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Caldeirão da Bolsa

Classe média sem dinheiro para comer

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 16/3/2009 9:42

segunda-feira, 16 de Março de 2009 | 07:01 Imprimir Enviar por Email

UE: Portugal terá o maior corte nas pensões da Seg. Social


Portugal apresentará, em 2046, o maior corte médio de pensões de reforma da União Europeia, destaca o jornal Público esta segunda-feira citando dados de um relatório da Comissão Europeia sobre a inclusão social.
Segundo as contas de Bruxelas, para quem tenha recebido um salário médio e descontado durante 40 anos, a pensão antes de impostos a receber em 2046 descerá de 70 para 50 por cento do último salário bruto.

A estimativa do Governo é diferente mas aponta para que a pensão média em 2050 baixe dos actuais 71 por cento do salário para 55 por cento.

“Estimar a quebra das pensões é difícil: para cada trabalhador, depende do ano em que se reformar, da sua carreira de descontos sociais e do nível salarial ao longo da carreira”, observa ainda o jornal.



Lusa
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por Açor3 » 15/3/2009 9:22

Sobreendividados pedem o dobro das ajudas
Um quinto dos que estão em ruptura financeira não tem créditos mas acumulou dívidas
00h30m
LUCÍLIA TIAGO
Casados, com filhos, nível de instrução médio e uma média de três créditos. Este é o perfil mais comum do sobreendividado. Mas esta ruptura financeira é também sentida por quem não tem qualquer crédito e não consegue pagar as dívidas.

Com o aumento do desemprego estão a subir os casos de sobreendividamento. O números de Janeiro e Fevereiro do gabinete de apoio aos sobreendividados da Deco dão conta de uma abertura média de oito processos por dia - exactamente o dobro do registado em 2008. E quem são e como vivem os particulares que estão a entrar em ruptura financeira? As situações são variadas, mas o Observatório do Endividamento dos Consumidores (OEC) procurou traçar uma perfil e conhecer os casos mais comuns.

Os resultados do estudo do OEC (feito com base em inquéritos às famílias que recorrem à ajuda da Deco) mostram que a maioria dos sobreendividados - ou incapazes de fazer face ao conjunto das suas dívidas de natureza não profissional - tem um rendimento mensal que varia entre 500 e 1500 euros e acumulam ao empréstimo da casa e do carro pelo menos um crédito pessoal e um cartão de crédito.

A maior parte revela ter contraído créditos pessoais para aceder a bens que considerou essenciais, mas acima de tudo para fazer face a dificuldades financeiras - pagar dívidas ou outros créditos. A urgência em conseguir dinheiro faz com que se deixem influenciar pela publicidade na escolha da entidade a quem vão pedir o crédito. Nestas circunstâncias acabam por não dar atenção a pormenores relevantes como a taxa de juro que chega a rondar os 30%.

Para assinalar o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor - que hoje se comemora - o Governo aprovou novas regras de publicidade e a obrigatoriedade destas sociedades terem de se inteirar de todos os créditos já contraídos pelos clientes, o que poderá evitar algumas destas situações.

O mesmo estudo permitiu também verificar que são as pessoas que contraem créditos que mais facilmente ficam em situação de sobreendividamento, mas mostra que 19% das famílias em ruptura financeira não tem qualquer tipo de empréstimo ainda que não consiga igualmente fazer face a todas as suas dívidas. Os mesmos dados concluem até que estes casos estão a aumentar, havendo cada vez mais pessoas que acumulam dívidas ligadas a serviços essenciais, seguros, comunicações, creches, ATL e até medicamentos.

JNoticias
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por Açor3 » 12/3/2009 15:44

Camilo Lourenço
Empobrecimento inevitável?
camilolourenco@gmail.com

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As contas externas costumam ser assunto recorrente aqui. Por más razões. Ontem ficámos a saber que em 2008 o nosso défice externo atingiu uns astronómicos 10,6% (!!!!) do PIB (o Governo previa 9%...).


As contas externas costumam ser assunto recorrente aqui. Por más razões. Ontem ficámos a saber que em 2008 o nosso défice externo atingiu uns astronómicos 10,6% (!!!!) do PIB (o Governo previa 9%...).

