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Caldeirão da Bolsa

Como funcionam os novos certificados de reforma do Estado

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

The Time-Bomb

por C.N. » 18/2/2009 10:56

...Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social, organismo público...


Gostava de salientar o ponto acima. Na verdade, em caso de crise economica, o estado (seja ele de que cor politica for) nao vai ter pejo em nao distribuir o dinheiro ou parte dele, invocando os interesses nacionais e as vantages fiscais que quem aderiu teve ao longo dos anos.

Nao faz sentido para um individuo ter mais dinheiro sobre o controlo do estado do que aquele que ja tem agora (os descontos obrigatorios para a reforma). Nao e preciso ter muito IQ/EQ para se perceber que o sistema portugues (e tantos outros) de reforma estatal e um sistema de piramide, e que a piramide esta a chegar ao fim. Quem comecou a descontar agora nao vai ver nenhum ou quase nenhum guilho quando chegar a reforma, por isso e melhor nao dar mais ao estado e usar os privados. Escrevi um artigo sobre isso mesmo a uns tempos.

Na UK ja nao passa pela cabeca de ninguem dar dinheiro ao estado para guardar.

Abraco

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por Açor3 » 18/2/2009 9:43

Queda das taxas de juro dita fuga dos certificados de aforro em Janeiro


18/02/2009


Os resgates voltaram a superar as novas subscrições dos certificados de aforro, no mês de Janeiro, depois de dois meses em que este produto de poupança do Estado apresentou saldos líquidos positivos. A fuga reflecte a redução acentuada da rendibilidade dos certificados, já que em Janeiro a taxa foi a mais baixa de sempre da nova Série C.

De acordo com o boletim mensal do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), publicado ontem, os portugueses aplicaram, em Janeiro, 111 milhões de euros nestes instrumentos de gestão pública. Contudo, retiraram 119 milhões de euros, o que representa um saldo mensal negativo de oito milhões de euros.

Em Novembro e Dezembro verificou-se uma inversão na tendência desde a introdução da Série C, com as subscrições a superarem os resgates em três e dois milhões de euros, respectivamente. Só em Janeiro, o saldo líquido foi negativo em oito milhões, anulando o desempenho positivo dos dois últimos meses de 2008.

No total, considerando só a nova Série C, os portugueses retiraram 2.266 milhões de euros dos certificados de aforro, contra 1.269 milhões de euros aplicados, o que resulta numa fuga de 997 milhões de euros deste produto de poupança em cerca de um ano. Um reflexo das alterações introduzidas, que tornaram os certificados menos atractivos.

A fuga em Janeiro reflecte a reduzida rendibilidade apresentada pelos certificados. A forte queda das Euribor, ajustando aos corte de juros do Banco Central Europeu (BCE), levou a que a taxa oferecida aos novos subscritores fosse a mais baixa desde a introdução da Série C. Fixou-se nos 2,426%.

Antecipa-se uma manutenção da fuga dos investidores deste produto de poupança do Estado, neste mês de Fevereiro. Isto porque a taxa oferecida para as subscrições efectuadas este mês desceu para 1,736%, brutos. Com a continuação da queda da Euribor a três, que está já em mínimos históricos, a taxa para Março será ainda mais reduzida.




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por jacfs07 » 19/11/2008 11:04

Já agora, se alguém me puder indicar, quais os pontos em que se deve ter em atenção na escolha de um PPR? E quais os melhores PPR's ?
Obrigado
 
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por americo » 18/11/2008 22:38

Só para informar a quem possa interessar que estes PPR's do Estado não são penhoráveis, o que pode ser bastante interessante para alguem que corra o risco de falência.

Cumptos,
 
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por LTCM » 18/11/2008 20:46

jacfs07 Escreveu:Para isso era necessário que eu soubesse o que é um ETF.....


talvez isto: http://www.euronext.com/landing/equitiesOP-1825-PT.html

e o google ajudem.
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por jacfs07 » 18/11/2008 19:13

Para isso era necessário que eu soubesse o que é um ETF.....
 
