Os maiores casos de "Inside Trading" da história
1 Mensagem
|Página 1 de 1
Os maiores casos de "Inside Trading" da história
Analista espanhol do Santander é o último caso numa longa lista de abusos de informação privilegiada.
Utilizar informação privilegiada de forma abusiva é, provavelmente, uma prática tão antiga como os mercados financeiros. O último caso de uma longa lista de ‘insider traders' rebentou esta semana, com dois espanhóis, um deles analista do Santander, a utilizarem informação que não estava acessível ao mercado para lucrarem com o lançamento da OPA da BHP Billiton à Potash. Terão lucrado 1,1 milhões de dólares com as informações privilegiadas conseguidas pelo analista do banco espanhol, que é assessor da BHP no negócio.
Os especialistas em história económica apontam o primeiro caso de ‘insider trading' a 1792. O pioneiro neste tipo de prática foi um especulador chamado William Duer, apontado como um dos causadores do primeiro ‘crash' da história dos EUA. Duer era assistente do secretário de Estado do Tesouro e utilizava as informações a que tinha acesso para negociar dívida da recém-fundada nação americana. As apostas do especulador correram mal e originaram uma crise financeira conhecida como o Pânico de 1792. A prática é antiga e costuma ser mais frequente em alturas onde a actividade de fusões e aquisições está em alta. No último ‘bull market' o "New York Times" publicou uma análise onde referia que em mais de um terço das OPA existiam transacções suspeitas.
Negócios de milhões
Mais de 200 anos depois de Duer seguiu-se o maior caso de ‘insider trading' da história, protagonizado por um gestor de ‘hedge funds'. Raj Rajaratnam, o fundador da Galleon, foi acusado no final do ano passado de liderar uma rede de ‘insider trading' que terá lucrado 60 milhões de dólares. Além do gestor, foram acusadas mais 19 pessoas, entre elas executivos de topo de empresas como a IBM e a McKinsey, por exemplo. Mas se a rede de informações de Rajaratnam foi a mais lucrativa, uma das mais rocambolescas pertenceu a um antigo analista croata do Goldman Sachs, David Pajcin. A história envolve uma costureira, uma ‘stripper' e uma tipografia. Os alarmes soaram quando as autoridades descobriram que uma costureira croata reformada conseguiu fazer dois milhões de dólares num investimento em acções da Reebok. Era tia de Pajcin. O ‘modus operandi' envolveu ainda a namorada. Monika Vujovic era ‘stripper' num clube em Nova Iorque onde tentava sacar segredos aos clientes que trabalhavam em Wall Street. Um cúmplice de Pajcin, Eugene Plotkin, subornou ainda funcionários da tipografia da ‘BusinessWeek' para terem acesso a notícias antes do público.
Abuso de informação privilegiada à portuguesa
Portugal também não escapou a alguns negócios de ‘insider trading'. E, curiosamente, todos envolveram OPA. Miguel Sousa Cintra foi condenado a pagar 499 mil euros por vender acções da Vidago & Pedras Salgadas antes de ser anunciada, em Novembro de 1996, a oferta sobre a empresa que dirigia. Terá lucrado mais de três milhões de euros com o uso da informação privilegiada. Na OPA à Engil, Carlos Pinto foi condenado pela mesma prática. Também as ofertas sobre a Colep Portugal e a Celulose do Caima motivaram negócios deste tipo, com as condenações de José Pinto dos Santos no primeiro caso e de Paulo Fernandes e Borges de Oliveira na operação sobre a empresa de celulose. Outra OPA que levou dois casos de ‘insider trading aos tribunais foi a do BCP sobre o BPA, em 2000, com dois membros do conselho superior do BCP envolvidos: José Ferreira Magalhães e José Machado de Almeida.
Casos emblemáticos:
Gestor de ‘hedge fund' choca Wall Street
O fundador da Galleon, Raj Rajaratnam, montou uma rede de ‘insider trading'. As informações recolhidas permitiram lucros de 60 milhões de dólares e envolveram executivos de topo de várias empresas cotadas. Raj foi detido em 2009.
Qwest Communications sofreu com ‘insider trading'
O antigo líder da Qwest, Joseph Nacchio, vendeu 52 milhões de dólares em acções da empresa, em 2007, quando quase ninguém sabia que a telecom tinha problemas financeiros. Nacchio foi condenado a seis anos de prisão. Mais tarde, a pena foi reduzida.
Estrela de TV apanhada em crime financeiro
Uma das estrelas da televisão americana, Martha Stewart, também foi apanhada em negócios ilegais. Vendeu mais de 200 mil dólares de acções da empresa de um amigo, a ImClone Systems, um dia antes das acções derrocarem 15%. Passou quatro meses na prisão.
Os loucos anos 80 do ‘greed is good'
Os anos 80 marcaram a descoberta em série de casos de ‘insider trading'. Um dos apanhados neste tipo de operações foi Ivan Boesky, que terá inspirado Oliver Stone para a personagem de Gordon Gekko de "Wall Street". Boesky passou mais de três anos na prisão.
Um presidente traído por ‘insider traders'
Uma das maiores crises da presidência de Ulysses Grant foi o colapso do mercado de ouro nos EUA em 1869. Um amigo do cunhado do presidente era o responsável pela gestão das vendas de ouro do Estado e passava informações privilegiadas a dois especuladores.
http://economico.sapo.pt/noticias/os-ma ... 97846.html
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
1 Mensagem
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Google [Bot] e 135 visitantes