E daí?, perguntar-se-á. Afinal não estamos nos anos 80, quando valores destes faziam disparar o risco da República (com a inevitável queda do valor da moeda) e punham o FMI ao telefone com o Banco de Portugal. Mais: apesar da sua dimensão, não temos problemas em financiá-lo. Em 2008, diz o INE, fomos buscar ao exterior 17,6 mil milhões de euros para o pagar.

É verdade que a moeda única tirou a pressão do financiamento da balança corrente (como costuma lembrar Vítor Constâncio). Mas isso só significa que nos livrámos de uma parte do problema. A outra continua: o défice externo significa que não somos competitivos face ao exterior. Ele provoca destruição de postos de trabalho (via encerramento de empresas). Ou seja, empobrecimento do País.

Há outra razão para termos mais cuidado com ele: pela primeira vez em décadas volta a falar-se de bancarrota. Não da América Latina, mas das economias mais débeis da Europa. Zona Euro inclusive (leia-se Portugal, Espanha e Grécia...). É por isso que os investimentos públicos de legislatura (TGV, pontes, auto-estradas, aeroporto...) são um perigo. Eles estimulam a economia pela via do consumo: como não temos capacidade produtiva interna, recorremos às importações. Exactamente aquilo que o défice externo desaconselha.

JN
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é preciso saber pedir

por mcarvalho » 12/3/2009 14:56

Patrões dos media entregam pedido de incentivos ao Ministério das Finanças


12/03/2009


Os representantes do sector dos media entregram hoje um plano, no gabinete do secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz, no qual propõem benefícios fiscais entre os 25% e os 50%.

A proposta foi esta manhã entregue pela Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social (CPMCS) no gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz.

Os representantes das empresas de media propõem a criação de um incentivo especial, temporário, às empresas que aumentem, mantenham ou iniciem o seu investimento publicitário.

“O incentivo referido será implementado através de uma bolsa fiscal em que o benefício se traduz no valor de 50% a deduzir anualmente à matéria colectável do exercício, encontrado entre o investimento realizado em 2009, 2010 e 2011 e o do ano imediatamente anterior, na rubrica promoção e publicidade”, detalha a proposta. No caso das empresas que mantenham o seu investimento publicitário aos níveis de 2008, a dedução seria de 25%. Este seria também o valor aplicado às empresas que iniciem ou retomem os seus investimentos no mercado da publicidade.

A CPMCS pede ainda que o Governo, a Administração Pública e o Sector Empresarial do Estado, se comprometam a aumentar, “de forma significativa” o seu investimento publicitário em 2009, uma medida que tem recolhido o apoio de alguns patrões de media, em detrimento do sistema de incentivos fiscais aos anunciantes.

A Confederação argumenta que a indústria da comunicação social representa cerca de 4 mil milhões de euros de volume de negócios, mais de 17 empresas e 50 mil postos de trabalho. O investimento publicitário “é motor de desenvolvimento da economia nacional, sendo um dos instrumentos mais eficazes para a retoma do crescimento económico, através do seu impacto muito positivo no estímulo do consumo”, defende, acrescentando também que o eventual desaparecimento de órgãos de comuni cação social “empobrece o regime democrático e pode afectar de forma significativa o pluralismo e a liberdade de expressão”.
 
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por scotch » 12/3/2009 3:13

Pobreza,"passar fome" e classe económica são tudo conceitos relativos.

Eu não tenho casa própria, não tenho carro, não tenho o último modelo de máquina fotográfica nem de telemóvel.Será que sou pobre?

Tomo 3 refeições ao dia.Ao pequeno almoço como uma tigela de cereais, não almoço e lancho 2 sandes com um sumo, depois janto uma tigela de sopa e uma sobremesa.Será que passo fome?

Estás noticias tem origem ou em deduções precipitadas sobre determinados factos/acontecimentos, ou em questionários de perguntas fechadas.
 
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por Açor3 » 11/3/2009 15:37

Ana Barbosa de Melo
Estará o Estado a ajudar no combate à pobreza?

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A pobreza é um problema social que afecta a sociedade portuguesa. Do ponto de vista económico, costuma definir-se um indivíduo como "pobre" (ou em risco de pobreza) quando o seu rendimento é inferior a um determinado patamar (a "linha de pobreza")...


