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Riqueza nacional está a fugir para o estrangeiro desde 2000

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Riqueza nacional está a fugir para o estrangeiro desde 2000

por Açor3 » 13/3/2009 9:12

Riqueza nacional está a fugir para o estrangeiro desde 2000


RUDOLFO REBÊLO
Contas Nacionais. Rendimentos pagos ao exterior aumentam
A economia estagnou em 2008 e a riqueza do País em mãos nacionais também se manteve praticamente inalterada em relação a 2007, o que contraria os receios de muitos economistas, segundo os quais os dinheiros gerados em Portugal estão a ser massivamente deslocados para o exterior. No entanto, o rendimento que fica em Portugal representa apenas 95,7% da produção final (PIB), um dos valores mais baixos da zona euro, quando em 2007 representava 96% do PIB.

Muitos economistas, como o Presidente da República, Cavaco Silva, afirmam que "mais importante do que olhar para o PIB é olhar para o rendimento nacional". Ou seja, a parte do rendimento que fica no País. "O que interessa para melhorar o bem estar não é o crescimento do PIB, mas do rendimento nacional", descrevem alguns economistas.

A estagnação ou a quebra marginal do Rendimento Nacional Bruto (ou Produto Nacional Bruto ou, simplesmente Rendimento nacional), no ano passado, é explicado pelo aumento dos rendimentos do trabalho (salários, de empresas, como dividendos), juros de aplicações, como de depósitos de capital e obrigações, pagos pelos portugueses ao estrangeiro.

Com estas rúbricas - os economistas referem-nas como os rendimentos primários - no ano passado, Portugal recebeu mais 370 milhões de euros do que em 2007.

Mas, estragando as contas de 2008, Portugal também pagou ao estrangeiro mais 820 milhões de euros (de um total de 21,2 mil milhões de euros)- em salários, dividendos, em juros de obrigações e empréstimos. Este aumento é, em parte, justificado pela falta de poupanças internas. Isto leva a um crescente aumento do endividamento das famílias e empresas aos exterior.

É que a economia portuguesa (empresas, famílias e Estado) está há muitos anos a recorrer aos empréstimos externos para financiar o seu crescimento. É também por esta razão que muitos economistas se opõem à realização de grande projectos de obras públicas - sem retorno imediato - já que obriga à contratação de novos empréstimos o que, por sua vez, gera novos pagamentos de juros.

Desde o princípio da década (2000) que a parte da riqueza gerada no País e transferida para o exterior aumentou 2,3 vezes. No ano passado, a diferença entre os rendimento recebidos e pagos ao exterior aumentou 6,8% e chegou a um défice de sete mil milhões de euros, 4,2% do PIB. Um desequilíbrio que deverá aumentar nos próximos anos.|


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