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Caldeirão da Bolsa

"Bad bank" transforma o dinheiro dos contribuintes

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 9/3/2009 15:06

Leif Pagrotsky
Serão os "bad banks" uma boa ideia?
© Project Syndicate, 2008. www.project-syndicate.org

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A ideia de um "bad bank" parece estar a ganhar cada vez mais popularidade nos países onde os activos tóxicos paralisaram a concessão de crédito. O saneamento da banca sueca em inícios da década de 90 é frequentemente citado como um exemplo do quão bem sucedida pode ser esta ideia.


A ideia de um "bad bank" parece estar a ganhar cada vez mais popularidade nos países onde os activos tóxicos paralisaram a concessão de crédito. O saneamento da banca sueca em inícios da década de 90 é frequentemente citado como um exemplo do quão bem sucedida pode ser esta ideia. Mas as lições que, por vezes, são dadas com base na experiência sueca estão fundadas em pressupostos errados relativamente ao que de facto foi feito e à forma como o nosso sistema funcionou.

A iniciativa de criar um "bad bank" na Suécia não foi tomada pelos políticos, mas sim pela equipa de gestão do Nordbanken. Depois de anos e anos de má gestão e atribuição incauta de crédito, o banco foi a primeira grande vítima da queda do mercado das propriedades comerciais, em 1990.

O Nordbanken foi completamente nacionalizado e foi nomeada uma nova equipa de gestão para restaurar a viabilidade daquela entidade financeira. Mas rapidamente se percebeu que os gestores não dispunham de muito tempo para se focalizarem nas principais actividades bancárias do Nordbanken porque tinham de gerir uma enorme variedade de activos, que lhes pediam uma atenção desproporcionada. E a cada novo trimestre procedia-se a novas amortizações de activos, o que arruinou os esforços no sentido de restabelecer a reputação do banco e a moral dos seus colaboradores.

A solução radical foi separar todos os activos que não estavam ligados ao "core business" do banco e que se tratavam, essencialmente, de empresas do ramo imobiliário, mas também empresas dos sectores da transformação, construção e serviços.

O "bad bank" que foi criado para esse propósito, o Securum, precisou de uma avultada injecção de capital por parte do seu proprietário, o governo sueco. Mas depois disso, o Securum ganhou capacidade para contratar colaboradores qualificados, capazes de maximizar o valor dos activos quando os mercados recuperassem e capazes de dar ao banco a posição financeira necessária para esperar por essa recuperação. O resto do Nordbanken, agora conhecido como Nordea, acabou por se tornar no maior banco da Escandinávia.

Em contraste com a situação que se vive actualmente, os activos tóxicos eram, habitualmente, empresas inteiras e não títulos complexos. No entanto, tal como acontece com os actuais activos tóxicos, não havia mercado e um rápido desinvestimento teria despoletado uma queda dos preços, desvalorizando todos os activos da economia e resultando em mais falências de bancos.

Além disso, o que estava em causa não era ajudar os bancos privados a libertarem-se dos seus activos problemáticos. Quando grande parte dos restantes bancos suecos seguiram o exemplo do Nordbanken e criaram os seus próprios "bad banks", fizeram-no sem a participação do Estado. Mas isso só foi possível porque o governo sueco já possuía todos os activos, evitando assim a questão extremamente difícil de lhes fixar um preço.

Com um proprietário privado, as avultadas subvenções públicas teriam sido politicamente inaceitáveis. Teria sido necessário dar aos activos um preço bastante acima do seu valor de mercado, com os contribuintes a subsidiarem os anteriores proprietários falidos, ou então o banco privado não receberia qualquer espécie de ajuda. Assim sendo, criar um "bad bank" patrocinado pelo governo para activos privados é uma ideia muito má.

Em 1994, quando me tornei secretário de Estado dos Assuntos Financeiros no Ministério sueco das Finanças, a recuperação parecia estar já no horizonte, após a abolição da taxa de câmbio fixa, a consequente forte depreciação da coroa sueca e a redução das taxas de juro. O novo governo implementou um eficaz programa de grande envergadura para encerrar um défice orçamental de aproximadamente 12% do PIB.

Gradualmente, a confiança foi crescendo e os mercados financeiros começaram a funcionar de novo. À medida que foram surgindo oportunidades, começámos a reprivatizar os activos e em poucos anos o Securum foi encerrado. Observando em retrospectiva, estou convicto de que vendemos os seus activos demasiado depressa. Os contribuintes poderiam ter recuperado mais dinheiro dessas perdas se tivéssemos sido mais pacientes, já que os preços continuaram a subir durante bastante tempo. Mas o estigma do socialismo foi mais forte do que o instinto de ter lucro.

Estas são as lições da experiência sueca que parecem ser relevantes actualmente:

• Um "bad bank" pode ser um instrumento eficaz para a recuperação das perdas e para a revitalização dos bancos.
• Apesar de a experiência da Suécia estar ligada a títulos de empresas usadas como garantia de o crédito, em vez de obrigações ou instrumentos financeiros similares, é provável que esta situação surja actualmente em muitos países, à medida que a crise avança, que mais empresas vão à falência e que os bancos retiram do mercado as suas garantias e tomam posse dos títulos das empresas endividadas.
• As subvenções estatais para os "bad banks" privados, ou para "bad banks" públicos destinados a sanear os activos tóxicos dos bancos privados, são uma má forma de os contribuintes transferirem dinheiro para bancos em apuros quando comparada com as normais injecções de capital. Todos os subsídios devem ser transparentes e os "bad banks" público/privados não o são.
• É vital colocar nos "bad banks" gestores profissionais e experientes que não estejam ligados a quaisquer escândalos. Neste caso, a experiência sueca é encorajadora. Foi mais simples do que esperávamos a tarefa de recrutar bons profissionais para o Securum, porque trabalhar em prol do interesse público neste projecto pioneiro de um "bad bank" estatal foi entendido como um desafio único.
• O princípio orientador deve ser a maximização dos interesses económicos dos contribuintes e não as considerações de ordem política ou ideológica. O público não deve ter dúvidas quanto a isto, pois a sua confiança é primordial.



JN
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por Açor3 » 6/3/2009 9:20

Bancos centrais arriscam perdas de 10 mil milhões em activos "tóxicos"
Os bancos centrais da Zona Euro arriscam perder 10,3 mil milhões de euro devido à falência da Lehman Brothers, de três subsidiárias de bancos da Islândia e do holandês Indover.

