Moçambique sacudido por onda de violência inesperada
Governo anuncia um pacote de medidas anti-crise
Para alem do congelamento dos precos,o governo anunciou medidas de racionalizacao das despesas nas empresas publicas e participadas pelo Estado:
Reducao de viagens, de subsidios, de regalias, congelamento de salarios, reducao de impostos sobre bens alimentares, etc sao algumas das medidas anunciadas.
Segue-se uma lista de medidas não exaustiva:
- retirar o aumento no menor escalão e reduzir o aumento de energia para 7% para quem consome até 300KW (era 13.4%)
- eliminar a dupla tributação da taxa do lixo no Credelec
- reduzir a taxa de ligação domiciliária de água (de 4000 para 2000Mts)
- não subir a tarifa até 5M3 de consumo de água
- subsidiar o pão,mantendo o seu preço
- cobrar menos direitos na batata, cebola e ovos
- baixar preço do arroz de 3ª qualidade
- suspender a sobretaxa na importação de açúcar
- congelar aumentos de salários e subsídios de quadros superiores e administradores de empresas públicas e participadas e pagá-los em meticais
- redução de viagens internas e externas, gastos com ajudas de custo e comunicações, redefinição do uso da classe executiva
- reforçar o pagamento e facturação em meticais
In Imensis
Reducao de viagens, de subsidios, de regalias, congelamento de salarios, reducao de impostos sobre bens alimentares, etc sao algumas das medidas anunciadas.
Segue-se uma lista de medidas não exaustiva:
- retirar o aumento no menor escalão e reduzir o aumento de energia para 7% para quem consome até 300KW (era 13.4%)
- eliminar a dupla tributação da taxa do lixo no Credelec
- reduzir a taxa de ligação domiciliária de água (de 4000 para 2000Mts)
- não subir a tarifa até 5M3 de consumo de água
- subsidiar o pão,mantendo o seu preço
- cobrar menos direitos na batata, cebola e ovos
- baixar preço do arroz de 3ª qualidade
- suspender a sobretaxa na importação de açúcar
- congelar aumentos de salários e subsídios de quadros superiores e administradores de empresas públicas e participadas e pagá-los em meticais
- redução de viagens internas e externas, gastos com ajudas de custo e comunicações, redefinição do uso da classe executiva
- reforçar o pagamento e facturação em meticais
In Imensis
- Mensagens: 760
- Registado: 29/11/2007 1:44
O Povo no Poder - Azagaia
A música deste cantor "rap" moçambicano serviu de inspiração aos manifestantes em Maputo.
Este "Zeca Afonso" africano pode ter os dias contados..., com uma bala perdida
http://www.youtube.com/watch?v=RhSKixT-n0w
Este "Zeca Afonso" africano pode ter os dias contados..., com uma bala perdida

http://www.youtube.com/watch?v=RhSKixT-n0w
- Mensagens: 760
- Registado: 29/11/2007 1:44
Maputo: Cidade acordou tranquila
03 de Setembro de 2010, 09:47
Depois dois dias de clima intenso, esta manhã em Maputo tudo está mais calmo: pessoas na rua, carros circulam, alguns "chapas" também já circulam, filas nas paragens dos autocarros, ruas desimpedidas, ausência de violência e pouca polícia na rua caracterizam hoje a capital.
Os militares, que na quinta-feira estavam em peso nas ruas, hoje não são visíveis. Também a presença da polícia é pouco visível e não há estradas bloqueadas, apesar de ainda na quinta-feira muitas estarem obstruídas com pneus, viaturas e contentores de lixo.
Alguns estabelecimentos comerciais e agências bancárias também reabriram, estando a funcionar de forma normal.
SAPO MZ
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
SMALL1969 Escreveu:Em relação à outra.
O estrangeiro não vai trabalhar e viver simplesmente em África.
O estrangeiro vai para lá e vive À grande em África, com alguns laivos de colonialismo e melhor do que 99% dos restantes, o que é um bocado diferente do que se passa na Europa quando mudas de país.
