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Caldeirão da Bolsa

Todos os Produtos Financeiros e Mercados Regulados

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 23/2/2009 9:23

Tobias Schwarz/REUTERS

Berlim é uma etapa importante entre as cimeiras do G20 de Washington e Londres, disse Sarkozy a Merkel







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Os seis maiores países da UE afinam posições para cimeira do G20
Líderes europeus reunidos em Berlim apertam o cerco a fundos especulativos e paraísos fiscais
22.02.2009 - 20h27 Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
Os maiores países da União Europeia (UE) insistiram hoje na sua determinação de concretizar uma grande reforma do sistema financeiro internacional, para evitar uma repetição da actual crise, insistindo na regulação dos fundos especulativos e na penalização dos paraísos fiscais.

Esta posição foi assumida pelos líderes da França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha e Holanda, os seis países europeus do G20 (que reúne os países mais ricos e as principais economias emergentes), num encontro em Berlim para preparar a posição europeia para a cimeira deste fórum, a 2 de Abril, em Londres.

“Voltámos a sublinhar a convicção de que todos os mercados financeiros, produtos e participantes devem ser sujeitos a vigilância ou regulação, sem excepção e independentemente do país de origem”, afirmam os Seis nas conclusões do encontro, que contou com a presidência checa da UE e os presidentes do Eurogrupo, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.

Esta necessidade de regulação é urgente para os hedge funds, ou fundos especulativos, “que podem ser um risco sistémico”, e para as agências de notação de risco, afirmam. Os Seis defendem ainda a instituição, “o mais depressa possível”, de uma lista de sanções contra os paraísos fiscais.

Este cerco a alguns dos sectores mais opacos do sistema financeiro, acusados de terem alimentado e agravado a crise financeira, resulta da aproximação de posições dos Seis e, sobretudo, uma alteração da hesitação inicial do Reino Unido face à regulação dos fundos especulativos.

Por iniciativa europeia, a primeira cimeira do G20 foi a 15 de Novembro, em Washington, e definiu 47 áreas de reforma do sistema financeiro a concretizar em Abril.“Berlim é uma etapa importante entre Washington e Londres”, afirmou o Presidente francês, Nicolas Sarkozy. “Em Londres não se tomarão medidas superficiais, mas estruturais”.

Angela Merkel, chanceler alemã que presidiu à cimeira, disse que os Seis acordaram “apoiar a duplicação dos recursos [financeiros] do Fundo Monetário Internacional”, para 500 mil milhões de euros. Isto, para lhe permitir “não apenas gerir as crises mas evitá-las”, precisou Gordon Brown, primeiro- ministro britânico.

Outro tema de preocupação ontem teve a ver com a necessidade de evitar que os planos nacionais contra a recessão — sobretudo as ajudas ao sector automóvel em França, Espanha, Itália e Estados Unidos — se transformem em exercícios proteccionistas, prejudiciais aos parceiros comerciais. os Seis assumem o compromisso de aplicar os seus planos de uma forma que “limite as distorções de concorrência ao mínimo absoluto”.


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por Branc0 » 23/2/2009 2:26

O primeiro ponto diz tudo: "mecanismos anti-ciclicos". Esta gente continua a achar que se pode legislar a prosperidade ou imprimir riqueza.
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por Expat » 22/2/2009 19:38

Com tanta transparencia + a UBS a dar os nomes dos clientes americanos , sera desta que o franco suico vem por ai abaixo ? com a galinha dos ovos de oiro a perder brilho.

Abraco
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Todos os Produtos Financeiros e Mercados Regulados

por Açor3 » 22/2/2009 19:31

Crise financeira
Europeus querem todos os produtos e mercados regulados
Os líderes europeus do Grupo dos 20 reunidos em Berlim concordaram que é preciso reforçar a regulação do sistema financeiro, de forma a prevenir futuras crises como a que se está a viver. Nenhum mercado nem produto financeiro pode ficar fora de controlo das autoridades, afirmaram.

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Jornal de Negócios com Bloomberg


Os líderes europeus do Grupo dos 20 reunidos em Berlim concordaram que é preciso reforçar a regulação do sistema financeiro, de forma a prevenir futuras crises como a que se está a viver. Nenhum mercado nem produto financeiro pode ficar fora de controlo das autoridades, afirmaram.