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Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt


Os bancos centrais da Zona Euro arriscam perder 10,3 mil milhões de euro devido à falência da Lehman Brothers, de três subsidiárias de bancos da Islândia e do holandês Indover.



Estes bancos tinham pedido empréstimos neste montante aos bancos centrais do Luxemburgo, da Alemanha e da Holanda e entregue como garantia activos titularizados ("asset backed securities") que o BCE descreveu ontem como "de liquidez reduzida nas condições excepcionais de mercado", acrescentando que "alguns deles precisarão de ser reestruturados para permitir a sua recuperação eficiente".



Face ao risco de perdas, o sistema de bancos centrais do euro (eurosistema) irá criar provisões de 5,7 mil milhões de euros, anunciou ontem Jean-Claude Trichet durante a conferência de imprensa em que deu conta de uma nova descida dos juros (ver texto ao lado).



Para este valor, o Banco de Portugal (BdP) irá contribuir com uma provisão de 141 milhões de euros, revelou ao Negócios fonte oficial do banco central português.

A participação de Vítor Constâncio deve-se ao facto de o sistema de bancos centrais do euro prever a solidariedade nas perdas registadas nas operações de empréstimos, independentemente de onde os empréstimos foram contraídos.



JN
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por Açor3 » 25/2/2009 17:07

Bruxelas define princípios
Bancos intervencionados devem suportar uma parte "adequada" dos custos dos "bad banks"
A Comissão Europeia divulgou hoje um conjunto de princípios que deverá ser seguido por todos os Estados-membros da União Europeia que optem por avançar com bancos de activos tóxicos, os chamados "bad banks", para tentar "limpar" os balanços da banca e contribuir para uma mais rápida normalização do sector financeiro.

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Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt


A Comissão Europeia divulgou hoje um conjunto de princípios que deverá ser seguido por todos os Estados-membros da União Europeia que optem por avançar com bancos de activos tóxicos, os chamados “bad banks”, para tentar “limpar” os balanços da banca e contribuir para uma mais rápida normalização do sector financeiro. Bruxelas exige que os custos associados a estes expedientes – que, no pior dos cenários, poderiam corresponder a uma “socialização” das perdas das instituições financeiras – sejam “adequadamente” suportados pelos bancos intervencionados, deixando, porém, aos Estados-membros a escolha pelo modelo concreto de intervenção. “Já tomámos medidas importantes para a estabilização do sector, designadamente através de resgates e planos de recapitalização. Agora, precisamos de transparência, de abertura e de uma correcta avaliação dos activos tóxicos (aos quais estão associados perdas potenciais avultadas) para que possamos limpar os balanços dos bancos e atacar a raiz do problema de falta de confiança”, sublinha Neelie Kroes, comissária europeia responsável pela Concorrência.

Segundo explica a Comissão, estas linhas de orientação incorporam as recomendações do Banco Central Europeu e reflectem “intensas conversações” mantidas com os Estados-membros nos últimos dois meses.

Regras a cumprir1- Previamente a qualquer intervenção, os bancos têm de garantir total transparência sobre a amplitude das suas perdas potenciais associadas a activos tóxicos, ou seja, a activos que hoje não têm praticamente valor de mercado (e que decorrem, por exemplo, de aplicações que têm por base o mercado norte-americano de crédito imobiliário de alto risco, o “subprime”).2- Os activos passíveis de serem rotulados de “tóxicos” devem obedecer a uma definição comum na UE. 3- A avaliação ex-ante do seu valor deve ser realizada com base em princípios igualmente comuns, e ter por base o valor económico real (em vez do valor de mercado), a ser estabelecido por peritos independentes e certificado por supervisores do sector bancário.4- A Comissão Europeia terá de validar esse processo de avaliação dos activos. 5- O custo decorrente das perdas potenciais associadas aos activos tóxicos tem de ser “adequadamente repartido” entre accionistas, credores e Estado. O Estado deverá exigir ao banco intervencionado uma “remuneração adequada”, equivalente, pelo menos, à remuneração do capital público exigido à cobertura das perdas resultantes da avaliação dos activos com base no seu “valor económico real” .

6- Os mecanismos públicos de apoio deverão estar abertos por um período máximo de seis meses, durante os quais os bancos podem recorrer ao Estado para pedir ajuda na cobertura de perdas potenciais.7-Intervenções devem ser seguidas de processos de reestruturação “apropriados”, incluindo medidas para minorar efeitos de distorção da concorrência.8-O desenho concreto dos mecanismos de apoio – compra de activos, seguros, swaps, garantias ou modelos híbridos – será da responsabilidade de cada Estado-membro.9-Se as condições de base estiverem preenchidas, a Comissão aprovará estes “esquemas de apoio” por um prazo de vigência máximo de seis meses, e compromete-se a avaliar a viabilidade e os planos de reestruturação das instituições no prazo de três meses.

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por pedrom » 25/2/2009 15:49

pvg80713 Escreveu:isto é o género de coisa que sinceramente não entendo :


Diz George Soros
Euro pode não sobreviver à crise se não se criar um "bad bank"

...


Soros considera um erro a criação de um "bad bank" para absorver activos tóxicos
O investidor bilionário George Soros considera um erro em termos políticos e financeiros a criação de um bad bank para absorver activos tóxicos das instituições financeiras norte-americanas.







sinceramente. as duas afirmações foram copiadas de citações acima.


Não te rales pois é como a noticia que os bancos vão ter que suportar os custos com os bad banks!!!!

Se os lixo já é deles, e se são eles que vão ter que pagar os custos de tratamento desse lixo, para quê estar a criar estações de tratamento???

A resposta é simples: Para dar emprego a oliveiras, costas, rendeiros & companhis Lda. pois são os especialistas que temos para esse tipo de emprego!!!!

E o burro sou eu????? Definitivamente sou...........
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por pvg80713 » 25/2/2009 14:57

isto é o género de coisa que sinceramente não entendo :


Diz George Soros
Euro pode não sobreviver à crise se não se criar um "bad bank"

...


Soros considera um erro a criação de um "bad bank" para absorver activos tóxicos
O investidor bilionário George Soros considera um erro em termos políticos e financeiros a criação de um bad bank para absorver activos tóxicos das instituições financeiras norte-americanas.







sinceramente. as duas afirmações foram copiadas de citações acima.
 