Small1969, não me leves a mal mas não sabes o que estás a dizer. O que aparece nos jornais, revistas e programas de televisão não é a realidade. É uma realidade marginal. Se conheces alguém que está nessas condições, estará no topo de cadeia "alimentar"...
SMALL1969 Escreveu:[...] e quem é convidado para ir trabalhar para outro país, não vai com certeza viver pior do que vive no seu.
Tens a certeza?! Quem vai trabalhar para outro país vai com uma missão: projecto, descontentamento com o país onde se encontra, com a realidade, por dinheiro, por aventura, pelo que quiseres. Quanto ao resto, o ser humano é brutalmente adaptável, não duvides. É tudo uma questão de perspectiva...
Quanto ao resto, não é bem assim e nem sequer é isso que está em causa. É algo bastante mais complexo e que descreveria da seguinte forma:
No dia seguinte às independências - tal como na nossa Revolução de Abril - eram todos camaradas, todos do mesmo saco, combatentes por um ideal comum, etc. Durante muito tempo, comiam todos peixe frito com arroz, ao pequeno-almoço, almoço e jantar. A pedra no chão a marcar o lugar na fila, que podia durar dias, era igual para se ter o mesmo pão, o brinquedo, a camisola, etc. Toda a gente, ou quase, andava a pé ou de bicicleta. Quando não havia energia, ninguém tinha. Quando se ficava doente, todos iam aos mesmo hospitais. De repente, os que vestiam as mesmas calças, calçavam os mesmos sapatos, iam aos mesmos hospitais e andavam a pé, ou viviam nas mesmas casas todas lixadas, passaram a ir ao médico ao estrangeiro, a conduzir grandes carros, a vestir roupa importada ou ir às compras a Lisboa, Rio de Janeiro ou Paris. Passaram a viver em grandes casas. Começaram a construir casas de milhões (falo aqui também de Moçambique). E, horror dos horrores, começaram a ficar GORDOS! E o povo, pobre, magro e maltrapilho. Este é um dos grandes problemas. "Eles" estão cada vez mais gordos e o povo que se aguente. E depois dizem que é preciso trabalhar e sacrifício e sei lá mais o quê?! Como cantava Zeca, "eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada!". A raiva e o descontentamento estão lá à espera do catalizador que lhes permita manifestarem-no. Foi assim, em Maputo.
mnfv,
Vivi e trabalhei em Moçambique durante 7 anos e meio, do Rovuma ao Maputo... de 1995 a 2001. Vivi e trabalhei em Angola durante 7 anos e meio, de Cabinda ao Cunene... de 2003 a 2010. As minhas vivências foram particularmente transversais...
fnabais,
eheheheheheheheh! E ter que dormir num "hotel", numa localidade costeira longe de tudo, sem energia, em que os quartos eram palhotas?! :p
Quanto a Angola, parece-me que és bastante optimista. A população angolana andará nos 15 milhões. Eu não acredito que haja mais de 1 milhão de angolanos com capacidade económica. Não acredito. Acho que serão muito menos. Repara na ilha ou no Mussulo. São sempre as mesmas pessoas. Repara no parque automóvel ou na cidade em si. Tenho, sinceramente, fortes dúvidas.
Um abraço,
MozHawk
MozHawk Escreveu:... Ninguém te paga para te misturares com o pessoal, saíres de lá um expert em kizomba, marrambenta, kwassa kwassa, tarrachinha, etc ou a saberes falar vários dialectos, apanhares carraspanas todos os fim-de-semana sentado num qualquer quintal onde se come e bebe até cair para o lado, ou teres várias namoradas em simultâneo, com possíveis cenas associadas - desde escândalos à porta do escritório, a invasões de domicílio, polícia, etc, etc, etc. Ou entrar num bairro e correres todos os riscos associados. Nem toda a gente tem perfil para dormir na casa da namorada, sem rede mosquiteira, nem ar condicionado, a cama toda "torta", o esgoto a correr não muito longe da casa, acordar de manhã e não ter sítio para tomar banho, independentemente de se ter perdido 3kg em suor durante a noite, etc, etc, etc, etc... Ah! E depois fazer o alambamento e acabar por ficar por lá. E olha que não são poucos...
