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Caldeirão da Bolsa

Off Topic - Medina Carreira na Sic Noticias ja a seguir

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Jonhnd » 11/6/2010 13:12

alguém sabe se o vídeo da entrevista já está disponível?
 
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por mais_um » 18/5/2010 16:48

EuroVerde Escreveu:Temos de saber é o porquê desse aumento e não o aumento em si! É claro que o aumento é péssimo.


péssimo?? depende do ponto de vista, se for da SS, sim é pessimo, se for dos pensionistas é optimo! . :mrgreen: :mrgreen:

EuroVerde Escreveu:Médicos, professores, enfermeiros e outros funcionários públicos estão a reformar-se mais cedo porquê?


Porque foram feitas leis que lhes dá essa possibilidade, se fosse feito o mesmo para os privados terias o mesmo cenário.

Se reparares, o numero mais baixo foi em 1998, 4325 reformados. Depois para 1999 quase que duplicou, 7349. Não sei se houve alguma alteração da legislação, mas sei que a partir dai foi sempre a subir.
EuroVerde Escreveu:Os governantes baixam a auto-estima das pessoas e não há incentivos ao trabalho. Não há recompensa para levar o país para a frente por forma a que as pessoas ganhem poder de compra.


Não queres dar exemplos de medidas que consideras apropriadas?

EuroVerde Escreveu:Digo mais uma vez, que alguns funcionários públicos ganham é pouco, muito pouco para aquilo que contribuem para o bem estar do país.


Tem bom remedio, despedem-se e vão para o sector privado onde normalmente o vencimento está indexado à produtividade.

Tenho amigos na area comercial a ganhar 150 mil €/ano ou mais (quando atingem os objectivos). Estamos a falar de tecnicos comercias e não de chefes de vendas ou directores comerciais.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Re: EMV subiu

por mais_um » 18/5/2010 16:30

AxeRiver Escreveu:
mais_um Escreveu:Um dos problemas:

Em 1990, existiam cerca de 6200 reformados (0,5% do total)com menos de 60 anos, em 2008 havia 43354 (2,3% do total). Querem milagres?

http://195.245.197.202/preview_document ... 5603&m=PDF

Nota: esta estatistica não inclui reformas por invalidez, é só mesmo velhice.


E a Esperança Média de Vida? Julgo ter subido nestes ultimos 20 anos. Agora é fazer contas... São mais, recebem mais e vivem por mais tempo.

Há muito que defendo um valor máximo por reforma. O Estado não têm que garantir luxos. Com 4 mil euros mês não é possível fazer uma vida digna? Quem recebe 4 mil euros de reforma por mês deveria durante a sua vida activa ter poupado o suficiente.


Não é limitar as reformas a 4000 €/ mês que resolves o problema, já que essas são em numero residual. Nesse campo para ser eficaz a nivel de reduzir a despesa é necessário limitar a reforma a 1500€/ mês maximo. Cheguei a esta conclusão de uma forma empirica, analisado as reformas dos funcionários publicos e afins, de Maio de 2010.
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Re: EMV subiu

por Pantone » 18/5/2010 15:04

Supermann Escreveu:
"Olha descontaste balurdios há 20 anos, que te dava direito a 5 mil €... mas desculpa agora não pode ser..."

Acho condenável...
...


Caro Superman, o que você anda a descontar deveria apenas dar-lhe um (suposto) direito para quando se reformar.

O que desconta hoje não está a ser guardado para a sua reforma, serve apenas para pagar a dos que hoje a recebem (os seus pais?!).

Quando chegar a sua vez (hipoteticamente falando), contará a sua vida contributiva toda, e em alguma percentagem que entretanto fôr calculada). Provavelmente será obrigado a trabalhar até aos 65 ou 70 anos e nessa altura lembrar-se-á das reformas dos meus pais e avós e certamente pensará o quão "condenável" é toda esta situação.

O sistema é insustentável, neste e noutros campos, mas andamos a assobiar para o ar, a discutir o sexo das ovelhas e a hipotecar gerações com base em direitos adquiridos.
 
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por Opcard » 18/5/2010 14:39

Uma parábola sobre o socialismo

Um professor combinou com os alunos fazerem uma experiência socialista. Em vez de usarem dinheiro, usariam as notas dos seus testes.

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, o que queria dizer que todos receberiam as mesmas classificações.

Depois dos primeiros testes todos tiveram 4.

