Japan Airlines declara falência
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Japan Airlines declara falência
Japan Airlines, a maior companhia aérea do Japão, declara falência
De Roland de Courson (AFP) – Há 16 horas
TÓQUIO — A Japan Airlines (JAL), maior companhia aérea do continente asiático, endividada e atingida por grandes prejuízos, declarou-se nesta terça-feira em falência e iniciou um severo plano de resgate que incluirá o corte de cerca de 15.600 postos de trabalho.
A ex-companhia estatal, que cobre mais de 40% das linhas domésticas do Japão e 25% das rotas internacionais que partem de Tóquio, assegurou, no entanto, que seus voos não sofrerão interrupção alguma. Os fornecedores de combustíveis, alimentos e outros materiais serão pagos normalmente, assim como os aeroportos nos quais os aviões da JAL fazem escala.
A quebra da JAL, cuja dívida total é estimada em cerca de 2 bilhões de ienes (15,2 bilhões de euros, 25,7 bilhões de dólares), é a maior no Japão para uma empresa de fora do setor financeiro desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com o gabinete de consultores Tokyo Shoko Research.
A JAL se submeterá a um programa de recuperação supervisionado por um organismo semi-público de resgate de empresas em problemas, Etic. Ao se declarar oficialmente em suspensão de pagamentos, a companhia poderá contar com a proteção prevista pela lei japonesa de falências.
O governo anunciou que esse plano de salvamento incluirá a supressão de cerca de 15.600 empregos, principalmente por meio do fechamento de diversas filiais, o que corresponde aproximadamente à terça parte dos funcionários da empresa.
Esse plano prevê também injeções de capitais públicos de cerca de 300 bilhões de ienes (2,3 bilhões de euros, 3,3 bilhões de dólares), anunciou o governo.
Duas companhias aéreas norte-americanas, a Delta Air Lines e a American Airlines, disputam entre si para participar dessa operação de resgate, mas nem a JAL nem o governo se referiram a esse ponto. A imprensa indica há vários dias que a Delta será a escolhida.
"Se a JAL não fosse a maior companhia aérea do país, um procedimento como esse teria significado o desaparecimento da empresa. Mas se trata da JAL, e ela conta com o respaldo do Ministério dos Transportes", declarou em uma entrevista coletiva à imprensa o ministro dos Transportes, Seiji Maehara.
"Este dia não marca o fim da JAL, e sim um novo começo", assegurou Maehara, explicando que a quebra permitirá ao antigo orgulho nacional, símbolo da prosperidade reconquistada pelo Japão depois da guerra, recuperar-se com total transparência.
A JAL será excluída dentro de um prazo de um mês da Bolsa de Tóquio. Os acionistas da empresa não poderão recuperar seus investimentos. A ação, que caiu mais de 95% desde o começo deste mês, fechou nesta terça-feira a 5 ienes. Há um ano, valia mais de 200 ienes.
Como estava previsto, a JAL também anunciou nesta terça-feira a renúncia de seu diretor-geral, Haruka Nishimatsu. O governo já tinha indicado na semana passada sua intenção de nomear para a chefia um dos empresários mais respeitados do país, o fundador da empresa de aparelhos eletrônicos Kyocera, Kazuo Inamori, que fará 78 anos em 30 de janeiro.
O jornal Yomiuri Shimbun informou no sábado que o governo japonês se inclinava a favor de uma aliança entre a JAL e a Delta Airlines, em detrimento da American Airlines. As duas companhias norte-americanas cobiçam os lucrativos horários da JAL nos aeroportos asiáticos.
Se essa informação for confirmada, a JAL entrará para a aliança Skyteam, da qual também fazem parte a Delta, a Air France-KLM e a Korean Air, abandonando a aliança Oneworld, para a qual entrou em 2005.
De Roland de Courson (AFP) – Há 16 horas
TÓQUIO — A Japan Airlines (JAL), maior companhia aérea do continente asiático, endividada e atingida por grandes prejuízos, declarou-se nesta terça-feira em falência e iniciou um severo plano de resgate que incluirá o corte de cerca de 15.600 postos de trabalho.
A ex-companhia estatal, que cobre mais de 40% das linhas domésticas do Japão e 25% das rotas internacionais que partem de Tóquio, assegurou, no entanto, que seus voos não sofrerão interrupção alguma. Os fornecedores de combustíveis, alimentos e outros materiais serão pagos normalmente, assim como os aeroportos nos quais os aviões da JAL fazem escala.
A quebra da JAL, cuja dívida total é estimada em cerca de 2 bilhões de ienes (15,2 bilhões de euros, 25,7 bilhões de dólares), é a maior no Japão para uma empresa de fora do setor financeiro desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com o gabinete de consultores Tokyo Shoko Research.
A JAL se submeterá a um programa de recuperação supervisionado por um organismo semi-público de resgate de empresas em problemas, Etic. Ao se declarar oficialmente em suspensão de pagamentos, a companhia poderá contar com a proteção prevista pela lei japonesa de falências.
O governo anunciou que esse plano de salvamento incluirá a supressão de cerca de 15.600 empregos, principalmente por meio do fechamento de diversas filiais, o que corresponde aproximadamente à terça parte dos funcionários da empresa.
Esse plano prevê também injeções de capitais públicos de cerca de 300 bilhões de ienes (2,3 bilhões de euros, 3,3 bilhões de dólares), anunciou o governo.
Duas companhias aéreas norte-americanas, a Delta Air Lines e a American Airlines, disputam entre si para participar dessa operação de resgate, mas nem a JAL nem o governo se referiram a esse ponto. A imprensa indica há vários dias que a Delta será a escolhida.
"Se a JAL não fosse a maior companhia aérea do país, um procedimento como esse teria significado o desaparecimento da empresa. Mas se trata da JAL, e ela conta com o respaldo do Ministério dos Transportes", declarou em uma entrevista coletiva à imprensa o ministro dos Transportes, Seiji Maehara.
"Este dia não marca o fim da JAL, e sim um novo começo", assegurou Maehara, explicando que a quebra permitirá ao antigo orgulho nacional, símbolo da prosperidade reconquistada pelo Japão depois da guerra, recuperar-se com total transparência.
A JAL será excluída dentro de um prazo de um mês da Bolsa de Tóquio. Os acionistas da empresa não poderão recuperar seus investimentos. A ação, que caiu mais de 95% desde o começo deste mês, fechou nesta terça-feira a 5 ienes. Há um ano, valia mais de 200 ienes.
Como estava previsto, a JAL também anunciou nesta terça-feira a renúncia de seu diretor-geral, Haruka Nishimatsu. O governo já tinha indicado na semana passada sua intenção de nomear para a chefia um dos empresários mais respeitados do país, o fundador da empresa de aparelhos eletrônicos Kyocera, Kazuo Inamori, que fará 78 anos em 30 de janeiro.
O jornal Yomiuri Shimbun informou no sábado que o governo japonês se inclinava a favor de uma aliança entre a JAL e a Delta Airlines, em detrimento da American Airlines. As duas companhias norte-americanas cobiçam os lucrativos horários da JAL nos aeroportos asiáticos.
Se essa informação for confirmada, a JAL entrará para a aliança Skyteam, da qual também fazem parte a Delta, a Air France-KLM e a Korean Air, abandonando a aliança Oneworld, para a qual entrou em 2005.
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