MozHawk
O que eu me ri com este relato!!!




Efectivamente eu já aprendi a dançar kizomba e tarrachinha mas precisei de muitas 5ªs latinas no Palo's até atinar ehehhe O resto ainda não fui tão à frente eheheh.
Concordo que os estrangeiros e ex-emigrantes tendam a juntar-se em grupos onde o nível cultural e social se adequa mais à sua própria experiência de vida mas é só isso. Já "patei" em muitas festas de quintal onde me senti extremamente bem recebido. Também já senti o oposto em alguns estabelecimentos onde era o único branco e pressenti alguma descriminação senão mesmo repúdio!
SMALL1969 Escreveu:O estrangeiro vai para lá e vive À grande em África, com alguns laivos de colonialismo e melhor do que 99% dos restantes, o que é um bocado diferente do que se passa na Europa quando mudas de país.
Não concordo com os 99%, apesar de não ter dados estatísticos concretos para o afirmar, creio que se pode dizer que já existe uma "classe média" em Angola.
1% será a % da população que eu costumo dizer que é "estupidamente rica", alguns sem saberem como.
E acredita que alguns desses novos ricos à custa de oportunidades que lhes caem literalmente do céu, conseguem por vezes, ser mais irresponsáveis que os "expatriados", incentivando e acentuando as diferenças sociais, pois são esses mesmos que fazem questão em exibir espanpanosamente as suas fortunas e fazer gastos absurdos, podendo causar alguma revolta a estratos sociais inferiores.
Creio que já existirá uma faixa de 5 a 10% de uma classe média em Angola, nomeadamente Angolanos que regressam agora à terra após emigrarem para o estrangeiro para trabalhar ou estudar. Este regresso é feito com algumas condições, mas que eu não consigo considerar que sejam ricos. Vivem relativamente bem, mas não se poderão dar a grandes luxos. Conheço várias pessoas assim.
Assim sendo, e sabendo que pode ser um pouco de "wishfull thinking" da minha parte por me encontrar por cá, não creio que Angola seja comparável e Moçambique, pelo menos por enquanto.
Abraço,
Life is short, ride hard!!!
Pensamentos:
1-Moçambique não deve ser confundido com Angola. Moçambique é um país pobre que vive no limiar da pobreza das ajudas da comunidade internacional.
2-Os aumentos aconteceram porque concerteza estava a ser insustentável manter os preços. A nossa bica tb subiu 10% num mês, mas não é um bem essencial e para 99% dos portugueses é peanuts.
3-Quem não tem nada a perder, tem fome e não tem esperança, mais facilmente vai para a rua.
4-Os aproveitadores sem escrupulos destas situações pilham televisões, e essa é a noticia que passa, para contentamento do status quo.
5-Existe uma burguesia esquerda caviar dos tempos da revolução que ou enriqueceu ou vive bem na capital. Esses estarão assustados.
1-Moçambique não deve ser confundido com Angola. Moçambique é um país pobre que vive no limiar da pobreza das ajudas da comunidade internacional.
2-Os aumentos aconteceram porque concerteza estava a ser insustentável manter os preços. A nossa bica tb subiu 10% num mês, mas não é um bem essencial e para 99% dos portugueses é peanuts.
3-Quem não tem nada a perder, tem fome e não tem esperança, mais facilmente vai para a rua.
4-Os aproveitadores sem escrupulos destas situações pilham televisões, e essa é a noticia que passa, para contentamento do status quo.
5-Existe uma burguesia esquerda caviar dos tempos da revolução que ou enriqueceu ou vive bem na capital. Esses estarão assustados.
MozHawk Escreveu:Small, é evidente que não és o Smith de Lourenço Marques. Lê lá o que escrevi.