Quem estudou com dedicação ficou indignado pois estava habituado a tirar 5, e os alunos que não se esforçaram ficaram muito satisfeitos com o novo modelo de avaliação. No testes seguintes os alunos preguiçosos estudaram ainda menos, sabiam que de qualquer forma iriam tirar notas boas. Os que se tinham aplicado no início resolveram que eles também se aproveitariam do modelo. Dessa forma, agindo contra suas tendências, eles repetiram os hábitos dos preguiçosos. A avaliação geral dos segundos testes foi 2.

Ninguém gostou.

As notas não voltaram a subir mas as desavenças entre os alunos, caça aos culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A sede de 'justiça' dos alunos era a principal causa das reclamações, inimizades e o sentimento de injustiça passou a fazer parte do quotidiano daquela turma. Ninguém queria estudar para beneficiar o resto da sala.

No terceiro teste a média geral foi 1 e chumbaram todos.



O professor explicou a todos o motivo do fracasso da experiência. "Quando a recompensa é grande", disse ele, "o esforço pelo sucesso é grande. Mas se um governo eliminar todas as recompensas a quem for bem sucedido para dar aos que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.





"É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos por essa mesma prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não consegue dar nada a ninguém que não tire de outro alguém, até porque quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, uma vez que a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que trabalhar equivale a sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."



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por V99 » 18/5/2010 14:29

Boas Tardes Caros Caldeireiros,

Não vi e nem posso comentar a entrevista ao Dr. Medina Carreira, mas pelo que é usual nas suas intervenções concordo 90% com o que ele diz e quais as reformas que o país deveria tomar.
Quanto a subida do I.V.A, concordo plenamente, discordei aquando da descida para 20%, concordaria mais naquela altura para a descida da taxa de IRS em 2%, porque o trabalhador veria mais uns tostões no talão e ficava mais contente. Quanto ao resto sou contra o imposto sobre mais-valias bolsistas, este governo é um castrador ao incentivo de criação de riqueza e não incentiva à produtividade e à competitividade enchendo os bolsos aos grandes grupos com dinheiros comunitários sem pedir explicações.

Abraço
 
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por AxeRiver » 18/5/2010 14:06

É verdade que seria um critério condenável. Mas nesta situação de crise que estamos a atravessar, garantir uma reforma de 4000€( por exemplo, dei este número como poderia dar 6000€. 4000€ é aproximadamente 10x o salário mínimo nacional. Aliás, este poderia ser um critério para tabelar o valor máximo das reformas. "X" vezes o salário mínimo nacional) julgo não ser, na minha opinião, uma medida tão negativa quanto isso.

Por exemplo, as medidas poderiam tomar vigor em Junho de 2011 por forma a dar aos respectivos pensionistas o tempo para fazerem eventuais ajustes a este novo quadro económico.

Não são medidas de criação de um novo escalão de IRS de 45% que nos irão fazer sair do buraco. Acho bem mais condenável, existirem taxas com este valor. Infelizmente não pago essa taxa - infelizmente porque isso significaria que teria rendimentos elevadíssimos.

Como defendeu o dr. Miguel Sousa Tavares que paga estes 44% de taxa de IRS, custa muito chegar ao fim do mês, e "metade" do teu ordenado vai para o Estado, este que mal sabe gerir(a palavra mais correcta é GASTAR) o dinheiro que lhe é entregue. Ser rico não é crime. Crime é ser-se rico de forma injusta(ilegal).
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Re: EMV subiu

por Supermann » 18/5/2010 13:52

AxeRiver Escreveu:
Supermann Escreveu:
AxeRiver Escreveu:
mais_um Escreveu:Um dos problemas:

Em 1990, existiam cerca de 6200 reformados (0,5% do total)com menos de 60 anos, em 2008 havia 43354 (2,3% do total). Querem milagres?

http://195.245.197.202/preview_document ... 5603&m=PDF

Nota: esta estatistica não inclui reformas por invalidez, é só mesmo velhice.


E a Esperança Média de Vida? Julgo ter subido nestes ultimos 20 anos. Agora é fazer contas... São mais, recebem mais e vivem por mais tempo.

Há muito que defendo um valor máximo por reforma. O Estado não têm que garantir luxos. Com 4 mil euros mês não é possível fazer uma vida digna? Quem recebe 4 mil euros de reforma por mês deveria durante a sua vida activa ter poupado o suficiente.