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por Açor3 » 25/2/2009 14:52

Bancos intervencionados devem suportar uma parte "adequada" dos custos associados aos "bad banks"


25/02/2009


A Comissão Europeia divulgou hoje um conjunto de princípios que deverá ser seguido por todos os Estados-membros da União Europeia que optem por avançar com bancos de activos tóxicos, os chamados “bad banks”, para tentar “limpar” os balanços da banca e contribuir para uma mais rápida normalização do sector financeiro.

Bruxelas exige, porém, que os custos associados a estes expedientes – que, no pior dos cenários, poderiam corresponder a uma “socialização” das perdas das instituições financeiras – sejam “adequadamente” suportados pelos bancos intervencionados, deixando aos Estados-membros a escolha pelo modelo concreto de intervenção.

“Já tomámos medidas importantes para a estabilização do sector, designadamente através de resgates e planos de recapitalização. Agora, precisamos de transparência, de abertura e de uma correcta avaliação dos activos tóxicos (aos quais estão associados perdas potenciais avultadas) para que possamos limpar os balanços dos bancos e atacar a raiz do problema de falta de confiança”.

Segundo explica a Comissão, estas linhas de orientação incorporam recomendações do Banco Central Europeu e reflectem “intensas conversações” mantidas com os Estados-membros nos últimos dois meses.

Regras a cumprir

1 - Prévio a qualquer intervenção, bancos têm de garantir total transparência sobre a amplitude das suas perdas potenciais associadas a activos tóxicos, ou seja, a activos que hoje não tem praticamente valor de mercado (e que decorrem, por exemplo, de aplicações que têm por base o mercado norte-americano de crédito imobiliário de alto risco, o “subprime”).

2 - Os activos passível de ser rotulados de “tóxicos” devem obedecer a uma definição comum na UE.

3 - A avaliação ex-ante do seu valor deve ser realizada com base em princípios igualmente comuns, e ter por base o valor económico real (em vez do valor de mercado), a ser estabelecido por peritos independentes e certificado por supervisores do sector bancário.

4 - A Comissão Europeia terá de validar esse processo de avaliação dos activos

5 - O custo decorrente das perdas potenciais associadas aos activos tóxicos tem de ser “adequadamente repartido” entre accionistas, credores e Estado. O Estado deverá exigir ao banco intervencionado uma “remuneração adequada”, equivalente, pelo menos, à remuneração do capital público exigido à cobertura das perdas resultantes da avaliação dos activos com base no seu “valor económico real” .

6 - Mecanismos públicos deverão estar abertos por um período máximo de seis meses, durante os quais os bancos podem recorrer ao Estado para pedir ajuda na cobertura de perdas potenciais.

7 - Intervenções devem ser seguidas de processos de reestruturação “apropriados”, incluindo medidas para minorar efeitos de distorção da concorrência.

8 - O desenho concreto dos mecanismos de apoio – compra de activos, seguros, swaps, garantias ou modelos híbridos – será da responsabilidade de cada Estado-membro.

9 - Se as condições de base estiverem preenchidas, a Comissão aprovará estes “esquemas de apoio” por um prazo de vigência máxima de seis meses, e compromete-se a avaliar a viabilidade e os planos de reestruturação das instituições.




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por Açor3 » 14/2/2009 18:59

Finanças
Esta é «a solução mais simples entre as várias soluções técnicas»
FMI defende criação de «bad banks» para ajudar banca
2009/02/14 17:12Redacção / PGMAAAA
Director-geral quer estrutura que livre bancos dos activos tóxicos

O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirma que o maior problema que os Estados enfrentam actualmente é a reestruturação dos bancos, defendendo a criação de uma estrutura que livre a banca dos seus activos tóxicos.

«O problema a tratar, é realmente o da reestruturação do sector bancário», afirmou aos jornalistas, à margem da reunião do G7 em Roma.

Strauss-Khan foi questionado pelos jornalistas sobre o que pensava acerca da criação de «bad banks», estruturas bancárias para tomar os activos tóxicos dos outros bancos, de modo a reequilibrar os seus balanços. Na resposta, o líder do Fundo considerou que essa seria «a solução mais simples entre as várias soluções técnicas».

«Deve explicar-se que é preciso voltar a pôr de pé um sector financeiro que funcione, não certamente para salvar os accionistas», mas porque «a economia moderna precisa de um sector financeiro que funcione», disse.

«Isso só poderá voltar a acontecer depois dos balanços bancários estarem limpos. Os bancos que não são viáveis deverão ser tomados por outros ou encerrados», concluiu.


Lusa
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por Açor3 » 13/2/2009 16:56

Frederico Bastião
O casal de Bo Lundgren

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Fiquei um pouco surpreendido com as sugestões que têm sido feitas em vários países (Alemanha, EUA) e, recentemente, também pela Comissão Europeia, para a criação de "bad banks" - bancos do Estado que compram aos outros bancos os activos "tóxicos",


Fiquei um pouco surpreendido com as sugestões que têm sido feitas em vários países (Alemanha, EUA) e, recentemente, também pela Comissão Europeia, para a criação de "bad banks" - bancos do Estado que compram aos outros bancos os activos "tóxicos", isto é, activos destes bancos que não geram rendimento e portanto penalizam os seus balanços. Parece, à primeira vista, uma medida estranha e condenada ao fracasso: se vamos agarrar nos activos tóxicos dos bancos e isolá-los num único banco, que só teria esses activos, é um pouco como a mulher-a-dias que varre o lixo para debaixo do tapete - ele continua lá, não desaparece. E, mais grave, dá a possibilidade de aqueles a quem se limpou o balanço e não o sebo reiniciarem o ciclo e dedicarem-se aos activos tóxicos de novo. Portanto, "bad banks" talvez sim, "bad bankers" não. Por outro lado, quem quer comprar a um "bad bank" o que quer que seja? Se houvesse compra a fazer, já tinha sido feita ao banco propriamente dito, a menos que o Estado queira perder dinheiro, dos contribuintes, claro. Isto, sem falar de um pequeno detalhe: o Estado vai comprar estes activos tóxicos, a que preço? É que se são tóxicos, pode ser um negócio ruinoso para os ditos contribuintes.

Mas, estranho ou não, a verdade, verdadinha, meus queridos leitores, é que esta coisa dos "bad banks" já funcionou, como advogam os meus colegas chineses Hei Méne e Yu Káu, da Bad University of Beijinhus. Relembram-nos estes notáveis académicos que a Suécia, quando Bo Lundgren era ministro para os assuntos fiscais e financeiros, foram criados - com sucesso - dois "bad banks" para resolver a crise bancária e imobiliária de 1992. Mas já esta solução não funcionou bem no Japão, na crise de 1999 a 2005 - onde não houve nacionalizações e só foi criado um "bad bank". Conceberam assim o célebre teorema de Hei-Yu que nos diz que só o Estado deve ter "bad banks" e que para terem sucesso têm que ser dois - um não basta, dois é bom e três é de mais.