O que questionei foi a tua afirmação relativamente ao que os estrangeiros por lá fazem. Embora exista, o estrangeiro, em Angola, é algo "forçado" a "isolar-se" em comunidades "fechadas" onde poderá recriar, na medida do possível, o que será o seu ambiente natural de origem. Isto parece-me normal uma vez que, quem para lá vai, tem que criar condições que lhe permitam fazer face ao dia-a-dia nas melhores condições psicológicas possíveis, tantas são as adversidades, de modo a poder dar o maior rendimento possível. Ninguém te paga para te misturares com o pessoal, saíres de lá um expert em kizomba, marrambenta, kwassa kwassa, tarrachinha, etc ou a saberes falar vários dialectos, apanhares carraspanas todos os fim-de-semana sentado num qualquer quintal onde se come e bebe até cair para o lado, ou teres várias namoradas em simultâneo, com possíveis cenas associadas - desde escândalos à porta do escritório, a invasões de domicílio, polícia, etc, etc, etc. Ou entrar num bairro e correres todos os riscos associados. Nem toda a gente tem perfil para dormir na casa da namorada, sem rede mosquiteira, nem ar condicionado, a cama toda "torta", o esgoto a correr não muito longe da casa, acordar de manhã e não ter sítio para tomar banho, independentemente de se ter perdido 3kg em suor durante a noite, etc, etc, etc, etc... Ah! E depois fazer o alambamento e acabar por ficar por lá. E olha que não são poucos...
De todo o modo, se vamos falar em "isolamento" e "comunidades fechadas", se calhar seria melhor começarmos pelos da terra...
Moçambique, pelos vistos, soma e segue. Naturalmente...
Um abraço,
MozHawk
Claro, desculpa. Pensei que estarias a supor que SMALL1969 era algum anacrónimo imperfeito de Smith de Mocambique em Lourenço marques 1969, e que poderia ser alguém que tivesses conhecido lá. Esquece a questão.
Em relação à outra.
O estrangeiro não vai trabalhar e viver simplesmente em África.
O estrangeiro vai para lá e vive À grande em África, com alguns laivos de colonialismo e melhor do que 99% dos restantes, o que é um bocado diferente do que se passa na Europa quando mudas de país.
E não seria necessário fazer o que indicas, que seria assumir a cultura ou a pobreza da terra onde trabalham. Haverá sempre ricos e pobres e ainda bem, e quem é convidado para ir trabalhar para outro país, não vai com certeza viver pior do que vive no seu.
O que estou a referir é um bocado diferente.
Os brancos e pretos (e amarelos) de extracto social elevado -leia-se com massa) isolam-se dos outros, ou seja, não os deixam entrar na "festa do desenvolvimento".
E quando os que "entram" apenas existem para limpar as casas-de-banho....normalmente corre mal, só isso.
Nem se trata aqui de saber quem tem razão, trata-se de que corre mal.
- Mensagens: 1273
- Registado: 3/2/2009 12:21
- Localização: 16
Small, é evidente que não és o Smith de Lourenço Marques. Lê lá o que escrevi.
O que questionei foi a tua afirmação relativamente ao que os estrangeiros por lá fazem. Embora exista, o estrangeiro, em Angola, é algo "forçado" a "isolar-se" em comunidades "fechadas" onde poderá recriar, na medida do possível, o que será o seu ambiente natural de origem. Isto parece-me normal uma vez que, quem para lá vai, tem que criar condições que lhe permitam fazer face ao dia-a-dia nas melhores condições psicológicas possíveis, tantas são as adversidades, de modo a poder dar o maior rendimento possível. Ninguém te paga para te misturares com o pessoal, saíres de lá um expert em kizomba, marrambenta, kwassa kwassa, tarrachinha, etc ou a saberes falar vários dialectos, apanhares carraspanas todos os fim-de-semana sentado num qualquer quintal onde se come e bebe até cair para o lado, ou teres várias namoradas em simultâneo, com possíveis cenas associadas - desde escândalos à porta do escritório, a invasões de domicílio, polícia, etc, etc, etc. Ou entrar num bairro e correres todos os riscos associados. Nem toda a gente tem perfil para dormir na casa da namorada, sem rede mosquiteira, nem ar condicionado, a cama toda "torta", o esgoto a correr não muito longe da casa, acordar de manhã e não ter sítio para tomar banho, independentemente de se ter perdido 3kg em suor durante a noite, etc, etc, etc, etc... Ah! E depois fazer o alambamento e acabar por ficar por lá. E olha que não são poucos...