Então mas quem recebe 4 mil € de reforma por mes, não andou a descontar balurdios para tal? :shock:


Exactamente. Aliado a esta medida reduzir-se-ia a taxa máxima de IRS aplicada aos contribuientes com rendimentos mais elevados.

Gostaria de puxar aqui dois assuntos ao debate:

1.Qual a vossa opinião sobre uma taxa única? Igual para todos (em percentagem %), tal como julgo se aplicar na Roménia e Eslováquia.

2.Outra seria uma possível resposta à tua pergunta ( se bem que não é pergunta, é afirmação, porque de facto para receberes 4000€ de reforma tens que descontar balurdios). Alguem sabe como funciona o sistema das reformas no Canadá? Tenho uns conceitos de uns familiares, mas ainda não consegui confirmar a veracidade do sistema.


Logo do que tinham dito, estar a impor um limite nas reformas das pessoas, nada mais é que aplicar-lhes um imposto retroactivo...

"Olha descontaste balurdios há 20 anos, que te dava direito a 5 mil €... mas desculpa agora não pode ser..."

Acho condenável...

Quanto a aplicar-se apenas a proporcionalidade em impostos e deixar cair a progressividade dos escaloes estou igualmente de acordo, se bem que isso seria um assunto impensável para o Estado e outros que tais... "não os ricos têm que pagar ainda com mais..."
 
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por EuroVerde » 18/5/2010 13:25

mais_um Escreveu:Um dos problemas:

Em 1990, existiam cerca de 6200 reformados (0,5% do total)com menos de 60 anos, em 2008 havia 43354 (2,3% do total). Querem milagres?

http://195.245.197.202/preview_document ... 5603&m=PDF

Nota: esta estatistica não inclui reformas por invalidez, é só mesmo velhice.


Temos de saber é o porquê desse aumento e não o aumento em si! É claro que o aumento é péssimo.

Médicos, professores, enfermeiros e outros funcionários públicos estão a reformar-se mais cedo porquê?

Os governantes baixam a auto-estima das pessoas e não há incentivos ao trabalho. Não há recompensa para levar o país para a frente por forma a que as pessoas ganhem poder de compra.

Digo mais uma vez, que alguns funcionários públicos ganham é pouco, muito pouco para aquilo que contribuem para o bem estar do país.

Esta cambada de políticos é que estraga o resto esbanjando dinheiro em mega-obras e há muita mafia por aí, em vez de com seriedade aplicarem o dinheiro em investimentos rentaveis ao Estado. E isso do Estado abarcar o risco dos privados tem que acabar.
Quem tem unhas é que toca viola e tem que deixar de haver entraves e obstáculos às pessoas para poderem criar riqueza.
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Taxa Única

por AxeRiver » 18/5/2010 13:14

Taxa Única em termos de IVA, IMI, IRS, IRC, entre outros.

Se bem que perderiamos alguns postos de trabalho em advocacia.

Por outro lado, a transparência do sistema fiscal aumentava drásticamente. A minha dúvida reside em consequências ou injustiças que tal método possa trazer.

Sei que é um imposto "cego", tal como o IVA, porque não olha aos rendimentos dos agregados familiares. Mas será isto um ponto negativo? A meu ver haveria alguma justiça na medida em que todos, independentemente dos rendimentos obtidos contribuiriamos na mesma percentagem.

É claro que seria um trabalho dos diabos para fazer uma nova legislação fiscal. Haveria somente dos tipos de contribuintes. Os pagantes, e o isentos (isto para o IRS, IRC). Não haveriam escalões.

Qual a vossa opinião? concerteza já terá sido um assunto debatido por aqui.
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Re: EMV subiu

por AxeRiver » 18/5/2010 13:04

Supermann Escreveu:
AxeRiver Escreveu:
mais_um Escreveu:Um dos problemas:

Em 1990, existiam cerca de 6200 reformados (0,5% do total)com menos de 60 anos, em 2008 havia 43354 (2,3% do total). Querem milagres?

http://195.245.197.202/preview_document ... 5603&m=PDF

Nota: esta estatistica não inclui reformas por invalidez, é só mesmo velhice.


E a Esperança Média de Vida? Julgo ter subido nestes ultimos 20 anos. Agora é fazer contas... São mais, recebem mais e vivem por mais tempo.

Há muito que defendo um valor máximo por reforma. O Estado não têm que garantir luxos. Com 4 mil euros mês não é possível fazer uma vida digna? Quem recebe 4 mil euros de reforma por mês deveria durante a sua vida activa ter poupado o suficiente.