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por LTCM » 18/11/2008 19:04

jacfs07 Escreveu:Obrigado pela resposta.
Este foi o primeiro resultado da pesquisa que falava do que eu queria....não encontrei nenhum mais recente.
O meu objectivo também é esse, ir fazendo um pé-de-meia...até porque valores na ordem dos 20 ou 40€ por mês é quase uma insignificancia.

Já agora uma outra questão: é possivel subscrever outros planos de reforma ou mesmo tempo?


Julgo, com algum grau de certeza, que com 1 portefolio básico de ETF's és capaz de fazer melhor por conta própria, isto num horizonte de 25-30 anos.

P.S. Podes subscrever quantos planos de reforma quiseres.
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por jacfs07 » 18/11/2008 18:15

Obrigado pela resposta.
Este foi o primeiro resultado da pesquisa que falava do que eu queria....não encontrei nenhum mais recente.
O meu objectivo também é esse, ir fazendo um pé-de-meia...até porque valores na ordem dos 20 ou 40€ por mês é quase uma insignificancia.

Já agora uma outra questão: é possivel subscrever outros planos de reforma ou mesmo tempo?
 
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por whitebala » 18/11/2008 18:02

jacfs07 Escreveu:O que acham desta solução de poupança?


Olá

Pela tua paciência em ir buscar um topico de 2007 acho que mereces uma resposta :wink:

Eu subscrevi. Espero ter o capital garantido :twisted: . Quanto à rentabilidade este ano será de aprox 3.7%. Com a dedução fiscal em cima é realmente um produto interessante para ir fazendo "pé-de-meia"

sds
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por jacfs07 » 18/11/2008 17:13

O que acham desta solução de poupança?
 
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por acintra » 11/12/2007 10:05

Reforma
Pôr 4% do salário no PPR público pode render até 400 euros mensais
A partir do próximo ano já vai ser possível descontar parte do ordenado para os novos Certificados de Reforma, conhecidos como PPR do Estado. As regras destes novos produtos, apresentadas sexta-feira pelo Governo, permitem três opções de escolha: descontar 2%, 4% ou 6% (o último só para trabalhadores a partir dos 50 anos) sobre o vencimento bruto.

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André Veríssimo
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Patrícia Silva Dias
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A partir do próximo ano já vai ser possível descontar parte do ordenado para os novos Certificados de Reforma, conhecidos como PPR do Estado. As regras destes novos produtos, apresentadas sexta-feira pelo Governo, permitem três opções de escolha: descontar 2%, 4% ou 6% (o último só para trabalhadores a partir dos 50 anos) sobre o vencimento bruto.

Da modalidade escolhida dependerá, naturalmente, o rendimento que se venha a ter após a reforma. O Jornal de Negócios fez as contas e, assumindo a rentabilidade média de 5,8% do Fundo de Capitalização da Segurança Social nos últimos cinco anos, verifica-se que a subscrição de um PPR público permite chegar à reforma com um máximo de 74.752 euros, por cada mil euros de salário bruto. O que quer dizer que quem descontar 40 euros todos os meses, poderá contar na reforma com uma renda mensal de 415,29 euros, além da pensão paga pelo Estado.

Este é o valor mais alto da simulação utilizada, que pressupõe além de um ordenado base de 1.000 euros, que se comece a descontar para o PPR logo a partir dos 25 anos, e que o faça com a dedução máxima permitida para essa idade, que é de 4% sobre o vencimento.

O rendimento de 74.752 euros é ainda calculado com base na rentabilidade média do Fundo de Capitalização da Segurança Social, gerido pelo Estado, o qual nos últimos cinco anos valorizou 5,8%. Isto porque o PPR do Estado será gerido pela mesmo instituto público. Além disso, não foi descontada à rendibilidade a taxa de inflação, uma vez que se assume o ajuste do vencimento mensal àquela taxa durante a restante vida activa.
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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por acintra » 11/12/2007 9:59

Poupança
PPR do Estado só dão benefício fiscal máximo aos 3% mais ricos
Tal como os PPR privados, os "primos" que o Estado vai disponibilizar a partir do próximo ano permitem deduzir parte dos montantes entregues na factura de IRS. O Governo definiu que pode ser deduzido 20% do montante investido nos PPR públicos, até ao máximo de 350 euros. Mas porque o investimento é uma percentagem do salário, só os contribuintes mais abastados podem ambicionar receber aquele montante.