De todo o modo, se vamos falar em "isolamento" e "comunidades fechadas", se calhar seria melhor começarmos pelos da terra...
Moçambique, pelos vistos, soma e segue. Naturalmente...
Um abraço,
MozHawk
O que questionei foi a tua afirmação relativamente ao que os estrangeiros por lá fazem. Embora exista, o estrangeiro, em Angola, é algo "forçado" a "isolar-se" em comunidades "fechadas" onde poderá recriar, na medida do possível, o que será o seu ambiente natural de origem. Isto parece-me normal uma vez que, quem para lá vai, tem que criar condições que lhe permitam fazer face ao dia-a-dia nas melhores condições psicológicas possíveis, tantas são as adversidades, de modo a poder dar o maior rendimento possível. Ninguém te paga para te misturares com o pessoal, saíres de lá um expert em kizomba, marrambenta, kwassa kwassa, tarrachinha, etc ou a saberes falar vários dialectos, apanhares carraspanas todos os fim-de-semana sentado num qualquer quintal onde se come e bebe até cair para o lado, ou teres várias namoradas em simultâneo, com possíveis cenas associadas - desde escândalos à porta do escritório, a invasões de domicílio, polícia, etc, etc, etc. Ou entrar num bairro e correres todos os riscos associados. Nem toda a gente tem perfil para dormir na casa da namorada, sem rede mosquiteira, nem ar condicionado, a cama toda "torta", o esgoto a correr não muito longe da casa, acordar de manhã e não ter sítio para tomar banho, independentemente de se ter perdido 3kg em suor durante a noite, etc, etc, etc, etc... Ah! E depois fazer o alambamento e acabar por ficar por lá. E olha que não são poucos...
De todo o modo, se vamos falar em "isolamento" e "comunidades fechadas", se calhar seria melhor começarmos pelos da terra...
Moçambique, pelos vistos, soma e segue. Naturalmente...
Um abraço,
MozHawk
MozHawk Escreveu:Acho estranho é haver espanto quanto ao que hoje aconteceu em Maputo.
Algumas notas:
Smith, Lourenço Marques?...
Small1969, como é que é?!...
Uma das nossas preocupações, em Moçambique, era precisamente o pessoal dos "bairros" descer à cidade. Essa mesma preocupação, senti-a igualmente em Luanda. Quem anda por aquelas paragens, fora do estilo descrito pelo Small1969 e que são muitos, "sente" a latência das coisas. E de como é ténue a fronteira entre a normalidade e a confusão generalizada.
Um abraço,
MozHawk
Não MozHawk, não sou o "Smith de Lourenço Marques"
Em relação a este tópico e os acontecimentos a que se referem, acho estranho não existirem mais comentários de bolsa até referentes às empresas que estão mais expostas ao país.
Também acho que é fácil dizer mal de quem está a explorar o país, mas cabe a esses mesmo não desistirem, e encararem os investimentos TAMBÉM como forma de melhorar o Angola, e não apenas de encher o saco, como de costume.
Tenho algum receio pelo tipo de economia real que lá estará agora a chegar, que apenas queiram fazer lá o que já é proibido na Europa.
- Mensagens: 1273
- Registado: 3/2/2009 12:21
- Localização: 16
Como um homem pode mudar !
Eu dantes advogava (Oh ! tantas vezes o fiz...) que estas questoes tinham que ser resolvidas aa cachaporrada.
Hoje, numa visao coosmica de Harmonia humana, defendo a utilizacao de canticos celestiais e musica gregoriana, o estender da outra face ao agressor, enfim, uma humilde postura de um Ghandi, de uma Madre Teresa.
Entao aquilo ee coisa que se fac,a ? Andar aa pedrada aos chapas, incendiar pneus, vandalizar propriedade ?
Paz ! Haja Paz !