A pobreza é um problema social que afecta a sociedade portuguesa. Do ponto de vista económico, costuma definir-se um indivíduo como "pobre" (ou em risco de pobreza) quando o seu rendimento é inferior a um determinado patamar (a "linha de pobreza") que pode ser estabelecido em função de critérios diversos. Nas sociedades desenvolvidas, o Estado assume a tarefa de reduzir/erradicar a pobreza através de políticas sociais e fiscais, dando mais a quem mais precisa (através de subsídios e outros benefícios) e tirando mais a quem mais tem.

Podemos (e devemos) então perguntar-nos: qual a dimensão da pobreza em Portugal? Estão as políticas do Estado a reduzir eficazmente este fenómeno? Através de uma análise detalhada dos inquéritos aos rendimentos e despesas das famílias feitos pelo INE para 2000 (IOF) e 2005 (IDEF), procurámos responder a estas duas questões.

Considerou-se, em primeiro lugar, como linha de pobreza os 60% do rendimento líquido total mediano convencionados pela OCDE e vulgarmente utilizados neste tipo de estudos. Segundo este critério, houve uma diminuição da pobreza entre 2000 e 2005: a percentagem de portugueses pobres reduziu-se de 18,44% para 16,24%, tendo também decrescido a severidade da sua pobreza. Quer isto dizer que, entre 2000 e 2005, cerca de 125.000 portugueses deixaram de ser pobres. Contudo, o número de indivíduos pobres (que vivem com menos de 485€ por mês) permanece quase constante e toma o valor aproximado de 1.740.000 em 2005.

Como segundo critério, considerou-se o patamar representativo da pobreza mais extrema, inspirada no valor do Rendimento Mínimo Garantido (25% da mediana do Rendimento). Neste caso, a história já não é a mesma pois não só aumenta o número de indivíduos abaixo do limiar como se agrava a severidade da sua pobreza: em 2005, cerca de 100.000 portugueses viviam com menos de 200€ por mês.

A avaliação da eficácia da intervenção Estatal fez-se por comparação estática destes resultados com os mesmos cálculos feitos para o rendimento líquido reduzido das transferências recebidas pelos indivíduos. Foi possível assim concluir que, em 2005, o Estado foi mais eficaz na redução da pobreza do que em 2000, mas menos eficaz em reduzir a pobreza extrema, sendo menor o impacto da ajuda. O Rendimento Social de Inserção é a transferência com maior impacto na redução da pobreza extrema.

Para 2000, foi ainda possível simular uma situação estática de não intervenção do Estado, imaginando que este nem cobrava impostos directos nem pagava transferências. Comparando este cenário com o efectivamente ocorrido, conclui-se que a intervenção do Estado não foi benéfica para a totalidade dos pobres, definidos de acordo com a OCDE (indivíduos com rendimento inferior a 60% da mediana). Na prática, o patamar de pobreza definido implicitamente pelo Estado português, ou seja, o nível de rendimento a partir do qual os indivíduos passam de beneficiários líquidos a contribuintes líquidos, está bem abaixo deste limiar de pobreza aceite como oficial e que estabelece que, em 2000, 18,44% dos portugueses eram pobres. De facto, apenas os 12% mais pobres receberam mais do Estado do que aquilo que pagaram, enquanto os restantes 6,44% que ainda eram tecnicamente "pobres" pagaram mais ao Estado do que receberam. Quer isto dizer que cerca de um terço dos "pobres" ficou ainda mais pobre com a intervenção estatal!

A resposta às questões inicialmente colocadas é, portanto, pouco clara. Verifica-se que as políticas sociais do Estado português reduzem, através de transferências, o número de pessoas pobres e a profundidade da sua pobreza, embora a sua eficácia esteja aquém da média da União Europeia. No entanto, quando se considera a intervenção estatal na sua totalidade, constata-se que o Estado não garante uma ajuda líquida a todos os pobres.

JN
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Prontos ! Taabem ! Dao-lhes de comer...

por bboniek33 » 9/3/2009 16:43

Mas, e esta ee a minha maior preocupacao, quem lhes carrega os telemoveis ??? :?

Que faraa um elemento da classe media com a barriga cheia mas com o saldo do seu t/m a zero ???

Isto deixa-me apreensivo quanto ao Futuro da Patria ! :shock:
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por investidoura » 9/3/2009 16:38

Quando as pessoas decidiram que queriam ter todas casas próprias e grandes carros assinaram a sua setença. Mas as culpas atribuo a quem as deixou endividarem-se até não poderem mais só para ter bens, o governo não está isento de culpas e os bancos hão-de pagar bem caro também.
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por rmachado » 9/3/2009 15:51

Tirando o Floreado Jornalistico, posso dizer que
30% das Crianças do concelho de Alenquer vão para a escola com fome.