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Tal como os PPR privados, os "primos" que o Estado vai disponibilizar a partir do próximo ano permitem deduzir parte dos montantes entregues na factura de IRS. O Governo definiu que pode ser deduzido 20% do montante investido nos PPR públicos, até ao máximo de 350 euros. Mas porque o investimento é uma percentagem do salário, só os contribuintes mais abastados podem ambicionar receber aquele montante.

Os novos PPR obrigam a um desconto fixo mensal sobre o salário bruto, que pode ser de 2% ou 4%, subindo para os 6% se tiver mais de 50 anos. Ora quem decida deduzir mensalmente o mínimo de 2% para o novo instrumento complementar de poupança para a reforma, tem de ganhar 7.292 euros brutos para conseguir o benefício fiscal máximo. O que equivale a 87.500 euros anuais.
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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por acintra » 10/12/2007 18:16

Entrevista a Pedro Marques, secretário de Estado da Segurança Social 2007-12-10 00:05
“Espero dos parceiros sociais uma grande concordância”
Os novos certificados de reforma são muito diferentes dos PPR do sector privado, garante o governante. Parte do capital aplicado nestes certificados poderá vir a ser gerido por privados.

Denise Fernandes

Os novos certificados de reforma oferecidos pelo Estado não são concorrência com os PPR privados, nem visam um público-alvo específico, defende o secretário de Estado da Segurança Social. Pedro Marques realça ainda o perfil conservador da aplicação, assim como a existência de uma porta segura de saída, caso as regras mudem a meio do jogo.

Porque é que o Governo sentiu necessidade de criar estas contas individuais? Quem é o público-alvo?
Os Certificados de Reforma são um mecanismo adicional de poupança para os trabalhadores portugueses. Nós não temos um público-alvo. Temos os trabalhadores portugueses, a quem pretendemos disponibilizar mais uma opção de poupança, estável, que garanta um complemento de reforma. É por isso que espero dos parceiros sociais uma grande concordância com mais este avanço na Lei de Bases da Segurança Social.

Qual é a grande diferença entre os ‘PPR’ do Estado e os privados? São concorrentes?
Não se deve falar de concorrência. Os Certificados de Reforma são um instrumento de poupança muito diferente dos do privado, entre os quais se contam os PPR. Os Certificados de Reforma vão ter um perfil de gestão pública, de natureza prudente. Entregas estáveis ao longo do ano, correspondentes a uma percentagem do salário do trabalhador e estão essencialmente orientados para a formação de um complemento de pensão na idade da reforma. E também não concorrem com as poupanças através de instrumentos privados no que respeita aos benefícios fiscais, uma vez que estes serão complementares e não alternativos.

Quem é que vai gerir o fundo? Que parte será gerida pelos privados?
As verbas entregues pelos trabalhadores vão ser geridas pelo Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social, que gere também o Fundo de Estabilização Financeira, e que tem um registo de resultados muito satisfatório, para não dizer muito bom, apesar de seguir uma estratégia de gestão prudente. É essa mesma estratégia que queremos para os Certificados de Reforma. Em função dos montantes geridos e da defesa do interesse público, podem vir a ser contratualizadas ‘tranches’ da carteira com entidades privadas, com regras claras e transparentes, por forma a diversificar a gestão e obter ainda melhores resultados.

Qual é a vantagem de ter um PPR no Estado?
A vantagem será avaliada por cada trabalhador, uma vez que se trata de uma aplicação opcional, diferente das existentes no sector privado. Cada cidadão avaliará se encontra vantagens na acessibilidade e estabilidade das contribuições e no facto da gestão e organização das suas poupanças ser efectuada por uma entidade pública.