Hoje, numa visao coosmica de Harmonia humana, defendo a utilizacao de canticos celestiais e musica gregoriana, o estender da outra face ao agressor, enfim, uma humilde postura de um Ghandi, de uma Madre Teresa.
Entao aquilo ee coisa que se fac,a ? Andar aa pedrada aos chapas, incendiar pneus, vandalizar propriedade ?
Paz ! Haja Paz !


- Mensagens: 2713
- Registado: 22/4/2003 23:12
Acho estranho é haver espanto quanto ao que hoje aconteceu em Maputo.
Algumas notas:
Smith, Lourenço Marques?...
Small1969, como é que é?!...
Uma das nossas preocupações, em Moçambique, era precisamente o pessoal dos "bairros" descer à cidade. Essa mesma preocupação, senti-a igualmente em Luanda. O casco urbano, "bairro de cimento" em Moçambique, ou "cidade" mesmo em Angola, é algo diminuto comparado aos musseques e milhões que por lá habitam. Da primeira vez que houve problemas em Moçambique, cortaram o acesso ao aeroporto. Hoje fizeram-no novamente.
Quem anda por aquelas paragens, fora do estilo descrito pelo Small1969 e que são muitos, "sente" a latência das coisas. E de como é ténue a fronteira entre a normalidade e a confusão generalizada.
Em Moçambique, soma e segue a desgraça e as fortes assimetrias entre os que há tão pouco tempo eram pares do povo e hoje olham-no com desdém, dele se lembrando nos discursos de ocasião. Os do povo nasceram pobres e morrerão pobres porque são assim, genericamente falando, as "democracias" africanas.
Um abraço,
MozHawk
Algumas notas:
Smith, Lourenço Marques?...
Small1969, como é que é?!...
Uma das nossas preocupações, em Moçambique, era precisamente o pessoal dos "bairros" descer à cidade. Essa mesma preocupação, senti-a igualmente em Luanda. O casco urbano, "bairro de cimento" em Moçambique, ou "cidade" mesmo em Angola, é algo diminuto comparado aos musseques e milhões que por lá habitam. Da primeira vez que houve problemas em Moçambique, cortaram o acesso ao aeroporto. Hoje fizeram-no novamente.
Quem anda por aquelas paragens, fora do estilo descrito pelo Small1969 e que são muitos, "sente" a latência das coisas. E de como é ténue a fronteira entre a normalidade e a confusão generalizada.
Em Moçambique, soma e segue a desgraça e as fortes assimetrias entre os que há tão pouco tempo eram pares do povo e hoje olham-no com desdém, dele se lembrando nos discursos de ocasião. Os do povo nasceram pobres e morrerão pobres porque são assim, genericamente falando, as "democracias" africanas.
Um abraço,
MozHawk
Mas voltou tudo de férias (prolongadas) hoje e neste tópico?
Seja bem aparecido!
Seja bem aparecido!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Ah, mas isso é uma coisa boa. Espero que esteja tudo bem por aí!


FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Seja bem-aparecida!


FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Permitam que intervenha quem tem em Maputo parte da familia e da que é mais chegada.
Foi um dia muito complicado. Provavelmente alguns mais virão. Porque (ao contrário dos portugueses que só se manifestam via teclados) ali houve quem desse a cara (e o corpo) ao manifesto, num protesto contra o aumento do custo de vida. E o direito à revolta e ao protesto faz parte da democracia.
Que houve vandalos que se aproveitaram de uma greve e uma manifestação? claro, mas isso acontece em Maputo, em Paris ou em Los Angeles. Há sempre quem se queira aproveitar.
Houve mortes, algumas de crianças. Sempre de lamentar a perda de vidas humanas.
Mas acho que nesta altura se deve respeitar quem lá está e sofreu "na pele" o dia de hoje, e eu pessoalmente não posso deixar de sublinhar o facto de que ainda há quem proteste e reclame contra o governo sem ser protegido pelo anonimato de um monitor...
A todos que como eu têm lá entes queridos fica o meu abraço. Sei que também para nós o dia de hoje foi de preocupação constante.