"Só" isto para mim já é demais.

Pior é que os apoios escolares são medidos no inicio do ano e se existir algum problema no decurso do ano.. paciência só para o outro ano.

Enfim... são regras um pouco digamos que de treta.
 
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por pedrom » 9/3/2009 14:59

MozHawk Escreveu:pedrom,

Isso não chegou para pagar o pequeno-almoço desta manhã com a dama... :mrgreen:

Indo a assuntos mais sérios, a época actual é interessante e os choques decorrentes deste período, estão a criar, cada vez mais, as condições necessárias para fazer avançar projectos de índole socialista e, aparentemente, de natureza utópica. Interessantes tempos estes.

Um abraço,
MozHawk


A dama come bem!!!! :mrgreen:

Também acho que que estes tempos que estamos a passar são muito interessantes e estou extremamente curioso para ver a evolução disto tudo!!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por MozHawk » 9/3/2009 14:33

pedrom,

Isso não chegou para pagar o pequeno-almoço desta manhã com a dama... :mrgreen:

Indo a assuntos mais sérios, a época actual é interessante e os choques decorrentes deste período, estão a criar, cada vez mais, as condições necessárias para fazer avançar projectos de índole socialista e, aparentemente, de natureza utópica. Interessantes tempos estes.

Um abraço,
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por majomo » 9/3/2009 14:30

E o pessoal a desvalorizar a realidade e as sua consequências...

O mal toca a todos, por isso não falem de barriga cheia... e essa história de os outros estarem pior e enumerar a Espanha e Irlanda é para rir...

Se há um aumento dos pedidos, vamos supor nesses 30% que falam apenas numa instituição, somem todas as instituições... e veremos em termos absolutos de quantas famílias estaremos a falar.
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
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por pedrom » 9/3/2009 14:08

O pessoal da classe média que não tem dinheiro para comer, já não é classe média ou ainda é????

Quando é que muda de classe??? Ou nasce-se numa classe e fica-se nela para sempre??? Srs Jornalista expliquem lá isto!!!

Será que um pobre que tem dinheiro para comer deve ser apeliado de pobre e um rico que não tem dinheiro para comer deve continuar a ser rico??? :mrgreen:

Um gajo como eu que não tem dinheiro para comer hoje porque ontem gastou 145,40€ num restaurante por ser o dia da mulher, será que sou da classe média mas sem dinheiro para comer ou sou considerado pobre? Ou será que sou considerado rico pela despesa que fiz ontem, mas que me faz falta hoje?

Com tanta conversa sobre comida acho que vou almoçar.... sopinha da mamã pois não há €€€€
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por Açor3 » 9/3/2009 12:54

Mais «pobreza envergonhada»
Caritas de Braga registou, em 2008, um aumento de 150 pessoas com problemas

Por: Redacção /PP | 09-03-2009 11: 39
A Caritas de Braga registou, em 2008, um aumento de 150 pessoas com problemas de pobreza, número que tem crescido sempre nos últimos anos, disse, esta segunda-feira, à Lusa fonte do organismo.

José Pinto Dias, director da instituição, adiantou que o aumento do número de casos tem ligação com a chamada «pobreza envergonhada».

«Há pessoas que, com a actual crise, se sentem obrigadas a recorrer a apoio social, porque não têm outro remédio», sublinhou.

Almada: pedidos de habitação social duplicam

Em 2008, a Caritas serviu 5.573 refeições e deu apoio a 2.553 beneficiários do Projecto Atena, iniciativa que tem como objectivo promover a inclusão e a melhoria das condições de vida de grupos específicos particularmente confrontados com situações de exclusão, marginalidade e pobreza persistente.

O organismo atendeu 897 pedidos no roupeiro social, proporcionou 814 banhos nos balneários, prestou auxílio a 68 vítimas de violência doméstica, fez 21 empréstimos de camas e ajudou 18 beneficiários num projecto de formação.

Fez, ainda, 19 empréstimos de cadeiras de rodas, dois de canadianas, e realojou três pessoas sem-abrigo.