O sistema de Segurança Social tem vindo a mudar, alterando sucessivamente as expectativas dos contribuintes. Qual é a garantia para as pessoas de que as regras destes certificados de reforma não virão a mudar?
É preciso afirmar que é garantida a gestão dos Certificados de Reforma por parte do Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social, organismo público com a missão de gerir as reservas da Segurança Social e agora as poupanças [complementares] para a reforma. Naturalmente, se alguma regra dos Certificados de Reforma vier a ser alterada no futuro, os cidadãos podem sempre suspender as suas entregas, e têm a garantia de que as verbas até então entregues continuam a ser geridas por forma a aumentar o seu valor até à sua idade de reforma. Mais, se em algum momento no futuro deixarem de estar interessados em continuar a descontar, sabem que as verbas que aplicaram continuarão a pertencer-lhes, e serão valorizadas até à sua reforma, e posteriormente transformadas num complemento de reforma.
Um abraço e bons negócios.

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por acintra » 10/12/2007 18:08

Tb li este artigo no DE de hoje e parece-me que é mais uma boa alternativa desde que mantenham as deduções fiscais.
A pulga atrás da orelha ficou, nas resposta do Sec. Estado da Segurança Social, na garantia que as regras não vão mudar. Não foi uma resposta muito convincente.
No meu entender os PPR só são interessantes se mantiverem as deduções fiscais, mas que podem ser anuladas de um ano para o outro.
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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Como funcionam os novos certificados de reforma do Estado

por Keyser Soze » 10/12/2007 17:35

Reformas 2007-12-10 00:05
Como funcionam os novos certificados de reforma do Estado
A partir de 2008 os contribuintes terão mais uma opção para poupar para a reforma.


Denise Fernandes

A partir de Fevereiro do próximo ano, qualquer pessoa com contribuições para a Segurança Social poderá aderir a um novo fundo de pensões público, que permitirá um bónus na pensão que vier a receber quando se reformar. Para isso, terá de descontar todos os meses uma parte do seu salário para ter direito, mais tarde, a essa renda vitalícia. Este complemento poderá servir para compensar o efeito do novo factor de sustentabilidade (ligação da esperança média de vida ao cálculo da pensão), que entrará em vigor em Janeiro de 2008 e que fará reduzir o valor das pensões. Sexta-feira o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, apresentou os pormenores deste ‘Plano Poupança Reforma Público (PPR)’, sublinhando que o novo produto não é concorrente do sector privado.

1. Quando nasceu a ideia das contas individuais de capitalização pública?
No âmbito da discussão sobre a reforma da Segurança Social, entre o Governo e os parceiros sociais, foi assinado em Outubro de 2006 um acordo que previa, entre outras coisas, o desenvolvimento de regimes complementares de pensões.

2. O que dizia o acordo?
O Governo comprometia-se a implementar um “regime complementar de natureza pública, de contas individuais, de contribuição definida e capitalização real, financiado pelas contribuições voluntárias dos beneficiários da Segurança Social”. O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, deu-lhe agora a designação de “certificados de reforma”.

3. O que são, então, os novos certificados de reforma?
São uma espécie de “PPR do Estado”. Eles consistem na possibilidade de qualquer trabalhador inscrito na Segurança Social fazer um desconto adicional do seu salário para um fundo público de pensões, com o objectivo de aumentar o valor da sua pensão futura.

4. Os trabalhadores são obrigados a descontar para este regime?
Não. Os descontos são voluntários e sempre para além dos 11% do salário que já são descontados obrigatoriamente todos os meses por cada trabalhador para a Segurança Social.

5. Qual a percentagem do salário que pode ser descontada?
O Governo estipulou que os trabalhadores até aos 50 anos de idade poderão descontar todos os meses, entre 2% a 4% do seu salário médio anual (14 meses) para as novas contas públicas de pensões.