Abraço
Foi um dia muito complicado. Provavelmente alguns mais virão. Porque (ao contrário dos portugueses que só se manifestam via teclados) ali houve quem desse a cara (e o corpo) ao manifesto, num protesto contra o aumento do custo de vida. E o direito à revolta e ao protesto faz parte da democracia.
Que houve vandalos que se aproveitaram de uma greve e uma manifestação? claro, mas isso acontece em Maputo, em Paris ou em Los Angeles. Há sempre quem se queira aproveitar.
Houve mortes, algumas de crianças. Sempre de lamentar a perda de vidas humanas.
Mas acho que nesta altura se deve respeitar quem lá está e sofreu "na pele" o dia de hoje, e eu pessoalmente não posso deixar de sublinhar o facto de que ainda há quem proteste e reclame contra o governo sem ser protegido pelo anonimato de um monitor...
A todos que como eu têm lá entes queridos fica o meu abraço. Sei que também para nós o dia de hoje foi de preocupação constante.
Abraço
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
J.Smith Escreveu:Crómio Escreveu:Falo porque presenciei isto hoje em Lourenço Marques e não pelo que vi na televisão.
Se fosse em Lourenço Marques de certeza que não presenciarias isso...
Claro, nem vi isso com os meus olhos!!
No entanto julgo que este tópico tenha sido aberto para discutir o que aconteceu hoje e não por causa de piquices...
Nada de piquices só notei que Lourenço Marques não existe.
Tenho amigos em Maputo que hoje passaram um dia agitado, e o mais curioso é que a revolta é anónima...
Interessante fenómeno.
Espero que volte tudo ao normal o mais brevemente possível.
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Crómio Escreveu:Falo porque presenciei isto hoje em Lourenço Marques e não pelo que vi na televisão.
Se fosse em Lourenço Marques de certeza que não presenciarias isso...
Claro, nem vi isso com os meus olhos!!
No entanto julgo que este tópico tenha sido aberto para discutir o que aconteceu hoje e não por causa de piquices...
Falo porque presenciei isto hoje em Lourenço Marques e não pelo que vi na televisão.
Se fosse em Lourenço Marques de certeza que não presenciarias isso...
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Infalizmente, muitas vezes, só à força do sangue nas ruas é que se consegue alguma coisa.
Tem de ser, quando o desespero é grande e as injustiças do mesmo tamanho, isto é natural.
Estão esquecidos da história na europa...ou mais recentemente, o Maio de 69 em Maio em França ?
Nem apoio nem condeno.
Tem de ser, quando o desespero é grande e as injustiças do mesmo tamanho, isto é natural.
Estão esquecidos da história na europa...ou mais recentemente, o Maio de 69 em Maio em França ?
Nem apoio nem condeno.
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
Tumultos
Desculpa Lion_Heart, mas nao concordo contigo. A população tem direito à greve e não a revoltar-se...muito menos quando se trata de vandalismo iguais aos que ocorreram hoje!!!
Acredita, que houve muita gente envolvida que nem sequer sabia o que estava ali a fazer ou sequer o porquê dos tumultos!! No entanto pilharam e destruíram, incendiaram pneus, contentores,carros e casas; apedrejaram edifícios e pessoas (incluindo policias), aproveitaram-se do que aconteceu para não trabalhar, etc...
O qualquer direito que tinham em manifestar-se perderam-no ao fazer estes actos de vandalismo, porque de país e de pessoas civilizadas não têm nada...
Falo porque presenciei isto hoje em Lourenço Marques e não pelo que vi na televisão.
Acredita, que houve muita gente envolvida que nem sequer sabia o que estava ali a fazer ou sequer o porquê dos tumultos!! No entanto pilharam e destruíram, incendiaram pneus, contentores,carros e casas; apedrejaram edifícios e pessoas (incluindo policias), aproveitaram-se do que aconteceu para não trabalhar, etc...
O qualquer direito que tinham em manifestar-se perderam-no ao fazer estes actos de vandalismo, porque de país e de pessoas civilizadas não têm nada...
Falo porque presenciei isto hoje em Lourenço Marques e não pelo que vi na televisão.