Angariação de fundos

A Caritas da Arquidiocese de Braga da Igreja Católica inicia esta segunda-feira um conjunto de acções de divulgação e angariação de fundos, no âmbito da Semana Nacional da Caritas, que, este ano, tem por lema «Se não tiver caridade, nada sou».

A estrutura, que vive sem apoio estatal, vai colocar uma tenda no centro da cidade de Braga, para receber as pessoas e mostrar-lhes o trabalho realizado e recolher donativos.

«Decidimos não fazer o tradicional peditório de rua, porque sentimos que as pessoas reagem mal», frisou.

José Pinto Dias anunciou também que a Caritas prepara o lançamento, a curto prazo, de um centro de apoio social, a Casa Alavanca - uma estrutura de resposta a situações urgentes de pobreza, que ficará sedeada no centro urbano da cidade.

A iniciativa de criação da casa partiu do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, abordada na Mensagem para a Quaresma, onde propôs um «espaço capaz de recolher, durante todo o ano, tudo o que seja útil aos pobres (material) e que, para nós, seja desnecessário».

Ampliar refeitório

Esta nova valência vai possibilitar a ampliação do Refeitório Social bem como a criação de um local para acolhimento temporário de vítimas de violência doméstica.

A actividade da instituição visa também a distribuição periódica de géneros alimentares, medicamentos, fraldas de adulto e bebé, leite e enxovais de bebé e gás, de pagamentos de água, electricidade e rendas e ajuda na compra de próteses, viagens e óculos.

TVI24
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por mais_um » 8/3/2009 23:53

Pata-Hari Escreveu:logout, não podes simplificar assim as contas. Como é óbvio, quem recorre a esses lugares não faz lá duas refeições por dia, 365 dias por ano. Um aumento de 30% é significativo, sim.


O valor de 30% é significativo como numero, mas o impacto na sociedade não é identico, ou seja não temos mais 30% de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza, penso que era isso que o logout queria referir, há por parte dos jornalistas algum empolamento, há muito tempo que deixaram de informar e passaram também a dar a sua interpretação da noticia e isso faz com que muitas vezes a objectividade seja sacrificada.

Já agora deixo uma notica bem feita onde o assunto é explicado devidamente, sem mandar numeros para o ar, que podem ser interpretados de varias maneiras:

Cáritas de Beja ajuda 565 famílias da região



A Cáritas Diocesana de Beja distribui géneros alimentares a 565 famílias carenciadas e alimenta cerca de 35 pessoas por dia para aliviar as carências "substanciais e preocupantes" no concelho, onde os pedidos de ajuda têm aumentado.
Trata-se de um trabalho inserido na acção social da Diocese de Beja para "combater a fome no concelho e aliviar as carências alimentares substanciais e preocupantes de famílias com dificuldades", disse a presidente da instituição, Teresa Chaves.
Os géneros alimentares, excedentes da União Europeia (UE) e provenientes das recolhas do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja, são distribuídos por 565 famílias carenciadas do concelho, sobretudo famílias numerosas e monoparentais ou em situações de desemprego ou baixos rendimentos.
"Há casos de famílias que ficam com muito pouco ou até mesmo sem dinheiro para comprar alimentos depois de pagar despesas fixas", como a prestação da casa ou as contas de electricidade, água e gás, exemplificou a responsável.
"As situações de carência e os pedidos de ajuda têm aumentado", frisou Teresa Chaves, explicando que, "ultimamente, famílias que não fazem parte da lista de beneficiários dos excedentes da UE têm procurado a Cáritas a pedir ajuda e alimentos pela primeira vez".
A estas famílias, explicou, a Cáritas dá alimentos provenientes do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja, que na campanha de recolha do último fim-de-semana angariou 21 toneladas de alimentos.
Além de distribuir alimentos, a instituição, através do seu Refeitório e Cantina Social, alimenta diariamente uma "média de 35 pessoas", prestando-lhes todas as refeições. Em 2007, o Refeitório e Cantina Social da Cáritas de Beja serviu 33.818 refeições (pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar) a 357 utentes carenciados. "Servimos mais 1.500 refeições do que em 2006", precisou Teresa Chaves, frisando que "a procura pelo refeitório também tem vindo a aumentar".
Entre os utentes do refeitório contam-se famílias carenciadas, beneficiários de Rendimento Social de Inserção, indivíduos em situação de marginalização (sem-abrigo, ex-reclusos, toxicodependentes ou alcoólicos em recuperação), imigrantes e população flutuante do concelho de Beja.
Actualmente, com um "grande esforço", o refeitório "consegue responder à procura", mas a Cáritas Diocesana de Beja está "preocupada com o futuro".
"Segundo as previsões, devido à crise alimentar e à subida dos preços dos alimentos, as situações de carências alimentares vão aumentar e tememos não ter capacidade financeira para ajudar todos aqueles que poderão procurar o refeitório no futuro para se alimentar", alertou Teresa Chaves.