Vamos, portanto, esperar que sejam criados dois "bad banks" para que os problemas do sistema financeiro internacional possam ser ultrapassados e as economias possam recuperar, que coitadinhas bem precisam. Mas olhemos para isto numa perspectiva portuguesa, e tentemos tirar lições para o progresso do País. Porque não aplicar, meus queridos leitores, esta abordagem científica, válida e validada, a todos os nossos problemas?

Temos um problema no sector financeiro do País? O Estado cria dois "bad banks" e coloca aí todos os activos tóxicos que há nos nossos bancos. Temos uma crise imobiliária? O Estado cria duas "bad real estate societies" e concentra aí todos os activos imobiliários sem valor. Temos um problema no sector da educação? O Estado cria duas "bad schools", com más instalações, todos os maus alunos, que batem nos professores e chumbam, e os maus professores, que levam pancada e merecem. As empresas estão ficar insolventes? O Estado cria duas "bad holdings", onde concentra todas estas empresas, entretanto nacionalizadas. E assim sucessivamente.

Ficamos assim com um País com um sector privado altamente eficaz, com tudo o que é podre e não presta concentrado no Estado. Então, para resolver os problemas do País - todos, todinhos - é só tomar a medida final: acabar com o Estado.

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por pedrom » 11/2/2009 11:18

Açor3 Escreveu:Banca portuguesa
Teixeira dos Santos diz que banca não tem activos tóxicos
Luís Rego em Bruxelas
11/02/09 00:05


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Collapse Comunidade
Partilhe: O Ministro das Finanças afirma que a banca portuguesa não revela exposição aos activos tóxicos.

Quatro meses depois dos primeiros sinais de contágio de activos tóxicos na Europa, o ministro Teixeira dos Santos renovou ontem a garantia de que o sector da banca e seguros em Portugal não está sob perigo de ver repetidas as mesmas quebras provocadas por estes activos nos balanços de congéneres internacionais. "O sistema financeiro português não revela nenhuma exposição directa significativa aos activos tóxicos que estão na origem dos problemas financeiros graves que temos vindo a registar, nos EUA e na Europa" e, por isso, a situação não suscita "uma preocupação especial", afirmou à margem da reunião de ministros das finanças europeus em Bruxelas.


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Não tem???? O que é o BPN e o BPP?????

Ó teixeira tu sabes o que são activos toxicos???? Deves perceber tanto disso como eu!!!!
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por Açor3 » 11/2/2009 9:20

Banca portuguesa
Teixeira dos Santos diz que banca não tem activos tóxicos
Luís Rego em Bruxelas
11/02/09 00:05


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Collapse Comunidade
Partilhe: O Ministro das Finanças afirma que a banca portuguesa não revela exposição aos activos tóxicos.

Quatro meses depois dos primeiros sinais de contágio de activos tóxicos na Europa, o ministro Teixeira dos Santos renovou ontem a garantia de que o sector da banca e seguros em Portugal não está sob perigo de ver repetidas as mesmas quebras provocadas por estes activos nos balanços de congéneres internacionais. "O sistema financeiro português não revela nenhuma exposição directa significativa aos activos tóxicos que estão na origem dos problemas financeiros graves que temos vindo a registar, nos EUA e na Europa" e, por isso, a situação não suscita "uma preocupação especial", afirmou à margem da reunião de ministros das finanças europeus em Bruxelas.


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por Açor3 » 10/2/2009 17:35

Fundos para activos tóxicos podem chegar a um bilião de dólares nos EUA


10/02/2009


O secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, afirmou que o governo vai providenciar fundos para uma nova tentativa de combater os activos tóxicos da banca, podendo essa iniciativa ascender a um bilião de dólares.

“Estamos a explorar um leque de diferentes estruturas para este programa e vamos tentar obter ‘input’ por parte dos participantes de mercado e do público à medida que o formos delineando”, declarou Geithner hoje em Washington, citado pela Bloomberg.

“Consideramos que este programa poderá, em última instância, chegar a um bilião de dólares em capacidade de financiamento, mas pretendemos arrancar com ele numa escala de 500 milhões de dólares e expandi-lo com base naquilo que for funcionando”, acrescentou o secretário do Tesouro no dia em que o plano Obama de relançamento da economia foi apresentado.

Aquele responsável salientou ainda que, sem recurso ao crédito, as economias não podem crescer em pleno potencial. “Os mercados do crédito, essenciais para as pequenas empresas e para os consumidores, não estão a funcionar. Os custos dos empréstimos subiram drasticamente para os governos locais, para os estudantes que tentam pagar as suas propinas da universidade e para as empresas, grandes e pequenas”, disse Geithner, que considera esta situação uma das causadoras dos cortes de postos de trabalho anunciados por muitas empresas e que colocaram a taxa de desemprego dos EUA em Dezembro no nível mais alto dos últimos 16 anos.

“Em vez de catalizar a recuperação, o sistema financeiro está a trabalhar contra a recuperação. E, ao mesmo tempo, a recessão está a pressionar ainda mais os bancos. Esta é uma dinâmica perigosa e temos de a travar. É imprescindível que cada americano compreenda que a luta pelo relançamento económico deve ser travada em duas frentes. Temos de impulsionar a criação de empregos e o investimento privado, sendo necessário que se flexibiliz e de novo o crédito para as empresas e famílias”.

Na opinião de Geithner, sem uma retoma do crédito, a recessão será ainda mais profunda e duradoura, “provocando maiores danos às famílias e empresas de todo o país”.




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por Açor3 » 10/2/2009 17:09

Bancos devem coordenar estratégias para retirar activos tóxicos dos balanços


10/02/2009


O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Joaquin Almunia, defendeu que os bancos devem coordenar estratégias para retirar os activos tóxicos dos seus balanços. "São necessários princípios e linhas de orientação comuns para avaliar estes activos e saber quais os activos que devem considerados tóxicos", defendeu Almunia.

"Em alguns Estados-Membros a solução [para os activos tóxicos] pode passar pela criação de um 'bad bank'. Noutros, como é o caso do Reino Unido e da Holanda, existem outros mecanismos, como garantias sobre os activos ou mecanismo híbridos", referiu Almunia.