Então mas quem recebe 4 mil € de reforma por mes, não andou a descontar balurdios para tal? :shock:


Exactamente. Aliado a esta medida reduzir-se-ia a taxa máxima de IRS aplicada aos contribuientes com rendimentos mais elevados.

Gostaria de puxar aqui dois assuntos ao debate:

1.Qual a vossa opinião sobre uma taxa única? Igual para todos (em percentagem %), tal como julgo se aplicar na Roménia e Eslováquia.

2.Outra seria uma possível resposta à tua pergunta ( se bem que não é pergunta, é afirmação, porque de facto para receberes 4000€ de reforma tens que descontar balurdios). Alguem sabe como funciona o sistema das reformas no Canadá? Tenho uns conceitos de uns familiares, mas ainda não consegui confirmar a veracidade do sistema.
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por mcarvalho » 18/5/2010 12:49

"O dia em que batermos na parede não está muito longe"

18/05/2010

"O dia em que batermos na parede não está muito longe. Talvez por semanas. Lamento, mas o país tem de saber". A frase foi dita hoje por Fernando Ulrich, CEO do BPI.

Na sua intervenção no debate 'Do Défice ao Desenvolvimento' da Conferência Portugal em Exame, o presidente do BPI afirmou, citado pela edição online do Expresso, "O dia em que batermos na parede não está muito longe. Talvez por semanas. E bater na parede significa, por exemplo, a intervenção do FMI. Lamento mas o país tem que saber".

"Tirem já o C do PEC, o c é para esquecer", disse Fernando Ulrich, acrescentando que “o principal problema de Portugal não é apenas de tesouraria, mas sim o facto de não nos conseguirmos financiar".

"Não se trata de um problema de preço, mas sim de acesso ao crédito. Um problema que não sabemos hoje quando se vai resolver. Por isso mesmo, sugiro ao Governo que não publique cenários macroeconómicos sem explicar como estes se vão financiar."

"Portugal tem dificuldade em financiar-se e não sabemos quando vai deixar de ter, ou se vai deixar ter, só saberemos se conseguirmos financiamento quando o BCE deixar de comprar", disse, de acordo com o Expresso Online.

"Ou se discute a sério a economia portuguesa e o seu sistema financeiro, ou teremos graves problemas de futuro", acrescentou.
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Re: EMV subiu

por Supermann » 18/5/2010 12:39

AxeRiver Escreveu:
mais_um Escreveu:Um dos problemas:

Em 1990, existiam cerca de 6200 reformados (0,5% do total)com menos de 60 anos, em 2008 havia 43354 (2,3% do total). Querem milagres?

http://195.245.197.202/preview_document ... 5603&m=PDF

Nota: esta estatistica não inclui reformas por invalidez, é só mesmo velhice.


E a Esperança Média de Vida? Julgo ter subido nestes ultimos 20 anos. Agora é fazer contas... São mais, recebem mais e vivem por mais tempo.

Há muito que defendo um valor máximo por reforma. O Estado não têm que garantir luxos. Com 4 mil euros mês não é possível fazer uma vida digna? Quem recebe 4 mil euros de reforma por mês deveria durante a sua vida activa ter poupado o suficiente.


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EMV subiu

por AxeRiver » 18/5/2010 12:03

mais_um Escreveu:Um dos problemas:

Em 1990, existiam cerca de 6200 reformados (0,5% do total)com menos de 60 anos, em 2008 havia 43354 (2,3% do total). Querem milagres?

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por mais_um » 18/5/2010 11:25

Um dos problemas:

Em 1990, existiam cerca de 6200 reformados (0,5% do total)com menos de 60 anos, em 2008 havia 43354 (2,3% do total). Querem milagres?

http://195.245.197.202/preview_document ... 5603&m=PDF

Nota: esta estatistica não inclui reformas por invalidez, é só mesmo velhice.
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por Fingerspitzengefuhl » 18/5/2010 11:19

|forex| EURO »» “Descer o défice com subida dos impostos não é sustentável” - Jean-Philippe Cotis, antigo economista-chefe da OCDE, diz em entrevista que a prioridade tem de ser cortar as despesas. Portugal deve avançar já com o corte na despesa pública e acelerar a consolidação orçamental.


100% de acordo.
 
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por EuroVerde » 18/5/2010 11:18

Só acho que o Estado devia gastar muito menos em obras públicas, em reformas chorudas imerecidas e balurdios com fundações e o raio te partam do que andar a cortar nos salários dos trabalhadores que contribuem para o desenvolvimento do país e a baixar a autoestima das pessoas.

