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Caldeirão da Bolsa

Os Mercados Não Perdoam

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 3/3/2009 12:30

Receios com recessão atiram bolsas europeias para mínimos de 1996


03/03/2009


As bolsas europeias estão em queda e negociar em mínimos de Novembro de 1996, perante o acentuar de que a recessão a nível mundial está a acentuar-se. O Stoxx50 depreciava 0,71% para os 1.659,01 pontos.

Os índices do Velho Continente seguem, assim, a tendência de perdas já registada pelas praças asiáticas, depois dos índices norte-americanos terem ontem afundado para novos mínimos de 11 anos.

Entre os índices que mais perdem estão o britânico FTSE, que desliza 1,41% para os 3.574,76 pontos, e o holandês AEX, que desliza 1,17% para os 206,39 pontos.

O sector da banca e o financeiro são os que mais contribuem para a tendência das bolsas com quedas de 2,46% e de 3,19%, respectivamente.

O HSBC Holdings, que afundou ontem mais de 18% depois de ter anunciado que pretende aumentar capital em 12,5 mil milhões de libras (14,1 mil milhões de euros), volta hoje a perder 2,44% para os 389,25 pence.

O BBVA escorrega 1,90% para os 5,15 euros, o Santander deprecia 1,11% para os 4,45 euros e o BNP Paribas desvaloriza 0,66% para os 23,4 euros.

A excepção vai para o UBS, que avança 2,13% para os 10,09 euros, depois do Citigroup ter revisto em alta a recomendação para as suas acções de “manter” para “comprar”.

A pressionar está também a farmacêutica Bayer no dia em que registou lucros no quarto trimestre que falharam as estimativas dos analistas, depois de ter tido um prejuízo operacional na sua unidade de químicos que eliminou os ganhos na divisão de Saúde. A farmacêutica, que está a perder 3,08% para os 35,57 euros, espera que as vendas baixem em 2009.




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Os Mercados Não Perdoam

por Açor3 » 3/3/2009 12:28

Os mercados não perdoam
03/03/09 00:10 | Francisco Ferreira da Silva


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Partilhe: A crise teima em manter-se e cada vez é mais difícil vislumbrar quando poderá acabar. Os mercados de capitais, considerados barómetros das economias, continuam a cair, mesmo depois de diversos analistas e organismos financeiros dizerem que já bateu no fundo.

Ontem viveu-se um verdadeiro clima de pânico nas principais bolsas europeias, com quedas entre 3,5%, na Alemanha, e 5,3%, em Londres. Em Lisboa, o PSI-20 fechou a cair 2,16%. Também o índice da Bolsa de Nova Iorque ficou abaixo dos 7.000 pontos, o que já não acontecia desde 1997. Em Espanha, o Ibex 35 caiu para mínimos de 2003.

Tudo por causa dos indicadores económicos adversos e das más notícias do sector financeiro. Em especial os prejuízos da seguradora norte-americana AIG, da ordem dos 100 mil milhões de dólares (80 mil milhões de euros), motivando uma nova ajuda do Estado norte-americano de 30 mil milhões de dólares. Também a quebra de 70% nos lucros do HSBC, o maior banco europeu, e o anúncio do aumento de capital de 14,1 mil milhões de euros, veio alimentar o medo nos mercados.

O sector financeiro ainda não tinha recuperado do aumento das participações do Estado britânico no Royal Bank of Scotland e no Lloyds. Isto enquanto, nos EUA, as opiniões oscilavam entre a nacionalização da banca (defendida pelo mais recente Prémio Nobel de Economia, Paul Krugman) e a continuação da ajuda à banca (suportada pelo presidente da Reserva Federal). Ben Bernanke afirmou que é preciso estabilizar a banca para depois vir o crescimento. Ben Bernanke garantiu que os grandes bancos dos EUA não são ‘zombies' - designação dada aos bancos que só sobrevivem graças à ajuda do Estado.

Uma situação que veio tornar mais actuais as conclusões do relatório da comissão independente chefiada por Jacques de Larosière, antigo presidente do FMI, que aconselha uma supervisão pan-europeia coordenada pelo Banco Central Europeu, ou seja pouco menos que uma supervisão centralizada a nível europeu. Larosière aponta o dedo a uma supervisão europeia "demasiado fragmentada" e reclama uma maior transparência e coordenação de esforços. Entre as soluções para os problemas da banca europeia, Larosière indica a criação de um ‘bad bank' para acolher os activos tóxicos da banca.

Em Portugal, os bancos passam um pouco ao lado desta situação, na medida em que, excepção feita ao BPN (por razões que não se prendem com a crise) e ao BPP, não têm problemas semelhantes aos que foram identificados a nível internacional. Exemplo disso é o facto de a linha de apoio à recapitalização da banca, no valor de 4.000 milhões de euros, não ter sido ainda utilizada. Por isso, mais do que serem atingidos pelas causas, os bancos (e as empresas) nacionais têm sido penalizados pelas consequências da situação internacional. Só que, quando a dúvida e o medo se instalam, os mercados não perdoam.


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