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Caldeirão da Bolsa

Portugal coloca dívida dentro dos montantes Juros Sobem

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Supermann » 8/9/2010 13:00

Ja agora pergunto... quando é que há nova actualização das taxas dos Certificados do Tesouro?

ok já vi... sera no antepenultimo mes...

vou esperar pelo fim de Setembro que deve levar uma boa revisão em alta :mrgreen:
 
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por Supermann » 8/9/2010 12:57

Parabolic Escreveu:Tudo o que se passa neste país é ridiculo. O Estado prefere ir financiar-se lá fora a 6%, quando continua a pagar cá dentro nos Certificados do Tesouro taxas miseráveis de 1,5% ou 2%. E cá com os depósitos em bancos a atingir máximos históricos. Bastava aumentar para 3% ou 4% as taxas dos CT ou dos Certificados de Aforro e tinha toda a dívida que queria, mais barata.


E aumentava como? Voces devem pensar que é so aumentar...

Porque é que os certificados de aforro pagam menos?

É que aqui estmaos a falar de bonds a 10 anos, onde a maturidade é so daqui a 10 anos, portanto obviamente o juro é maior. Segundo, nos certificados não existe risco de perda de capital durante os períodos, enquanto nas obrigações eu vou estar dependente daquilo que o mercado me der se eu quiser liquidar antes dos 10 anos. Nos certificados se eu liquidar, perco o juro do ultimo periodo que são 3 meses. Os certificados nada mais são que empréstimos de curto prazo constantemente a serem renovados - penso que indexados á Euribor 3M... com essas beneces queriam o que? Juros de 4%? Quando o resto do mercado dá muito menos?

E onde é q certificados do Tesouro pagam 1 ou 2%? In my book, andam a pagar 5,5% sensivelmente... obviamente se detiver apenas 1 ano ou 2 não vai obter essas taxas.. há que comparar maças com maças sff

Por acaso, até vejo os CT apesar de ligeiramente menor taxas que as obrigações, poderão ser um melhor veiculo simplesmente porque não existe o risco de liquidez (isto pelo que percebi) ou seja, enquanto nas bonds estamos sujeitos ao preço das obigações no momento se quisermos liquidar... nos certificados tesouro se quisermos liquidar antes da maturidade, nunca perdemos o capital o que nem sempre acontece nas bonds... obviamente isto tem subsidio em algum lado de certeza... é o contribuinte pois claro...

Não há almoços grátis..
Editado pela última vez por Supermann em 8/9/2010 13:05, num total de 1 vez.
 
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por kpt » 8/9/2010 12:55

Só uma pergunta para os senhores que gerem a nossa dívida.

Porquê andar a emitir dívida de longo prazo (10 anos) nesta altura em que as taxas estão tão altas?

Não é preferível emitir a prazos mais curtos, entre 1 a 3 anos e conseguir um juro mais baixo?

Daqui a 1 ou 3 anos logo se via o juro a que se conseguiria mas hipotecar o país para os próximos 10 anos a pagar juros de 5% ou 6% parece-me má estratégia.

Ou será que estão tão desconfiantes ao ponto de achar que a nossa taxa de juro, daqui a 3 anos poderá estar bem mais elevada e, portanto, compensa desde já assegurar os 5% em vez de daqui a 3 anos estarmos a pagar, quiçá, 7% ou 8%?
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por mais_um » 8/9/2010 12:53

Lion_Heart Escreveu:Quando um Ministro desvaloriza uma coisa destas esta tudo dito!


O que queiras que ele fizesse? Que deitasse mais gasolina para a fogueira?
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por mais_um » 8/9/2010 12:51

Parabolic Escreveu:Tudo o que se passa neste país é ridiculo. O Estado prefere ir financiar-se lá fora a 6%, quando continua a pagar cá dentro nos Certificados do Tesouro taxas miseráveis de 1,5% ou 2%. E cá com os depósitos em bancos a atingir máximos históricos. Bastava aumentar para 3% ou 4% as taxas dos CT ou dos Certificados de Aforro e tinha toda a dívida que queria, mais barata.


Isso é um mito que já foi desmontado várias vezes, tens que comparar maturidades equivalentes, não podes comparar taxas de produtos que podem ser resgatados ao fim de 3 meses com produtos que só podem ser resgatados ao fim de 10 anos.