E digo mais uma vez que o actual Presidente da República me está a desiludir cada vez mais, por isso não votarei nunca mais no Cavaco. Nunca mais!
Nunca mais! (o Alegre também não me convence para meu representante) :shock:
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por mcarvalho » 18/5/2010 10:52

Para quem quiser conhecer melhor

Henrique Medina Carreira


http://www.facebook.com/group.php?gid=118081654165


e até colocar-lhe questões directamente
mcarvalho
 
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Fingerspitzengefuhl

por mcarvalho » 18/5/2010 10:32

concordo contigo..

Mas da mesma maneira que ele sugeriu o "monstro"

sugere como abatê-lo


Não há quem esteja sempre "suplicar" por medidas?

As medidas são estas que ele sugere... embora ninguém queira ouvir e outros não tenham coragem..

mas que vamos ter de pagar as asneiras, vigarices e falcatruas que esta gangada cometeu.. lá isso vamos

e ... paga sempre o justo pelo pecador..

cada família deve , pelo menos 40 mil € ...um casal com um filho pequenino, acabado de nascer . olha para ele e pensa:
- ainda agora nasceste.. e já estás a dever €25 000

o que é que o vosso filho vos responderá?
Certamente não será que
"nós fomos mais inteligentes"

abraço

mcarvalho
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Re: Fingerspitzengefuhl

por Fingerspitzengefuhl » 18/5/2010 10:19

mcarvalho Escreveu:mas para quem quer soluções ele dá-ta..


desvalorizar a moeda significa perder poder de compra em relãção ao exterior

se baixares em 30% os vencimentos , reformas etc perdes poder de compra em relação ao exterior ..porque é quasi tudo importado

Portanto ou não compramos porque não temos dinheiro ..ou fazemos nós com a prata da casa.. ou vamo-nos embora para não sermos o ultimo a apagar a luz

abraço

mcarvalho


Mas repara que foram as teorias económicas defendidas por ele que nos colocaram nesta situação de endividamento asfixiante.



:lol:
 
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por LTCM » 18/5/2010 10:14

Fingerspitzengefuhl Escreveu: o facto de ser um dos poucos economistas de renome...


Pela 9978 vez o homem não é economista!

Bacharel em Engenharia Mecânica, pelo Instituto Militar dos Pupilos do Exército, iniciou a sua vida profissional como técnico fabril de fundição de aço. Mais tarde ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Pedagógicas, em 1954, e em Direito, em 1962. Chegou também a fazer estudos de Economia, no Instituto Superior de Economia e Gestão, que não terminou
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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Fingerspitzengefuhl

por mcarvalho » 18/5/2010 10:06

mas para quem quer soluções ele dá-ta..


desvalorizar a moeda significa perder poder de compra em relãção ao exterior

se baixares em 30% os vencimentos , reformas etc perdes poder de compra em relação ao exterior ..porque é quasi tudo importado

Portanto ou não compramos porque não temos dinheiro ..ou fazemos nós com a prata da casa.. ou vamo-nos embora para não sermos o ultimo a apagar a luz

abraço

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por Fingerspitzengefuhl » 18/5/2010 9:55

Boas, o senhor Paul Krugman pertence à escola do "New Keynesian economics".

Não era suposto o país estar numa situação espetacular depois de de dezenas de milhares de milhões gastos em "investimentos públicos"?

Portanto a solução do sr Krugman é mais impostos e mais "investimento público"?

30% de redução no salário? Bem, o aeroporto é já aqui ao lado, tenho muita pena mas por este andar... :lol:
Editado pela última vez por Fingerspitzengefuhl em 18/5/2010 10:14, num total de 2 vezes.
 
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por moppie85 » 18/5/2010 9:51

mais_um Escreveu:
Fingerspitzengefuhl Escreveu:Mais_um, tens de ter em consideração que o Medina Carreira é um homem reformado, não se lhe pode exigir que seja ele a resolver os problemas, aliás, só o facto de ser um dos poucos economistas de renome que tem coragem de por o dedo na ferida já é algo de muito positivo a meu ver.


Ele não é economista, é um erro que muita gente comete, economista é diferente de financeiro, ou no caso dele fiscalista. Aliás se o ouviste ontem, ele referiu que é um curioso ou amador, que faz umas contas ao fim de semana.