Para o Comissário Europeu é importante definir "os princípios e as linhas de orientação comuns para avaliar estes activos e saber quais activos que devem considerados tóxicos".

"Precisamos de prestar muita atenção à distribuição do risco. Vai ser necessária uma monitorização muito apertada", defendeu o responsável, em declarações feitas esta tarde em Bruxelas, onde decorre a reunião do Ecofin.

Almunia adiantou, ainda, que a Comissão Europeia vai publicar um "modelo claro para avaliar estes activos".

O ministro das Finanças checo, Miroslav Kalousek, defendeu uma "avaliação justa e transparente destes activos".

Já o responsável das Finanças alemão mostrou-se contra a criação de um "bad bank" que reúna os activos tóxicos dos bancos. Peer Steinbrueck mostrou-se, no entanto, favorável à criação de vários "bad bank" capitalizados, parcialmente, pelas instituições financeiras que os usarem.




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por Açor3 » 10/2/2009 11:54

Plano implica fundos públicos e privados
EUA pode comprar 388 mil milhões em activos tóxicos
2009/02/10 09:53Redacção / PGMAAAA
Reserva Federal também tem medidas na manga

O Governo norte-americano está a preparar o anúncio de medidas de resgate das instituições financeiras em dificuldades. Entre elas podem estar incentivos para que os investidores comprem os activos tóxicos e planos para evitar execuções hipotecárias.

De acordo com a imprensa internacional, que cita fontes próximas do processo, o plano faria parte da segunda tranche do pacote de medidas de resgate do sector financeiro, no valor de 700 mil milhões de dólares (543 mil milhões de euros), conhecido como Programa de Alívio de Activos Problemáticos (TARP, na sigla do inglês), que o Departamento do Tesouro pretende revelar esta terça-feira.

Os investidores privados podem cegar a comprar, de acordo com este plano, até 500 mil milhões de dólares (388 mil milhões de euros) em activos tóxicos.

Além disso, o plano abrange ainda um programa da Reserva Federal para controlar os empréstimos concedidos aos consumidores afectados pela crise hipotecária.

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por Açor3 » 9/2/2009 11:50

Comissário do euro diz que é preciso resolver o problema dos activos tóxicos na Europa


09/02/2009


Joaquin Almunia, comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários, voltou hoje a defender que é preciso encontrar uma solução para retirar os chamados “activos tóxicos” (ou de baixo valor) dos balanços dos bancos, de modo restabelecer alguma normalidade nos circuitos de crédito, sem a qual os esforços governamentais de reanimação da economia tenderão a cair em saco roto.

Num artigo de opinião publicado no “Wall Street Journal”, no dia em que os ministros europeus das Finanças se preparam para um encontro de dois dias em Bruxelas, Almunia escreve que “para garantir que o crédito – a “seiva” da actividade económica – volta a circular pelas artérias da economia, um consenso amplo está a formar-se no sentido de considerar que temos de resolver o problema dos activos tóxicos, que estão a pesar sobre os balanços dos bancos e a travar o retorno da confiança”.

Segundo explica, as “medidas de alívio” poderão tomar três formas distintas: a criação de um veículo em cada instituição financeira para o qual sejam transferidos os activos tóxicos; a criação pelas entidades públicas de um “bad bank”, que concentre a aquisição dos activos tóxicos de todo o sector (como está a ser pensado nos Estados Unidos); ou, por último, através do lançamento de um seguro estatal para proteger os bancos de perdas futuras relacionadas com os activos que hoje se considere terem nenhum, ou quase nenhum, valor de mercado.

No artigo de opinião, Almunia sublinha, porém, que, mais do que a escolha do modelo a ser seguido pelos países europeus, “o que importa, acima de tudo, é que cheguemos a acordo sobre que activos serão elegíveis e como estes deverão ser avaliados, de modo a minimizar os custos potenciais para os contribuintes e evitar distorções na concorrência”.





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por Açor3 » 6/2/2009 15:08

João Cândido da Silva
"Bad banks" e "bed banks"
joaosilva@negocios.pt

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Com muita boa vontade e alguma dose de credulidade, pode acreditar-se que o Banco de Portugal fez tudo o que estava ao seu alcance nas tarefas de supervisão sobre o BPN. Mas esta engrenagem tem alguma areia, porque as revelações que vão saindo das sessões de inquérito que decorrem na Assembleia da República apontam em sentido contrário.


Com muita boa vontade e alguma dose de credulidade, pode acreditar-se que o Banco de Portugal fez tudo o que estava ao seu alcance nas tarefas de supervisão sobre o BPN. Mas esta engrenagem tem alguma areia, porque as revelações que vão saindo das sessões de inquérito que decorrem na Assembleia da República apontam em sentido contrário.

No mínimo, aumentam a sensação de espanto pela facilidade com que se dissimularam operações que não estavam tão bem escondidas quanto se julgava. É o que parece ter sucedido com os movimentos realizados através do Banco Insular.

Ao contrário daquilo que o nome da instituição sugere, afinal não se tratava de um ilha isolada no arquipélago de desvios de fundos e investimentos ruinosos com que o BPN se foi mantendo à superfície. A acreditar nas declarações efectuadas por um assessor da administração que trabalhou no banco, entretanto nacionalizado, entre 1989 e 2006, o sistema informático do BPN permitia o lançamento de operações que envolviam aquele banco sediado em Cabo Verde.

Se a verdade anda por aqui, pode imaginar-se que, no mesmo momento em que os responsáveis do BPN garantiam ao Banco de Portugal não haver relações de propriedade entre o grupo financeiro e o Insular, alguém no interior da instituição poderia estar a concretizar operações que desmentiam aquela versão.

Esta possibilidade sugere que nem tudo estava assim tão longe da vista da supervisão. E que, em caso de dúvida, uma actuação mais acutilante do Banco de Portugal talvez tivesse deslindado alguns segredos antes de estes se tornarem demasiado onerosos para os contribuintes que, agora, vão pagar as contas.

A propósito dos activos tóxicos que estão espalhados pelos balanços do sector financeiro, a discussão do momento visa saber se a criação de "bad banks" é uma boa solução. O tema é importante, mas nunca é de mais recordar outro problema necessitado de atenção.

As instituições que dormiam a sono solto quando deviam vigiar os banqueiros que se entretinham a criar valor para si próprios à custa da propagação de vírus no sistema, também estiveram, por omissão, na origem da crise actual. Daqui se conclui que, sem uma reforma dos "bed banks", não haverá "bad banks" que valham aos depositantes e investidores.


