,21 liquidos
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por Pata-Hari » 9/9/2010 12:18

Só para info, pedi dados há dois dias e tinhamos:

20-3-2012: 7.37 de yield líquida
20-05-2013: 8.79% líquida
20-08-2014: 9.21 líquido
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por mais_um » 9/9/2010 12:14

kpt Escreveu:I

Risco? Há sim senhor mas ainda assim o rácio rentabilidade/risco é atractivo, pois acho que, como muitas vezes acontece, o mercado poderá estar a descontar bastante no preço das OTs gregas :)


Pois, com yields de 12% é atractivo, mas em 4 anos muita coisa pode acontecer :-k
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por kpt » 9/9/2010 10:54

Interesssante sem dúvida.

Acho estranho é um fundo desse género ter valorizado tão pouco ao ano. Ou os 0,3% já será a valorização real, isto é, descontada da inflação?

Se os 0,3% não é valorização real mas sim nominal, então é mesmo estranho. Não se pede nem 10% nem 15% mas 2% ou 3% era o mínimo.

Se se tiver em conta a inflação se calhar o fundo até perdeu dinheiro.

Bom, mas quanto à questão grega e ao facto do fundo ter desvalorizado os supostos 3,4% com essa estratégia, há que ter atenção que é uma desvalorização potencial e que muito provavelmente não se irá concretizar! Se os norugueses detiverem a dívida até à maturidade jamais (e salvo incumprimento) perderão dinheiro com a operação.

Eu estou como os noruegueses, credor dos gregos a desconto :)

Risco? Há sim senhor mas ainda assim o rácio rentabilidade/risco é atractivo, pois acho que, como muitas vezes acontece, o mercado poderá estar a descontar bastante no preço das OTs gregas :)
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Interessante...

por Ulrich » 9/9/2010 10:42

O Ministério das Finanças norueguês não acredita no incumprimento da Grécia e investe em dívida de países periféricos como Espanha, Itália ou Portugal.
Segudo a Bloomberg, o Ministro das Finanças Sigbjörn Johnsen apoia a estratégia de compra de dívida grega, num país com o segundo maior fundo de riqueza soberana do mundo, com um fundo de pensões acumulado em 353,9 mil milhões de euros.

Este fundo, que inclui a riqueza norueguesa proveniente do petróleo e do gás natural, é utilizado primordialmente na compra de obrigações tendo em conta a proporção da sua importância nos índices mundiais. Através de uma estratégia de gestão activa, o fundo conseguiu valorizar 0,3% ao ano, em média, desde 1998, segundo a Bloomberg.

Foi a partir do montante do fundo de pensões que o país nórdico calculou o valor a adquirir de dívida externa de países periféricos, maioritariamente grega, com a sua estratégia a levar a uma desvalorização de 3,4% no segundo trimestre, ao passo que as obrigações asiáticas e americanas registaram ganhos.

A dívida grega, segundo a maioria dos analistas, é alvo de “um consenso generalizado em como sofrerá numa determinada altura uma reestruturação ou se verificará um incumprimento”, segundo Harvinder Sian, estratega de investimentos de renda fixa no Royal Bank of Scotland, citado pela Bloomberg. Segundo outros analistas, o risco de contágio é muito grande, aumentando ainda mais os riscos desta operação.

A “yield” que os investidores exigem para deter dívida externa grega, espanhola e irlandesa é ainda maior do que quando a União Europeia anunciou o seu fundo de estabilização do euro há quatro meses, no valor de 700 milhões de euros, em detrimento de obrigações alemãs. As obrigações espanholas pagam um juro 1,8% superior às obrigações alemãs, ao passo que a Irlanda paga um prémio de 3,8% face ao Estado alemão.

A Comissão Europeia prevê que a dívida grega aumentará para os 124,9% do PIB este ano.

(in jornal de negocios)

Esta atitude é um pouco contra corrente.
O fundo soberano Norueguês é um exemplo de responsabilidade/respeito do Estado perante os seus cidadãos gerindo/valorizando os recursos do país.
Neste sentido não acredito que a sua gestão seja feita por palpites.
As obrigações dos países do sul da Europa são neste momento óptimos negócios.
A questão é a seguinte:
se alguém acredita numa possibilidade baixa de incumprimento os juros da dívida diminuem transmitindo confiança (aqui se insere a visão em contra corrente),esta confiança só é positiva para uma estabilização dos mercados se os países colocarem as suas contas "minimamente em dia"(para ser realista)limitando definitivamente a emissão de nova dívida.

Abraços
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