"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[pdcarrico]

Para o price-target contribui a exigência, nas taxas de retorno, de momento do mercado. A realidade é que o mercado se torna mais exigente em períodos de crise e menos exigente quando é o contrário.

Mesmo para os mesmos CF's futuros e para o mesmo investimento, o valor dado à empresa pode ser diferente se o investidor quiser numa altura 7% ao ano e noutra altura quer 15%.

Para além disso, em períodos de crise e com contracção da economia, a receita diminui e os CF's futuros ressentem-se.

Um target, por muito honesto e transparente que seja, tem de ser visto para um momento e com condicionantes que mudam a toda a hora.

[Elgenedy]

Olá Pedro,

Não querendo defender as análises publicadas pelas agências financeiras, nem tão pouco os seus price targets, o que entra numa avaliação, não se limita a olhar para os activos e o lucro por si só.

A empresa pode deter muitos activos, mas não gerar valor para o accionista. Pode inclusivamente estar a destruir valor. Imagina que tens uma carteira de activos adquiridos no topo do ultimo bull market e ainda não vendeste nada. Além de teres destruído valor, quando o mercado recuperar tudo o que perdeu, tu ainda não estás a criar valor.

Por outro lado, a parte do lucro, não se pode olhar apenas para o valor, mas sim como ele foi conseguido e qual a probabilidade de conseguir que o continue a conseguir. Se eu te disser que o meu lucro nos mercados são 100000€/ano. Isto é bom ou mau? Depende do que se investiu. Se entrei com mil milhões, é mt pouco... se entrei com 100€ sou um génio

E é para isso que se olha quando se avalia. A empresa hoje pode estar com lucros superiores, mas com uma rentabilidade muito inferior, logo o seu crescimento está mais lento, e a sua capacidade de continuar a gerar valor está mais reduzida.

Não quero com isto dizer que os price targets não incluam análises tecnicas, ou condições actuais de mercado, mas por exemplo, o próprio crescimento esperado da empresa irá estar muito ligado às condições do momento no mercado.

Ou seja, há muito mais factores que entram na avaliação efectuada pelas agências financeiras que podem justificar essas diferenças.

Claro que isto não quer dizer que muitos não se limitem a seguir a tendência geral

Cumprimentos,

Elgenedy

[AlphaDraconisEP]

Cada vez me inclino para esse tipo de pensamento mas ainda que não analisei o background do que diziam a 10 anos a trás e agora relativamente aos activos das empresas antes/agora.

BT

[Pedro Miguel]

Porque a PT há mais de 10 anos valia 13-15 € e hoje vale 6-8 € ? A PT tinha mais activos nessa altura ? A Vivo com certeza não tinha e os lucros seriam muito menores.
O mesmo falo em relaçao à EDP.

Eu até podia acreditar que seria tudo mera especulação, mas qd vêm agencias financeiras emitir price targets, a fundamentar o preço da cotação, fico confuso e sem conseguir efectivamente perceber as afirmaçoes proferidas por essas entidades.
Não estão a avaliar a empresa e apenas o estado da cotaçao naquele momento, porque senão como era possivel há 3 anos qd a EDP estava nos 4-5 € haver price targets de 5 e até 6€ e qd a cotaçao começou a cair os price targets baixarem para 3-4€.
A empresa não reduziu os seus activos e não estagnou, muito pelo contrario. Tal como a PT.

Na minha opiniao os price targets reflectem apenas a actual analise tecnica e não a actual situação financeira da empresa, como essas agencias querem fazer crer.

Resumindo: As agencias financeiras comunicam price targets baseadas em falsas realidades e os comunicados seguem apenas a tendencia actual bolsista.