As auto-estradas sem custos para os utilizadores são uma das ideias mais desastrosas entre as que vão pesar como um fardo sobre os ombros dos contribuintes. Agora e por diversas gerações. Os elevados encargos que geram num país com graves problemas de saúde nas finanças públicas já eram uma boa razão para terem sido arrumadas na gaveta assim que foram planeadas. Sucede que atrás de um problema, vem outro.

Numa das piruetas que já protagonizou desde que tomou posse, o actual Governo decidiu acabar com os almoços grátis em três concessões. Para isso, foi necessário engendrar um sistema de pagamento de portagens que vai incluir um "chip" que terá de ser instalado em todos os automóveis. Por dez euros, o alegre condutor terá mais um dispositivo a marcar-lhe o rasto onde quer que vá. O Estado restringe a privacidade e a liberdade individual e ainda lhe pede dinheiro por isso. É o "big brother" perfeito.

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por pedrom » 5/2/2009 21:40

Açor3 Escreveu:Jean-Claude Trichet
Decisão de "bad bank" cabe a cada Governo
O presidente do Banco Central Europeu defendeu hoje que a solução para lidar com os activos tóxicos não passa, necessariamente pela criação de um "bad bank" a nível trans-fronteiriço.

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Susana Domingos
sdomingos@negocios.pt


O presidente do Banco Central Europeu defendeu hoje que a solução para lidar com os activos tóxicos não passa, necessariamente pela criação de um "bad bank" a nível trans-fronteiriço.

A situação dos bancos é muito diferente de banco para banco e, por isso, não faria sentido haver uma resposta única por parte dos Governos para solucionar a questão dos activos tóxico, nos casos em que venha a ser necessário.

“Dentro do menu de hipóteses à disposição dos Governos, vemos a necessidade, em alguns casos, da utilização de novos instrumentos”, para além da recapitalização e das garantias concedidas pelos Governos para lidar com os activos tóxicos da banca.

Mas, defende, “não se pode generalizar a resposta. Porque há muitas diferenças de banco para banco”. Seja qual for a solução seguida, o que é essencial, segundo Trichet, é que os activos sejam avaliados ao “preço apropriado”.


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Como estamos en portugal prefiro chamar-lhe um "banco mau" para eu próprio perceber melhor do que estamos a falar!!!

Sendo assim nós já cá temos produto desse: BPN e BPP. Para quê criar mais???

O que podiam fazer era criar um bad bank à escala mundial mas toda a gente podia por para lá o que quisesse quando tivesse em dificuldades.....

Já agora será que num banco mau à escala europeia ou até mundial dava para por para lá o BPN, BPP, Freeport, quimonda, etc, etc???? :mrgreen:
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por Açor3 » 5/2/2009 19:47

Jean-Claude Trichet
Decisão de "bad bank" cabe a cada Governo
O presidente do Banco Central Europeu defendeu hoje que a solução para lidar com os activos tóxicos não passa, necessariamente pela criação de um "bad bank" a nível trans-fronteiriço.

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Susana Domingos
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O presidente do Banco Central Europeu defendeu hoje que a solução para lidar com os activos tóxicos não passa, necessariamente pela criação de um "bad bank" a nível trans-fronteiriço.

A situação dos bancos é muito diferente de banco para banco e, por isso, não faria sentido haver uma resposta única por parte dos Governos para solucionar a questão dos activos tóxico, nos casos em que venha a ser necessário.

“Dentro do menu de hipóteses à disposição dos Governos, vemos a necessidade, em alguns casos, da utilização de novos instrumentos”, para além da recapitalização e das garantias concedidas pelos Governos para lidar com os activos tóxicos da banca.

Mas, defende, “não se pode generalizar a resposta. Porque há muitas diferenças de banco para banco”. Seja qual for a solução seguida, o que é essencial, segundo Trichet, é que os activos sejam avaliados ao “preço apropriado”.


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por Açor3 » 5/2/2009 9:04

Crise global
Bancos tóxicos são solução ou apenas se varre o lixo para debaixo do tapete?
A crise económico-financeira não dá tréguas. O tempo passa e a desconfiança quanto à sobrevivência da banca mantém-se teimosamente de pedra e cal. Os Estados Unidos e a Europa lançam-se agora numa nova campanha para atacar a raiz do problema da banca - retirar dos balanços os activos tóxicos que continuam a minar a confiança no sistema financeiro.

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Susana Domingos
sdomingos@negocios.pt


A crise económico-financeira não dá tréguas. O tempo passa e a desconfiança quanto à sobrevivência da banca mantém-se teimosamente de pedra e cal. Os Estados Unidos e a Europa lançam-se agora numa nova campanha para atacar a raiz do problema da banca - retirar dos balanços os activos tóxicos que continuam a minar a confiança no sistema financeiro.

O tema é polémico, mas há um sentido cada vez mais premente da urgência de quebrar o ciclo vicioso de depreciação dos activos financeiros e da espiral de degradação económica, que ameaça perigosamente tornar-se numa crise social.

A ideia de criação de um banco que agregue os activos tóxicos espalhados pelas instituições financeiras, um "banco tóxico", - ideia que constava do plano Paulson, mas acabou por ser abandonada - volta a estar em cima da mesa, não só nos EUA como na Europa.

O Banco Central Europeu (BCE) já revelou que está a delinear as "linhas mestras" do conceito. Enquanto isso, o debate aquece, tanto no Reino Unido como na Alemanha, países que preparam o seu próprio modelo para limpar os balanços da banca e restabelecer a confiança na saúde do sistema financeiro.

Solução polémica

A criação de um banco que agregue activos tóxicos já foi testada no passado com sucesso. Mas as diferenças em relação à actualidade são enormes e poderão tornar um potencial sucesso num fracasso com custos elevadíssimos para os contribuintes. O problema reside em fixar o valor dar a activos que neste momento nada valem no mercado. Pelo menos nos EUA, a ideia é adquirir ao preço de "fair value".

Como se determina o "valor justo" de um activo que não tem valor? O perigo é que as autoridades adquiram os activos a um preço superior ao que serão, mais tarde, capazes de colocar no mercado, o que significa que o custo recairá sobre os contribuintes.

Por outro lado, em experiências anteriores, as instituições em apuros foram nacionalizadas, reavaliadas, recapitalizadas e, posteriormente, reprivatizadas. Na proposta que aparentemente está em cima da mesa, apenas se prevê que as autoridades fiquem com os activos sem valor, sem qualquer contrapartida em termos de tomada de capital.