6. E para os trabalhadores mais velhos?
Para quem tenha mais de 50 anos de idade, o desconto terá de ser de 6% sobre a remuneração média anual (14 meses).

7. O aforrador poderá optar por investimentos mais generosos?
Segundo o Governo, não se prevêem entregas extraordinárias, por se tratar de um produto estável.

8. Para onde vai o dinheiro que é descontado?
As contribuições para este novo regime vão para um fundo a criar pelo Estado, gerido pelo Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social.

9. A gestão do fundo é exclusivamente pública?
Não. O Governo abre a porta, “num quadro de competitividade e aumento da rentabilidade”, de o fundo vir a ser parcialmente contratualizado com o sector privado. Não se sabe qual a percentagem que será gerida por privados.

10. Trata-se de uma conta colectiva?
As contribuições não são destinadas a um “bolo” comum (como acontece no sistema de Segurança Social). Os novos certificados de reforma são unidades de participação num fundo com titulares identificados e direitos individualizados, onde é garantida informação anual ao beneficiário do valor acumulado na sua conta.

11. Qual o perfil de risco associado aos certificados de reforma?
O certificado de reforma tem perfil de risco prudente (conservador), idêntico ao do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). Ou seja, segundo o ministro do Trabalho, “não haverá a diversidade típica de outros tipos de poupança”. O Governo garante ainda que terá custos de gestão baixos (cerca de 0,1% dos custos do FEFSS).

12. Qual a rendibilidade dos fundos?
O Governo garante que a rendibilidade será também próxima da conseguida actualmente pelo Fundo de Estabilização Financeira, que nos últimos cinco anos rondou os 5,8%.

13. Como poderá utilizar depois o capital acumulado?
No momento da reforma por velhice ou invalidez absoluta, o capital acumulado transforma-se num complemento de pensão de natureza vitalícia – uma renda vitalícia, a somar todos os meses ao valor da pensão.

14. Há alternativas?
Sim. O beneficiário poderá optar por transferir o valor acumulado para reforço do plano dos filhos ou do cônjuge. Poderá ainda optar por resgatar o total do valor acumulado.

15. Se o investidor optar pelo resgate da conta, como será calculado o valor arrecadado?
O cálculo financeiro terá sempre em conta a esperança média de vida. Sem entrar em detalhes, o ministro do Trabalho sublinhou que “o direito (ao capital acumulado) estará sempre assegurado”, numa lógica de “seguro colectivo”.

16. Como poderá ser feita a adesão ao PPR do estado?
A adesão efectua-se nos balcões da Segurança Social, mediante preenchimento de um formulário electrónico e autorização de transferencia bancária.

17. Como é feita a renovação?
A renovação tem um período anual e há possibilidade de suspender entregas ou de alterar a taxa de contribuição. O investidor poderá suspender (mas não cancelar) a contribuição por incapacidade ou em caso de desemprego. A suspensão só poderá acontecer em caso de incapacidade permanente.

18. Em caso de morte do aforrador, o que acontece ao dinheiro investido?
Haverá uma transmissão integral do fundo para os familiares. Além disso, para fasear o efeito da esperança média de vida, durante os primeiros três anos após a morte do aforrador, os familiares recebem uma renda vitalícia que vai diminuindo progressivamente ao longo desse período.

19. Os PPR públicos dão benefícios fiscais?
Sim. E poderão ser acumulados com os benefícios associados aos PPR privados.
São dedutíveis à colecta 20% dos valores aplicados, tendo como limite máximo 350 euros. Depois, às importâncias pagas será aplicável o regime do IRS para as rendas vitalícias (15%).

20. Quando entrará em vigor o novo regime de capitalização pública?
Os novos certificados de reforma estão neste momento em discussão pública e, segundo o Governo, após a consulta aos parceiros sociais, entrarão em vigor, o que se presume para Fevereiro ou Março de 2008. No entanto, o Governo diz que haverá condições para que produzam efeitos retroactivos a Janeiro de 2008.
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