http://www.correioalentejo.com/index.php?diaria=2018
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por Pata-Hari » 8/3/2009 23:37

logout, não podes simplificar assim as contas. Como é óbvio, quem recorre a esses lugares não faz lá duas refeições por dia, 365 dias por ano. Um aumento de 30% é significativo, sim.
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por mais_um » 8/3/2009 22:43

logout Escreveu:
...em 2007 o refeitório de Beja serviu 32.366 refeições, em 2008 esse número subiu para 41.690


(32366 / 365) / 2 = 44.34
(41690 / 365) / 2 = 57.11

Um aumento de 12 pessoas é motivo de noticia?


É um aumento de quase 30%!!! :mrgreen: :mrgreen:

Tirando a brincadeira, claro que com o aumento do desemprego e consequentemente de pessoas em dificuldades é natural que isto aconteça, mas não é nem de perto nem de longe (felizmente!)identico a paises que eram apontados como tendo um desenvolvimento exemplar, como a Espanha, a Irlanda e alguns paises de leste, esses paises estão a passar dificuldades semelhantes ao que passamos entre 1982 e 1985, se antes da crise, 1/3 da população da Irlanda, sem considerar a ajuda do estado, tinha rendimentos abaixo do limiar de pobreza, imaginem agora....

Nós ainda estamos longe de sentir a crise a sério, com um aumento brutal do desemprego, como está a acontecer por esse mundo fora.

Um abraço,

Alexandre SAntos
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por tava3 » 8/3/2009 22:21

Lá estão vocês a tirar o impacto nas noticias, mas que coisa.

:wink:
 
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por logout » 8/3/2009 22:14

.
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por mais_um » 8/3/2009 20:22

Classe média sem dinheiro para comer

Mais um titulo bombastico, eu sou da classe media (acho! :roll: ) e ainda tenho dinheiro para comer!

Classe média sem dinheiro para comer.
Desemprego deixa famílias em situação desesperada. Recorrem a instituições para poder pagar alimentação e renda

Ufa! Já estou mais descansado, afinal só a classe media que fica desempregada é que não tem dinheiro para comer, os outros, a classe baixa, classe media baixa e classe media alta, mesmo desempregados tem dinheiro para comer e pagar as dividas.

Espera, afinal é só a classe media/baixa que tem problemas, que confusão!

Não seria muito mais correcto escrever:

Titulo:
Desemprego deixa famílias em situação desesperada. Recorrem a instituições para poder pagar alimentação e renda


Pincipio da noticia:

Os portugueses afectados pela crise económica, estão a fazer cada vez mais pedidos de ajuda à Cáritas, que, de norte a sul do país e regiões autónomas, apoia os mais necessitados.


Humm..parece-me que assim é mais de acordo com a realidade mas não é tão bombastico, é verdade....
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por EuroVerde » 8/3/2009 19:17

...um dia, quando se criar empregos para toda gente, e a classe média tiver dinheiro para investir em acções... será altura dos que agora estão a comprar, venderem... depois gera-se outra crise qualquer e a classe média que investiu no mercado vê-se mais uma vez na mesma situação... :roll:
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por AC Investor Blog » 8/3/2009 15:47

Não sei onde está o espanto !!!! Com o aumento da precaridade laboral, a situação vai-se ainda agravar mais.
AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
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por Açor3 » 8/3/2009 15:38

Classe média/baixa pede mais ajuda para rendas e bens
Há muitas famílias a passar por «situações extremas» de pobreza

Por: Redacção | 08-03-2009 11: 51
Os portugueses da classe média/baixa, afectados pela crise económica, estão a fazer cada vez mais pedidos de ajuda à Cáritas.

A informação foi avançada à Agência Lusa por Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, no âmbito da Semana Nacional da mesma, que começa na segunda-feira e termina no dia 15 de Março, para sensibilizar a população para a actual conjuntura de crise económica e os problemas daí decorrentes, que têm vindo a aumentar.