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por Açor3 » 4/2/2009 14:58

Soros considera um erro a criação de um "bad bank" para absorver activos tóxicos
O investidor bilionário George Soros considera um erro em termos políticos e financeiros a criação de um bad bank para absorver activos tóxicos das instituições financeiras norte-americanas.

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Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt


O investidor bilionário George Soros considera um erro em termos políticos e financeiros a criação de um “bad bank” para absorver activos tóxicos das instituições financeiras norte-americanas.

De acordo com um comentário escrito no “Wall Street Journal”, citado pela Reuters, Soros considera que esta medida proposta pela administração de Obama vai levar a dificuldades em avaliar os activos tóxicos e gerar subsídios cobertos para os bancos afectados, gerando uma “tremenda resistência política a qualquer outro (resgate)”.

A criação de um bad bank foi proposta pelo governo dos EUA, como um meio para libertar os balanços das instituições dos activos tóxicos, e faz parte do plano de estímulos de 900 mil milhões de dólares proposto por Barack Obama para estimular a economia.

As instituições europeias têm debatido também o recurso a uma entidade semelhante na região, de modo a limpar os balanços das instituições financeiras.

Apesar de discordar da criação de um “bad bank”, Soros defende a colocação destes activos numa “bolsa ao lado”, onde o montante de capital apropriado possa ser isolado.

“O mesmo bilião de dólares que é agora destinado para financiar o bad bank poderá depois ser usado para injectar capital nos bons bancos”, realçou o conhecido investidor.


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por Açor3 » 3/2/2009 14:21

Por enquanto, não há nada a dizer", dizem Finanças
Em Portugal, as autoridades têm vindo a assegurar que os problemas dos bancos decorrem do disfuncionamento dos mercados financeiros e não de aplicações que corram o risco de se tornarem activos tóxicos.

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Eva Gaspar
egaspar@mediafin.pt


Em Portugal, as autoridades têm vindo a assegurar que os problemas dos bancos decorrem do disfuncionamento dos mercados financeiros e não de aplicações que corram o risco de se tornarem activos tóxicos.

Para já, o Governo pôs em marcha garantias estatais, até 20 mil milhões de euros, para facilitar a captação de recursos por parte dos bancos, e reservou quatro mil milhões de euros para eventuais injecções de capital, para reforçar os rácios de solvabilidade da banca nacional.

Mas, à semelhança do que está a suceder noutros países europeus, também Portugal poderá ver-se obrigado a permitir que os bancos criem veículos específicos para segregrar “activos tóxicos”. Confrontado a 3 de Fevereiro com essa possibilidade pelo Negócios, o Ministério das Finanças limitou-se, porém, a afirmar que “por enquanto, não há nada a dizer” sobre esta matéria.




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por Açor3 » 3/2/2009 14:19

"Bad banks": nova arma para a estabilizar do sector financeiro?
A crise persiste em não dar sinais de trégua, e, não obstante as maciças injecções de capital e garantias de Estado destinadas a normalizar os circuitos de crédito, o sector financeiro é dos que continua mais vulnerável. Neste contexto, os bad banks estão a surgir como uma derradeira tábua de salvação . Afinal, o que são, ou podem vir a ser?

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Eva Gaspar
egaspar@mediafin.pt


A crise persiste em não dar sinais de trégua, e, não obstante as maciças injecções de capital e garantias de Estado destinadas a normalizar os circuitos de crédito, o sector financeiro é dos que continua mais vulnerável – e agora também sujeito aos efeitos da crise na economia “real”, que tem gerado uma espiral de fecho de empresas e despedimentos.

Neste contexto, os “bad banks” estão a surgir como uma derradeira “tábua de salvação”. É mais um termo, à semelhança dos “activos tóxicos”, que não tem uma tradução óbvia para o português – “bancos maus”?, “bancos tóxicos”? – e que tão pouco corresponde a um modelo bem delineado de intervenção no sistema financeiro. Afinal, o que são, ou podem vir a ser, os “bad banks”?

Modelo bem sucedido na Suécia. E agora?

A Suécia, no decurso da crise bancária dos anos 90, testou com sucesso este expediente que, no fundo, consiste em retirar os activos desvalorizados dos balanços dos bancos.

O plano Paulson, nos Estados Unidos, começou também por avançar com a criação de uma agência pública para adquirir os “activos tóxicos”, com baixo ou mesmo nenhum valor de mercado, com o objectivo de permitir aos bancos “limpar” os seus balanços – o que, desejavelmente, os faria voltar a apresentar resultados positivos, retomar os fluxos de crédito, fazendo desencadear uma nova dinâmica de confiança num sector vital da economia global .

A tremenda dificuldade em estabelecer o que é um “activo tóxico” e, sobretudo, em avaliar o seu valor, acabou por travar o processo. A ideia foi agora recuperada pela Administração de Barack Obama e começa a fazer caminho na Europa.

Pela primeira vez, a 2 de Fevereiro, Joaquin Almunia, comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários, afirmou que a criação de agências públicas (como está a ser pensado nos EUA) ou de veículos dentro dos próprios bancos para segregar os “activos tóxicos” (como parece ser a preferência da Alemanha) pode ser “uma boa opção”, desde que funcionem de forma transparente e articulada, de modo a nãofalsear a concorrência na União Europeia.

Para evitar esse risco, a Comissão e o BCE confirmaram que estão a preparar um “conjunto de orientações” para “os chamados ‘badbank’ e garantias para riscos extremos”.

Os “bad banks” levantam, porém, muitas dúvidas, técnicas e éticas, já que se arriscam a distorcer a concorrência entre os bancos e a representar uma “socialização” das perdas das instituições financeiras. Joseph Stiglitz, Prémio Nobel da Economia, tem-se destacado pela crítica, asseverando que este expediente transformará dinheiro dos contribuintes em “lixo”.



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por Açor3 » 3/2/2009 13:17

Bancos privados alemães pretendem criar um "bad bank"


03/02/2009


Os bancos privados na Alemanha estão a trabalhar na criação do chamado "bad bank", um banco que compre os activos tóxicos do sistema financeiro ajudando a limpar os balanços das instituições, avança hoje o “Bild Zeitung”.

Segundo o mesmo jornal, a associação de bancos do país está a trabalhar arduamente para encontrar uma solução para apresentar nos próximos dias.

Os bancos alemães têm activos tóxicos de um máximo de um bilião de euros, revelou ainda o “Bild Zeitung”, citando especialistas não identificados.