Taxa dos Certificados do Tesouro desce para 5,15%
Apesar de ter decrescido em relação a julho, a taxa de juro para as subscrições de Certificados do Tesouro realizadas em setembro continua acima dos 5%, para aplicações a 10 anos.

http://aeiou.expresso.pt/taxa-dos-certi ... 15=f601023

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por mfsr1980 » 8/9/2010 12:50

Ai a parede... :x
 
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por whitebala » 8/9/2010 12:46

Parabolic Escreveu:Tudo o que se passa neste país é ridiculo. O Estado prefere ir financiar-se lá fora a 6%, quando continua a pagar cá dentro nos Certificados do Tesouro taxas miseráveis de 1,5% ou 2%. E cá com os depósitos em bancos a atingir máximos históricos. Bastava aumentar para 3% ou 4% as taxas dos CT ou dos Certificados de Aforro e tinha toda a dívida que queria, mais barata.


Os juros dos certificados do tesouro (a 10 anos) são superiores a 5 %.

Eu subscrevi em Julho com 5.5% garantido

Podes ver o seu valor aqui:

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2010/C ... CT_Net.pdf

Abraço
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por Lion_Heart » 8/9/2010 12:46

Quando um Ministro desvaloriza uma coisa destas esta tudo dito!
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por Lion_Heart » 8/9/2010 12:45

Finanças desvalorizam subida do juro e destacam procura elevada de dívida
08 Setembro 2010 | 11:52
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt

Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt

O ministro das Finanças desvalorizou hoje o facto de Portugal ter sido forçado pelos investidores a garantir uma taxa de juro muito mais elevada para comprarem dívida pública.
Numa primeira reacção, o Ministério de Teixeira dos Santos “destaca” o facto de operação ter registado uma “procura elevada”, cerca de duas vezes a oferta, “com elevada participação de uma base alargada de investidores e um custo compatível com as actuais condições de funcionamento de mercado, ainda não totalmente normalizadas”.

Neste contexto adverso, acrescenta o Ministério, foi ainda assim “possível realizar a operação com um custo de cerca de 17,9 pontos base inferior” ao que a mesma linha de crédito estava a ser negociada no mercado secundário.

O IGCP vendeu hoje 1.039 milhões de euros numa dupla emissão de dívida a longo prazo, dentro do intervalo previsto, mas não conseguiu evitar que os juros subissem significativamente face às anteriores colocações comparáveis.

O Tesouro português vendeu 378 milhões de euros em dívida com maturidade em Abril de 2021, pouco mais de dez anos. A procura foi sólida, tendo superado em 2,6 vezes a oferta, mas o juro subiu para os 5,973%.

A última vez que Portugal emitiu dívida a 10 anos foi no final do mês passado. Pagou um juro de 5,312%.Mas a comparação mais exacta deve ser feita com a anterior emissão desta linha, com maturidade em Abril de 2021, que veio para o mercado em meados de Março. Nessa altura o custo foi de 4,171%.

O IGCP vendeu também 661 milhões de euros em notas de dívida com maturidade de três anos, a um juro de 4,086%. Na anterior emissão a três anos, o IGCP tinha pago um juro de 3,597%.

O total, de 1.039 milhões de euros, fica dentro do intervalo de 750 milhões a 1.250 milhões de euros indicado pelo IGCP.

A colocação do IGCP surge depois de ontem o prémio para comprar dívida portuguesa, em vez de alemã, ter subido para o nível mais alto de que há registo.

A situação financeira na Irlanda, que poderá enfrentar uma factura colossal para não deixar ruir o nacionalizado Anglo Irish Bank e ser forçada a seguir as pisadas da Grécia, pedindo ajuda à comunidade internacional, foi uma das causas do regresso da alta tensão aos mercados. Isto, numa altura em que todo o sistema financeiro irlandês permanece no fio da navalha, estimando-se que, só neste mês, tenha de refinanciar 25 mil milhões de euros de dívida que atinge a maturidade.

A contribuir para o nervosismo dos investidores esteve também a notícia do “The Wall Street Journal”, segundo a qual os bancos europeus reportaram, por enorme defeito, a sua exposição à dívida pública dos países periféricos do euro (Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha), aquando dos “testes de stress” para avaliar a sua robustez.

A emissão do IGCP foi feita no dia em que o seu presidente, Alberto Soares, chega a Macau numa comitiva liderada pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e que estará amanhã em Hong-Kong. Segundo o Ministério das Finanças, um dos objectivos da deslocação às duas regiões administrativas especiais da China é tentar atrair compradores para a dívida pública portuguesa.

