"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[cannot]

Isso foi a caracteristica desta crise: Afectou sobretudo e até agora, os ricos. Chamo ricos a quem tem poupanças. Foram as pessoas com activos financeiros e imobiliários que sofreram em primeiro lugar.

Mas isso dá que pensar, será sustentável continuar com um mundo acente (dependente) do sistema financeiro nos moldes em que está?

E temos um sistema financeiro acente em alavancagem. Quando temos os maiores bancos do mundo com mais de 30x de alavancagem, rapidamente, a parte exponencial deste crescimento se torna visivel e eles não conseguem equilibrar o que fica em falta porque volta 30 vezes maior. A solução simples para cobrir isto ao início é baixar os critérios na obtenção de crédito, mas isso só vai piorar as coisas como é muito óbvio.

O problema começa com a enormidade de dívidas que não se consegue pagar e que se foi criando para sustentar o sistema financeiro. Quando "rebenta" passa directamente da parte inferior da pirâmide social para o topo e cria ciclos de auto-desvalorização horizontal que obviamente é mais notória para quem tem investimentos, porque está mais acima na pirâmide, mas que acaba por descer patamar por patamar.

Aqui vejo mais um problema, quando chega aos níveis mais baixos e intermédios, às pessoas que realmente criam e constroem o nosso mundo palpável, é possível que crie cilos de auto-destruição e não de auto-desvalorização: criminalidade, revolta social, etc... que se alastra de baixo para cima (parece-me que ainda não chegamos lá).

A solução que vejo ser usada para combater o problema é mais dívida. Não sou "expert" em economia mas o que me parece é que estamos só mudar a dívida de local, a voltar a alimentar as instituições financeiras, para que toda a prirâmide não desmorone e os problemas socias não aparaçam.

Os US por exemplo se continuarem a agir como o pai natal, quem vai pagar a factura parece que não vão ser os seus filhos mas sim eles próprios. Tão rápido com em 2017 o dinheiro acaba... Ou mudam a sua sociedade, i.e. trabalhar mais tempo, cortar as despesas militares, limitar o crédito, etc, ou rapidamente o bolo do dinheiro acaba e eles acabam sem $, quero dizer, com o dollar a valer "nada"!

O governo chinês já disse que gostaria muito de ajudar... se eles fossem sustentáveis! E quando vemos o Warren Buffett a "vender a América", como vi num título de noticia, não é de estranhar. Todos aqui ficaram muito admirados mas acho que ele e outros que já sairam dos US não me parecem parvos, simplesmente o cenário americano neste momento não é nada promissor. Parece-me simples, se o dollar vem para baixo, ninguém quer ter dollars.

Com isto queria só fazer pensar o pessoal deste fórum para este problema sério e que é a base do mundo em que vivemos, a sustentabilidade do sistema financeiro. Pensem nisto a longo prazo, para daqui a 50 anos! E se acham que as coisas não vos vão afectar nessa altura, pensem que quando crescemos de forma exponecial é "facil" errar nas estimativas e 50 anos transforma-se em 10 num abrir e fechar de olhos.

Já se fala destes problemas desde meados do sec XX, hoje parece que estamos a dar razão aos críticos dessa altura...


Abraço

[Pata-Hari]

Isso foi a caracteristica desta crise: Afectou sobretudo e até agora, os ricos. Chamo ricos a quem tem poupanças. Foram as pessoas com activos financeiros e imobiliários que sofreram em primeiro lugar. Mas, claro está que conforme a crise se vai espalhando pela economia real, toda a gente sofre.

[Açor3]

MUNDO
Crise económica custa 45,5% da fortuna dos mais ricos do Mundo

Os maiores milionários perderam 1,57 biliões de euros em 2008. Segundo a revista Forbes, Américo Amorim e Joe Berardo estão entre os mais ricos. Belmiro de Azevedo saiu da lista.

Patrícia Susano Ferreira | pferreira@destak.pt

A grande maioria são homens, norte-americanos, casados e com idades acima dos 63 anos. Com fortunas milionárias, fazem parte da lista das 793 pessoas mais ricas do Mundo. No entanto, a crise também afectou estes homens e mulheres.

Isto porque o seu património conjunto passou de 3,46 biliões de euros para 1,89, menos 45,5%. Além disso, a lista elaborada pela Forbes encurtou-se para 793 nomes, em vez dos 1125 que a integravam em 2008.

Apesar de ter perdido 14 mil milhões de euros nos últimos 12 meses, Bill Gates conseguiu regressar à liderança, com um património avaliado em mais de 31 mil milhões de euros. A segunda posição passou a ser ocupada por um outro norte-americano, Warren Buffett, e a terceira por um mexicano.

Os portugueses também sofreram com a crise, contando este ano com apenas dois representantes. Américo Amorim conseguiu com os seus 2,5 mil milhões de euros ficar na 183ª posição e Joe Berardo com uma fortuna de 782 milhões ficou-se pelo 701º lugar. Recorde-se que, no ano passado, a lista integrava ainda Belmiro de Azevedo e Horácio Roque.

Com a mesma fortuna que o português Joe Berardo, o líder do cartel de droga de Sinaloa, no México, entrou este ano para o ranking. Guzmán Loera, conhecido como El Chapo, é considerado um dos maiores traficantes de cocaína dos EUA e é procurado pela polícia desde 2001.
Destak