O Governo alemão já recusou estabelecer um “bad bank” estatal.

Esta criação de um “bad bank” na Alemanha surge numa altura em que várias economias defendem a criação do mesmo, seguindo o exemplo proposto pela Administração de Barack Obama, que tem suscitado acesa controvérsia entre economistas e políticos.

O Banco Central Europeu (BCE) veio mesmo dizer ontem que está a preparar um conjunto de orientações para os países da Zona Euro que pretendem criar o chamado "bad bank".

“O BCE está a trabalhar em conjunto com a Comissão Europeia num conjunto de orientações apropriadas para quando os países europeus utilizem novos esquemas que estão actualmente em estudo, possivelmente o chamado ‘bad bank’ e garantias para riscos extremos”, disse um porta-voz do banco central, em comunicado.

Também ontem, o comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos, Joaquin Almunia, mostrou-se favorável à criação nos países europeus de agências públicas destinadas a adquirir dos bancos os activos com baixo ou mesmo nenhum valor (os chamados activos tóxicos).

Já o primeiro-ministro chinês defendeu ontem de manhã que todos os países desenvolvidos deverão criar “bad banks”, para drenar do sistema financeiro os activos tóxicos, e avançar, em simultâneo, com novas medidas de estímulo “fortes e eficazes” à actividade económica e ao emprego.




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por Açor3 » 2/2/2009 14:14

BCE define linhas orientadoras para "bad bank" europeu
O Banco Central Europeu (BCE) está a preparar um conjunto de orientações para os países da Zona Euro que pretendem criar o chamado "bad bank", um banco que compre os activos tóxicos do sistema financeiro ajudando a limpar os balanços das instituições.

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Maria João Soares
mjsoares@mediafin.pt


O Banco Central Europeu (BCE) está a preparar um conjunto de orientações para os países da Zona Euro que pretendem criar o chamado "bad bank", um banco que compre os activos tóxicos do sistema financeiro ajudando a limpar os balanços das instituições.

“O BCE está a trabalhar em conjunto com a Comissão Europeia num conjunto de orientações apropriadas para quando os países europeus utilizem novos esquemas que estão actualmente em estudo, possivelmente o chamado ‘bad bank’ e garantias para riscos extremos”, disse um porta-voz do banco central, em comunicado.

Alguns países europeus têm defendido a criação na Europa de “bad banks”, ou bancos tóxicos, seguindo o exemplo proposto pela Administração de Barack Obama, que tem suscitado acesa controvérsia entre economistas e políticos.

Ainda hoje o comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos mostrou-se favorável à criação nos países europeus de agências públicas destinadas a adquirir dos bancos os activos com baixo ou mesmo nenhum valor.



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por Açor3 » 2/2/2009 11:29

Almunia diz que "bad bank" pode ser boa solução


02/02/2009


O comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos mostrou-se hoje favorável à criação nos países europeus de agências públicas destinadas a adquirir dos bancos os activos com baixo ou mesmo nenhum valor (os chamados activos tóxicos).

Segundo Joaquin Almunia, que falava numa conferência em Madrid, há exemplos “bem sucedidos” em crises passadas, mas é preciso que estes “bad banks” – bancos públicos responsáveis pela gestão dos activos tóxicos drenados do sistema financeiro – funcionem de forma transparente e articulada no seio da União Europeia, de modo a não gerar situações de falseamento da concorrência.

A criação na Europa de “bad banks”, ou bancos tóxicos, segue o exemplo proposto pela Administração de Barack Obama, que tem suscitado acesa controvérsia entre economistas e políticos.

Joseph Stiglitz, prémio Nobel da Economia, diz que este será um instrumento que transformará o dinheiro dos contribuintes em "lixo".




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por Açor3 » 1/2/2009 10:44

Diz George Soros
Euro pode não sobreviver à crise se não se criar um "bad bank"
A existência do euro poderá estar em perigo, caso a União Europeia (UE) não dê passos firmes para retirar do mercado os activos considerados tóxicos, afirmou o investidor multimilionário George Soros em Davos.

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Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt


A existência do euro poderá estar em perigo, caso a União Europeia (UE) não dê passos firmes para retirar do mercado os activos considerados tóxicos, afirmou o investidor multimilionário George Soros em Davos.

Se a UE não participar nos planos para retirar activos tóxicos, colocando-os num "bad bank" (banco que compra crédito malparado, à semelhança do que Obama propôs nos EUA), "o euro pode não sobreviver a esta crise", declarou Soros em entrevista ao jornal austríaco "Der Standard" concedida em Davos, citado pelo "El Economista".

"Existem grandes problemas a nível internacional. Os programas de estímulo conjuntural não são suficientes", defendeu o investidor, que há um ano afirmou que a crise era muito mais profunda do que se pensava.

George Soros, que ganhou mil milhões de dólares a apostar na queda da libra em 1992 (sendo conhecido como o homem que bateu o Banco de Inglaterra), salientou que será precisa "uma espécie de acordo sobre o capital malparado, de modo a que o fardo seja partilhado entre todos e que cada país seja parte presente". Se assim não for, mais países irão sofrer, garantiu.

Na opinião deste investidor, que nasceu na Hungria e depois nacionalizou-se americano, há também que delinear "um plano de resgate à escala mundial" para ajudar os países em desenvolvimento, que estão a sofrer os efeitos da crise financeira.

Jim Rogers diz que euro desaparecerá nos próximos 20 anos

Recorde-se que há dois meses o investidor Jim Rogers, presidente da Rogers Holdings e que co-fundou o Fundo Quantum com George Soros, disse que o euro deixará de existir no prazo de 20 anos, uma vez que os políticos vão começar a culpar a moeda única pelos problemas nos seus países.

"A moeda europeia não vai além dos próximos 15 a 20 anos”" afirmou Rogers num encontro de investidores organizado pelo ABN Amro, citado pela Bloomberg. "Infelizmente, o euro tornou-se uma moeda política em vez de uma moeda económica", referiu, acrescentando que "nunca nenhuma moeda de uma união sobreviveu".

De acordo com este investidor, que em Abril de 2006 previu – correctamente – que o preço do ouro ascenderia aos mil dólares por onça, a moeda única da Zona Euro é um bom conceito. No entanto, segundo Rogers, os políticos estão a começar a culpar o euro pelos seus problemas e poderão começar a sair da Eurolândia ou a pedirem concessões a Bruxelas.


IOL
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