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por mais_um » 8/9/2010 12:41

Lion_Heart Escreveu:Penso que é nova, senão era um leilao de recompra.

http://www.igcp.pt


os leilões de recompra servem para antecipar o pagamento de divida já contraida.

Quando é emitida uma nova serie pode ser para pagar uma que esteja a atingir a maturidade ou então é nova.

Entre 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Julho de 2010, a divida directa do Estado passou de 132 mil milhoes de € para 146 mil milhões de €.

Os aumentos mais significativos foram em Abril (4 mil milhões)e Junho ( 3,6 mil milhões)

http://www.igcp.pt/gca/?id=86
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por Parabolic » 8/9/2010 12:25

Tudo o que se passa neste país é ridiculo. O Estado prefere ir financiar-se lá fora a 6%, quando continua a pagar cá dentro nos Certificados do Tesouro taxas miseráveis de 1,5% ou 2%. E cá com os depósitos em bancos a atingir máximos históricos. Bastava aumentar para 3% ou 4% as taxas dos CT ou dos Certificados de Aforro e tinha toda a dívida que queria, mais barata.
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por Lince1979dc » 8/9/2010 12:20

Juros quase a 6,00% nas Bonds a 10 anos.

Para mim é essa a meta para entrada da Alemannha cá, através do FME, Está quase.
 
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por Parabolic » 8/9/2010 11:56

Claro que entra. É custo da divida. É mais impostos, mais cortes nas deduções, mais taxas, etc, etc, só para pagar isso.

É por isso que o PSI agora já nem sobe, já nem recupera das quedas quando os outros recuperam, já não há compras de jeito, etc.
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por pocoyo » 8/9/2010 11:51

Estes juros entram para o valor do deficit?

É que Portugal com uma divida a rondar os 70% do PIB com juros médios de 3.5% (mais ou menos) dá um deficit de 2.45% só pela divida.

Se assim for isto está bonito.
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por Lion_Heart » 8/9/2010 11:42

Penso que é nova, senão era um leilao de recompra.

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por pocoyo » 8/9/2010 11:39

Esta emissão foi para refinanciar divida antiga ou para constituir nova?

Onde se pode ver a evolução da divida em termos mensais?
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por Lion_Heart » 8/9/2010 11:28

Ao menos numa coisa o nosso Estado é bom : A Importar Divida
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por Lion_Heart » 8/9/2010 11:26

Portugal coloca dívida dentro dos montantes previstos mas juros sobem

08 Setembro 2010 | 11:03
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt


O IGCP vendeu hoje 1.039 milhões de euros numa dupla emissão de dívida a longo prazo, dentro do intervalo previsto, mas não conseguiu evitar que os juros subissem face às anteriores colocações comparáveis.
O Tesouro português vendeu 378 milhões de euros em dívida com maturidade em Abril de 2021, pouco mais de dez anos. A procura foi sólida, tendo superado em 2,6 vezes a oferta, mas o juro subiu para os 5,973%.

A última vez que Portugal emitiu dívida a 10 anos foi no final do mês passado. Pagou um juro de 5,312%.Mas a comparação mais exacta deve ser feita com a anterior emissão desta linha, com maturidade em Abril de 2021, que veio para o mercado em meados de Março. Nessa altura o custo foi de 4,171%.

O IGCP vendeu também 661 milhões de euros em notas de dívida com maturidade de três anos, a um juro de 4,086%. Na anterior emissão a três anos, o IGCP tinha pago um juro de 3,597%.

O total, de 1.039 milhões de euros, fica dentro do intervalo de 750 milhões a 1.250 milhões de euros indicado pelo IGCP.

A colocação do IGCP surge depois de ontem o prémio para comprar dívida portuguesa, em vez de alemã, ter subido para o nível mais alto de que há registo.

A situação financeira na Irlanda, que poderá enfrentar uma factura colossal para não deixar ruir o nacionalizado Anglo Irish Bank e ser forçada a seguir as pisadas da Grécia, pedindo ajuda à comunidade internacional, foi uma das causas do regresso da alta tensão aos mercados. Isto, numa altura em que todo o sistema financeiro irlandês permanece no fio da navalha, estimando-se que, só neste mês, tenha de refinanciar 25 mil milhões de euros de dívida que atinge a maturidade.

A contribuir para o nervosismo dos investidores esteve também a notícia do “The Wall Street Journal”, segundo a qual os bancos europeus reportaram, por enorme defeito, a sua exposição à dívida pública dos países periféricos do euro (Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha), aquando dos “testes de stress” para avaliar a sua robustez.

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