«Estamos em tempos difíceis, de crise e desemprego, e é urgente que os cidadãos tenham consciência de que é necessário apostarmos na partilha dos bens entre a sociedade», diz Eugénio Fonseca.

Nas Cáritas Diocesanas, distribuídas pelo Continente e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, «têm aumentado significativamente os pedidos de ajuda da classe média/baixa, de famílias que, de súbito, ficam no desemprego, fruto da crise que não cessa», segundo informa o presidente.

Na Diocese de Beja, a assistente social Ana Soeiro confirma que os pedidos têm aumentado e garante que, «ainda assim, há muitas famílias a passar por situações extremas de pobreza».

No refeitório social da associação, não param de aumentar os pedidos de refeições de «pessoas que deixam de conseguir pagar as rendas, por ficarem desempregas ou por não terem dinheiro que chegue para comer todos os dias, simplesmente».

Enquanto em 2007 o refeitório de Beja serviu 32.366 refeições, em 2008 esse número subiu para 41.690, um aumento de quase dez mil refeições.

«E só este ano, de Janeiro para Fevereiro, já houve mais quatro mil pedidos de refeições», alerta a assistente.

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Classe média sem dinheiro para comer

por Açor3 » 8/3/2009 15:37

Classe média sem dinheiro para comer
Desemprego deixa famílias em situação desesperada. Recorrem a instituições para poder pagar alimentação e renda

Por: Redacção /SM | 08-03-2009 11: 17
Os portugueses da classe média/baixa, afectados pela crise económica, estão a fazer cada vez mais pedidos de ajuda à Cáritas, que, de norte a sul do país e regiões autónomas, apoia os mais necessitados.

A informação foi avançada à Agência Lusa por Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, no âmbito da Semana Nacional da Cáritas, que começa na segunda-feira e termina no dia 15 de Março. «Estamos em tempos difíceis, de crise e desemprego, e é urgente que os cidadãos tenham consciência de que é necessário apostarmos na partilha dos bens entre a sociedade», diz Eugénio Fonseca.

Sem dinheiro para comer

Nas Cáritas Diocesanas, distribuídas pelo Continente e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, «têm aumentado significativamente os pedidos de ajuda da classe média/baixa, de famílias que, de súbito, ficam no desemprego, fruto da crise que não cessa», segundo informa o presidente.

Na Diocese de Beja, a assistente social Ana Soeiro confirma que os pedidos têm aumentado e garante que, «ainda assim, há muitas famílias a passar por situações extremas de pobreza».


No refeitório social da associação, não param de aumentar os pedidos de refeições de «pessoas que deixam de conseguir pagar as rendas, por ficarem desempregas ou por não terem dinheiro que chegue para comer todos os dias, simplesmente».

Enquanto em 2007 o refeitório de Beja serviu 32.366 refeições, em 2008 esse número subiu para 41.690, um aumento de quase dez mil refeições.

«E só este ano, de Janeiro para Fevereiro, já houve mais quatro mil pedidos de refeições», alerta a assistente.

Desemprego empurra-os para a pobreza

Já em Braga, onde fábricas e indústrias têm fechado todos os dias, «aparecem cada vez mais pessoas desempregadas, que não têm dinheiro para pagar rendas e alimentação», segundo o presidente da Caritas local, José Carlos Dias. «Em 2008, alimentámos no nosso refeitório social 715 agregados familiares, mas, este ano, esse número vai ser largamente ultrapassado, porque não param de aumentar os pedidos de ajuda», refere.

Para responder a todos estes problemas, a Cáritas Portuguesa vai organizar um peditório nas ruas a nível nacional, entre 12 e 15 de Março. Os contributos recolhidos serão distribuídos pelas diversas dioceses aos mais necessitados, «permitindo, assim, responder a alguns pedidos de ajuda».

No ano passado, o peditório angariou cerca de 252 mil euros, «mas esperamos que este ano, dada a conjuntura que atravessamos, as pessoas tenham uma maior disponibilidade para contribuir», refere.

A Cáritas Portuguesa é uma instituição oficial da Conferência Episcopal, destinada à promoção e dinamização da acção social da Igreja Católica, procurando ajudar os que são «atingidos por qualquer forma de exclusão ou emergência, sem olhar a crenças, culturas, etnias ou origem».
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