Fingerspitzengefuhl Escreveu:Eu não costumo ver os programas do Medina Carreira, vi dois ou três episódios e chegou-me para perceber as posições dele, e concordo com algumas delas.


Eu concordo com muitas delas ( assim como qualquer pessoa com bom senso), o problema é implementar.


Fingerspitzengefuhl Escreveu:Como dizes o diagnóstico está feito há muito tempo, aliás, Portugal não se pode queixar de falta de alternativas, na minha opinião a MFL era uma candidata bastante credível e com coragem para por as contas em ordem, mas os Portugueses decidiram continuar pelo mesmo caminho dos últimos anos.


Discordo, ela foi ministra das finanças de um governo com maioria absoluta e a pratica dela nesses 2 anos, desmente o que escreveste. Não fez nada do que ela defendeu na oposição.

Fingerspitzengefuhl Escreveu:Talvez ele diga que a solução é uma ditadura porque se sente frustrado ao ver que os Portugueses continuam a insistir na via do socialismo light.

Isto não é socialismo light, isto é meio país a viver à conta da outra metade.

Fingerspitzengefuhl Escreveu:Eu nesse ponto discordo, temos que respeitar a vontade dos eleitores.


É o que temos feito, com os resultados conhecidos


Concordo com tudo excepto com a colocação da frase sobre o Medina.

O que ele quis dizer com "curioso amador que só está a fazer as contas" significa, em minha opinião, que não é preciso ir ao pormenor de todas as contas apresentadas para ver que o modelo em si não é sustentável da forma como está organizado, ou seja, que basta procurar os números da despesa sem ir até ao tostão (e nem é preciso contar com a desorçamentação) para ver que não se chega lá da forma que se quer lá chegar.
 
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mais um que ,...diz sempre a mesma coisa

por mcarvalho » 18/5/2010 9:45

dão o prémio nobel a cada um..

há fulanos que têm um objectivo e tudo fazem para evidenciar a sua pequenez.. como não o aturam em casa

Krugman defende queda relativa dos salários de até 30% em Portugal

18/05/2010

O prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, acredita que a solução para os desequilíbrios na Zona Euro passa por uma descida dos salários nos países com menor competitividade da região. Dado que Grécia, Espanha e Portugal não podem desvalorizar a moeda, a solução passa por cortar nos salários, diz o professor de Princeton.

“Com uma moeda única, um ajustamento a choques requer ajustamento nos salários relativos – e como os países da periferia europeia passaram do crescimento à crise, o seu ajustamento tem de ser feito em baixa”, diz Paul Krugman no seu blogue do Wall Street Times, de que é colunista. “Neste altura, os salários na Grécia/Espanha/Portugal/Lituânia/Estónia, etc., precisam de cair qualquer coisa como 20 a 30% face aos salários relativos na Alemanha."

O economista, que esteve em Portugal em 1977, numa equipa do MIT onde estudava, começa por dizer que o que é “surpreendente e frustrante no debate sobre o destino do euro, é a forma como quase todos evitam confrontar a questão essencial”.

Mas ninguém está dispostos a dizê-lo, “até o sempre pessimista e portanto realista” ministro das Finanças alemão, Wolfgang Munchau, diz que “nenhuma das medidas discutidas até agora sequer ensaiam uma resposta às questões de como a Espanha vai sair deste buraco e de como o hiato de competitividade será fechado”.

Depois de reiterar, em maiúsculas, que “os salários na periferia precisam de cair 20 a 30% relativamente à Alemanha”, o economista pergunta “quão difícil será conseguir isto?”

“A Lituânia perseguiu uma austeridade incrivelmente draconiana. O desemprego cresceu de 6% para 22,3% - e os salários estão de facto a cair. Mas menos na Lituânia, os custos de trabalho caíram apenas 5,4% face ao seu pico; por isso serão exigidos anos de sofrimento para restaurar a competitividade”.

O debate em torno do euro, que aconteceu por volta de 1990 segundo Krugman, era justamente acerca do facto de “ninguém ter mercados de trabalho assim tão flexíveis”. Mas “se o euro não funciona com salários nominais altamente flexíveis, bem, então não funciona”.

“Em todo o caso”, concluiu ontem no seu blogue, “este é o meu discurso do euro da manhã”.

A Estónia e a Lituânia não pertencem à Zona Euro mas não podem desvalorizar as suas divisas face ao euro porque estão em processo de adesão à moeda única.

Leia aqui o artigo de Krugman.
mcarvalho
 
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