“Todos os mercados financeiros, produtos e participantes – incluindo os ‘hedge funds’ e outro tipo de grupos de investidores que possam constituir um risco para o sistema – têm de estar apropriadamente regulados e supervisionados”, afirmaram num comunicado conjunto, citado pela Bloomberg, os líderes europeus representados no Grupo dos 20 mais a Espanha e a Holanda.

São necessárias actuações “claras e concretas” para restabelecer a confiança nos mercados financeiros, declaram. Outras medidas que propõem passam pela actuação anti-cíclica sobre os capitais dos bancos e por iniciativas que tornem mais transparente a actuação dos paraísos fiscais.

A cimeira foi convocada pela chanceler alemã Angela Merkel no sentido de preparar uma posição que fosse apresentada no encontro da Primavera a 27 que decorrerá no próximo fim de semana de forma a preparar a reunião do Grupo dos 20 agendada para 2 de Abril em Londres. Este será um encontro onde estará o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, naquela que será a sua primeira visita à Europa.

Em Berlin estão os líderes da Alemanha, Angela Merkel, da França, Nicolas Sarkozy, de Itália, Sílvio Berlusconi, e do Reino Unido, Gordon Brown. Além disso participaram a Espanha e a Holanda – por terem exigido no passado fazer parte deste debate de redesenho do sistema financeiro –, a República Checa que preside neste momento à União e o Luxemburgo. Nas reuniões participaram ainda os ministros das Finanças, o presidente da Comissão Europeia, presidente do BCE, Jean-Claude Trichet e os governadores dos bancos centrais.


Um documento elaborado pelo ministro das Finanças alemão e divulgado pela agência noticiosa Reuters foi a base de trabalho do encontro:

1. Transparência e responsabilização- Os países europeus devem promover a constituição de mecanismos anti-ciclicos como o aumento das provisões e almofadas de capital nos tempos de crescimento.- A Europa deve apoiar a reforma de governo das sociedades no quadro das IAS (International Accounting Standard) para assegurar uma maior responsabilização do sistema financeiro.

2. Aprofundar a Regulação- Devem submeter-se à regulação todas as entidades com importância a operar nos mercados financeiros.- Os ‘hedge funds’ [fundos de investimento fechados que em regra usam elevados financiamentos bancários ] devem passar a ser responsabilizados pelas autoridades de supervisão e/ou autoridades de mercado. Os ‘hedge fund’ devem passara ser registados e devem ser obrigados a fornecer dados estruturais para que seja possível conhecer essa indústria e avaliar o seu risco sistémico. Devem ser melhoradas e harmonizadas as regras de transparência, fornecimento de informação relativamente a investidores, contrapartes e autoridades de regulação.- As agências de ‘rating’ devem ser registadas e supervisionadas para além da auto-regulação.

3. Promover a integridade dos mercados financeiros
- As políticas de remuneração dos executivos e dos decisores nos mercados financeiros devem ter como objectivo evitar a tomada de riscos excessivos e a concentração nos objectivos de curto prazo
- Devem ser adoptadas medidas concretas contra jurisdições não transparentes e não cooperantes [os paraísos fiscais ou ‘off shores’] no domínio da supervisão prudencial, do combate á lavagem de dinheiro, ao terrorismo e à evasão fiscal. O Grupo dos 20 é estimulado a adoptar medidas concretas contra estas jurisdições

4. Reforçar a cooperação internacional- A eficácia dos colégios de supervisores é a chave para a supervisão de instituições financeiras globalizadas. É necessário fazer progressos mais rápidos na concretização e eficácia desses colégios, por exemplo através do aprofundamentos dos acordos de troca de informação.

5. Reforma das Instituições Financeiras InternacionaisOs países membros concordam com a necessidade de aumentar de imediato os recursos do FMI.No que diz respeito aos riscos financeiros globais, o FMI e o Fórum de estabilidade Financeira devem desenvolver e reforçar a sua cooperação de forma a construir mecanismos eficazes de alerta precoce.

JN
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